Exposição | Ausstellung | Exposición OBSERVATION SPACE 21.05.2015 – 27.06.2015 – Goethe-Institut Porto Alegre Agradecimentos Danksagung Agradecimientos Aos professores da UFRGS: Den Professoren der UFRGS: A los profesores de la UFRGS: Elaine Tedesco (Instituto de Artes) Marcelo Walter (Instituto de Informática) Ao Laboratório de Imagem e Tecnologia Departamento de Artes Visuais – UFRGS Dem Labor für Bild und Technik Der Abteilung der visuellen Künsten – UFRGS Al Laboratorio de Imagen y Tecnología Departamento de Artes Visuales – UFRGS Ao Instituto de Informática da UFRGS Dem Institut für Informatik der UFRGS Al Instituto de Informática de la UFRGS Às empresas apoiadoras Den Partnerunternehmen A las empresas que apoyaron - Cliever - Hotel Master Premium Cosmopolitan - Procempa Aos Goethe-Institut Den Goethe-Instituten A los Goethe-Institut Buenos Aires, Montevidéo, Santiago do Chile e São Paulo Aos alunos e ex-alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul pelo apoio técnico: Den ehem. Studenten der Universidade Federal do Rio Grande do Sul [UFRGS] für die technische Unterstützung: A los alumnos y ex alumnos de la Universidad Federal do Rio Grande do Sul por el apoyo técnico: Affonso Dick Neto Ali Savange Eliane Sanhudo Uczak Fernando de Almeida Gregor Handrich Karel Šmejkal Leonardo Azenha Marcelo Garlet Millani Natascha Gass Com agradecimentos especiais para Sandra Becker e Peggy Sylopp pelo trabalho em conjunto com os estudantes da UFRGS Mit besonderem Dank an Sandra Becker und Peggy Sylopp für die Zusammenarbeit mit den Studenten der UFRGS Con agradecimientos especiales a Sandra Becker y Peggy Sylopp por el trabajo en conjunto con los estudiantes de la UFRGS NARRAR X CONTAR Narrar x Contar A digitalização coloca a humanidade diante de grandes desafios. As possibilidades técnicas podem ser usadas tanto para o bem como para o mal. Desde as revelações de Snowden no verão de 2013, nós sabemos que o Serviço Secreto norte-americano (NSA) monitora sistematicamente a economia e a população de outros países. Há mais de um ano funciona no parlamento alemão (Bundestag) o Comitê de Investigação sobre Serviços Secretos, com a tarefa de descobrir em que medida o Serviço Secreto alemão (BND) está envolvido na rede do NSA. As tecnologias digitais possibilitam a guarda de registros e um monitoramento absoluto dos cidadãos em âmbito internacional por serviços secretos. Um regulamento para a proteção dos direitos civis na internet é urgentemente necessário. A artemídia está intimamente entrelaçada com desenvolvimentos tecnológicos, sociais e políticos, tendo desde sempre desempenhado um papel de vanguarda no manejo de mídias, redes digitais e novas tecnologias. A arte, mesmo quando se apropria de tecnologias binário-digitais, sempre trabalha com espaços em branco, com imprecisões e uma ordem diferente daquela fornecida pela máquina. Ao ritmo exato do computador, que se limita a contar - um bit por momento de tempo -, a arte opõe a ancestral técnica cultural da narrativa. Através da arte a tecnologia torna-se utilizável para fins emancipatórios. NARRAR X CONTAR O Goethe-Institut, com seu projeto MEDIA ART LAB MERCOSUL, respondeu à situação atual convidando a Porto Alegre, primeiramente, artistas da Alemanha e do Brasil e, em seu segundo ano, também artistas da Argentina, Chile e Uruguai que trabalham com novas mídias. Porto Alegre, a capital mais meridional do Brasil, é, em virtude de sua proximidade geopolítica e cultural dos outros países fundadores do MERCOSUL, um lugar muito apropriado. Para angariar competitividade internacional a longo prazo, a América do Sul precisa estabelecer circuitos econômicos regionais. Também na cultura - e particularmente na artemídia - o intercâmbio dentro da região e em âmbito internacional é uma questão de sobrevivência. Com um dos melhores institutos de Informática entre as universidades e diversas empresas de software nas vizinhanças, Porto Alegre oferece as condições ideais para a instalação de um laboratório de artemídia. O laboratório, numa sala de aula do Goethe-Institut, foi rapidamente preparado, faltavam apenas os artistas certos, dispostos a participar da experiência e abertos a uma aventura interdisciplinar, intercultural e colaborativa. inicial e logo contagiaram outros artistas com seu entusiasmo. Em 2015 vieram Peggy Sylopp (Berlim), Fabián Barros Andrade (Montevidéu), Fabiane Morais Borges (São Paulo), Jorge Amaolo (Argentina) e Rainer Krause (Santiago do Chile), que trabalharam juntos ao longo de dois meses, e agora apresentam o resultado de sua cooperação na exposição "Observation Space". Estudantes dos Instituto de Artes e de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) foram integrados ao projeto e, graças à boa vontade de professores de ambas as faculdades, em 2015 foi oferecido pela primeira vez um curso de artemídia para estudantes de Artes e de Informática. A demanda foi muito maior do que o esperado. Sandra Becker (Berlim) e Elaine Tedesco (Porto Alegre) acenderam em 2014 a chama Marina Ludemann Diretora do Goethe-Institut Porto Alegre O MEDIA ART LAB MERCOSUL só pôde ser concretizado graças ao engajamento dos artistas e ao apoio de nossos parceiros, o Instituto de Artes e o Instituto de Informática. Agradecemos a todos os envolvidos e ficamos na expectativa da próxima edição do projeto. ERZÄHLEN STATT ZÄHLEN Erzählen statt Zählen Die Digitalisierung stellt die Menschheit vor große Herausforderungen. Die technischen Möglichkeiten können zum Guten wie zum Schlechten genutzt werden. Seit den Snowden-Enthüllungen im Sommer 2013 wissen wir, dass der US-Geheimdienst NSA Wirtschaft und Bevölkerung anderer Staaten systematisch abhören lässt. Seit über einem Jahr tagt im Deutschen Bundestag der GeheimdienstUntersuchungsausschuss, der aufdecken soll, wie tief der Bundesnachrichtendienst (BND) in das Netzwerk des NSA eingebunden ist. Die digitalen Technologien machen die Vorratsdatenspeicherung und eine lückenlose Überwachung der Bürger durch Geheimdienste in internationalem Maßstab möglich. Eine Web-Charta zum Schutz der Bürgerrechte im Internet ist dringend nötig. Medienkunst ist eng verflochten mit technologischen, gesellschaftlichen und politischen Entwicklungen und hat schon immer eine Vorreiterrolle im Umgang mit Medien, digitaler Vernetzung und neuen Technologien gespielt. Kunst, auch wenn sie sich binär-digitale Technologien aneignet, arbeitet immer mit Leerstellen, Ungenauigkeiten und mit einer anderen Ordnung als der, die die Maschine vorgibt. Dem genauen Takt des Computers, der schlicht nur zählt – ein bit pro Zeitmoment –, setzt die Kunst die uralte Kulturtechnik des Erzählens gegenüber. Durch Kunst wird Technologie emanzipatorisch nutzbar gemacht. Das Goethe-Institut hat mit seinem Projekt MEDIA ART LAB MERCOSUL auf die aktuelle Situation reagiert und Medienkünstler zunächst aus Deutschland und Brasilien und im zweiten Jahr auch aus Argentinien, Chile und Uruguay nach Porto Alegre eingeladen. Porto Alegre, die südlichste Bundeshauptstadt Brasiliens, ist aufgrund seiner geopolitischen und kulturellen Nähe zu den anderen Gründungsstaaten des MERCOSUL ein geeigneter Standort. Um langfristig international wettbewerbsfähig zu sein, muss Südamerika regionale Wirtschaftskreisläufe etablieren. Auch in der Kultur – und besonders in der Medienkunst ist der innerregionale und der internationale Austausch überlebenswichtig. Porto Alegre bietet mit einem der besten universitären Informatik-Institute und mit einer Ansammlung von Software-Firmen in der näheren Umgebung ideale Voraussetzungen für die Entwicklung eines Medienkunstlabors. Das Labor in einem Klassenzimmer des Goethe-Instituts war schnell aufgebaut, es fehlten nur noch die richtigen Künstler und Künstlerinnen, die ERZÄHLEN STATT ZÄHLEN sich auf das Experiment einliessen und offen waren für ein interdisziplinäres, interkulturelles und kollaboratives Wagnis. Sandra Becker (Berlin) und Elaine Tedesco (Porto Alegre) zündeten 2014 den Funken und steckten mit ihrem Enthusiasmus schnell andere Künstler an. 2015 folgten Peggy Sylopp (Berlin), Fabian Barros Andrade (Montevideo), Fabiane Morais Borges (Sao Paulo), Jorge Amaolo (Argentinien) und Rainer Krause (Santiago de Chile). Sie arbeiteten zwei Monate lang zusammen und präsentieren nun mit der Ausstellung „Observation Space“ das Resultat ihrer Kooperation. Studenten des Kunst- und des Informatik-Instituts der Staatlichen Universität UFRGS in Porto Alegre wurden einbezogen und dank der Offenheit von Professoren beider Fakultäten wurde 2015 erstmals ein Medienkunstkurs für Kunst- und Informatikstudenten angeboten. Die Nachfrage war viel größer als erwartet. MEDIA ART LAB MERCOSUL ist nur dank des Engagements der Künstler und mit Unterstützung der Partner Instituto de Artes und Instituto de Informatica zustande gekommen. Wir danken allen Beteiligten und freuen uns auf die Fortsetzung. Marina Ludemann Leiterin des Goethe-Instituts Porto Alegre Narrar x Contar La digitalización pone la humanidad frente a grandes desafíos. Las posibilidades técnicas pueden ser usadas tanto para el bien como para el mal. Desde las revelaciones de Snowden en el verano de 2013, sabemos que el Servicio Secreto Norteamericano (NSA) monitorea sistemáticamente la economía y la población de otros países. Hace más de un año funciona en el parlamento alemán (Bundestag) el Comité de Investigación sobre Servicios Secretos, con la tarea de descubrir en qué medida el Servicio Secreto Alemán (BND) está involucrado en la red del NSA. Las tecnologías digitales permiten a los servicios secretos la guardia de registros y un monitoreo absoluto de los ciudadanos en ámbito internacional. Una regulación para la protección de los derechos civiles en internet es urgentemente necesaria. El arte de los medios está estrechamente entrelazada con desarrollos tecnológicos, sociales y políticos, habiendo desempeñado desde siempre una función de vanguardia en la utilización de medios, redes digitales y nuevas tecnologías. El arte, incluso cuando se apropia de tecnologías binario-digitales, siempre trabaja con espacios blancos, con imprecisiones y un orden diferente del que ofrece la máquina. Al ritmo exacto del ordenador, que se limita a contar - un bit NARRAR X CONTAR por momento de tiempo -, el arte opone la técnica cultural ancestral de la narrativa. A través del arte la tecnología se vuelve utilizable para objetivos emancipatorios. El Instituto Goethe, con su proyecto MEDIA ART LAB MERCOSUR, respondió a la situación actual invitando a Porto Alegre, primeramente, a artistas de Alemania y de Brasil y, en su segundo año, también a artistas de Argentina, Chile y Uruguay que trabajan con nuevos medios. Porto Alegre, la capital más austral de Brasil, es, debido a su proximidad geopolítica y cultural a los otros países fundadores del Mercosur, un sitio muy apropiado. Para lograr competitividad internacional a largo plazo, Sudamérica tiene que establecer circuitos económicos regionales. También en la cultura - y particularmente en el arte de los medios - el intercambio dentro de la región y en ámbito internacional es una cuestión de supervivencia. Con uno de los mejores institutos de Informática entre las universidades y variadas empresas de software en el entorno, Porto Alegre ofrece las condiciones ideales para la instalación de un laboratorio de arte de los medios. Se preparó rápidamente el laboratorio en un aula del Instituto Goethe; hacía falta sólo los artistas adecuados, dispuestos a participar de la experiencia y abiertos a una aventura interdisciplinaria, intercultural y colaborativa. Sandra Becker (Berlín) y Elaine Tedesco (Porto Alegre) encendieron en 2014 la llama y así animaron a otros artistas con su entusiasmo. En 2015 vinieron Peggy Sylopp (Berlín), Fabian Barros Andrade (Montevideo), Fabiane Morais Borges (São Paulo), Jorge Amaolo (Argentina) y Rainer Krause (Santiago de Chile), que trabajaron juntos a lo largo de dos meses y ahora presentan el resultado de su cooperación en la exposición "Observation Space". Estudiantes de los Institutos de Arte y de Informática de la Universidad Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) se integraron al proyecto y, con la buena voluntad de profesores de ambas facultades, en 2015 se ofreció por primera vez un curso de arte de los medios para estudiantes de Arte y de Informática. La demanda fue mucho mayor que lo esperado. El MEDIA ART LAB MERCOSUR sólo se pudo materializar debido a la participación de los artistas y el apoyo de nuestros compañeros, el Instituto de Arte y el Instituto de Informática. Agradecemos a todos los involucrados y estamos a la espera de la próxima edición del proyecto. Marina Ludemann Directora del Goethe-Institut Porto Alegre MALM Media Art Lab Mercosul Agamben1 analisa as diversas inflexões da palavra dispositivo, termo estratégico no pensamento de Foucault, para ampliar ainda mais a já extensa classe de dispositivos foucaultianos e consolidar o pensamento de chamar de dispositivo qualquer coisa que, cito, tenha de algum modo a capacidade de capturar, orientar, determinar, interceptar, modelar, controlar e assegurar os gestos, as condutas, as opiniões e os discursos dos seres viventes. Dessa forma, para Agamben não somente as prisões, os manicômios, as escolas, a confissão, as medidas jurídicas etc, mas também a caneta, a escritura, a literatura, os computadores, os telefones celulares e a própria linguagem são dispositivos. A grande importância que o autor atribui ao termo o leva a identificar duas classes predominantes, os seres viventes e os dispositivos. Entre os dois, introduz-se como terceiro, os sujeitos. Agamben denomina sujeito o que resulta da relação e, por assim dizer, do corpo a corpo entre os viventes e os dispositivos. Nesse sentido, teoricamente, um mesmo sujeito pode ser lugar de múltiplos processos de subjetivação e, portanto, ao ilimitado crescimento dos dispositivos no nosso tempo corresponderia a uma igualmente disseminada proliferação de processos de subjetivação. Eis aí a questão, pois o que define os dispositivos com os quais temos que lidar na atual fase do capitalismo é que esses não agem mais tanto pela produção de um sujeito quanto por meio de processos que podemos chamar de dessubjetivação. Daí a importância do alerta, diante da sofisticação que a tecnologia alcança em nosso tempo, sobre a futilidade dos discursos bem intencionados acerca da tecnologia que reduzem o problema dos dispositivos àquele do uso correto, e a fragilidade das sociedades contemporâneas que se apresentam como corpos inertes atravessados por gigantescos processos de dessubjetivação que não correspondem a nenhuma subjetivação real. Por isso, o autor afirma que o poeta, e aqui podemos dizer, o artista, — o contemporâneo — deve manter fixo o olhar no seu tempo pois contemporâneo é aquele, cito novamente, que mantém fixo o olhar no seu tempo, para nele perceber não as luzes, mas o escuro. Apostando na arte para reagir à complexidade de relações que a invasão da tecnologia introduz na vida cotidiana, o MALM Instituto Goethe Porto Alegre vem desenvolvendo o projeto Media Art Lab Mercosul, que mobiliza intercâmbios de artistas alemães e brasileiros com países do Mercosul. O projeto busca fomentar propostas artísticas que respondem às transformações da sociedade contemporânea face às vertiginosas mutações decorrentes da ascendência das tecnologias de comunicação no dia a dia. O projeto iniciou com a residência da artista Sandra Becker (Berlim) em Porto Alegre de janeiro a março de 2014, que resultou na exposição “Social Dissolve”, apresentada na Galeria do Goethe-Institut Porto Alegre, e tem continuidade, em 2015, com a residência da artista Peggy Sylopp. O trabalho que a artista multimídia alemã Peggy Sylopp está desenvolvendo na residência em Porto Alegre propõe um diálogo e trabalho conjunto, através de encontros presenciais e on-line, com quatro artistas de países do Mercosul Fabián Barros Andrade (Montevideo/Uruguai) Fabiane Borges (São Paulo/Brasil) Jorge Enrique Amaolo (Rio Negro/Argentina) e Rainer Krause (Santiago do Chile/Chile). 1 Os deslocamentos remetem a uma experiência geográfica e antropológica ampliada, poética e mítica do compartilhamento que as tecnologias de comunicação promovem. No conjunto das propostas desenvolvidas os cinco artistas investem em maneiras de fazer, de operar uma outra espacialidade que introduzem práticas inusitadas ao espaço virtual suscetíveis de promover novas percepções. Escapando às totalizações imaginárias do olhar, esses artistas em colaboração buscam enxergar as estranhezas que se introduzem no cotidiano, sem vir à superfície. As redes dos intercâmbios entrecruzando-se, conectam autores e espectadores para compor outras possibilidades de subjetivação, formadas em fragmentos de trajetórias ou em mutações de espaço que atualizam o compromisso secreto entre o arcaico e o presente. Porque a chave do presente está escondida no imemorial, e a via de acesso ao presente nos relança incessantemente à origem. Sandra Rey Artista Plástica, Professora e Pesquisadora Departamento de Artes Visuais - UFRGS AGAMBEN, G. “O que é o contemporáneo? e outros ensaios”, Chapecó: Argos, 2010. Media Art Lab Mercosul Agamben1 untersucht die verschiedenen Bedeutungsinhalte des für Foucaults Denken strategisch wichtigen Begriffs Dispositiv, um die schon weite Klasse der foucaultschen Dispositive zu erweitern und um die Auffassung zu konsolidieren, dass alles Dispositiv genannt werden kann, ich zitiere, „das in irgendeiner Weise die Fähigkeit hat, Gesten, Verhalten, Meinungen und Reden der lebenden Wesen einzufangen, zu orientieren, zu bestimmen, abzufangen, zu formen, zu kontrollieren und zu erhalten.“ So sind für Agamben nicht nur Gefängnis, Psychiatrie, Schule, Beichte und juristische Maßnahmen Dispositive, sondern auch Kugelschreiber, Schrift, Literatur, Computer, Handys und die Sprache selbst begrenzen uns. Die Relevanz, die er dem Begriff zugesteht, führt den Autor zu den zwei bestimmenden Klassen: Lebewesen und Dispositive. Zwischen diese beiden schiebt er das Subjekt als Dritte ein. Agamben bezeichnet als Subjekt, was aus dem Verhältnis, aus der Begegnung des Lebewesens mit dem Dispositiv entsteht. Dementsprechend kann ein Subjekt theoretisch ein Ort multipler Prozesse der Subjektivierung sein, und mit der unbegrenzten Vermehrung der Dispositive in unserer Zeit ginge gleichsam eine Inflation der Subjektivierungsprozesse einher. Dies wird zum zentralen Problem, denn die Dispositive, mit denen wir uns in der aktuellen Phase des Kapitalismus herumschlagen, sind nichtmehr dazu da, Subjekte zu erschaffen, sondern werden durch Prozesse bestimmt, die man mit Desubjektivierung umschreiben kann. Die Warnung vor der Oberflächlichkeit der gutgemeinten Diskurse, die das Problem der Dispositive der Technologie auf deren verantwortungsvoller Nutzung reduzieren, ist angesichts der Perfektion wichtig, die die Technik in unserer heutigen Zeit erreicht und angesichts der modernen Gesellschaften, die sich als schwerfällige Körper erweisen, die von gigantischen Prozessen der Desubjektivierung überzogen werden, die keiner realen Subjektivierung entsprechen. Aus diesem Grund betont der Autor, dass der Poet, und hier können wir auch von Künstler sprechen, — als Zeitgenosse — das Augenmerk fest auf seine Zeit richten muss, denn Zeitgenosse ist der, der, und hier zitiere ich erneut, „sein Augenmerk fest auf seine Zeit richtet, um dort nicht das Licht, sondern das Dunkel zu sehen.“ Um der Komplexität der Verhältnisse zu begegnen, die von der Invasion der Technik in unseren Alltag erzeugt werden, setzt das Goethe Institut auf Kunst und entwickelte das Projekt Media Art Lab Mercosul, das einen Austausch von brasilianischen und MALM deutschen Künstlern mit den anderen Ländern des Mercosul (Südamerikanischer Binnenmarkt) ermöglicht. Angesichts schwindelerregender Mutationen im Schweif des Siegeszuges der Kommunikationstechnologie durch den Alltag will das Projekt Vorschläge von Künstlern fördern, die auf die Transformationen in der heutigen Gesellschaft antworten. Das Projekt startete mit der Residenz der Künstlerin Sandra Becker (Berlin) in Porto Alegre von Januar bis März 2014, die in der Ausstellung “Social Dissolve” in der Galerie des Goethe Institut resultierte, und wird 2015 mit der Residenz der Künstlerin Peggy Sylopp fortgesetzt. Die Multimediakünstlerin Peggy Sylopp plädiert im Rahmen ihrer Arbeit in Porto Alegre für den Dialog und die Zusammenarbeit. Dafür trifft sie sich online und persönlich mit vier Künstlern des Mercosul: Fabián Barros Andrade (Montevideo/Uruguay) Fabiane Borges (São Paulo/Brasilien) Jorge Enrique Amaolo (Rio Negro/Argentinien) und Rainer Krause (Santiago do Chile/Chile). Die Reisen versinnbildlichen eine geographisch und anthropologisch erweiterte, poetische und mythische 1 Erfahrung des Sharing, das die Kommunikationstechnik ermöglicht. Gemeinsam ist den fünf Künstlern, dass sie in Methoden und in die Nutzung einer anderen Räumlichkeit investieren, die im virtuellen Raum ungewohnte Handlungen einführen und damit neue Perspektiven schaffen können. Auf der Flucht vor den imaginären Vervollständigungen des Auges versuchen die Künstler in Zusammenarbeit das Seltsame zu sehen, das sich im täglichen Leben einschleicht, ohne an die Oberfläche zu kommen. Die Netze des Austauschs überschneiden sich, verbinden Autoren und Zuschauer, um der Subjektivierung weitere Möglichkeiten zu verschaffen, die sich in Fragmenten von Umlaufbahnen formen oder in der Mutation des Raums, die den geheimen Kompromiss zwischen dem Ursprünglichen und der Gegenwart auf den neusten Stand bringen. Denn der Schlüssel der Gegenwart liegt im Unbewussten, und der Pfad für den Zugang zur Gegenwart bringt uns ständig zum Ausgangspunkt zurück. Sandra Rey Künstlerin, Professorin und Forscherin Abteilung für visuelle Künste – UFRGS AGAMBEN, G. “O que é o contemporáneo? e outros ensaios” (Was ist Zeitgenossenschaft? und andere Aufsätze)”, Chapecó: Argos, 2010. MALM Media Art Lab Mercosur Agamben1 analiza las diferentes inflexiones de la palabra dispositivo, término estratégico en el pensamiento de Foucault, para ampliar todavía más la ya extensa clase de dispositivos foucaultianos y consolidar el pensamiento de llamar dispositivo a cualquier cosa que, cito, tenga de algún modo la capacidad de capturar, orientar, determinar, interceptar, modelar, controlar y asegurar los gestos, las conductas, las opiniones y los discursos de los seres vivientes. De tal forma, para Agamben no sólo las cárceles, los manicomios, las escuelas, la confesión, las medidas legales, etc., sino también el bolígrafo, la escritura, la literatura, los ordenadores, los télefonos móviles y el lenguaje mismo son dispositivos. La gran importancia que atribuye el autor al término lo lleva a identificar dos clases predominantes, los seres vivientes y los dispositivos. Entre los dos, se introduce como tercero los sujetos. Agamben denomina sujeto lo que resulta de la relación y, por así decirlo, del cuerpo a cuerpo entro los seres vivientes y los dispositivos. En ese sentido, teóricamente, un mismo sujeto puede ser sitio de múltiples procesos de subjetivación y, por lo tanto, al ilimitado crecimiento de los dispositivos en nuestro tiempo correspondería una igualmente diseminada proliferación de procesos de subjetivación. Aquí está la cuestión, ya que lo que define los dispositivos con los que tenemos que enfrentarnos en la actual fase del capitalismo es que éstos no actúan más tanto por la producción de un sujeto, sino a través de procesos que podemos llamar desubjetivación. Por ello la importancia de la alerta, frente a la sofisticación a la que llega la tecnología en nuestro tiempo, sobre la futilidad de los discursos bien intencionados sobre la tecnología que reducen el problema de los dispositivos a lo del uso correcto, y la fragilidad de las sociedades contemporáneas que se presentan como cuerpos inertes cruzados por gigantescos procesos de subjetivación que no corresponden a ninguna subjetivación real. Por esa razón el autor afirma que el poeta, y aquí podemos decir, el artista — el contemporáneo — debe mantener fija la mirada en su tiempo porque contemporáneo es el que, cito nuevamente, mantiene fija la mirada en su tiempo, para que ahí se dé cuenta no de las luces, sino de la oscuridad. Apostando por el arte como reacción a la complejidad de relaciones que la invasión de la tecnología introduce en la vida MALM cotidiana, el Instituto Goethe Porto Alegre desarrolla el proyecto Media Art Lab Mercosur que moviliza intercambios de artistas alemanes y brasileños con países del Mercosur. El proyecto busca fomentar propuestas artísticas que responden a las transformaciones de la sociedad contemporánea frente a las vertiginosas mutaciones que resultan de la ascendencia de las tecnologías de comunicación en el día a día. Los desplazamientos remiten a una experiencia geográfica y antropológica ampliada, poética y mítica del compartimiento que las tecnologías de comunicación promocionan. En el conjunto de las propuestas desarrolladas, los cinco artistas invierten en formas de hacer, operar otra especialidad que introducen prácticas inusuales en el espacio virtual susceptibles de promocionar nuevas percepciones. El proyecto empezó con la residencia del artista Sandra Becker (Berlín) en Porto Alegre de enero a marzo de 2014, resultando en la exposición “Social Dissolve” presentada en la Galería del Instituto Goethe, y sigue, en 2015, con la residencia del artista Peggy Sylopp. Escapando a las totalizaciones imaginarias de la mirada, esos artista, juntos, buscan ver las rarezas que se introducen en el cotidiano, sin llegar a la superficie. Las redes de los intercambios, entrecruzándose, conectan autores y espectadores para componer otras posibilidades de subjetivación, formadas en fragmentos de trayectorias o en mutaciones de espacio que actualizan el compromiso secreto entre lo arcaico y el presente. Porque la clave del presente está oculta en lo arcaico y la vía de acceso al presente nos relanza incesantemente al origen. El trabajo que Peggy Sylopp, artista multimedia alemana, está desarrollando en la residencia en Porto Alegre propone un diálogo y trabajo conjunto, a través de encuentros presenciales y en línea, con cuatro artistas de países del Mercosur: Fabián Barros Andrade (Montevideo/Uruguay), Fabiane Borges (São Paulo/Brasil), Jorge Enrique Amaolo (Rio Negro/Argentina) y Rainer Krause (Santiago de Chile/Chile). 1 Sandra Rey Artista Plástica, Profesora e Investigadora Departamento de Artes Visuales - UFRGS AGAMBEN, G. “O que é o contemporáneo? e outros ensaios”, Chapecó: Argos, 2010. PEGGY SYLOPP Eikonal PEGGY SYLOPP Eikonal Instalação com projeção, câmeras, reconhecimento de movimento e minirrobótica A instalação tem como tema a onipresença do monitoramento e a manipulação inconsciente que isso acarreta. Uma agradável projeção de vídeo é interrompida por movimentos dos visitantes e os confronta com seu ícone, em grego antigo: o Eikon. Um pequeno robô coloca-se em movimento numa linha limítrofe fictícia em forma de coração e monitora a sala. A ausência de movimento por parte dos visitantes é "recompensada" com o não-monitoramento. O título se inspira na "Operation Eikonal". O Serviço Secreto Alemão (BND) forneceu de 2004 a 2008 uma enorme quantidade de dados privados ao NSA. A prolífica fonte dos dados é o maior Ponto de Troca de Tráfego da Internet do mundo, o DE-CIX, em Frankfurt. O termo "Eikonal" é tomado de empréstimo da Física e designa uma função para a descrição de ondas sísmicas e quânticas. O robô, ao percorrer uma linha em forma de coração, reproduz uma solução numérica possível da função de acordo com o "fast marching method". O robô utilizado é uma combinação do Open Source Computer Raspberry Pi, desenvolvido para fins pedagógicos, com a extensão de robô Pi2Go. Com uma dimensão aproximada de dm^3, o robô fica com sua eletrônica propositalmente à mostra. A instalação é uma fusão de diferentes pontos fulcrais de Peggy Sylopp em seu trabalho de criação: a artista utiliza uma projeção de vídeo de seu trabalho "Transient Mainstream", de 2006, que é uma videoinstalação no plano do ambiente que reage ao movimento e na qual o círculo cromático é perpassado, como em "SPECTRUM" (2005). Seus conhecimentos em Informática Teórica lhe servem de inspiração para integrar algoritmos, tecnologia e observações físicas em seus trabalhos. As permanentes críticas e escândalos na Alemanha e na Europa com relação ao monitoramento e à proteção de fronteiras ocasionaram a colocação em pauta dessa temática no contexto político. PEGGY SYLOPP Eikonal Installation mit Projektion, Kameras, Bewegungserkennung und minimaler Robotik Die Installation thematisiert Omnipräsenz von Überwachung und damit einhergehende unbewusste Manipulation. Eine angenehm anmutende Videoprojektion wird durch Bewegungen der Besucher unterbrochen und konfrontiert sie mit ihrem Abbild, altgriechisch: dem Eikon. Ein kleiner Roboter setzt sich an einer fiktiven Grenzlinie in Herzform in Bewegung und überwacht den Raum. Bewegungslosigkeit der Besucher wird mit Nicht-Überwachen "belohnt". Der Titel ist inspiriert von der "Operation Eikonal". Der deutsche Geheimdienst (BND) lieferte 2004 bis 2008 eine enorme Menge privater Daten an die NSA. Die sprudelnde Datenquelle kommt aus dem weltweit größten Internetknotendienst in Frankfurt, das DE-CIX. Der Begriff "Eikonal" ist der Physik entlehnt und bezeichnet eine Funktion zur Beschreibung seismischer und auch quantenmechanischer Wellen. Der Roboter zeichnet eine mögliche numerische Lösung der Funktion nach der "Fast-MarchingMethod" nach, in dem er eine Herzform abfährt. Der eingesetzte Roboter ist eine Kombination aus dem Bildungszwecke entwickelten Open Source Computer Raspberry Pi mit der Roboter-Erweiterung Pi2Go. Die Elektronik des etwa dm^3 großen Roboters bleibt bewusst unverdeckt. In der Installation verschmelzen verschiedene Schaffensschwerpunkte Peggy Sylopp's: So nimmt sie die Videoprojektion ihrer Arbeit "Transient Mainstream" von 2006 auf, eine auf Bewegung reagierende AmbientVideoinstallation, bei wie in "SPECTRUM" (2005) der Farbkreis durchlaufen wird. Peggy Sylopp's Background als theoretische Informatikerin inspiriert sie zur Integration von Algorithmen, Technik und physikalischen Beobachtungen. Die anhaltenden Kritiken und Skandale in der BRD und Europa um Überwachung und Grenzschutz brachten die Idee Nahe, diese Thematik in den politischen Kontext zu setzen. PEGGY SYLOPP Eikonal Instalación con proyección, cámaras, reconocimiento de movimiento y minirobótica La instalación tiene como tema la omnipresencia del monitoreo y la manipulación inconsciente que eso implica. Se interrumpe una agradable proyección de video con movimientos de los visitantes y se los confronta con su ícono, en griego antiguo: el Eikon. Un pequeño robot se pone en movimiento en una línea limítrofe ficticia en forma de corazón y monitorea la habitación. La ausencia de movimiento por parte de los visitantes se "recompensa" con el no-monitoreo. El título está inspirado en la "Operation Eikonal". El Servicio Secreto Alemán (BND) proporcionó, de 2004 a 2008, una enorme cantidad de datos privados al NSA. La prolífica fuente de los datos es el mayor Punto de Intercambio de Internet, el DECIX, en Frankfurt. El término"Eikonal" se toma como préstamo de la Física y designa una función para la descripción de ondas sísmicas y cuánticas. El robot, al recorrer una línea en forma de corazón, reproduce una solución numérica posible de la función según el "fast marching method". El robot utilizado es una combinación del Open Source Computer Raspberry Pi, desarrollado para objetivos pedagógicos, con la extensión de robot Pi2Go. Con una dimensión aproximada de dm^3, el robot tiene su electrónica deliberadamente expuesta. La instalación es una fusión de diferentes puntos cruciales de Peggy Sylopp en su trabajo de creación: el artista utiliza una proyección de video de su trabajo "Transient Mainstream", de 2006, que es una videoinstalación en el plan del ambiente que reacciona al movimiento y en la que se cruza el círculo cromático, como en "SPECTRUM" (2005). Sus conocimientos en Informática Teórica le sirven de inspiración para integrar algoritmos, tecnología y observaciones físicas en sus trabajos. Las permanentes críticas y escándalos en Alemania y en Europa con relación al monitoreo y a la protección de fronteras resultaron en que se ha puesto en discusión esa temática en el contexto político. PEGGY SYLOPP Peggy Sylopp (Alemanha) Graduação em Informática, Master of Public Policy, artista intermídia. Indicação ao Prêmio Alemão de Arte Sonora, gravação de "SPECTRUM", Museu da Escultura de Marl. Exposições de arte de luz (light art) e de fotografias e performances de vídeo em tempo real (live video processing performances) na Austrália, no Líbano, na Polônia, na Irlanda e em outros países. Peggy Sylopp (Deutschland) Informatikstudium, Master of Public Policy, intermediale Künstlerin Nominierung für den Deutschen Klangkunst-Preis, Installation „SPEKTRUM“ am Skulpturenmuseum Glaskasten Marl. Austellungen für Lichtkunst, Fotografie und Performance mit in Echtzeit generierter Grafik, in Australien, im Libanon, in Polen, in Irland und in anderen Ländern. Peggy Sylopp (Alemania) Licenciada en Informática, Master of Public Policy, artista intermedia. Indicación al Premio Alemán de Arte Sonoro, grabación de "SPECTRUM", Museo de la Escultura de Marl. Exposiciones de arte de luz (light art) y de fotografías y performances de vídeo en tiempo real (live video processing performances) en Australia, Líbano, Polonia, Irlanda y en otros países. www.peggy-sylopp.net http://pegxposts.tumblr.com FABIÁN BARROS ANDRADE La Máquina Enteogénica FABIÁN BARROS ANDRADE A Máquina Enteógena Embora a religião seja um fenômeno social e coletivo, a experiência religiosa é única e intransferível. O Divino não se apresenta de forma definida, mas como uma revelação de "algo" que vai além da nossa compreensão. Segundo a Gestalt, nossas experiências são manifestações incompletas, parciais, que completamos de acordo com nossas vivências. Na experiência religiosa acontece a mesma coisa: é imprescindível "acreditar para ver". A Máquina Enteógena explora a arte religiosa na internet (especificamente a estatuária sul-americana) em suas expressões mais populares: gifs animados e jpgs. As imagens, compiladas diretamente da web, são reinterpretadas e recontextualizadas para serem exibidas e manipuladas através de diferentes saídas: 1) na internet, um site não interativo, randômico e automático exibe composições visuais baseadas em peças de arte popular religosa manipuladas, corrompidas e reinterpretadas: www.fyslab.net/la_maquina_enteogenica 2) na sala de exibição, uma multiprojeção mostra imagens de forma assíncrona. Através de projetores e/ou monitores dispostos pela sala, as imagens são combinadas e sobrepostas, produzindo um efeito hipnótico e imersivo. 3) em uma A/V performance de improvisação, as imagens são manipuladas em tempo real e combinadas com música eletrônica, gerando sincronias perceptivas e efeitos sinestésicos. O caótico emerge do controle: o “ordenador” (em português “computador”) se torna “desordenador”, evidenciando a falibilidade, a aleatoriedade e o caos em uma tentativa de aproximar-se da experiência religiosa. Assim como as drogas enteógenas utilizam tecnologia vegetal para expandir a consciência, A Máquina Enteógena usa a tecnologia digital para agir como catalisador e facilitar o contato com a divindade interior. FABIÁN BARROS ANDRADE Die Entheogenmaschine Obwohl Religion ein soziales und kollektives Phänomen ist, ist religiöse Erfahrung doch individuell und nicht übertragbar. Das Göttliche zeigt sich in keiner festen Form, sondern in der Offenbarung von „Etwas“, was über unseren Verstand hinausgeht. Bezüglich ihrer Gestalt sind unsere Erfahrungen unvollständige, teilweise Manifestationen, die wir gemäß dem von uns Erlebten vervollständigen. Bei der Religiösen Erfahrung geschieht das Gleiche: man muss „glauben, um zu sehen“. Die Entheogenmaschine nutzt religiöse Kunst aus dem Internet (speziell südamerikanische Bildhauerei) in den verbreitetsten Formaten: animierte gifs und jpgs. Die direkt aus dem Web kompilierten Bilder werden neu interpretiert und in einen neuen Kontext gesetzt, um über verschiedene Ausgänge angezeigt und bearbeitet zu werden: 1) Im Internet, eine automatische, zufallsgesteuerte und nicht interaktive Seite zeigt Kompositionen, für die Abbildungen verbreiteter religiösen Kunst manipuliert, korrumpiert und neu interpretiert werden: www.fyslab.net/la_maquina_enteogenica. 2) Im Ausstellungsraum werden in einer Multiprojektion Bilder asynchron angezeigt. Über im Raum verteilte Projektoren und Bildschirme werden Bilder überlagert und kombiniert, um einen hypnotischen und fesselnden Effekt zu erzeugen. 3) A/V-Performance, Bilder werden in Echtzeit manipuliert und mit elektronischer Musik kombiniert, um erfahrbare Synchronie und Synästhesie-Effekte zu erzeugen. Das Chaotische entspringt der Kontrolle: der Rechner wird zum „Verrechner“ und belegt die Fehlbarkeit, die Zufälligkeit und das Chaos beim Näherungsversuch an religiöse Erfahrung. So wie entheogene Drogen pflanzliche Techniken verwenden, um das Bewusstsein zu erweitern, verwendet die entheogene Maschine digitale Technik als Katalysator, um den Kontakt mit der inneren Göttlichkeit zu erleichtern. FABIÁN BARROS ANDRADE La Máquina Enteogénica Aunque la religión es un fenómeno social y colectivo, la experiencia religiosa es única e intransferible. Lo Divino no se presenta de una manera definida, sino como una revelación de “algo” que está más allá de nuestro entendimiento. Según la Gestalt, nuestras experiencias son manifestaciones incompletas, parciales, que completamos de acuerdo a nuestras vivencias. En la experiencia religiosa ocurre lo mismo: es imprescindible “creer para ver”. La Máquina Enteogénica explora el arte religioso en internet (específicamente la imaginería sudamericana) en sus expresiones más populares: gifs animados y jpgs. Las imágenes, compiladas directamente de la web, son reinterpretadas y recontextualizadas para ser exhibidas y manipuladas a través de diferentes salidas: 1) en internet un sitio web no-interactivo, randómico y automático, despliega composiciones visuales basadas en piezas de arte popular religioso manipuladas, corrompidas y reinterpretadas: www.fyslab.net/la_maquina_enteogenica 2) en la sala de exhibición, una multi-proyección muestra imágenes en forma asíncrona. A través de proyectores y/o monitores desplegados por la sala, las imágenes se combinan y superponen generando un efecto hipnótico e inmersivo. 3) en una A/V performance de improvisación, las imágenes son manipuladas en tiempo real y combinadas con música electrónica, generando sincronías perceptivas y efectos sinestésicos. Lo caótico emerge del control: el “ordenador”(*) se subvierte en “desordenador”, evidenciando la falibilidad, la aleatoriedad y el caos en un intento por aproximarse a la experiencia religiosa. Así como las drogas enteogénicas utilizan tecnología vegetal para expandir la conciencia, La Máquina Enteogénica usa la tecnología digital para actuar como catalizador y facilitar el contacto con la divinidad interior. (*) “Computadora” en español castizo. FABIÁN BARROS ANDRADE Fabián Barros Andrade (Uruguai) Graduado em Ciências da Comunicação, UDELAR, Uruguai. Menstrado em Artes Digitais, UPF, Barcelona. Suas obras giram em torno dos novos paradigmas da cultura digital: a narrativa multidimensional, a interação, a relação entre mundos reais e virtuais, a subjetividade e a identidade na sociedade da informação, a ilusão de controle, o erro e o caos. Fabián Barros Andrade (Uruguay) Grundständiger Studiengang Kommunikationswissenschaft, UDELAR, Uruguay, Master für digitale Kunst, UPF, Barcelona. Seine Arbeiten kreisen um die neuen Paradigmen der digitalen Kultur: die multidimensionale Erzählweise, die Interaktion, das Verhältnis von virtuellen und realen Welten, die Subjektivität und die Identität in der Informationsgesellschaft, die Illusion der Kontrolle, der Fehler und das Chaos. Fabián Barros Andrade (Uruguay) Licenciado en Ciencias de la Comunicación, UDELAR, Uruguay. Máster en Artes Digitales, UPF, Barcelona.. Sus obras se desarrollan sobre los nuevos paradigmas de la cultura digital: la narrativa multidimensional, la interacción, la relación entre mundos reales y virtuales, la subjetividad y la identidad en la sociedad de la información, la ilusión de control, el error y el caos. http://www.fyslab.net FABIANE MORAIS BORGES Fazer a cabeça | Megalomania FABIANE MORAIS BORGES Fazer a Cabeça Megalomania O termo “Fazer a Cabeça” é utilizado tanto para questões religiosas, como políticas e ideológicas, pois se pode “fazer a cabeça” entregando-a a uma entidade, como um orixá ou um espírito, ou se pode “fazer a cabeça” de alguém através do convencimento de uma ideia ou uma ideologia política. Brincando com essa palavra utilizo um vaporizador (e secador) de cabelos profissional antigo, que também de certo modo, faz a “cabeça – cabelo” de uma pessoa. Vídeo que mostra várias pessoas falando da sua megalomania. A megalomania é um assunto importante que tem várias formas de interpretação. Num momento em que se discute a força geológica do humano (antropoceno) em relação às mudanças climáticas e às possibilidades de fim do mundo, e ao mesmo tempo vive-se as maiores crises em relação ao controle, centralização de informação e fim da internet livre, a artista discorre sobre o tema da megalomania e pensa nos imaginários que a tomam. É o antropoceno mais uma megalomania humana? O que as pessoas pensam sobre ser uma força geológica? Qual a transformação imaginária e subjetiva que o antropoceno sugere? Ao sentar-se na cadeira e mergulhar no vaporizador, a artista pretende criar uma experiência sonora e visual para o público, que vai receber ali uma série de informações para “fazer sua cabeça”. É um trabalho brincalhão, multimídico que habita esse imaginário religioso e espacial, pois o secador também lembra uma cápsula espacial, que propicia uma viagem a outro mundo. O participante que entrar terá que se fechar lá dentro. É uma experiência individual. O vídeo é fruto de uma série de entrevistas sobre essas questões a pessoas na rua. FABIANE MORAIS BORGES „Fazer a Cabeça“ Megalomanie Der Begriff „Fazer a Cabeça“ (jemanden den Kopf zurecht rücken, jemandem den Kopf waschen, sich etwas in den Kopf setzen, sich selbst eine Meinung bilden, anderen eine Meinung aufoktroyieren, bis hin zu delirieren) wird sowohl im religiösen Sinne, indem ein „Kopf“ einem Orixá oder einem Geist übergeben wird, d. h. eine Art Religionsmündigkeit tritt ein, wie auch im politischen bzw. ideologischen Sinne verwendet, man wischt jemandem mit einer Idee den Kopf. Im spielerischen Umgang mit diesem Ausdruck verwende ich eine alte Dampfhaube (Trockenhaube), die „den Kopf/die Haare“ einer Person ebenfalls “macht“. Video mehrerer Personen, die über ihre Megalomanie sprechen. Die Megalomanie ist ein wichtiges Thema und kann vielfältig interpretiert werden. In einer Zeit, in der die geologische Wirkung der Menschen (Anthropozän) auf das Klima und ein mögliches Ende der Welt diskutiert wird und gleichzeitig die größte Krise herrscht, was die Überwachung, die Zentralisierung der Information und das Ende des freien Internets betrifft, wendet sich die Künstlerin dem Thema Megalomanie zu und sinniert über die dabei entstehenden Bilder. Ist das Anthropozän nur menschliche Megalomanie? Was meinen die Menschen zu dieser geologischen Wirkung? Welche imaginären und subjektiven Veränderungen wirft das Anhropozän auf? Durch das Tauchen unter die Dampfhaube will die Künstlerin dem Publikum eine visuelle und akustische Erfahrung verschaffen, die eine Reihe von Informationen erhält, die ihm den „Kopf zurechtrücken“ sollen. Es ist eine spielerische und multimediale Arbeit, die sich in der entstehenden religiösen und räumlichen Vorstellungswelt ansiedelt. Der Trockner erinnert nämlich an eine Raumkapsel für die Reise in eine andere Welt und der Teilnehmer schließt sich für ein individuelles Erlebnis ein. Das Video ist das Ergebnis einer Reihe von Interviews zu diesen Themen mit Personen auf der Straße. FABIANE MORAIS BORGES "Fazer a cabeça" El término del portugués "fazer a cabeça" (expresión de múltiples sentidos, como "convencer a sí mismo o a alguien", "inducir a una persona a hacer algo", "delirar") se utiliza tanto para temas religiosos, como políticos e ideológicos, porque se puede "fazer a cabeça" entregándola a una entidad, como un orixá o un espíritu, o se puede "fazer a cabeça" a alguien convenciéndole de una idea o ideología política. Jugando con esa expresión utilizo un vaporizador (y secador) de pelos profesional antiguo, que también, en cierto sentido, tiene la función de "fazer a cabeça" (el pelo) a una persona. Al sentarse en la silla y sumergirse en el vaporizador, la artista busca producir una experiencia sonora y visual para el público, que recibirá en el sitio una serie de informaciones para "fazer a cabeça". Es un trabajo juguetón, multimedio que habita este imaginario religioso y espacial, ya que el secador también recuerda una cápsula espacial, que posibilita un viaje a otro mundo. El participante que entre tendrá que encerrarse allí. Es una experiencia individual. Megalomanía Video que muestra a varias personas hablando de su megalomanía. La megalomanía es un tema importante que tiene muchas formas de interpretación. En una época en que se discute la fuerza geológica del humano (antropoceno), y que a la vez vivimos las mayores crisis con relación al control, centralización de la información y final de internet libre, la artista discute el tema de la megalomanía y piensa en los imaginarios que la toman. ¿Es el antropoceno una megalomanía humana más? ¿Qué piensan las personas sobre ser una fuerza geológica? ¿Cuál cambio imaginario y subjetivo sugiere el antropoceno? El video es resultado de una serie de entrevistas sobre estos temas con gente en la calle. FABIANE MORAIS BORGES FABIANE MORAIS BORGES (Brasil) É psicóloga, ensaísta e artista, realizou mestrado e doutorado na PUC/SP com bolsa sanduiche na Goldsmiths University. Seus interesses giram em torno de temas como produção de subjetividade, processos imersivos, tecnoxamanismo, ruidocracia, interespecismo, animismo, rituais coletivos, ancestrofuturismo, perspectivismo, espectrologia, tecnologia diy, cultura espacial (astrofuturismo, ocupação espacial). FABIANE MORAIS BORGES (Brasilien) Psychologin, Essayistin und Künstlerin, Master und Promotion an der PUC/SP, in einem Sandwichstudium mit der Goldsmiths University. Ihre Interessen liegen rund um Themen wie Produktion der Subjektivität, Prozesse der Immersion, Technoschamanismus, Geräuschokratie, Interspezies, Animismus, kollektive Rituale, Urfuturismus, Perpektivismus, Spektrologie, DIYTechnologie, Raumfahrtkultur (Astrofuturismus, Bevölkerung des Weltraums). FABIANE MORAIS BORGES (Brasil) Es psicóloga, ensayista y artista; Máster y Doctorado en la PUC/SP, con beca de estudios en la Goldsmiths University. Sus intereses se desarrollan sobre temas como producción de subjetividad, procesos de inmersión, tecnochamanismo, ruidocracia, interespecismo, animismo, rituales colectivos, ancestrofuturismo, perspectivismo, espectrología, tecnología diy, cultura del espacio (astrofuturismo, ocupación del espacio). http://catahistorias.wordpress.com JORGE AMAOLO Ser tu propio altar Seja seu próprio altar Para o CONCEPT OBSERVATION SPACE colocamos à disposição um R(EAL) T(IME) TRANSDUCTOR. O RT Transductor tem várias partes que se conectam entre si e com o resto da obra em um sistema de colaboração de nós assistido, no qual cada participante é um nó e o espaço 3d é o lugar de representação comum. Cada participante, por sua vez, tem a capacidade de trabalhar com subnós internos e com nós externos. O RT Transductor é composto por vários subnós do trabalho do MNE (MOVIMENTO DA NOVA ESCOLARIDADE), que desenvolve experiências orientadas para a criação de novos contextos educativos para as crianças do terceiro milênio, baseados na experiência presencial. 1 2 Presencial envolve presença. Destaca-se a importância da presença e da extensão mecânica, eletrônica, digital e cibernética das capacidades humanas no uso da linguagem digital, na qual uma nova semiótica transformacional emergindo possibilita a introjeção das experiênciascompreensões colocadas em redes de colaboração. Neste caso em particular, configurou-se para experimentar um evento ciberritualístico, homenagem à dra. Antonia Nemeth Baumgartner. A partir de "misachicos"1 ou "animitas"2 da religiosidade popular da patagônia, representa-se a obra: "Seja seu próprio altar". Cerimônia composta por uma procissão em homenagem a santos. Espaço de oração e veneração religiosa criados em espaços públicos. JORGE AMAOLO Sei dein eigener Altar Für den CONCEPT OBSERVATION SPACE stellen wir einen R(EAL) T(IME) TRANSDUKTOR (Magnetverstärker) zur Verfügung. Der RT-Transduktor hat mehrere Teile, die untereinander und mit dem Rest des Werks in einem kollaborierenden, knotengesteuerten System verbunden sind, indem jeder Teilnehmer ein Knoten ist und der 3D-Raum der Ort der gemeinsamen Repräsentation. Jeder Teilnehmer kann mit untergeordneten internen und externen Knoten arbeiten. Der RT-Transduktor besteht aus mehreren untergeordneten Knoten der Arbeit des MNE (MOVIMENTO DA NOVA ESCOLARIDADE ~ Bewegung der neuen Schulbildung), das auf Basis von Präsenzuntersuchungen Experimente betreibt, um neue Bildungskontexte für Kinder des dritten Jahrtausend zu schaffen. 1 2 Präsenz beinhaltet Anwesenheit. Die Relevanz der Anwesenheit und die mechanische, elektronische, digitale, kybernetische Erweiterung der menschlichen Kapazitäten durch die Verwendung der digitalen Sprache werden betont. Hier entsteht eine neue transformierende Semiotik und ermöglicht die Introjektion des ErfahrungsVerstehens in kollaborierenden Netzen. Im vorliegenden Fall wurde ein CyberRitualistischer Event als Experiment konfiguriert. Als Hommage an Frau Doktor Antonia Nemeth Baumgartner wird durch „MISACHICOS“1 und „ANIMITAS“2 aus der Volksreligiosität Patagoniens das Werk: „Sei dein eigener Altar“ vorgestellt. Zeremonie, bestehend aus einer Prozession zur Ehrung von Heiligen Raum für Gebet oder religiöse Verehrung im öffentlichen Raum JORGE AMAOLO Ser tu propio altar Para el CONCEPT OBSERVATION SPACE ponemos a disposicion un R(EAL) T(IME) transductor . RT Transductor tiene varias partes que se ligan entre si y con el resto de la obra en un sistema de colaboracion de nodos asistidos donde cada participante es un nodo y el espacio 3d el sitio de representacion comun. Cada participantes a su vez tiene la capacidad de trabajar con sub-nodos internos y con nodos externos. RT Transductor se compone de varios subnodos del trabajo del MNE MOVIMIENTO DE LA NUEVA ESCOLARIDAD que desarrolla experiencias orientadas a la creacion de nuevos contextos educativos para los niños del tercer milenio basados en la experiencia presencial. Presencial implica en presencia. Se destaca la importancia de la presencia y la extension mecanica, electronica , digital y cyberenetica de las capacidades humanas en el uso del lenguaje digital, donde una nueva semiotica transformacional emergiendo permite la introyeccion de las experiencias-entendimientos puesta/os en redes de colaboracion. En este caso en particular, se ha configurado para experimentar un evento cyberitualistico homenaje a la dra. Antonia Nemeth Baumgartner. A partir de misachicos o animitas de la religiosidad popular de la patagonia se representa la obra: “Ser tu propio altar”. JORGE AMAOLO JORGE AMAOLO (Argentina) Fundador e presidente da CE.CI.CO (Cooperativa de Ensino e Produção de Cinema e Vídeo em Buenos Aires). Sóciofundador da Sociendade Argentina de “Videomakers” e da “Escola Superior de Comunicação Audiovisual e Multimídia. Autor do programa de estudos do Instituto Universitário Patagônico para formação de profissionais do cinema e novas mídias. Diretor do Laboratórios Multimídia da Fundação Cultural Aldhyana. JORGE AMAOLO (Argentinien) Gründer und Präsident der CE.CI.CO (Kooperative für Bildung und Produktion für Film und Video in Buenos Aires). Mitgründer der Argentinischen Gesellschaft „Videomakers“ und der Hochschule für audio-visiuelle und multimediale Kommunikation. Autor des Studienprogramms des Patagonischen universitären Instituts zur Ausbildung von Fachkräften für Kino und neue Medien. Leiter der Multimedialaboratorien der Kulturstiftung Aldhyana. JORGE AMAOLO (Argentina) Fundador y presidente de CECICO (Centro Cinematográfico Cooperativo). Socio fundador de la Sociedad Argentina de Videastas y de la Escuela Terciaria de Comunicación Audiovisual y Multimedia. Autor del programa de estudios del Instituto Universitario Patagónico para la carrera de Cine y Nuevos Medios. Director del Laboratorio Multimedia de la Fundación Cultural Aldhyana. www.escuelaerap.blogspot.com RAINER KRAUSE Captcha piece RAINER KRAUSE “Captcha piece” Instalação sonora de 4 canais de áudio, plotter de recorte, látex e acrílico sobre tela e madeira “Captcha” é um teste computacional que “consiste na introdução correta, feita pelo usuário, de um conjunto de caracteres que são mostrados em uma imagem distorcida que aparece na tela. Supõe-se que uma máquina não é capaz de compreender e introduzir a sequência de forma correta, razão pela qual somente o humano poderia realizá-lo.” 1 Meu trabalho “Captcha piece” reflete sobre suas próprias condições de produção. O material da trilha sonora é baseado nas gravações de áudio das reuniões do Media Art Lab Mercosul em março deste ano. As conversas foram desconstruídas e reconstruídas não segundo critérios de conteúdo, mas com critérios formais: agrupação das expressões extra e paralinguísticas (eh, ah, e...); ênfase nos problemas de tradução entre as quatro línguas utilizadas (português, inglês, espanhol e alemão); ordenamento em formato ascendente dos termos que contêm números; contraste entre termos técnicos aparentemente contraditórios; etc. http://es.wikipedia.org/wiki/Captcha Em qualquer obra de arte (midiática) estão inscritas as condições segundo as quais ela é realizada. O Media Art Lab Mercosul constitui em si um regime linguístico complexo: a língua materna da instituição que convida não é a língua comum de todos os participantes; os convidados de outros países não falam a língua oficial local na qual se desenvolve o trabalho; e a língua de comunicação é uma língua secundária para todos os participantes. Esta situação implica muitos trabalhos de tradução, nos quais informações são deformadas, perdidas e descartadas. Ocorrem redundâncias. Em “Captcha piece” entendo esta situação não como uma deficiência, mas como uma possibilidade de produzir formas, conteúdos e conexões incomuns, que só ocorrem em sistemas com fissuras, rachaduras, mal-entendidos, mas com muita boa vontade e alto grau de tolerância: em sistemas não automatizados. RAINER KRAUSE „Captcha piece“ Klanginstallation mit 4 Audiokanälen, Schneideplotter, Latex und Akryl auf Leinwand und Holz Der automatisierte Test „Captcha“ besteht aus „dem Ausfüllen eines Feldes mit einer auf dem Bildschirm verzerrt gezeigten Gruppe von Charakteren durch den User. Es wird angenommen, dass eine Maschine nicht in der Lage ist, die Sequenz zu verstehen und korrekt einzugeben, also nur der Mensch die Aufgabe lösen kann.“1 Meine Arbeit „Captcha piece“ reflektiert die Umstände der Produktion selbst. Das Material der Tonspur basiert auf Tonaufnahmen der Treffen des Media Art Lab Mercosul im März dieses Jahres. Die Unterhaltungen wurden dekonstruiert und nicht nach inhaltlichen, sondern nach formalen Kriterien wieder zusammengesetzt: Gruppierung der sprachbegleitende und füllende Laute (äh, ah, e...); Hervorhebung der Übersetzungsproblemen zwischen den verwendeten Sprachen (Portugiesisch, Englisch, Spanisch und Deutsch); aufsteigende Ordnung der Begriffe mit Nummern; Kontraste zwischen sich anscheinend widersprechenden Fachbegriffen; etc. http://es.wikipedia.org/wiki/Captcha In jeder (medien-)künstlerischen Arbeit sind deren Ausführungsbedingungen eingeschrieben. Das Media Art Lab Mercosul selbst ist ein komplexes sprachliches Gebilde: die Muttersprache der einladenden Institution ist nicht die gemeinsame Sprache der Teilnehmer; die Eingeladenen aus den anderen Ländern sprechen nicht die offizielle Lokalsprache, in der die Arbeit verrichtet wird; und die Sprache zur gemeinsamen Kommunikation ist für alle Teilnehmer eine Zweitsprache. Diese Situation bedeutet viel Übersetzungsarbeit, bei der Informationen verzerrt werden, verloren und aufgegeben werden. Es entstehen Redundanzen. In „Captcha piece“ verstehe ich diese Situation nicht als Manko, sondern als eine Chance ungewöhnliche Formen, Inhalte und Verbindungen zu produzieren, die nur in Systemen mit Rissen, Brüchen, Missverständnissen und mit viel gutem Willen und einer hohen Toleranz entstehen: in nicht automatisierten Systemen. RAINER KRAUSE “Captcha piece” Instalación sonora de 4 canales de audio, plotter de corte, látex y acrílico sobre tela y madera “Captcha” es un test computacional que “consiste en que el usuario introduzca correctamente un conjunto de caracteres que se muestran en una imagen distorsionada que aparece en la pantalla. Se supone que una máquina no es capaz de comprender e introducir la secuencia de forma correcta, por lo que solamente el humano podría hacerlo.” 1 Mi trabajo “Captcha piece” reflexiona sobre sus propias condiciones de producción. El material de la banda sonora se basa en las grabaciones audio de las reuniones del Media Art Lab Mercosul en marzo de este año. Las conversaciones fueron deconstruidas y re-construidas no según criterios de contenido, sino de criterios formales: agrupación de las expresiones extra y para lingüísticas (eh, ah, y…); énfasis en los problemas de traducción entre las cuatro lenguas utilizadas (portugués, inglés, español y alemán); ordenamiento en forma ascendente de los términos que contienen números; contraste entre términos técnicos aparentemente contradictorios; etc. http://es.wikipedia.org/wiki/Captcha En cualquier obra de arte (medial) están inscritas las condiciones bajo las cuales es realizada. El Media Art Lab Mercosul constituye en sí un régimen lingüístico complejo: la lengua materna de la institución que invita no es la lengua común de todos los participantes, los invitados de otro países no hablan la lengua oficial local donde se desarrolla el trabajo, la lengua de comunicación es una lengua secundaria a todos los participantes. Esta situación implica trabajos de traducción múltiples, donde se deforman, pierden y descartan informaciones. Se producen redundancias. En “Captcha piece” entiendo esta situación no como una deficiencia sino como una posibilidad de producir formas, contenidos y conexiones inhabituales, que solamente se producen en sistemas con fisuras, grietas, malentendidos pero con mucha buena voluntad y alto grado de tolerancia: en sistemas no automatizados. RAINER KRAUSE RAINER KRAUSE (Alemanha/Chile) Nasceu na Alemanha, vive e trabalha em Santiago do Chile desde 1987. Artista plástico e sonoro, docente na Universidade do Chile, coordenador do curso de Pós-graduação em Arte Sonora. Seus trabalhos mais atuais são predominantemente instalações onde o som ocupa o papel principal. RAINER KRAUSE (Deutschland/Chile) In Deutschland geboren, lebt und arbeitet seit 1987 in Santiago de Chile. Bildender Künstler und Klangkünstler, Dozent an der Universidad de Chile, Leiter des postgradualen Studiengangs Klangkunst. Seine neueren Arbeiten bestehen hauptsächlich aus Installationen, bei denen der Klang den Ton angibt. RAINER KRAUSE (Alemania/Chile) Nació en Alemania, vive y trabaja en Santiago de Chile desde 1987. Artista plástico y sonoro, profesor en la Universidad de Chile, coordinador del curso de Postgrado en Arte Sonoro. Sus trabajos más actuales son mayormente instalaciones en las que el sonido tiene el rol principal. http://www.rkrause.cl SANDRA BECKER Vírus de rede Fotografia de Sandra Becker Olhares | Blicke | Miradas Netzwerkvirus Foto von Sandra Becker Virus de red Fotografía de Sandra Becker SANDRA BECKER Olhares Fora para dentro. Brilha, vibra, ri. Dentro para fora, preso, motorizado, triste. Meu trabalho trata do limiar da entrada no mundo tecnológico. O que realmente se passa nesse momento? Que sentimentos entram em confronto, que imagens internas surgem? Fragmentos de textos são projetados no chão para refletir essa situação interior. A entrada só é possível com identificação. Formalidades. Burocracia. Os/As visitantes da exposição recebem uma identificação e somente de posse dessa identificação podem ultrapassar o limiar. Impressões se dissolvem. A perfeição é desumana. Labirinto sem saída, entregue à própria sorte, solitário. De dentro amedrontado, luta diária, raiva, preocupações. Ovos celestes voando. Exportações prosperando, milagre econômico. Intersecções magnéticas. As forças se repelem reciprocamente. A força das estrelas. Esperança, stress, luta por uma vida melhor. Fraude premeditada. A ganância devora e destrói. De fora belíssimo. Brilha, vibra, ri. Meine Arbeit beschäftigt sich mit der Schwelle des Eintretens in die technisierte Welt. Was genau passiert in diesem Moment? Welche Gefühle ringen miteinander, welche inneren Bilder entstehen? Textfragmente werden auf den Boden projiziert, um diese innere Situation zu reflektieren. Eintreten geht nur mit Ausweis. Formalisiert. Bürokratisch. Die Ausstellungsbesucher_innen erhalten einen Ausweis und können nur damit die Schwelle passieren. SANDRA BECKER Blicke Miradas Außen nach innen. Es glänzt, vibriert, lacht. Afuera, adentro. Brilla, vibra, ríe. Innen nach außen, eingesperrt, motorisiert, traurig. Adentro, afuera, atrapado, motorizado, triste. Eindrücke verschwimmen. Die Perfektion ist unmenschlich. Labyrinth ohne Auswege. Auf sich selbst verworfen, einsam. Von innen ängstlich, täglicher Kampf, Wut, Sorgen. Himmelseier fliegen. Blühende Exporte, Wirtschaftswunder. Magnetische Schnittmengen. Die Kräfte stossen sich gegenseitig ab. Die Kraft der Sterne. Hoffnung, Stress, Kampf um ein besseres Leben. Vorsätzliche Täuschung. Gier verschlingt und zerstört. Von außen wunderschön. Es glänzt, vibriert, lacht. Mi trabajo trata del umbral de la entrada en el mundo tecnológico. ¿Qué es lo que realmente ocurre en ese momento? ¿Qué sentimientos entran en conflicto, qué imágenes surgen? Se proyectan fragmentos de textos en el suelo para reflejar esta situación interior. La entrada sólo es posible con identificación. Formalidades. Burocracia. Los/Las visitantes de la exposición reciben una identificación y sólo con la misma pueden sobrepasar el umbral. Impresiones se disuelven. La perfección es inhumana. Laberinto sin salida, abandonado a su suerte, solitario. Dentro, atemorizado, lucha diaria, rabia, preocupaciones. Huevos celestes volando. Exportaciones prosperando, milagro económico. Intersecciones magnéticas. Las fuerzas se repelen recíprocamente. La fuerza de las estrellas. Esperanza, estrés, lucha por una vida mejor. Fraude premeditado. La ganancia devora y destruye. Fuera, hermoso. Brilla, vibra, ríe. SANDRA BECKER Sandra Becker (Alemanha) Artista multimídia. Leciona na Universidade Livre de Berlim e trabalha como Co-Diretora da Oficina Multimídia de Berlim. Em 2005, fundou o grupo artístico “Netzwerkvirus“. De 2007 a 2009 foi professora convidada na Universidade das Artes de Berlim. Em suas obras, Sandra tematiza a percepção em contextos analógicos e digitais. A artista alemã já recebeu vários prêmios e expôs em cidades como Londres e Nova Iorque. Sandra Becker (Deutschland) Ist Medienkünstlerin, lehrt an der Freien Univiversität Berlin und arbeitet als Co-Leiterin in der Medienwerkstatt Berlin. 2005 gründete sie die Künstlergruppe Netzwerkvirus. Von 2007 bis 2009 hatte sie eine Gastprofessur an der Universität der Künste inne. In ihrem Werk thematisiert sie die Wahrnehmung analoger und digitaler Zusammenhänge. Die deutsche Künstlerin erhielt zahlreiche Preise und stellte schon in Städten wie London und New York aus. Sandra Becker (Alemania) Artista multimedia. Enseña en la Universidad Libre de Berlín y trabaja como codirectora del Taller Multimedia de Berlín. En 2005 fundó el grupo artístico “Netzwerkvirus“. De 2007 a 2009 fue profesora invitada en la Universidad de Bellas Artes de Berlín. En sus obras, Sandra tematiza la percepción en contextos analógicos y digitales. La alemana ya ha recibido varios premios y e ha expuesto en ciudades como Londres y Nueva York. www.sandrabecker01.de Tradutores Übersetzer Traductores Luciana Dabdab Waquil Alemão/Português Deutsch/Portugiesisch Alemán/Portugués Marina Leivas Waquil Português/Espanhol/Português Portugiesisch/Spanisch/Portugiesisch Portugués/Español/Portugués Ralf Hermann Krämer Português/Alemão Portugiesisch/Deutsch Portugués/Alemán http://mercosul15.tumblr.com Realização: Apoio: GOETHE-INSTITUT PORTO ALEGRE INSTITUTO CULTURAL BRASILEIRO-ALEMÃO Rua 24 de Outubro, 112 90510-000 - Porto Alegre/RS - Brasil 51 2118.7800 [email protected] www.goethe.de/portoalegre www.twitter.com/GI_PortoAlegre www.facebook.com/GoetheInstitutPortoAlegre
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