Marc-Antoine CHARPENTIER La Descente d'Orphée aux Enfers Daphn'é/Énone Patricia P E T 1 B O N , Proserpine H.488 soprano soprano Monique Z A N E T T I , Aréthuze Katalin K  R O L Y I , alio Euridice Sophie D A N E M A N , Orphée Paul A G N E W , Apollon, Titye Ixion [ i ô u - n o i ] soprano tenor bass-baritone " counter tenor "> tenor bass-baritone Jean-François G A R D E I L , . Steve D U G A R D I N , Tantale Erançois P I O L 1 N O , Pluton Fernand B E R N A D I , Director William CHRISTIE L e s Arts F l o r i s s a n t s s o n t s u b v e n t i o n n é s par l e M i n i s t è r e d e la C u l t u r e la Ville d e C a e n , l e C o n s e i l R é g i o n a l d e B a s s e - N o r m a n d i e . P E C H I N E Y Y > parraine l e s Arts F l o r i s s a n t s d e p u i s I 9 9 0 . Charpentier LA D E S C E N T E D'ORPHÉE A U X ENFERS M a r c - A n t o i n e C H A R P E N T I E R (1643-1704) LA DESCENTE D'ORPHÉE AUX ENFERS H. 488 D A P H N E , E N O N E : Patricia P E T I B O N , soprano PROSERPINE : Monique Z A N E T T I , soprano A R E T H U Z E : K a t a l i n K A R O L Y I , alto E U R I D I C E : Sophie D A N E M A N , soprano O R P H E E : P a u l A G N E W , tenor A P O L L O N , T I T Y E : Jean-Francois G A R D E I L , bass-baritone I X I O N : Steve D U G A R D I N , counter tenor T A N T A L E : F r a n c o i s P I O L I N O , tenor P L U T O N : Fernand B E R N A D I , bass-baritone LES ARTS FLORISSANTS Director: WILLIAM CHRISTIE ORCHESTRA/ORCHESTRE/ORCHESTER S i m o n H e y e r i c k , I s a b e l S e r r a n o , violin K a o r i U e m u r a ( C o n t i n u o ) , P h i l i p p e P i e r l o t , A n n e - M a r i e L a s l a , bass S e r g e S a ï t t a , S é b a s t i e n M a r q , flute E l i z a b e t h K e n n y ( c o n t i n u o ) , lute W i l l i a m C h r i s t i e , harpsichord & organ Harpsichord : Willard Martin Positive organ : B e r n h a r d J u n g h à n e l , 1980 viol p n Overture 2'54 ACTI Scène 1 m « I n v e n t o n s m i l l e j e u x d i v e r s » (Daphné, chorus) Entrée of n y m p h s / E n t r é e des nymphes/Auftritt der N y m p h e n « R u i s s e a u q u i d a n s c e b e a u s é j o u r » (Enone, Aréthuze) m « C o m p a g n e s fidèles » jEuridice) H T ! « S o u t i e n s - m o i , c h è r e E n o n e » (Euridice) 4'06 3 ' 15 1 ' 12 Scène 2 « Q u ' a i - j e entendu, que vois-je ? » (Orphée) [T1 « A h ! B e r g e r s , c ' e n est fait » (Orphée) ( j s j Entrée of despairing n y m p h s and shepherds/ E n t r é e d e n y m p h e s et d e b e r g e r s d é s e s p é r é s / Auftritt der trauernden Schâfer u n d N y m p h e n « Lâche amant » (Orphée) 2'50 2 ' 17 Scène 3 m « N e t o u r n e p o i n t , m o n fils » (Apollon) [~8l « Q u e d ' u n f r i v o l e e s p o i r » (Orphée) « J u s t e sujet d e p l e u r s » (chorus) 2'05 3 ' 14 ACTII « L'Enfer » Scène 1 [ T ] Prélude « A f f r e u x t o u r m e n t s » (Tantale, 1 '24 Ixion, Titye, Furies chantantes) Scène 2 [îoj P r é l u d e « Cessez, cessez, fameux coupables » (Orphée) HT1 « J e n e r e f u s e p o i n t le s e c o u r s » (Orphée) « Il n ' e s t r i e n a u x E n f e r s » (chorus) [Til L e s F a n t ô m e s 3'45 2'45 1 ' 11 Scène 3 Prélude « Que cherche en m o n palais » PRI « Je ne viens point i c i » (Orphée) 0'56 [H (Pluton) 4'34 « Pauvre amant » (Proserpine) [Tsl « E u r i d i c e n'est plus » (Orphée) « L e destin est contraire » (Pluton) « A h ! Puisqu'avant le temps » (Proserpine) PTéi « T u ne la perdras p o i n t , hélas ! » (Orphée) « Quel charme i m p é r i e u x » (Pluton) « Courage O i p h é e » (Proserpine) PPT! « Souviens-toi d u larcin » (Orphée) T 8 I « Je cède, j e m e rends » (Pluton) Scène 4 T9l « Vous partez donc, Orphée » (chorus) [20] Entrée o f Shades/Entrée des F a n t ô m e s / A u f t r i t t der Geister D i g i t a l recording Producer : M a r t i n Sauer Sound engineer : Jean Chatauret E d i t i n g : M a r t i n Sauer R e c o r d i n g : 2 0 - 2 3 / 0 5 / 9 5 , Salle Berthier, Opéra C o m i q u e , Paris Front cover : François Perrier d i t le B o u r g u i g n o n : Orphée devant Pluton et Proserpine (détail) - Musée d u L o u v r e , Paris © G i r a u d o n . Back cover : W i l l i a m Christie, photo M i c h e l Szabo Design : Frederico Restrepo © Erato Disques S. A . , Paris, France 1995 4'09 4'01 4'01 2'03 3'25 1 '57 C h a r p e n t i e r w a s b o r n in P a r i s in 1 6 4 3 . W e k n o w n o t h i n g of h i s e a r l y life in F r a n c e , b u t in t h e 1 6 6 0 s h e w e n t t o R o m e , w h e r e h e s t u d i e d for s e v e r a l y e a r s w i t h G i a c o m o C a r i s s i m i , m a s t e r c o m p o s e r of church music, oratorios, and chamber cantatas. B a c k in P a r i s a b o u t 1 6 7 0 , C h a r p e n t i e r was apparently given lodging and supported by the p i o u s , m u s i c - l o v i n g M a r i e de Lorraine, duchesse de Guise (always called " M a d e m o i s e l l e d e G u i s e " ) ; h e r e m a i n e d in h e r s e r v i c e , as c o m p o s e r a n d s i n g e r , u n t i l a b o u t 1 6 8 7 . During the same period, however, he collaborated with the T r o u p e du Roi - Molière's company, renamed the C o m é d i e Française composing songs, orchestral overtures, and d a n c e s for t h e i r p l a y s , a n d c o m i c s k i t s for t h e i n t e r m è d e s b e t w e e n acts. H o c a m e close to s e r v i c e at c o u r t for a f e w y e a r s ( a r o u n d 1 6 8 0 ) , as c o m p o s e r for t h e c h a p e l of t h e D a u p h i n a n d w r o t e for h i m o n e or t w o o p e r a t i o d i v e r t i s s e m e n t s (Les plaisirs de Versailles, perhaps a l s o La fête de Ruel) - b u t w a s n e v e r a p p o i n t ed by L o u i s X I V to a royal post. By the m i d - 1 6 8 0 s , h a v i n g achieved a consid e r a b l e r e p u t a t i o n a s a c o m p o s e r of s a c r e d music, Charpentier was appointed maître de m u s i q u e at t h e m o s t p r e s t i g i o u s J e s u i t c h u r c h in P a r i s , S t L o u i s , r e n o w n e d for t h e h i g h q u a lity o f its m u s i c . A n d u l t i m a t e l y , in 1 6 9 8 , h e b e c a m e m a î t r e d e m u s i q u e at t h e S a i n t e - C h a p e l l e , a p o s i t i o n in F r e n c h s a c r e d m u s i c s e c o n d o n l y t o t h a t of m u s i c d i r e c t o r in t h e K i n g ' s c h a p e l . H e r e m a i n e d t h e r e until h i s d e a t h e a r l y in 1 7 0 4 . Quite possibly, had Jean-Baptiste Lully and Michel Richard de Lalande not dominated so s u c c e s s f u l l y t h e m u s i c at t h e c o u r t of L o u i s XIV, Charpentier might himself have b e c o m e a figure there and c o m p o s e d m o r e i n s t r u m e n tal m u s i c a n d e s p e c i a l l y w o r k s for t h e t h e a t r e . H e h a d g r e a t t a l e n t for m u s i c a l d r a m a , as is a p p a r e n t in t h e s t a g e w o r k s w e h a v e b y h i m n o t a b l y t h e s a c r e d o p e r a David et Jonathas ( 1 6 8 8 ) ; Médée, perhaps his greatest masterp i e c e ( p r o d u c e d at t h e A c a d é m i e R o y a l e , t h e O p é r a , in 1 6 9 3 ) ; a n d o p e r a t i c d i v e r t i s s e m e n t s , pastorales, and cantates - not to m e n t i o n d o z e n s of dramatic motets (histoires sacrées). W i t h La descente d'Orphée aux enfers, C h a r pentier j o i n e d the m a n y c o m p o s e r s d r a w n to t h e m y t h o f O r p h é e a s t h e b a s i s for o p e r a s . U n d e r s t a n d a b l y : n o t o n l y is it a p o i g n a n t l o v e s t o r y a n d d r a m a t i c t r a g e d y , it c e l e b r a t e s t h e m y s t e r i o u s a n d f o r m i d a b l e p o w e r of m u s i c itself, o v e r e v e n s u p e r n a t u r a l f o r c e s . T h e e a r liest s u r v i v i n g o p e r a s , c o m p o s e d in Italy about 1600, w e r e b a s e d on that m y t h (settings b y e a c h of t h e F l o r e n t i n e s J a c o p o P e r i a n d G i u l i o C a c c i n i of R i n u c c i n i ' s l i b r e t t o , Euridice, a n d C l a u d i o M o n t e v e r d i ' s m a s t e r p i e c e , for M a n t u a , t o S t r i g g i o ' s Orfeo). O t h e r o p e r a tic v e r s i o n s p r e d a t i n g C h a r p e n t i e r 's w e r e S t e f a n o L a n d i ' s La morte d'Orfeo (1619) and L u i g i R o s s i ' s Orfeo ( 1 6 4 7 ) - w h i c h w a s first s t a g e d at t h e P a l a i s R o y a l , as p a r t of M a z a rin's c a m p a i g n to italianize French culture. C h a r p e n t i e r h i m s e l f c o m p o s e d a s o r t of w a r m - u p for La descente d'Orphée in a c h a m b e r c a n t a t a ( p r o b a b l y t h e first of t h a t g e n r e b y a F r e n c h c o m p o s e r ) : Orphée descendant aux enfers, a m o d e s t w o r k for t h r e e m a l e s i n g e r s (representing Orphée and the shades Ixion and Tantale) and a small c h a m b e r ensemble. A b o u t three years later - late 1686 or early 1 6 8 7 - c a m e La descente d'Orphée aux enfers. C h a r p e n t i e r c o m p o s e d it for t h e m u s i c i a n s of M l l e d e G u i s e , t h o u g h w e k n o w n o t h i n g a b o u t t h e c i r c u m s t a n c e s of its p e r f o r m a n c e . A l t h o u g h n o t o n t h e g r a n d s c a l e of t h e tragédies en musique s t a g e d at c o u r t ( w i t h t h e i r full o r c h e s t r a s , g e n e r o u s c o r p s d e b a l l e t , m a s s i v e c h o r u s e s , a n d p a n o p l i e s of s o l o v o c a l ists), t h e w o r k c a l l e d for t h e e n t i r e m u s i c a l é q u i p e of M l l e d e G u i s e , p l u s s o m e e x t r a instrumentalists: Charpentier's manuscript m e n t i o n s b y n a m e five f e m a l e a n d five m a l e singers, with an instrumental ensemble c o n s i s t i n g of flutes ( a l t e r n a t i n g w i t h v i o l i n s ) , v i o l s , a n d h a r p s i c h o r d . La descente d'Orphée s e e m s a l s o t o h a v e b e e n t h e last m a j o r w o r k in which Charpentier participated as a singer: he h a d b e e n for y e a r s t h e p r i n c i p a l haute-contre of t h e d e G u i s e e s t a b l i s h m e n t , b u t in t h i s opera a newly appointed one, François A n t h o i n e , s a n g t h e title r o l e a n d C h a r p e n t i e r w a s r e l e g a t e d to t h e s e c o n d a r y o n e of I x i o n . C h a r p e n t i e r ' s s c o r e a l s o m e n t i o n s (as p l a y e r o f flute o r v i o l i n ) " L o u l l i é " - E t i e n n e L o u l i é , b e s t - k n o w n a s a m u s i c t h e o r i s t - a n d a p a i r of flutists, " A n t h " and "Pierrot", probably the b r o t h e r s A n t o i n e a n d P i e r r e of t h e f a m i l y P i è c h e , w e l l k n o w n at t h e t i m e in c o u r t c i r c l e s . V a r i o u s " c h œ u r s " a p p e a r in t h e o p e r a : a high-voiced " C h œ u r de N y m p h e s " and a m i x e d - v o i c e « c h œ u r d e N y m p h e s et d e B e r g e r s " in A c t I; in A c t II, a m i x e d " C h œ u r d e Furies", a slighter " C h œ u r d ' O m b r e s heur e u s e s et d e F u r i e s " . N o t i n d e p e n d e n t c h o r a l e n s e m b l e s , t h e s e w e r e v a r i e d c o m b i n a t i o n s of the n a m e d solo singers, w h o m a y also h a v e s e r v e d a s d a n c e r s for t h e b r i e f b a l l e t e n t r é e s in both acts. I n s u m , a s c o n c e i v e d b y C h a r p e n t i e r , La descente d'Orphée was a chamber opera, probab l y p e r f o r m e d o n l y o n c e - a n d n o t in p u b l i c b u t in t h e p r i v a t e q u a r t e r s of M l l e d e G u i s e ( o r p e r h a p s of h e r l e s s s i n g l e - m i n d e d l y devout y o u n g e r relative k n o w n as " M m e de Guise"). T h e l i b r e t t i s t o f La descente d'Orphée is u n k n o w n , b u t t h e u l t i m a t e s o u r c e is t h e Metamorphoses of O v i d ( L i b r e X , h i s t o i r e 1). T h e l e a d i n g a c t o r s in t h e d r a m a a r e , of c o u r s e , O r p h é e a n d his bride Euridice (the latter m o r tally stung by a serpent on their w e d d i n g d a y ) . T o O v i d ' s c o u p l e t h e l i b r e t t i s t a d d e d , in t h e h a p p y first s c e n e of A c t I, s o m e n y m p h s a n d s h e p h e r d s ; a s t h e a c t e n d s , A p o l l o n , f a t h e r of O r p h é e , a l s o m a k e s a brief a p p e a r a n c e , i n v i t i n g O r p h é e t o g o t o H a d e s a n d p e r s u a d e its s o v e r e i g n , P l u t o n , to a l l o w E u r i d i c e t o r e t u r n to the upper world. (Apollon appears similarly a s deus ex machina in M o n t e v e r d i ' s Orfeo.) I n A c t II, t h e o p e r a ' s u n d e r w o r l d c h a r a c t e r s a r e all O v i d i a n : t h e " o m b r e s c o u pables" Tantale (punished by eternal hunger and thirst), Ixion (bound to a revolving w h e e l ) , and Titye (his liver torn by vultures), as w e l l a s a c r o w d of F u r i e s - all b r o u g h t to t e a r s (the F u r i e s for t h e first t i m e e v e r ) b y t h e beauty of O r p h é e ' s singing. P l u t o n is at first r e s i s t a n t to O r p h é e ' s p l e a d i n g and not p e r s u a d e d by O r p h é e ' s a r g u m e n t (as r e l a t e d b y O v i d ) that, after all, b o t h E u r i d i c e a n d O r p h é e m u s t e v e n t u a l l y r e t u r n to H a d e s a n d t h u s , s u r e l y , P l u t o n c a n afford t o m a k e a temporary loan of E u r i d i c e ! Ultimately, h o w e v e r , i m p l o r e d by his queen Proserpine ( s u p p o r t e d a n d e c h o e d b y g r o u p s of s h a d e s ) , P l u t o n y i e l d s a n d g i v e s p e r m i s s i o n for E u r i d i c e to b e r e s t o r e d t o O r p h é e . A n d h e r e is w h e r e C h a r p e n t i e r 's o p e r a e n d s or, at least, w h e r e t h e u n i q u e s u r v i v i n g s c o r e (the c o m p o s e r ' s autograph) ends. Some b e l i e v e t h a t h e i n t e n d e d it t o e n d h e r e - a n d i n d e e d . A c t II h a s a n e f f e c t i v e c o n c l u s i o n , a " S a r a b a n d e l é g è r e " t o b e d a n c e d by the " F a n t ô m e s " who, m o m e n t s before, have lamented t h a t t h e b e a u t i f u l v o i c e of O r p h é e will b e o n l y a " s o u v e n i r si d o u x " w h e n h e d e p a r t s w i t h E u r i d i c e . I b e l i e v e , h o w e v e r , that C h a r p e n t i e r p l a n n e d ( a n d m a y in fact h a v e c o m p o s e d ) a t h i r d , c o n c l u d i n g a c t . t h e m u s i c for w h i c h h a s not survived. T h e little o p e r a is full of m u s i c a l c h a r m a n d c u n n i n g c h a r a c t e r i z a t i o n . Il o p e n s w i t h a n o v e r t u r e that is v a g u e l y L u l l i a n (in t w o p a r t s , e a c h r e p e a t e d , t h e first a sort of m a r c h , t h e s e c o n d a livelier, m o r e c o n t r a p u n t a l t r i p l e m e t e r d a n c e ) , b u t l i g h t e r in t e x t u r e a n d b r i e f e r than most overtures by Lully - perfectly a p p r o p r i a t e in s c a l e for t h e c h a m b e r o p e r a t o f o l l o w . T h e t o n a l i t y is A - m a j o r , c h a r a c t e r i z e d a s " j o y e u x et c h a m p ê t r e " b y C h a r p e n t i e r in a list h e o n c e d r e w u p of " E n e r g i e d e s m o d e s " , thus preparing perfectly the pastoral a m b i e n c e with which the d r a m a opens. N y m p h s and shepherds celebrate the marriage of O r p h é e a n d E u r i d i c e w i t h b r i g h t , light songs and dances. T h e s e are interrupted by a single cry - " A h ! " - from Euridice, which her f r i e n d E n o n e b l i t h e l y l a u g h s off as d u e o n l y t o a thorn-prick. But Euridice's next words contradict her: " S o u t i e n s - m o i , chère Enone, un serpent m ' a b l e s s é e " . C h a r p e n t i e r sets t h e s e t o a d e s c e n d i n g b a s s figure m u c h fav o r e d b y B a r o q u e - e r a c o m p o s e r s as an " e m b l e m of l a m e n t " ( a s t h e A m e r i c a n m u s i c o l o g i s t E l l e n R o s a n d h a s p u t it), a n d w i t h it a shift f r o m A - m a j o r to A - m i n o r ( " t e n d r e et p l a i n t i f ) for t h e brief, h e a r t b r e a k i n g s c e n e of E u r i d i c e ' s d e a t h . T h e s a m e " e m b l e m of l a m e n t " m a r k s O r p h é e ' s grief'stricken r e a c t i o n t o E u r i d i c e ' s l o s s ( a n d t h e c h o r u s ' s e c h o of it), a n d t h e g l o o m y pall of A - m i n o r h o v e r s o v e r the mournful scene, which ends with O r p h é e w i s h i n g d e a t h for h i m s e l f . W h e r e u p o n A p o l lon a p p e a r s (to m i l d m u s i c - b u t in t h e k e y of C - m a j o r , " g a i et g u e r r i e r " , a c c o r d i n g to C h a r p e n t i e r ) . H e s u c c e e d s in a r g u i n g O r p h é e o u t o f s u i c i d e a n d i n t o a d e t e r m i n a t i o n - not a v e r y o p t i m i s t i c o n e , a s b o t h h i s w o r d s a n d the m u s i c ' s r e t u r n t o A - m i n o r tell us - to a t t e m p t to g a i n b a c k E u r i d i c e . A c t II is set in H a d e s , a n d w e h e a r first the bitter c o m p l a i n t s o f t h e trio of g u i l t y , t o r t u r e d shades (Ixion, Tantale, and Titye). Orphée s i n g s — t o a n e w , a l l u r i n g , soft s o n o r i t y : v i o l s , n o t t h e m o r e b r i l l i a n t v i o l i n s or t h e r u s t i c flutes h e a r d b e f o r e - a n d t h e s h a d e s , e v e n t h e " C h œ u r de Furies", are utterly beguiled ("Que tes chants ont d ' a p p a s ! " ) . Pluton and Proserpine appear. O r p h é e g o e s to w o r k - sensuously, seductively, lyrically - to o v e r c o m e P l u t o n ' s b l u s t e r i n g o p p o s i t i o n . ( P r o s e r p i n e is i m m e d i a t e l y w o n o v e r , a s is t h e " C h œ u r d ' O m b r e s heureuses".) T h e m o r e Pluton denies him, the m o r e Orphée's song b e c o m e s persuasively voluptuous (and the m o r e Proserpine pleads on his behalf). Finally Pluton relents (before he and his queen depart) - warning Orphée, however, that, a l t h o u g h E u r i d i c e w i l l f o l l o w h i m , O r p h é e is n o t t o l o o k b a c k t o m a k e s u r e . O r p h é e h a s o n e final p r o p h e t i c c o u p l e t "Amour, brûlant Amour, pourras-tu te c o n t r a i n d r e ? / A h ! Q u e le t e n d r e O r p h é e à luim ê m e est à c r a i n d r e " - before he too leaves t h e s t a g e . T h e trio o f " C o u p a b l e s " a n d t h e " C h œ u r d ' o m b r e s h e u r e u s e s et d e F u r i e s " a r e left t o l a m e n t h i s l o s s , o r r a t h e r t h a t of h i s captivating voice - but their music belies their w o r d s : f o r e s h a d o w i n g in b o t h its b r i g h t D m a j o r k e y ( " j o y e u x et t r è s g u e r r i e r " ) a n d its r h y t h m s t h e final " S a r a b a n d e l é g è r e " , it s e e m s in fact t o b e v o i c i n g j o y o v e r t h e l o v e r s ' reunion. H. Wiley Hitchcock C h a r p e n t i e r n a î t à P a r i s e n 1 6 4 3 . Si l ' o n ignore tout d e sa j e u n e s s e p a s s é e en F r a n c e , o n sait q u ' a u c o u r s d e la d é c e n n i e 1 6 6 0 , il se r e n d à R o m e o ù il e s t q u e l q u e s années l'élève de G i a c o m o Carissimi, éminent compositeur de musique sacrée, d'orator i o s et d e c a n t a t e s d e c h a m b r e . A s o n r e t o u r à P a r i s v e r s 1 6 7 0 , la p i e u s e M a r i e d e L o r r a i n e , duchesse de Guise ("Mademoiselle de G u i s e " ) et g r a n d e m é l o m a n e , l ' a c c u e i l l e e n s o n h ô t e l , o ù il est l o g é et n o u r r i . Il d e m e u r e à s o n s e r v i c e c o m m e c o m p o s i t e u r et c h a n t e u r j u s q u ' a u x e n v i r o n s d e 1 6 8 7 . D a n s le m ê m e t e m p s , C h a r p e n t i e r c o l l a b o r e a v e c la T r o u p e d u R o i - la c o m p a g n i e d e M o l i è r e , q u i deviendra la Comédie-Française - , pour l a q u e l l e il écrit d e s m é l o d i e s , d e s o u v e r t u r e s o r c h e s t r a l e s , d e s d a n s e s o u e n c o r e d e s interm è d e s c o m i q u e s d e s t i n é s à ê t r e j o u é s e n t r e les actes. Pendant plusieurs années (autour de 1 6 8 0 ) , il est a p p e l é à c o m p o s e r p o u r la c h a p e l l e d u D a u p h i n - à l ' i n t e n t i o n d u q u e l il écrit d e u x d i v e r t i s s e m e n t s l y r i q u e s (Les Plaisirs de Versailles et p e u t - ê t r e é g a l e m e n t La fête de Ruel). J a m a i s L o u i s X I V n e lui a t t r i b u e r a cependant un poste à son service. Vers le m i l i e u d e s a n n é e s 1 6 8 0 , j o u i s s a n t d u c o n s i d é r a b l e r e n o m q u e lui o n t a p p o r t é ses œ u v r e s r e l i g i e u s e s , C h a r p e n t i e r est m a î t r e d e m u s i q u e à S a i n t - L o u i s , la p l u s p r e s t i g i e u s e é g l i s e j é s u i t e d e P a r i s , r é p u t é e p o u r la q u a l i t é d e ses e x é c u t i o n s m u s i c a l e s . N o m m é en 1698 m a î t r e d e m u s i q u e à la S a i n t e - C h a p e l l e , il accède aux plus hautes fonctions après celles d e d i r e c t e u r m u s i c a l d e la c h a p e l l e r o y a l e . Il y restera j u s q u ' à sa mort, au début de l ' a n n é e 1704. Si J e a n - B a p t i s t e L u l l y et M i c h e l R i c h a r d d e Lalande n'avaient d o m i n é avec autant de succ è s la v i e m u s i c a l e à la c o u r d e L o u i s X I V , il est t r è s p r o b a b l e q u e C h a r p e n t i e r y s e r a i t l u i m ê m e d e v e n u u n e figure m a r q u a n t e , q u i aurait signé une production instrumentale plus i m p o r t a n t e , et s u r t o u t c o m p o s é d a v a n t a g e p o u r le t h é â t r e . Il p o s s é d a i t u n s o l i d e t a l e n t d r a m a t u r g i q u e , c o m m e e n t é m o i g n e n t les p a r t i t i o n s s c é n i q u e s q u ' i l n o u s a l a i s s é e s p o u r la s c è n e , telles l ' o p é r a s a c r é David et Jonathas ( 1 6 8 8 ) , o u Médée - s a n s d o u t e s o n p l u s g r a n d c h e f - d ' œ u v r e (représenté en 1693 à l ' A c a d é m i e r o y a l e , c ' e s t - à - d i r e à l ' O p é r a ) -, o u d'autres pièces encore : divertissements l y r i q u e s , p a s t o r a l e s et c a n t a t e s , s a n s p a r l e r d e s dizaines de motets dramatiques (histoires sacrées). A v e c La descente d! Orphée aux enfers, C h a r p e n t i e r r e j o i n t les n o m b r e u x c o m p o s i t e u r s a u x q u e l s le m y t h e d ' O r p h é e a s e m b l é u n e x c e l l e n t sujet d ' o p é r a . E t p o u r c a u s e : c ' e s t là n o n s e u l e m e n t u n e p o i g n a n t e h i s t o i r e d ' a m o u r et u n e t e r r i b l e t r a g é d i e , m a i s a u s s i u n e l é g e n d e q u i c é l è b r e le f o r m i d a b l e et m y s t é r i e u x p o u v o i r d e la m u s i q u e e l l e - m ê m e , l e q u e l v a j u s q u ' à d o m i n e r les p u i s s a n c e s s u r naturelles. L e s p r e m i e r s o p é r a s qui n o u s sont p a r v e n u s , écrits en Italie vers 1600, reposent s u r c e m y t h e (les F l o r e n t i n s J a c o p o P é r i et Giulio Caccini ont été chacun l'auteur d ' u n e Euridice sur u n m ê m e l i v r e t d e R i n u c c i n i , et M a n t o u e a v u n a î t r e le c h e f - d ' œ u v r e d e M o n - t e v e r d i c o m p o s é s u r l'Orfeo de Striggio). D ' a u t r e s versions lyriques ont, elles aussi, p r é c é d é c e l l e d e C h a r p e n t i e r : La morte d'Orfeo d e S t e f a n o L a n d i ( 1 6 1 9 ) et l'Orfeo d e Luigi Rossi (1647) - créé au Palais-Royal d a n s le c a d r e d e la c a m p a g n e m e n é e p a r M a z a r i n p o u r i t a l i a n i s e r la c u l t u r e f r a n ç a i s e . A v a n t La descente d'Orphée, Charpentier luim ê m e a tenté une sorte de c o u p d'essai sous forme de cantate de chambre (probablement la p r e m i è r e q u e l ' o n d o i v e à u n c o m p o s i t e u r f r a n ç a i s ) : Orphée descendant aux enfers, m o d e s t e o u v r a g e p o u r trois voix d ' h o m m e r e p r é s e n t a n t O r p h é e et l e s d e u x o m b r e s I x i o n et T a n t a l e - a c c o m p a g n é e s p a r u n p e t i t ensemble instrumental. Q u e l q u e t r o i s a n s p l u s t a r d (fin 1 6 8 6 ou d é b u t 1 6 8 7 ) , La descente d'Orphée v o i t le j o u r . C h a r p e n t i e r a c o m p o s é la p i è c e p o u r les m u s i ciens de Mademoiselle de Guise, mais on i g n o r e q u e l l e s o n t é t é les c i r c o n s t a n c e s d e s a représentation. Sans atteindre l'ampleur des t r a g é d i e s e n m u s i q u e q u e l ' o n d o n n a i t à la cour (avec orchestre complet, imposant corps d e b a l l e t , c h œ u r s m a s s i f s et p l é i a d e d e s o l i s t e s ) , l ' o p é r a r e q u i e r t t o u t l'effectif attaché à Mademoiselle de Guise, augmenté de q u e l q u e s i n s t r u m e n t i s t e s s u p p l é m e n t a i r e s : le m a n u s c r i t d e C h a r p e n t i e r fait m e n t i o n , p a r l e u r n o m , d e c i n q c h a n t e u s e s et d ' a u t a n t d e chanteurs, auxquels s'ajoute un e n s e m b l e inst r u m e n t a l c o n s t i t u é d e flûtes ( a l t e r n a n t a v e c d e s v i o l o n s ) , d e v i o l e s et d ' u n c l a v e c i n . La descente d'Orphée semble également avoir é t é la d e r n i è r e œ u v r e m a j e u r e q u e c h a n t a le compositeur, avec ceci de particulier q u ' a p r è s a v o i r é t é d e s a n n é e s d u r a n t le p r i n c i p a l h a u t e c o n t r e d e la m a i s o n d e G u i s e , il n ' e u t i c i à i n t e r p r é t e r q u ' u n s e c o n d r ô l e , c e l u i d ' I x i o n , le rôle-titre ayant été confié à François A n t h o i n e , e n g a g é d e p u i s p e u . S u r la p a r t i t i o n a u t o g r a p h e figurent a u s s i ( p o u r les p a r t i e s d e flûte ou d e v i o l o n ) les n o m s d e " L o u l l i é " - à savoir d'Etienne Loulié, plus connu c o m m e t h é o r i c i e n d e la m u s i q u e - et d e d e u x flûtistes, " A n t h " et " P i e r r o t " , v r a i s e m b l a b l e m e n t l e s frères P i è c h e , A n t o i n e et P i e r r e , q u e l ' o n c o n n a i s s a i t b i e n à la c o u r . L ' o u v r a g e c o m p t e divers c h œ u r s : un " c h œ u r de n y m p h e s " d a n s l ' a i g u , a i n s i q u ' u n " c h œ u r d e n y m p h e s et d e b e r g e r s " p o u r v o i x m i x t e s ( a c t e I) ; u n " c h œ u r de furies" pour voix mixtes suivi d ' u n " c h œ u r d ' o m b r e s h e u r e u s e s " p l u s léger, e t p o u r finir u n g r a n d " c h œ u r d ' o m b r e s h e u r e u s e s et d e furies" à cinq voix (acte II). L o i n d ' ê t r e indépendantes, ces parties chorales auraient été c h a n t é e s p a r les s o l i s t e s e u x - m ê m e s . L e s c h o r i s t e s a u r o n t p u é g a l e m e n t d a n s e r au c o u r s d e s b r è v e s e n t r é e s d e b a l l e t q u i figurent d a n s c h a cun des deux actes. E n s o m m e - et C h a r p e n t i e r l ' a v a i t c o n ç u ainsi - , La descente d'Orphée est u n o p é r a d e c h a m b r e d o n t il n ' a s a n s d o u t e é t é d o n n é q u ' u n e r e p r é s e n t a t i o n n o n p u b l i q u e , d a n s le cercle privé de Mademoiselle de Guise (ou peut-être d e sa j e u n e parente M a d a m e d e G u i s e , à la d é v o t i o n p l u s d o u t e u s e ) . L e l i b r e t t i s t e a n o n y m e d e La descente s'est fondamentalement inspiré des d'Orphée Métamorphoses d ' O v i d e ( l i v r e X , h i s t o i r e 1). L e s principaux acteurs du d r a m e sont, bien e n t e n d u , O r p h é e et s a fiancée E u r i d i c e ( q u i m e u r t le j o u r d e l e u r s n o c e s , m o r d u e p a r u n serpent). Au couple présent chez Ovide, l'auteur du livret a ajouté quelques n y m p h e s et b e r g e r s d a n s la s c è n e j o y e u s e s u r l a q u e l l e d é b u t e l ' a c t e I ; d e m ê m e , à la fin d e c e l u i - c i , Apollon, père d'Orphée, apparaît brièvement p o u r i n c i t e r s o n fils à d e s c e n d r e d a n s l ' H a d è s afin d ' o b t e n i r d e P l u t o n , s o u v e r a i n d e s E n f e r s , q u ' E u r i d i c e r e v i e n n e à la l u m i è r e . ( A p o l l o n fait u n e a p p a r i t i o n s i m i l a i r e d e Deus ex machina d a n s VOrfeo de Monteverdi.) En r e v a n c h e , t o u t e s les figures i n f e r n a l e s d e l ' a c t e II s o n t o v i d i e n n e s : les " o m b r e s c o u p a b l e s " - T a n t a l e ( c o n d a m n é à u n e f a i m et u n e soif é t e m e l l e s ) , I x i o n (lié à u n e r o u e e n p e r p é t u e l l e r o t a t i o n ) , et T i t y e (le foie d é v o r é p a r d e s v a u t o u r s ) - , o u e n c o r e la h o r d e d e s f u r i e s . T o u s c e s p e r s o n n a g e s (à c o m m e n c e r p a r les furies) n e p e u v e n t r e t e n i r l e u r s l a r m e s d e v a n t la b e a u t é d u c h a n t d ' O r p h é e . C'est d'abord en vain qu'Orphée tente d ' é m o u v o i r P l u t o n . A r g u a n t d u fait ( c o m m e c h e z O v i d e ) q u e s a fiancée et l u i - m ê m e d e v r o n t , q u o i q u ' i l e n soit, r e g a g n e r l ' H a d è s tôt o u t a r d , il le p r i e d e lui prêter m o m e n t a n é m e n t Euridice ! Pluton, imploré par son é p o u s e P r o s e r p i n e , à l a q u e l l e fait é c h o u n g r o u p e d ' o m b r e s , finit p a r c é d e r , et r e n d E u r i dice à Orphée. Ici s ' a c h è v e l ' o p é r a - o u d u m o i n s la s e u l e p a r t i t i o n q u i n o u s soit p a r v e n u e , à s a v o i r l'autographe du compositeur. Pour certains, C h a r p e n t i e r a b i e n s o u h a i t é c e t t e fin. E t d e fait, l ' a c t e II e s t p o u r v u d ' u n e r é e l l e c o n c l u s i o n : il se r e f e r m e sur la " s a r a b a n d e l é g è r e " d a n s é e p a r les " F a n t ô m e s " q u i v i e n n e n t d e d é p l o r e r q u e la b e l l e v o i x d ' O r p h é e n e s e r a q u ' u n " s o u v e n i r si d o u x " q u a n d c e l u i - c i l e s a u r a q u i t t é s , e m m e n a n t a v e c lui E u r i d i c e . N o u s p e n s o n s toutefois q u e Charpentier avait p r o j e t é (et s a n s d o u t e c o m p o s é ) u n t r o i s i è m e a c t e c o n c l u s i f , d o n t la m u s i q u e n ' a p a s survécu. C ' e s t là u n p e t i t o p é r a p l e i n d e c h a r m e , é c r i t a v e c h a b i l e t é . Il d é b u t e p a r u n e o u v e r t u r e à d e u x p a r t i e s r e p r i s e s l ' u n e et l ' a u t r e , la p r e m i è r e c o n s t i t u a n t u n e s o r t e d e m a r c h e , la s e c o n d e u n e d a n s e t e r n a i r e p l u s e n l e v é e et plus contrapuntique. Cette ouverture, de d i m e n s i o n s t o u t à fait a p p r o p r i é e s à l ' o p é r a d e c h a m b r e qu'elle introduit, é v o q u e v a g u e m e n t L u l l y , e n c o r e q u ' e l l e soit p l u s l é g è r e d e t e x t u r e et p l u s b r è v e q u e la m a j o r i t é d e c e l l e s q u ' o n lui d o i t . L e t o n d e la m a j e u r , " j o y e u x et c h a m p ê t r e " s e l o n la liste d e l ' " é n e r g i e d e s m o d e s " que Charpentier dressa lui-même, annonce donc parfaitement l'ambiance pastor a l e d a n s l a q u e l l e v a s ' o u v r i r le d r a m e . N y m p h e s et b e r g e r s c é l è b r e n t l e s n o c e s d ' O r p h é e et d ' E u r i d i c e p a r d e s c h a n t s e t d e s d a n s e s b r i l l a n t s et l é g e r s . T o u t s ' i n t e r r o m p t s o u d a i n s u r u n s i m p l e cri d ' E u r i d i c e - " a h !". S o n a m i e E n o n e e n rit, c o m m e s'il n e s ' a g i s sait q u e d ' u n e p i q û r e d ' é p i n e . E u r i d i c e v i e n t c e p e n d a n t la c o n t r e d i r e — " S o u t i e n s - m o i , c h è r e E n o n e , un serpent m ' a blessée", paroles p r o n o n c é e s s u r u n e figure d e b a s s e d e s c e n d a n t e t r è s p r i s é e d e s c o m p o s i t e u r s d e la p é r i o d e b a r o q u e , et e n q u o i l ' o n p e u t v o i r un " e m b l è m e d e l a m e n t o " ( c o m m e l ' a a v a n c é la musicologue américaine Ellen Rosand). Cette figure e n t r a î n e u n e m o d u l a t i o n d e la m a j e u r v e r s u n la m i n e u r " t e n d r e et p l a i n t i f d a n s l e q u e l se d é r o u l e la b r è v e s c è n e d é c h i r a n t e d e la m o r t d ' E u r i d i c e . L e m ê m e " e m b l è m e d e l a m e n t o " s o u l i g n e le c h a g r i n q u i saisit O r p h é e f a c e à la p e r t e d e sa fiancée (ainsi q u e l ' é c h o du c h œ u r ) . L e s o m b r e v o i l e d e la m i n e u r r e c o u v r e c e t t e triste s c è n e q u i s ' a c h è v e a u m o m e n t où O r p h é e d é s i r e m o u r i r à son tour. Apparaît Apollon (avec une musique douce, e n c o r e q u ' e n do m a j e u r , t o n " g a i et g u e r r i e r " s e l o n C h a r p e n t i e r ) . Il e n g a g e O r p h é e à a b a n d o n n e r t o u t e i d é e d e s u i c i d e et à r a m e n e r E u r i d i c e p a r m i les v i v a n t s . O r p h é e se l a i s s e convaincre - sans grand o p t i m i s m e , ainsi q u e le t r a d u i s e n t s e s p a r o l e s et le r e t o u r à la mineur. L ' a c t e II, q u i se d é r o u l e d a n s l ' H a d è s , s ' o u v r e sur les p l a i n t e s a m è r e s d u trio d ' o m b r e s c o u p a b l e s s o u m i s à la t o r t u r e ( I x i o n , T a n t a l e et Titye). O r p h é e chante - d a n s un n o u v e a u c o n t e x t e s o n o r e , l ' a t t r a i t et la d o u c e u r d e s v i o l e s r e m p l a ç a n t à p r é s e n t la b r i l l a n c e d e s v i o l o n s ou la r u s t i c i t é d e s flûtes. L e s o m b r e s , et j u s q u ' a u c h œ u r d e furies, se l a i s s e n t c h a r m e r - " Q u e tes c h a n t s o n t d ' a p p a s ! " . S u r v i e n n e n t P l u t o n et P r o s e r p i n e . O r p h é e se l a n c e d a n s s o n e n t r e p r i s e a v e c v o l u p t é , s é d u c t i o n et l y r i s m e . Il t e n t e d e fléchir P l u t o n . ( P r o s e r p i n e se l a i s s e i m m é d i a t e m e n t conquérir, tout c o m m e le " c h œ u r d ' o m b r e s h e u r e u s e s " . ) P l u s le d i e u d e s E n f e r s se d u r c i t , p l u s le c h a n t d ' O r p h é e se fait v o l u p t u e u x et p e r s u a s i f (et p l u s P r o s e r p i n e p l a i d e la c a u s e d u m a l h e u reux). Pluton cède (avant de disparaître avec son é p o u s e ) , m o y e n n a n t u n e m i s e e n g a r d e : p e n d a n t q u ' E u r i d i c e le s u i v r a , O r p h é e n e d e v r a p a s se r e t o u r n e r p o u r la r e g a r d e r . C e l u i ci c h a n t e u n d e r n i e r c o u p l e t , p r o p h é t i q u e "Amour, brûlant Amour, pourras-tu te c o n t r a i n d r e ? / A h ! Q u e le t e n d r e O r p h é e à l u i - m ê m e est à c r a i n d r e " - , a v a n t d e q u i t t e r la s c è n e à s o n tour. L e trio d e " c o u p a b l e s " se j o i n t au " c h œ u r d ' o m b r e s h e u r e u s e s et d e furies" pour pleurer sa perte, ou plutôt celle d e sa v o i x e n v o û t a n t e - e n c o r e q u e la m u s i q u e s ' i n s c r i v e ici e n f a u x c o n t r e les p a r o l e s : a n n o n ç a n t la " s a r a b a n d e l é g è r e " t a n t s u r le p l a n d u r y t h m e q u e d e la t o n a l i t é (un é c l a t a n t ré m a j e u r " j o y e u x et t r è s g u e r r i e r " ) , e l l e s e m b l e e n r é a l i t é e x p r i m e r la j o i e d e v o i r le c o u p l e enfin r é u n i . Traduit par Virginie B a u z o u U b e r d i e in F r a n k r e i c h v e r b r a c h t e K i n d heit, u n d J u g e n d d e s 1 6 4 3 in P a r i s geborenen Marc-Antoine Charpentier ist u n s n i c h t s b e k a n n t , d o c h w i s s e n wir, d a ß e r sich in d e n 6 0 e r J a h r e n n a c h R o m b e g a b . D o r t war mehrere Jahre hindurch G i a c o m o Carissimi sein Lehrer, der K o m p o n i s t b e d e u t e n d e r geistlicher Werke, Oratorien und K a m m e r k a n t a t e n . U m 1 6 7 0 finden w i r C h a r p e n t i e r e r n e u t in P a r i s , w o i h m o f f e n b a r d i e f r o m m e , musikliebende Marie de Lorraine, Prinzessin von Guise (allgemein "Mademoiselle de G u i s e " genannt) Herberge und materielle Unterstützung gewährte. Bis gegen 1687 s t a n d e r a l s K o m p o n i s t u n d S ä n g e r in ihren Diensten. Gleichzeitig arbeitete er mit Molière und dessen Theatertruppe zusammen, d e r n a c h m a l i g e n C o m é d i e f r a n ç a i s e , für d i e e r Airs, Orchesterouvertüren, T ä n z e zu den Ball e t t e i n l a g e n u n d D i v e r t i s s e m e n t s als Z w i s c h e n aktmusik komponierte. Einige Jahre lang (um 1680) stand er d e m Hof n a h e und schrieb M u s i k für d i e K a p e l l e d e s D a u p h i n , d a r u n t e r ein oder zwei Opern-Divertissements (Les plaisirs de Versailles u n d v i e l l e i c h t a u c h Les arts florissants). L u d w i g XIV. selbst hat ihm indessen nie ein königliches Hofamt übertragen. U m die Mitte der 80er Jahre w u r d e Charpentier, d e r s i c h i n z w i s c h e n e i n e n b e a c h t l i c h e n N a m e n als K o m p o n i s t g e i s t l i c h e r Musik e r w o r b e n hatte, z u m Kapellmeister an der renommierten, Jesuitenkirche St. Louis e r n a n n t . S c h l i e ß l i c h e r h i e l t er 1 6 9 8 s e i n e B e r u f u n g als maître de musique an der Sainte C h a p e l l e , - e i n P o s t e n , d e r in d e r f r a n z ö s i - schen K i r c h e n m u s i k an zweiter Stelle hinter dem des Musikdirektors der königlichen Kapelle stand. Dieses A m t bekleidete er bis zu s e i n e m T o d e im Februar 1704. Hätten Jean-Baptiste Lully und MichelRichard de Lalande nicht eine so beherrschende Stellung im M u s i k l e b e n a m Hofe L u d w i g s XIV. e i n g e n o m m e n , wäre vielleicht Charpentier dort eine hervorragende Persönlichkeit g e w o r d e n und hätte m e h r Instrument a l m u s i k u n d v o r a l l e m W e r k e für d a s T h e a t e r geschrieben. Er war ein ausgesprochen m u s i k d r a m a t i s c h e s Talent, wie aus den B ü h nenwerken hervorgeht, die uns von ihm erhalten sind, i n s b e s o n d e r e die geistliche O p e r David et Jonathas ( 1 6 8 8 ) , f e r n e r Medea, w o h l sein bedeutendstes M e i s t e r w e r k (1693 von der A c a d é m i e Royale de Musique, der Königlichen Musikakademie und späteren P a r i s e r Opéra, aufgeführt), sowie OpernDivertissements, Pastoralen, Kantaten und Dutzende von dramatischen Motetten (Historiae sacrae). M i t s e i n e m W e r k La descente d'Orphée aux enfers r e i h t s i c h C h a r p e n t i e r in d i e S c h a r d e r z a h l r e i c h e n K o m p o n i s t e n e i n , d i e sich v o n d e m O r p h e u s - M y t h o s a l s Stoff z u e i n e r O p e r a n g e z o g e n f ü h l t e n . D a s ist n u r a l l z u v e r s t ä n d lich, handelt es sich d o c h nicht allein u m eine ergreifende Liebesgeschichte und eine hochdramatische Tragödie, sondern darüber hinaus u m ein H o h e l i e d auf d i e g e h e i m n i s v o l l e , u n e r m e ß l i c h e Gewalt, die die M u s i k selbst auf ü b e r n a t ü r l i c h e M ä c h t e a u s ü b t . D i e e r s t e n u n s b e k a n n t e n , u m 1 6 0 0 in I t a l i e n k o m p o n i e r te n O p e r n b e r u h e n auf d i e s e m Mythos (Jacopo Péris und Giulio Caccinis gleichzeitige Vertonungen von Rinuccinis Libretto Euridice, s o w i e d a s in M a n t u a u r a u f g e f ü h r t e M e i s t e r w e r k C l a u d i o M o n t e v e r d i s , Orfeo, auf einen Text von Striggio). Weitere Opernfassungen, die Charpentiers Werk voraufgehen, s i n d S t e f a n o L a n d i s La morte d'Orfeo (1619) u n d L u i g i R o s s i s Orfeo ( 1 6 4 7 ) , d e r - i m Z u g e der von Mazarin geförderten Italianisierung der französischen Kultur - erstmals im Palais R o y a l auf d i e B ü h n e g e l a n g t e . C h a r p e n t i e r s e l b e r s c h r i e b , s o z u s a g e n als V o r s t u d i e z u La descente d'Orphée, eine Kammerkantate, wahrscheinlich die erste ihrer Art, die aus der Feder eines französischen Komponisten s t a m m t : Orphée descendant aux enfers, ei n b e s c h e i d e n e r e s W e r k für d r e i M ä n n e r s t i m m e n ( O r p h e u s , die Schatten des Ixion und des Tantalus) und K a m m e r o r c h e s t e r . E t w a drei Jahre später - E n d e 1686 oder A n f a n g 1 6 8 7 - f o l g t e La descente d'Orphée aux enfers. Charpentier komponierte das S t ü c k für d i e M u s i k e r v o n M a d e m o i s e l l e d e Guise; doch über die Aufführungsgeschichte ist u n s n i c h t s b e k a n n t . W e n n es a u c h n i c h t z u d e n g r o ß a n g e l e g t e n tragédies en musique gehörte, die - mit ihren vollen Orchestern, ansehnlichen Ballettensembles, gewaltigen C h ö r e n und zahlreichen Gesangssolisten - bei Hofe aufgeführt wurden, erforderte das Werk d o c h den Einsatz aller M u s i k e r der M a d e m o i selle d e G u i s e u n d a u ß e r d e m einige zusätzliche Instrumentalisten. Charpentiers M a n u s k r i p t e r w ä h n t n a m e n t l i c h fünf S ä n g e r u n d fünf S ä n g e r i n n e n , d a z u e i n O r c h e s t e r b e s t e hend aus Flöten im Wechsel mit Violinen, V i o l e n u n d C e m b a l o . La descente d'Orphee aux enfers s c h e i n t d a s l e t z t e b e d e u t e n d e W e r k z u s e i n , in d e m C h a r p e n t i e r als S ä n g e r m i t w i r k t e . J a h r e l a n g w a r er e r s t e r haute-contre a m H o f e d e r G u i s e s ; in d i e s e r O p e r a b e r b e stritt e i n n e u e i n g e s t e l l t e r S ä n g e r , F r a n c o i s Anthoine, die Titelrolle, w ä h r e n d m a n Charpentier eine der Nebenrollen zuwies, die des I x i o n . D i e P a r t i t u r e r w ä h n t f e r n e r (als F l ö t i s t oder Geiger) "Loullie" - Etienne Loulie, den n a m h a f t e n M u s i k t h e o r e t i k e r -, s o w i e z w e i Flötisten, " A n t h " und "Pierrot", vermutlich d i e d a m a l s in d e n H o f k r e i s e n w o h l a n g e s e h e nen B r ü d e r A n t h o i n e und Pierre Pieche. In d e r O p e r t r e t e n v e r s c h i e d e n e C h ö r e a u f : i m I. A k t der " C h o r der N y m p h e n " , bestehend aus h o h e n S t i m m e n , u n d ein g e m i s c h t e r " C h o r d e r N y m p h e n u n d S c h ä f e r " ; i m II. A k t ei n gemischter " C h o r der Furien", ein kleinerer " C h o r der glücklichen S c h a t t e n " und ferner ein voller fünfstimmiger " C h o r der glücklichen Schatten und der Furien". Es w a r e n dies keine selbständigen Chöre, sondern unterschiedliche Zusammenstellungen der erwähnt e n G e s a n g s o l i s t e n , d i e in d e n k u r z e n B a l lettszenen beider Akte möglicherweise auch als T ä n z e r m i t g e w i r k t h a b e n . A l l e s in a l l e m ist a l s o La Descente d'Orphee, s o w i e sie C h a r p e n t i e r k o n z i p i e r t e , e i n e K a m m e r o p e r , u n d v e r m u t l i c h w u r d e sie n u r e i n m a l g e g e b e n - n i c h t ö f f e n t l i c h , s o n d e r n in d e n P r i v a t g e m ä c h e r n d e s F r ä u l e i n s v o n G u i s e o d e r in d e n e n ihrer weniger eigenwilligen f r o m m e n j ü n g e r e n Verwandten, b e k a n n t als " M a d a m e de Guise". D e r L i b r e t t i s t v o n La descente d'Orphee aux enfers ist u n b e k a n n t , d o c h g e h t d a s S t ü c k letztlich auf d i e Metamorphosen von Ovid z u r ü c k ( z e h n t e s B u c h , 1. M e t a m o r p h o s e ) . D i e H a u p t p e r s o n e n des D r a m a s sind natürlich O r p h e u s u n d s e i n e B r a u t E u r y d i k e , die an ihrem Hochzeitstag einem tödlichen S c h l a n g e n b i ß erliegt. D i e s e m O v i d s c h e n Paar f ü g t e d e r L i b r e t t i s t in d e r f r ö h l i c h e n e r s t e n S z e n e d e s I. A k t e s e i n i g e N y m p h e n u n d S c h ä fer h i n z u ; u n d a m E n d e d e s A k t e s h a t a u c h A p o l l o , d e r Vater d e s O r p h e u s ' , e i n e n k u r z e n Auftritt: er legt s e i n e m S o h n n a h e , in d e n Hades hinabzusteigen und dessen Beherrscher Pluto zu bitten, er m ö g e Eurydike gestatten, auf d i e E r d e z u r ü c k z u k e h r e n ( a u f ä h n l i c h e W e i s e , als Dem ex machina, erscheint Apollo in M o n t e v e r d i s Orfeo). I m II. A k t s i n d alle Gestalten der Unterwelt Ovids Metamorphosen e n t n o m m e n . D i e " s c h u l d b e l a d e n e n S c h a t ten", Tantalus (der ewigen H u n g e r und Durst e r l e i d e n m u ß ) , I x i o n ( a n e i n e w i g sich d r e hendes Rad gefesselt), und Tityos (dessen Leber von Geiern zerfressen wird) sowie z u m erstenmal auch die Furien werden durch O r p h e u s ' G e s a n g zu T r ä n e n g e r ü h r t . P l u t o weigert sich zunächst, dem Ansinnen Orpheus' stattzugeben; denn dessen von Ovid ü b e r l i e f e r t e m A r g u m e n t , alle b e i d e , O r p h e u s und E u r y d i k e , m ü ß t e n ja doch früher oder s p ä t e r ins T o t e n r e i c h h i n a b , so d a ß P l u t o eigentlich Eurydike nur "auszuleihen"(!) b r a u c h t , ü b e r z e u g t ihn n i c h t . S c h l i e ß l i c h setzt sich s e i n e G a t t i n P r o s e r p i n a für ihr e i n . I h r e Fürsprache wird durch verschiedene Gruppen von Schatten unterstützt und bekräftigt. Pluto g i b t sich e n d l i c h g e s c h l a g e n : e r befiehlt, d a ß Eurydike O r p h e u s zurückgegeben wird. Hier endet die O p e r - z u m i n d e s t endet hier die einzige uns ü b e r k o m m e n e Quelle, die handschriftliche Partitur des K o m p o n i s t e n . Einige Musikexperten n e h m e n an, daß Charpentier nicht beabsichtigte, das Werk weiterzuführen, d e n n d e r II. A k t hat e i n e n e c h t e n S c h l u ß , e i n e Sarabande legere, nämlich einen Tanz der "Geister", die kurz zuvor geklagt hatten, daß Orpheus' wunderbare Stimme nur noch "eine s ü ß e E r i n n e r u n g " sein w i r d , w e n n e r m i t E u r y d i k e d a s T o t e n r e i c h v e r l ä ß t . Ich g l a u b e jedoch, daß Charpentier einen dritten, abschließenden Akt geplant und vielleicht auch ausgeführt hat, dessen M u s i k uns verlor e n g e g a n g e n ist. D i e k l e i n e O p e r ist v o l l e r m u s i k a l i s c h e m C h a r m e und treffender Charakterisierungen. Sie wird durch eine Ouvertüre eingeleitet, die e n t f e r n t an L u l l y e r i n n e r t ( z w e i t e i l i g , j e d e r Teil wiederholt, der erste eine Art M a r s c h , der zweite ein lebhafterer, eher kontrapunktischer T a n z i m D r e i e r t a k t ) , d o c h l e i c h t e r in d e r T e x tur, a u c h k ü r z e r a l s d i e m e i s t e n O u v e r t ü r e n von Lully und insofern durchaus einer K a m m e r o p e r a n g e m e s s e n . S i e s t e h t in A - D u r , e i n e r Tonart, d i e C h a r p e n t i e r in e i n e r L i s t e , d i e er e i n s t ü b e r d i e " E n e r g i e d e s m o d e s " a n l e g t e , als " f r ö h l i c h u n d l ä n d l i c h " b e z e i c h n e t e , u n d d i e d u r c h a u s d a z u a n g e t a n ist, d i e heitere S t i m m u n g herbeizuführen, mit der das Drama beginnt. N y m p h e n und Schäfer feiern die V e r m ä h l u n g von O r p h e u s und Eurydike mit freudig beschwingten Gesängen und Tänzen. Ein v e r e i n z e l t e r A u f s c h r e i u n t e r b r i c h t d a s fröh- liehe Spiel, E u r y d i k e s " A h ! " , das ihre G e s p i e lin E n o n e als v o n e i n e m D o r n e n s t i c h ihr entlockten S c h m e r z e n s r u f leichtfertig h i n w e glacht. E u r y d i k e s folgende Worte widerlegen sie: " H i l f m i r , t e u r e E n o n e , e i n e S c h l a n g e v e r l e t z t e m i c h " . C h a r p e n t i e r s e t z t d i e s e W o r t e in eine a b s t e i g e n d e Baßfigur, die bei den Barockkomponisten als "Klagesymbol" ( " e m b l e m of l a m e n t " , w i e e s d i e a m e r i k a nische Musikwissenschaftlerin Ellen Rosand genannt hat) sehr beliebt war, - mit e i n e m W e c h s e l v o n A - D u r n a c h a - M o l l ( " t e n d r e et p l a i n t i f ' , z ä r t l i c h u n d k l a g e n d ) in d e r k u r z e n ergreifenden Szene von Eurydikes Tod. Dass e l b e " e m b l e m of l a m e n t " kennzeichnet O r p h e u s ' W e h k l a g e Uber d e n V e r l u s t E u r y dikes und das darauf antwortende Echo des C h o r e s . D a n n senkt sich der düstere Schleier von a-Moll über die trauervolle S z e n e , die d a m i t endet, d a ß O r p h e u s sich d e n Tod wünscht. Gleich darauf erscheint A p o l l o - zu e i n e r s a n f t e n M u s i k , d i e a b e r in d e r " f r ö h l i c h e n u n d k r i e g e r i s c h e n " Tonart C - D u r steht: " g a i et g u e r r i e r " , w i e C h a r p e n t i e r v e r m e r k t . Apollo redet O r p h e u s den Selbstmord aus und läßt ihn den E n t s c h l u ß fassen - k e i n e n sehr optimistischen Entschluß, wie die Worte und d i e W i e d e r k e h r v o n a - M o l l b e w e i s e n -, E u r y dike dem Totenreich wieder abzugewinnen. D e r zweite Akt spielt im H a d e s . Zu A n f a n g vernehmen wir die bitteren Klagen der schuldbeladenen, gefolterten Schatten Ixion, Tantalus und Tityos. O r p h e u s ' Gesang wird v o n n e u e n , sanft v e r l o c k e n d e n Klängen begleitet: von Violen, und nicht von den brillanteren Violinen oder den ländlichen Flö- ten, die vorher zu hören waren. D i e Schatten, j a selbst der C h o r der Furien sind zutiefst g e r ü h r t ( " w i e l i e b l i c h ist d e i n G e s a n g " ) . A l s Pluto und Proserpina hinzutreten, unternimmt es O r p h e u s , mit sinnlich verführerischen und lyrischen T ö n e n Plutos W u t zu besänftigen und seinen Widerstand zu brechen. Proserpina ist s o f o r t g e w o n n e n , e b e n s o w i e d e r " C h o r der seligen Schatten". Je m e h r sich Pluto widersetzt, desto wollüstig-einschmeichelnder wird O r p h e u s ' Gesang und desto inständig e r b i t t e t P r o s e r p i n a für i h n . S c h l i e ß l i c h g i b t Pluto nach. B e v o r er mit seiner K ö n i g i n abtritt, w a r n t er O r p h e u s , s i c h j a n i c h t z u r ü c k z u w e n d e n , u m sich zu vergewissern, d a ß E u r y d i k e i h m folgt. O r p h e u s s i n g t ein ahnungsvolles Schlußcouplet " A m o u r , brûl a n t a m o u r , p o u r r a s - t u te c o n t r a i n d r e ? A h , q u e le t e n d r e O r p h é e à l u i - m ê m e e s t à c r a i n d r e " , e h e er selber abgeht. Die drei " F r e v l e r " und der " C h o r der glücklichen Schatten und der F u r i e n " bleiben allein zurück und beklagen den Verlust O r p h e u s ' , oder v i e l m e h r den seiner ergreifenden S t i m m e - doch die Musik w i d e r l e g t i h r e W o r t e : D a s h e l l e D - D u r ("freudig und sehr kriegerisch") und der R h y t h m u s der abschließenden "Sarabande légère" sind e h e r ein v o r w e g n e h m e n d e r musikalischer A u s d r u c k der Freude über die Wiedervereinigung der beiden Liebenden. Ü b e r s e t z u n g : I. T r a u t m a n n LIVRET/LIBRETTO O R P H E U S ' S D E S C E N T I N T O H E L L H. 488 OVERTURE ACT ONE Scene I : Daphne, Oenone, Arethusa, rus of nymphs singing and dancing Eurydice, DAPHNE Let us devise a thousand different games To celebrate the delightful union Of a perfect couple here in this grove. CHORUS Let us devise a thousand different games To celebrate the delightful union Of a perfect couple here in this grove. DAPHNE May our songs rend the air And our buoyant steps imprint their image On the grass of this green carpet. CHORUS May our songs rend the air And our buoyant steps imprint their image On the grass of this green carpet. (Entrée of nymphs) O E N O N E AND ARETHUSA O stream which, in these fair parts. Maintains the verdure of eternal Spring To delight and woo Eurydice, Add your gentle murmur to our singing. And you, small birds, If you'd pay her homage, Tune your gentle woodnote To the waters' beguiling sound. cho- LA DESCENTE D'ORPHÉE AUX ENFERS H.488 m m OUVERTURE LA DESCENTE D'ORPHEE AUX ENFERS H.488 OUVERTÜRE ACTE I I. AKT Scène 1 : Daphné, Énone, Aréthuze, Euridice, chœur de nymphes chantant et dansant Szene 1: Daphne, Enone, Arethusa, Eurydike, der singenden und tarnenden Nymphen Chor DAPHNÉ DAPHNE Inventons mille jeux divers, Pour célébrer dans ce bocage De deux parfaits époux le charmant assemblage. Mit tausend Lustbarkeiten laßt Uns hier, im Schatten dieses Hains Des schönsten Paares glückliche Vermählung feiern. CHŒUR CHOR Inventons mille jeux divers, Pour célébrer dans ce bocage De deux parfaits époux le charmant assemblage. Mit tausend Lustbarkeiten laßt Uns hier, im Schatten dieses Hains Des schönsten Paares glückliche Vermählung feiern. DAPHNÉ DAPHNE Que nos chansons percent les airs Et que nos pas légers en impriment l'image Sur l'herbe de ce tapis vert. Hoch in die Lüfte schwing' sich euer Lied. Sein Abbild drückt mit leichtem Schritt Als Tanz den grünen Matten auf! CHŒUR CHOR Que nos chansons percent les airs Et que nos pas légers en impriment l'image Sur l'herbe de ce tapis vert. Hoch in die Lüfte schwing' sich euer Lied, Sein Abbild drückt mit leichtem Schritt Als Tanz den grünen Matten auf! (Entrée des (Auftritt der nymphes) Nymphen) ÉNONE ET ARÉTHUZE ENONE UND ARETHUSA Ruisseau qui dans ce beau séjour D'un printemps éternel entretiens la verdure Pour flatter Euridice et lui faire la cour, Mêle à nos chants ton doux murmure. Et vous petits oiseaux Si vous voulez lui rendre hommage, Accordez votre doux ramage Au bruit charmant des eaux. Du lieber Bach, der du den schönen Ort In e w ' g e m Frühling blühn und grünen läßt, Eurydike zum Lob und zu Gefallen laß' Dein sanftes Flüstern unsrer Melodie'n Begleiter sein. Und ihr, ihr Vögelein, Wollt ihr mit lieblichem Gesang Sie ehren und erfreuen, Stimmt in des Bächleins Rauschen ein. EURYDICE Faithful companions. Beneath your steps I see The charms Of a hundred newly opened flowers perish. Ah! Take better care Of these precious gifts Of Flora's sighs And Aurora's tears. Spare their burgeoning beauty. I intend to offer them to the hero whom I await. Let us rest on the tender grass. And mingle with the violet The rose's red and the jasmine's white. We shall make a crown That I'll place on his head with my very own hand. His constancy deserves it, and Hymen wills it so. CHORUS How favoured he will think himself, This fond and faithful hero, When he sees himself crowned By a faithful hand. EURYDICE Ah! OENONE We taste no pleasure but it brings us pain, My dear companion. Even the most fastidious Are bound to be pricked When they play with flowers. EURYDICE Support me, my dear Oenone, a snake has bitten me, I cannot go on, I am falling, prey to its poison. [Tl EURIDICE Compagnes fidèles, Je vois sous vos pas Mourir les appas De cent fleurs nouvelles. Ah ! Ménagez mieux Ces dons précieux Des soupirs de Flore Et des pleurs de l'Aurore. Épargnez leurs attraits naissants, Je les prétends offrir au héros que j'attends. Couchons-nous sur la tendre herbette, Et mêlons à la violette Le vermeil de la rose et le blanc du jasmin. Nous en ferons une couronne Que je lui mettrai de ma main, Sa constance en est digne et l'hymen me l'ordonne. EURYDIKE Traute Gespielen, Zertretet mir nicht Die Frühlingspracht Der schwellenden Knospen. Ah, nehmt sie in acht, Die kostbaren Gaben, Auroras Tränen Und Floras Seufzer. Verschont die jungen Blumen; Dem Jüngling sind sie zugedacht, den ich erwarte. Kommt, lagert euch zu mir ins frische Gras, Dort mischen wir das Veilchenblau, Und Rosenrot und weiße Blüten vom Jasmin; Wir binden sie zu einem Kranz, Den setz' ich ihm aufs Haupt; Sein treuer Sinn verdient den Lohn; auch ist es Hochzeitsbrauch. CHŒUR Qu'il se croira fortuné, Ce héros tendre et fidèle, De se voir couronné Par une main fidèle. CHOR Wie glücklich wird er sein, Der zärtliche und treue Held, Wenn er von lieber Hand So schön bekränzt sich sieht. EURIDICE Ah ! EURYDIKE Ah! ÉNONE L'on ne goûte point de plaisirs sans douleurs, Chère compagne, et les plus fines Ne peuvent éviter la pointe des épines En se jouant avec les fleurs. ENONE Wo Freude ist, da ist auch Leid, Geliebte Freundin; Und dem, der mit Blumen spielt, - selbst dem Geschicktesten Kann es gescheh'n, daß ihn die Dornen stechen. [Tl EURIDICE Soutiens-moi, chère Énone, un serpent m ' a blessée, Je n'en puis plus, je tombe, et du venin pressée. EURYDIKE Liebe Enone, hilf mir, eine Schlange biß mich, Ich kann nicht mehr, ich sinke hin, ich bin vergiftet! Scene 2: Orpheus, a group of shepherds and dancing, the same singing ORPHEUS What did I hear, what do I see? ALL Oh, extremity of grief! ORPHEUS What! Must I lose Eurydice? EURYDICE Orpheus, farewell, I am dying. ORPHEUS Ah! Shepherds, it is over, Eurydice is no more, Her beautiful eyes are closed, never again to open. Implacable gods, you let her die. What harshness, what injustice! The unhappy woman had scarcely reached her prime And already you cut her life's thread. CHORUS Ah! Nymphs, it is over, Eurydice is no more, Her beautiful eyes are closed, never again to open. Implacable gods, you let her die. What harshness, what injustice! The unhappy woman had scarcely reached her prime And already you cut her life's thread. (Entrée of despairing nymphs and shepherds.) Scène 2 ; Orphée, troupe de bergers et dansant, et les susdits chantant 2. Szene: Orpheus, die Vorigen Chor und Ballett der ORPHÉE ORPHEUS Qu'ai-je entendu, que vois-je ? Was höre ich? Was muß ich seh'n? TOUS ALLE Oh ! Comble des malheurs ! O bitt'res Los! ORPHÉE Quoi ! Je perds Euridice ! EURIDICE Orphée, adieu, je meurs. ORPHEUS ORPHÉE Ah ! Bergers, c'en est fait, il n'est plus d'Euridice, Ses beaux yeux sont fermés pour ne jamais s'ouvrir. Impitoyables dieux, vous la laissez mourir, Quelle rigueur, quelle injustice ! L'infortunée à peine entrait dans ses beaux jours Et vous en terminez le cours. EURYDIKE Weh! Ich verliere Euridyke! CHŒUR Ah ! Nymphes, c'en est fait, il n'est plus d'Euridice. Ses beaux yeux sont fermés Pour ne jamais s'ouvrir. Impitoyables dieux, vous la laissez mourir, Quelle rigueur, quelle injustice ! L'infortunée à peine entrait dans ses beaux jours Et vous en terminez le cours. (Entrée de nymphes et de bergers Schäfer, désespérés). Orpheus, leb wohl, ich sterbe. ORPHEUS Ihr Schäfer, sie ist hin, Eurydike ist tot, Die schönen Augen öffnen sich nie mehr dem Licht. Ihr gnadenlosen Götter, ach, ihr laßt sie sterben Erbarmungslose, ungerechte Götter! Unglückliche! Dem jungen Leben, kaum erblüht, Bereitet ihr so jäh ein Ende! CHOR Ach Nymphen, sie ist hin, Eurydike ist tot. Die schönen Augen öffnen sich nie mehr dem Licht. Ihr gnadenlose Götter, weh, ihr laßt sie sterben, Erbarmungslose, ungerechte Götter! Unglückliche! dem jungen Leben, kaum erblüht. Bereitet ihr so jäh ein Ende! (Auftritt der trauernden Schäfer und Nymphen) ORPHEUS Cowardly lover, could you outlive The nymph who so beguiled you? No! You never loved her If you hesitate to follow her. Let me die! Jealous fate that rends so fair a bond asunder, In spite of you, the grave will reunite us. Scene 3: Apollo, the same APOLLO My son, do not turn this sword against yourself: To shed your blood would be to spill my own. I feel your grief, your torment is my own. Heed my advice, not your extremity of passion. ORPHEUS Alas! A wretch who has lost all he loves, After the terrible blow of so baleful a fate, Should he not take his own life? APOLLO My son, do not lose hope. To see your nymph again, appeal to the power Of the prince of darkness who rules the dead. Let him feel the gentle violence Of the enchanting strains In which I trained your hands from earliest childhood. Your singing will melt the heart of this tyrant of Hell. Inhuman though he is, he'll be touched by your request. Doubt not that he'll give you back The nymph whom you have lost. ORPHÉE Lâche amant, pourrais-tu survivre A la nymphe qui t'a charmé ? Non ! Tu ne l'as jamais aimée Si tu diffères de la suivre, Mourons ! Destin jaloux qui rompt de si beaux nœuds, ORPHEUS Kleinmütiger, die dich bezaubert hat, Die schöne Nymphe, willst du Überleben? O nein, du hast sie nie geliebt, Wenn du noch säumst, ihr in den Tod zu folgen. Stirb denn! Zerreißt das Schicksal solche süßen Bande, So bin ich, ihm zum Trotz, im Grab mit ihr vereint. Malgré toi le tombeau nous rejoindra tous deux. 3. Szene: Apollo und die Vorigen Scène 3 : Apollon et les m susdists. APOLLON Ne tourne point, mon fils, ce fer contre toi-même, C'est répandre mon sang que de verser le tien. J'entre dans ta douleur, ton tourment est le mien, Suis mes conseils plutôt que ta fureur extrême. APOLLO Rieht' dieses Schwert, mein Sohn, nicht auf dein eignes Herz, Mein Blut vergießt du, wenn du deines opferst. Ich fühl' wie du den Schmerz, dein Kummer ist der meine. Folg meinem Rat, statt gegen dich zu wüten. ORPHÉE Hélas ! Un malheureux qui perd tout ce qu'il aime Après le coup affreux d'un si funeste sort Doit-il pas se donner la mort ? ORPHEUS Muß einer, der sein höchstes Gut verliert, Ein Elender, vom Schicksal fürchterlich Geschlagener, den Tod nicht suchen? APOLLON Mon fils, ne perds point l'espérance. Va pour ravoir ta nymphe implorer la puissance Du prince ténébreux qui règne chez les morts. Va lui faire sentir la douce violence De ces charmants accords Où je dressais tes mains dès ta plus tendre enfance. Tes chants adouciront ce tyran des Enfers. Tout barbare qu'il est, touché de ta demande, Ne doute point qu'il ne te rende La nymphe que tu perds. APOLLO Mein Sohn, noch gib die Hoffnung nicht verloren. Geh hin, erflehe deine Nymphe von der Macht, Die in der Unterwelt, im Reich der Schatten herrscht. Bezwinge sie mit deinem sanften Lied, Mit deinem Leierspiel, Das ich dich lehrt' von frühster Jugend an. Gewiß wird dein Gesang den Höllenfürsten rühren. Ist er auch grausam, zweifle nicht, Daß er sich deiner Not erbarmt Und dir die Nymphe wiederschenkt. ORPHEUS Why add to my torment with a futile hope! No matter, there is nothing I would not do to see Eurydice again. CHORUS True cause for tears. Unhappy day, Are these the sweet delights That the bonds of holy wedlock Promised these young hearts? (Entree of despairing nymphs and shepherds.) ACT TWO Scene I: Tantalus, Ixion, Tityus, singing Furies PRELUDE I X I O N , T A N T A L U S AND T I T Y U S Terrible torments, cruel afflictions That we suffer here with no hope of help, Redoubled pain, ever-fresh agonies, Alas, will you last for ever? Scene 2: Orpheus, Shades, the same PRELUDE ORPHEUS No more, no more, you ill-omened miscreants, No longer fill this mournful place with repeated cries, The torments that you bear Cannot be compared with the rigours of my fate. [¥] ORPHÉE Que d'un frivole espoir c'est flatter mon supplice ! ORPHEUS Den Schmerz zu lindern wiegst du mich in falscher Hoffnung! N'importe, essayons tout pour ravoir Euridice. Doch sei's! Ich wag's, Eurydike zurückzuholen. CHŒUR CHOR Juste sujet de pleurs, Malheureuse journée, Sont-ce là les douceurs Que les nœuds d'un saint hyménée Promettaient à ces jeunes cœurs ? (Entrée de nymphes et de bergers désespérés) O Tag der Tränen, Unheilvoller Tag, Ist dies die Seligkeit, Die Hymenäus' h e i l ' g c r B u n d Den jungen Herzen aufgespart? (Auftritt der trauernden Nymphen Schäfer) ZWEITER AKT A C T E II Scène 1 : Tantale, ïxion, Titye, furies \±] und chantantes. 1. Szene: Tantalus, Ixion, Tityos, Chor der Furien PRÉLUDE PRÄLUDIUM IXION, TANTALE & TITYE Affreux tourments, gênes cruelles, Qu'en ces lieux nous souffrons sans espoir de secours, Renaissantes douleurs, peines toujours nouvelles, IXION, TANTALUS, TITYOS Furchtbare Qual, grausame Pein erdulden wir An dieser Stätte, ohne Hoffnung, ohne Hilfe; Immer dieselben Schmerzen, immer neues Weh, Wollt ihr denn niemals enden? Hélas, durerez-vous toujours ? 2. Szene: Orpheus, Geister und die Vorigen. Scène 2 : Orphée, fantômes et les susdits. PRÄLUDIUM ITÔ1 P R É L U D E ORPHÉE Cessez, cessez, fameux coupables, D'emplir ces tristes lieux de cris réitérés, Les tourments que vous endurez Aux rigueurs de mon fait ne sont point comparables. ORPHEUS Schweigt doch, ihr alten Frevler, Die ihr mit Höllenschrei'n dies Jammertal erfüllt. Glaubt mir, die Foltern, die euch auferlegt, Sind nichts, verglichen mit dem Los, das mir beschieden ist. IXION, TANTALUS AND TITYUS What a touching voice, what dulcet strains Bring respite to my harsh torment? TANTALUS No longer do I desire these fruits or waters. IXION I breathe more freely, my wheel has stopped. TITYUS My savage vultures' hunger seems assuaged. I X I O N , T A N T A L U S AND T I T Y U S Mortal, whosoever you may be, If your heart is touched by our endless torment, Strike up again and tune your voice's tender strains To the gentle sounds of your lyre. ORPHEUS I'll not deny you this solace in your grief, Happy if these mournful strains Could melt Pluto's heart and cast the selfsame spell on him As they do on your great hardships, Happy if these tender strains Might move him to end the torments that I suffer. CHORUS There is none in Hell can resist Their all-conquering spell. Judge by the tears That you see us shed. Melt our inhuman hearts, Calm our quickening pain. It is you alone that can do so. How delightful your singing, how full of sweetness! IXION, TANTALE & TITYE Quelle touchante voix, quelle douce harmonie Suspend mon rigoureux tourment ? IXION, TANTALUS, TITYOS Welch ein ergreifender Gesang, welch' süße Harmonien Gebieten Einhalt meiner Qual? TANTALE Ni ces fruits, ni ces eaux ne me font plus d'envie. TANTALUS Nicht länger dürst' ich nach dem Wasser, nach den Früchten. IXION IXION Je respire, ma roue arrête en ce moment. Ich atme auf, mein Rad steht still. TITYE De mes cruels vautours la faim semble assouvie. TITYOS Gesättigt scheinen meine gnadenlosen Geier. IXION, TANTALUS, TITYOS O Sterblicher, wer du auch seist, Wenn je dein Herz sich unsrer langen Pein erbannt. So laß noch einmal zu dem süßen Leierspiel Uns deiner Stimme holden Klang vernehmen. IXION, TANTALE & TITYE Mortel, qui que tu sois, Si ton cœur est sensible à notre long martyre. Recommence à mêler au doux son de ta lyre Les tendres accents de ta voix. 11 ORPHÉE Je ne refuse point ce secours à vos larmes, Heureux si ces tristes accents Sur vos maux si puissants Pour attendrir Pluton avaient les mêmes charmes, Heureux si ces tendres accents Le portaient à finir les peines que je sens, ORPHEUS Den Dienst will ich euch gern erweisen. Ach könnt' mein trauriger Gesang, Der eure großen Schmerzen stillt Mit gleicher Zauberkraft auch Plutos Herz bezwingen Könnt' meiner Lieder sanftes Flehen ihn Bewegen, daß er meiner Qual ein Ende setzt! CHŒUR Il n'est rien aux Enfers qui se puisse défendre De leurs charmes vainqueurs. Juges-en par les pleurs Que tu nous vois répandre. Attendris nos barbares cœurs, Calme nos cuisantes douleurs. C'est ce qu'il n'appartient qu'à toi seul d'entreprendre. Que tes chants ont d'appas, qu'ils sont pleins de douceurs ! CHOR Nichts in der Unterwelt vermag Sich ihrem Banne zu entziehen. Du siehst es an den Tränen, Die wir vergießen müssen. Erweiche unser hartes Herz, Besänftige unsern großen Schmerz. Nur du allein kannst dies bewirken. Wie voller Anmut, voller Süße deine Lieder sind! LES FANTOMES Scene 3: Pluto, Proserpina, and dancing, the same Blessed Spirits singing PRELUDE PLUTO What is this foolhardy mortal seeking in my palace? How dare he disturb its eternal silence? Can't he see what will follow his criminal plan? Does he know the danger he runs in displeasing me? ORPHEUS I have not come, o Prince of Hell, To lay violent hand On this place, which is in your power, Nor am I driven by the wish to tell the world That Cerberus lies shackled by Orpheus' hand. The sole and cherished object for which my soul repines, Eurydice... at this name I feel my voice fail me, My lyre falls mute, beneath my fingers It can no longer express my bitter torment. Sighs, ardent sighs, it is you that must speak. PROSERPINA Poor lover, what heart of stone Would not be moved By the tender strains of your plaint? CHORUS Poor lover, what heart of stone Would not be moved By the tender strains of your plaint? 12 13 LES FANTOMES LES FANTOMES Scène 3 : Piuton, Proserpine, ombres heureuses chantant et dansant avec les susdits. 3. Szene: Pluto, Proserpina, Chor und Ballett seligen Schatten und der Vorigen. PRÉLUDE PRÄLUDIUM PLUTON Que cherche en mon palais ce mortel téméraire ? Ose-t-il en troubler le silence éternel ? Prévoit-il ce qui suit son dessein criminel ? Connaît-il le danger qu'on court à me déplaire ? PLUTO Was sucht der kühne Sterbliche in meinem Reich? Wagt er, das ewige Schweigen dreist zu stören? Kennt er die Folgen seines frevelhaften Tuns? Ermißt er die Gefahr, die jedem droht, der mich erzürnt? 14] O R P H É E Je ne viens point ici. Monarque des Enfers, Pour faire aucune violence Aux lieux soumis à ta puissance, Ni poussé du désir d'apprendre à l'Univers Qu'Orphée a mis Cerbère aux fers. L'unique et cher objet pour qui mon cœur soupire, Euridice... A ce nom je sens manquer ma voix, Ma lyre en est autant muette, sous mes doigts Ne peut plus exprimer mon rigoureux martyre. Soupirs, ardents soupirs, c'est à vous à le dire. der ORPHEUS Ich komme nicht, o Fürst der Unterwelt, Dem Reich, das deiner Herrschaft unterstellt, Kampf anzusagen, Noch drängt es mich, der Menschheit kundzutun, Daß Orpheus Cerberus in Ketten zwang. Das einzige, teure Gut, nach dem mein Herz verlangt, Eurydike... ach, mir versagt die Stimme, nenn' ich sie, Und stumm bleibt unter meinen Händen mir die Leier, Vermag die Qual nicht auszudrücken, die ich leide. Sagt ihr es, meine Seufzer, meine heißen Seufzer. PROSERPINE Pauvre amant, quel cœur de rocher Ne se laisserait pas toucher Aux tendres accents de ta plainte ? PROSERPINA Armer Jüngling, selbst ein Stein Würde sich erbarmen Ob so süßer Klagen. CHŒUR Pauvre amant, quel cœur de rocher Ne se laisserait pas toucher Aux tendres accents de la plainte ? CHOR Armer Jüngling, selbst ein Stein Würd' sich erbarmen Ob so süßer Klagen. PROSERPINA Cease your sighing, Fearlessly tell me about your misfortunes, I share your distress. CHORUS Cease your sighing, Fearlessly tell us about your misfortunes, We share your distress. ORPHEUS Eurydice is no more, and yet my passion lives on. This burgeoning flower was only just opening. Alas! In the springtime of youth A serpent ended her mournful destiny Just as she was about to reward my constant passion With the tender ties of marriage. Ah! Be moved by the extremity of my anguish, Give me back this rare beauty, o God of Hell, Without the nymph that I love the very day is hateful to me. Restore her to life, or shroud me in darkness. PLUTO Fate is opposed to all that you wish, Unfortunate husband, end these vain regrets, The shades that obey my will Can never return from the halls of death. PROSERPINA Ah! Since the harsh hand of Fate Cut her life's thread before her time, Restore her to life, o sovereign king, And let that life run its course. CHORUS Restore her to life, o sovereign king, And let her life run its course. PROSERPINE Donne relâche à tes soupirs, Raconte tes malheurs sans crainte, Je partage tes déplaisirs. PROSERPINA Laß ab von deinem Seufzen, Sag ohne Furcht, was dich bedrängt, Ich teile deinen Schmerz. CHŒUR Donne relâche à tes soupirs, Raconte tes malheurs sans crainte, Nous partageons tes déplaisirs. CHOR Laß ab von deinem Seufzen, Sag ohne Furcht, was dich bedrängt, Ich teile deinen Schmerz. [Ï5l O R P H É E Euridice n'est plus, et mon feu dure encore. Cette naissante fleur ne faisait que d'éclore. Hélas ! Dans son plus beau printemps Un serpent a fini sa triste destinée, Sur le point qu'elle allait par un doux hyménée Récompenser mes feux constants. Ah ! Laisse-toi toucher à ma douleur extrême, Rends-moi, Dieu des Enfers, cette rare beauté, Le jour m'est odieux sans la nymphe que j'aime, ORPHEUS Die zarte Knospe hat sich kaum entfaltet. Und da, im Frühling ihres Lebens, bereitet eine Schlange ihr ein jähes Ende, Grad' in dem Augenblick, als meine treue Liebe Durch zarte Bande ihren Lohn erhalten sollt'. Ach, möchtest du dich meiner Not erbarmen, Gib sie mir wieder, Gott der Unterwelt, mein Ein, mein Alles, Verhaßt ist mir das Dasein ohne meine Liebste, Schenk ihr das Leben wieder - oder nimm mir meines. Redonne-lui la vie ou m'ôte la clarté. PLUTON Le destin est contraire à ce que tu souhaites. Epoux infortuné, finis tes vains regrets, Les ombres qui me sont sujettes De l'empire des morts ne retournent jamais. PROSERPINE Ah ! Puisqu'avant le temps la rigueur de la Parque A tranché le fil de ses jours, Permets qu'elle revive, ô souverain Monarque, Et qu'elle en achève le cours. CHŒUR Permets qu'elle revive, ô souverain Monarque, Et qu'elle en achève le cours. PLUTO Das Schicksal widersetzt sich deinem Wunsch; Umsonst ist deine Trauer, unglücksel'ger Gatte. Denn von den Schatten, die mir Untertan, Kehrt keiner aus dem Totenreich zurück. PROSERPINA Weil ihr die strenge Parze vor der Zeit Den Lebensfaden abgeschnitten, Gewähr' ihr eine Frist, o hoher Herr, Auf daß sie ihres Daseins Lauf vollende. CHOR Erlaube, daß sie lebt, gestrenger Herrscher, Und daß sie ihres Daseins Lauf vollende. ORPHEUS You'll not lose her, alas, in restoring her to me. Every mortal is subject to death's decree. And my dear Eurydice will resist it in vain. Sooner or later she'll have to return here. PLUTO What imperious spell bids me show tenderness And makes me pity his torment? Pluto, would you be so weak As to be moved by a lover's regrets? PROSERPINA Take heart, Orpheus, display Your melodious accents' greatest charms. The most unyielding of gods Can scarcely hold back his tears. CHORUS Take heart, Orpheus, display Your melodious accents' greatest charms. The most unyielding of gods Can scarcely hold back his tears. ORPHEUS Recall how you stole Proserpina from Ceres, Recall how Cupid Once chose his finest dart From your matchless spouse's Attractive eyes To pierce your invulnerable heart. By this happy blow, by which your heart was wounded. By these charming eyes, from which this dart was fired. Faithful Orpheus begs you at your feet To lighten the burden ofthe torments he suffers. Do they no longer have the attractions by which you were beguiled? Ï6~ O R P H É E Tu ne la perdras point, hélas ! Pour me la rendre, Tout mortel est soumis à la loi du trépas, Et ma chère Euridice aura beau s'en défendre, Il faut que tôt ou tard elle rentre ici-bas. J7 ORPHEUS Ach, du verlierst sie nicht, indem du sie mir gibst, Denn alle Sterblichen sind ja dem Tod geweiht, Eurydike entgeht dir nicht. Früh oder spät muß sie hinab ins dunkle Reich. PLUTON Quel charme impérieux m'incite à la tendresse Et me fait plaindre son tourment, Pluton, aurais-tu la faiblesse De te laisser toucher aux regrets d'un amant ? PLUTO Mit übermächtiger Gewalt ergreift's mein Herz Und flößt mir Mitleid ein mit seiner Qual. Pluto, kleinmüt'ger Gott, läßt du Von eines Jünglings Liebesklagen dich betören? PROSERPINE Courage, Orphée, étale ici les plus grands charmes De tes accents mélodieux, Le plus inflexible des dieux Ne retient qu'à peine ses larmes. PROSERPINA Mut, Orpheus, sieh, schon wirkt die Zauberkraft Der wundersamen Melodie ! Der unerbittlichste der Götter Hält nur mit Mühe seine Tränen auf. CHŒUR Courage, Orphée, étale ici les plus grands charmes De tes accents mélodieux, Le plus inflexible des dieux Ne retient q u ' à peine ses larmes. CHOR Mut, Orpheus, sieh, schon wirkt die Zauberkraft Der wundersamen Melodie ! Der unerbittlichste der Götter Hält nur mit Mühe seine Tränen auf. ORPHÉE Souviens-toi du larcin que tu fis à Cérès, Souviens-toi que l'Amour Dans les yeux pleins d'attraits De ton épouse incomparable Choisit le plus beau de ses traits Dont le coup sut percer ton cœur impénétrable. C'est par ce coup heureux dont ton cœur fut blessé, C'est par ces yeux charmants d'où ce trait fut lancé Que le fidèle Orphée à tes pieds te conjure De soulager l'excès des peines qu'il endure, N'ont-ils plus les appas dont tu fus enchanté ? ORPHEUS Gedenkst du noch des Raubs, Den du begingst an Ceres? Gedenkst du, daß die holden Augen, Die glüh'nden Blicke deiner Gattin Dem Liebesgott zum stärksten seiner Pfeile wurden, Die er gewählt, dein hartes Herz zu treffen? Bei jener Flamme, der dein Herz erlag, Bei diesen Augen, die die Glut entfacht, Beschwört dich kniend hier der treue Orpheus Und tlcht um Lind'rung seines übermächt'gen Leids. Besitzen sie nicht mehr den Reiz, der dich betört'? Ah! Be moved by the extremity of my anguish. Give me back this rare beauty, o God of Hell, Without the nymph that I love the very day is hateful to me. Restore her to life, or shroud me in darkness. PLUTO I yield, 1 give in, o lovely Proserpina. Entreated by your eyes, I no longer feel any harshness. You see the effect on my heart Of your celestial beauty. Return to the brightness of day, Loving, faithful Orpheus. I shall draw from the cruel Fate's hands The object of your love. Leave this spirit world triumphant, Eurydice will follow you. But do not turn round to look at her Until you have quit this sombre realm, Or else I'll reclaim her for a second death. (Proserpina and Pluto disappear.) ORPHEUS Love, fiery Love, how can I constrain you? Ah! How tender Orpheus must fear himself! Scene 4: Chorus of Blessed Spirits, Evil Furies and Shades CHORUS You are leaving then, Orpheus. Ah! Futile regrets, Relief all too brief, Pleasures too fleeting, Alas, you have parted Like pleasant dreams. Stay with us for ever, Spirits, i l Ah ! Laisse-toi toucher à ma douleur extrême. Rends-moi, Dieu des Enfers, cette rare beauté, Le jour m'est odieux sans la nymphe que j'aime, Redonne-lui la vie ou m'ôte la clarté. Ach möchtest du dich meiner Not erbarmen, Gib sie mir wieder, Gott der Unterwelt, Verhaßt ist mir das Dasein ohne meine Liebste, Schenk ihr das Leben wieder - oder nimm mir meines. PLUTON Je cède, je me rends, aimable Proserpine, Conjuré par vos yeux je n'ai plus de rigueur. Voyez ce que peut sur mon cœur Votre beauté divine. Retourne à la clarté du jour, Orphée amoureux et fidèle, Je vais tirer des mains de la Parque cruelle L'objet de ton amour. Sors triomphant de l'empire des ombres, Euridice suivra tes pas. Mais pour la regarder ne te retourne pas, Que tu ne sois sorti de ces demeures sombres, Sinon je la reprends par un second trépas. PLUTO Ich bin besiegt, geliebte Proserpina, Dein Blick hat mich bezwungen, meine Macht Beugt sich der Allgewalt, Die deine Schönheil über dieses Herz gewann. Geh hin und steig hinauf ans Licht, Verliebter, treuer Orpheus. Der gnadenlosen Parze will Ich sie entreißen, deine Liebste. Kehr heim als Sieger aus dem Reich der Schatten, Eurydike wird deinen Schritten folgen. Doch willst du sie behalten, blicke nie zurück Bevor du nicht die Welt der Finsternis verlassen hast, Sonst muß sie eines zweiten Todes sterben. (Proserpine (Proserpina et Pluton disparaissent) und Pluto treten ab) ORPHÉE Amour, brûlant Amour, pourras-tu te contraindre ? Ah ! Que le tendre Orphée à lui-même est à craindre. ORPHEUS O Liebesglut, ach, wie bezwing' ich mich? Zärtlicher Orpheus, vor dir selbst nimm dich in Acht. Scène 4 : Chœur d'ombres heureuses, pables, de furies et de fantômes. 4. Szene: Chor der seligen und der Schatten, der Furien und Geister 19. C H Œ U R Vous partez donc, Orphée. Ah ! Regrets superflus, Soulagement trop court, Plaisirs trop peu durables, Hélas, vous êtes disparu Comme des songes agréables. Demeurez toujours avec nous, cou- CHOR So gehst du fort, Orpheus, Umsonst ach, uns're Reue. Zu kurz die Linderung, Zu schnell entschwund'ne Freuden, Weh uns, ihr seid dahin Gleich einem schönen Traum. Wollet uns nie verlassen, verdammten Beguiling impression of this touching voice That ravishes and enchants us. I X I O N , T A N T A L U S AND T I T Y U S As long as we retain so sweet a memory, Heaven will surely envy Hades' joy. CHORUS Remain with us for ever, Beguiling impression of this touching voice That ravishes and enchants us. As long as we retain so sweet a memory, Heaven will surely envy Hades' joy. Entree of Shades CHORUS Remain with us for ever, Beguiling impression of this touching voice That ravishes and enchants us. As long as we retain so sweet a memory, Heaven will surely envy Hades' joy. Translated by Stewart Spenci Charmante impression de cette voix touchante Qui nous ravit, qui nous enchante. Süße Empfindungen, die dein Gesang erweckt', Dein Leierspiel, das uns bezaubert hat. IXION, TANTALE & TITYE Tant que nous garderons un souvenir si doux Le bonheur des Enfers rendra le Ciel jaloux. IXION, TANTALUS, TITYOS Solang die zärtliche Erinn'rung daran währt, Blicken die Himmlischen voll Neid auf unser Glück. CHŒUR Demeurez toujours avec nous, Charmante impression de cette voix touchante Qui nous ravit, qui nous enchante. Tant que nous garderons un souvenir si doux Le bonheur des Enfers rendra le Ciel jaloux. CHOR Wollet uns nie verlassen, Süße Empfindungen, die dein Gesang erweckt', Dein Leierspiel, das uns bezaubert hat. Solang die zärtliche Erinn'rung daran währt, Blicken die Himmlischen voll Neid auf unser Glück. 2ÖJ Entrée des Fantômes CHŒUR Demeurez toujours avec nous, Charmante impression de cette voix touchante Qui nous ravit, qui nous enchante. Tant que nous garderons un souvenir si doux Le bonheur des Enfers rendra le Ciel jaloux. Auftritt der Geister CHOR Wollet uns nie verlassen, Süße Empfindungen, die dein Gesang erweckt', Dein Leierspiel, das uns bezaubert hat. Solang die zärtliche Erinn'rung daran währt, Blicken die Himmlischen voll Neid auf unser Glück. Übersetzung: I. Trautmann
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