Exposição | Ausstellung | Exposición

Exposição | Ausstellung | Exposición OBSERVATION SPACE
21.05.2015 – 27.06.2015 – Goethe-Institut Porto Alegre
Agradecimentos Danksagung Agradecimientos
Aos professores da UFRGS:
Den Professoren der UFRGS:
A los profesores de la UFRGS:
Elaine Tedesco (Instituto de Artes)
Marcelo Walter (Instituto de Informática)
Ao Laboratório de Imagem e Tecnologia
Departamento de Artes Visuais – UFRGS
Dem Labor für Bild und Technik
Der Abteilung der visuellen Künsten – UFRGS
Al Laboratorio de Imagen y Tecnología
Departamento de Artes Visuales – UFRGS
Ao Instituto de Informática da UFRGS
Dem Institut für Informatik der UFRGS
Al Instituto de Informática de la UFRGS
Às empresas apoiadoras
Den Partnerunternehmen
A las empresas que apoyaron
- Cliever
- Hotel Master Premium Cosmopolitan
- Procempa
Aos Goethe-Institut
Den Goethe-Instituten
A los Goethe-Institut
Buenos Aires, Montevidéo, Santiago do Chile
e São Paulo
Aos alunos e ex-alunos da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul pelo apoio técnico:
Den ehem. Studenten der Universidade Federal
do Rio Grande do Sul [UFRGS] für die technische
Unterstützung:
A los alumnos y ex alumnos de la Universidad
Federal do Rio Grande do Sul por el apoyo
técnico:
Affonso Dick Neto
Ali Savange
Eliane Sanhudo Uczak
Fernando de Almeida
Gregor Handrich
Karel Šmejkal
Leonardo Azenha
Marcelo Garlet Millani
Natascha Gass
Com agradecimentos especiais para Sandra
Becker e Peggy Sylopp pelo trabalho em
conjunto com os estudantes da UFRGS
Mit besonderem Dank an Sandra Becker und
Peggy Sylopp für die Zusammenarbeit mit den
Studenten der UFRGS
Con agradecimientos especiales a Sandra Becker
y Peggy Sylopp por el trabajo en conjunto con
los estudiantes de la UFRGS
NARRAR X CONTAR
Narrar x Contar
A digitalização coloca a humanidade diante de
grandes desafios. As possibilidades técnicas
podem ser usadas tanto para o bem como para
o mal. Desde as revelações de Snowden no
verão de 2013, nós sabemos que o Serviço
Secreto norte-americano (NSA) monitora
sistematicamente a economia e a população de
outros países. Há mais de um ano funciona no
parlamento alemão (Bundestag) o Comitê de
Investigação sobre Serviços Secretos, com a
tarefa de descobrir em que medida o Serviço
Secreto alemão (BND) está envolvido na rede
do NSA. As tecnologias digitais possibilitam a
guarda de registros e um monitoramento
absoluto dos cidadãos em âmbito internacional
por serviços secretos. Um regulamento para a
proteção dos direitos civis na internet é
urgentemente necessário.
A artemídia está intimamente entrelaçada com
desenvolvimentos tecnológicos, sociais e
políticos, tendo desde sempre desempenhado
um papel de vanguarda no manejo de mídias,
redes digitais e novas tecnologias. A arte,
mesmo quando se apropria de tecnologias
binário-digitais, sempre trabalha com espaços
em branco, com imprecisões e uma ordem
diferente daquela fornecida pela máquina. Ao
ritmo exato do computador, que se limita a
contar - um bit por momento de tempo -, a arte
opõe a ancestral técnica cultural da narrativa.
Através da arte a tecnologia torna-se utilizável
para fins emancipatórios.
NARRAR X CONTAR
O Goethe-Institut, com seu projeto MEDIA
ART LAB MERCOSUL, respondeu à situação
atual convidando a Porto Alegre,
primeiramente, artistas da Alemanha e do
Brasil e, em seu segundo ano, também
artistas da Argentina, Chile e Uruguai que
trabalham com novas mídias. Porto Alegre,
a capital mais meridional do Brasil, é, em
virtude de sua proximidade geopolítica e
cultural dos outros países fundadores do
MERCOSUL, um lugar muito apropriado.
Para angariar competitividade internacional
a longo prazo, a América do Sul precisa
estabelecer circuitos econômicos regionais.
Também na cultura - e particularmente na
artemídia - o intercâmbio dentro da região
e em âmbito internacional é uma questão
de sobrevivência. Com um dos melhores
institutos de Informática entre as
universidades e diversas empresas de
software nas vizinhanças, Porto Alegre
oferece as condições ideais para a
instalação de um laboratório de artemídia.
O laboratório, numa sala de aula do
Goethe-Institut, foi rapidamente preparado,
faltavam apenas os artistas certos,
dispostos a participar da experiência e
abertos a uma aventura interdisciplinar,
intercultural e colaborativa.
inicial e logo contagiaram outros artistas
com seu entusiasmo. Em 2015 vieram
Peggy Sylopp (Berlim), Fabián Barros
Andrade (Montevidéu), Fabiane Morais
Borges (São Paulo), Jorge Amaolo
(Argentina) e Rainer Krause (Santiago do
Chile), que trabalharam juntos ao longo de
dois meses, e agora apresentam o resultado
de sua cooperação na exposição
"Observation Space". Estudantes dos
Instituto de Artes e de Informática da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS) foram integrados ao projeto e,
graças à boa vontade de professores de
ambas as faculdades, em 2015 foi oferecido
pela primeira vez um curso de artemídia
para estudantes de Artes e de Informática.
A demanda foi muito maior do que o
esperado.
Sandra Becker (Berlim) e Elaine Tedesco
(Porto Alegre) acenderam em 2014 a chama
Marina Ludemann
Diretora do Goethe-Institut Porto Alegre
O MEDIA ART LAB MERCOSUL só pôde ser
concretizado graças ao engajamento dos
artistas e ao apoio de nossos parceiros, o
Instituto de Artes e o Instituto de
Informática. Agradecemos a todos os
envolvidos e ficamos na expectativa da
próxima edição do projeto.
ERZÄHLEN STATT ZÄHLEN
Erzählen statt Zählen
Die Digitalisierung stellt die Menschheit vor
große Herausforderungen. Die technischen
Möglichkeiten können zum Guten wie zum
Schlechten genutzt werden. Seit den
Snowden-Enthüllungen im Sommer 2013
wissen wir, dass der US-Geheimdienst NSA
Wirtschaft und Bevölkerung anderer
Staaten systematisch abhören lässt. Seit
über einem Jahr tagt im Deutschen
Bundestag der GeheimdienstUntersuchungsausschuss, der aufdecken
soll, wie tief der Bundesnachrichtendienst
(BND) in das Netzwerk des NSA
eingebunden ist. Die digitalen Technologien
machen die Vorratsdatenspeicherung und
eine lückenlose Überwachung der Bürger
durch Geheimdienste in internationalem
Maßstab möglich. Eine Web-Charta zum
Schutz der Bürgerrechte im Internet ist
dringend nötig.
Medienkunst ist eng verflochten mit
technologischen, gesellschaftlichen und
politischen Entwicklungen und hat schon
immer eine Vorreiterrolle im Umgang mit
Medien, digitaler Vernetzung und neuen
Technologien gespielt. Kunst, auch wenn sie
sich binär-digitale Technologien aneignet,
arbeitet immer mit Leerstellen,
Ungenauigkeiten und mit einer anderen
Ordnung als der, die die Maschine vorgibt.
Dem genauen Takt des Computers, der
schlicht nur zählt – ein bit pro Zeitmoment –,
setzt die Kunst die uralte Kulturtechnik des
Erzählens gegenüber. Durch Kunst wird
Technologie emanzipatorisch nutzbar
gemacht.
Das Goethe-Institut hat mit seinem Projekt
MEDIA ART LAB MERCOSUL auf die aktuelle
Situation reagiert und Medienkünstler
zunächst aus Deutschland und Brasilien und
im zweiten Jahr auch aus Argentinien, Chile
und Uruguay nach Porto Alegre eingeladen.
Porto Alegre, die südlichste
Bundeshauptstadt Brasiliens, ist aufgrund
seiner geopolitischen und kulturellen Nähe
zu den anderen Gründungsstaaten des
MERCOSUL ein geeigneter Standort. Um
langfristig international wettbewerbsfähig
zu sein, muss Südamerika regionale
Wirtschaftskreisläufe etablieren. Auch in der
Kultur – und besonders in der Medienkunst ist der innerregionale und der internationale
Austausch überlebenswichtig. Porto Alegre
bietet mit einem der besten universitären
Informatik-Institute und mit einer
Ansammlung von Software-Firmen in der
näheren Umgebung ideale Voraussetzungen
für die Entwicklung eines
Medienkunstlabors. Das Labor in einem
Klassenzimmer des Goethe-Instituts war
schnell aufgebaut, es fehlten nur noch die
richtigen Künstler und Künstlerinnen, die
ERZÄHLEN STATT ZÄHLEN
sich auf das Experiment einliessen und
offen waren für ein interdisziplinäres,
interkulturelles und kollaboratives Wagnis.
Sandra Becker (Berlin) und Elaine Tedesco
(Porto Alegre) zündeten 2014 den Funken
und steckten mit ihrem Enthusiasmus
schnell andere Künstler an. 2015 folgten
Peggy Sylopp (Berlin), Fabian Barros
Andrade (Montevideo), Fabiane Morais
Borges (Sao Paulo), Jorge Amaolo
(Argentinien) und Rainer Krause (Santiago
de Chile). Sie arbeiteten zwei Monate lang
zusammen und präsentieren nun mit der
Ausstellung „Observation Space“ das
Resultat ihrer Kooperation. Studenten des
Kunst- und des Informatik-Instituts der
Staatlichen Universität UFRGS in Porto
Alegre wurden einbezogen und dank der
Offenheit von Professoren beider
Fakultäten wurde 2015 erstmals ein
Medienkunstkurs für Kunst- und
Informatikstudenten angeboten. Die
Nachfrage war viel größer als erwartet.
MEDIA ART LAB MERCOSUL ist nur dank
des Engagements der Künstler und mit
Unterstützung der Partner Instituto de
Artes und Instituto de Informatica zustande
gekommen. Wir danken allen Beteiligten
und freuen uns auf die Fortsetzung.
Marina Ludemann
Leiterin des Goethe-Instituts Porto Alegre
Narrar x Contar
La digitalización pone la humanidad frente
a grandes desafíos. Las posibilidades
técnicas pueden ser usadas tanto para el
bien como para el mal. Desde las
revelaciones de Snowden en el verano de
2013, sabemos que el Servicio Secreto
Norteamericano (NSA) monitorea
sistemáticamente la economía y la
población de otros países. Hace más de un
año funciona en el parlamento alemán
(Bundestag) el Comité de Investigación
sobre Servicios Secretos, con la tarea de
descubrir en qué medida el Servicio Secreto
Alemán (BND) está involucrado en la red
del NSA. Las tecnologías digitales permiten
a los servicios secretos la guardia de
registros y un monitoreo absoluto de los
ciudadanos en ámbito internacional. Una
regulación para la protección de los
derechos civiles en internet es
urgentemente necesaria.
El arte de los medios está estrechamente
entrelazada con desarrollos tecnológicos,
sociales y políticos, habiendo desempeñado
desde siempre una función de vanguardia
en la utilización de medios, redes digitales y
nuevas tecnologías. El arte, incluso cuando
se apropia de tecnologías binario-digitales,
siempre trabaja con espacios blancos, con
imprecisiones y un orden diferente del que
ofrece la máquina. Al ritmo exacto del
ordenador, que se limita a contar - un bit
NARRAR X CONTAR
por momento de tiempo -, el arte opone la
técnica cultural ancestral de la narrativa. A
través del arte la tecnología se vuelve
utilizable para objetivos emancipatorios.
El Instituto Goethe, con su proyecto MEDIA
ART LAB MERCOSUR, respondió a la situación
actual invitando a Porto Alegre,
primeramente, a artistas de Alemania y de
Brasil y, en su segundo año, también a
artistas de Argentina, Chile y Uruguay que
trabajan con nuevos medios. Porto Alegre, la
capital más austral de Brasil, es, debido a su
proximidad geopolítica y cultural a los otros
países fundadores del Mercosur, un sitio muy
apropiado. Para lograr competitividad
internacional a largo plazo, Sudamérica tiene
que establecer circuitos económicos
regionales. También en la cultura - y
particularmente en el arte de los medios - el
intercambio dentro de la región y en ámbito
internacional es una cuestión de
supervivencia. Con uno de los mejores
institutos de Informática entre las
universidades y variadas empresas de
software en el entorno, Porto Alegre ofrece
las condiciones ideales para la instalación de
un laboratorio de arte de los medios. Se
preparó rápidamente el laboratorio en un
aula del Instituto Goethe; hacía falta sólo los
artistas adecuados, dispuestos a participar de
la experiencia y abiertos a una aventura
interdisciplinaria, intercultural y colaborativa.
Sandra Becker (Berlín) y Elaine Tedesco
(Porto Alegre) encendieron en 2014 la llama
y así animaron a otros artistas con su
entusiasmo. En 2015 vinieron Peggy Sylopp
(Berlín), Fabian Barros Andrade
(Montevideo), Fabiane Morais Borges (São
Paulo), Jorge Amaolo (Argentina) y Rainer
Krause (Santiago de Chile), que trabajaron
juntos a lo largo de dos meses y ahora
presentan el resultado de su cooperación en
la exposición "Observation Space".
Estudiantes de los Institutos de Arte y de
Informática de la Universidad Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS) se integraron al
proyecto y, con la buena voluntad de
profesores de ambas facultades, en 2015 se
ofreció por primera vez un curso de arte de
los medios para estudiantes de Arte y de
Informática. La demanda fue mucho mayor
que lo esperado.
El MEDIA ART LAB MERCOSUR sólo se pudo
materializar debido a la participación de los
artistas y el apoyo de nuestros compañeros,
el Instituto de Arte y el Instituto de
Informática. Agradecemos a todos los
involucrados y estamos a la espera de la
próxima edición del proyecto.
Marina Ludemann
Directora del Goethe-Institut Porto Alegre
MALM
Media Art Lab Mercosul
Agamben1 analisa as diversas inflexões da
palavra dispositivo, termo estratégico no
pensamento de Foucault, para ampliar
ainda mais a já extensa classe de
dispositivos foucaultianos e consolidar o
pensamento de chamar de dispositivo
qualquer coisa que, cito, tenha de algum
modo a capacidade de capturar, orientar,
determinar, interceptar, modelar, controlar
e assegurar os gestos, as condutas, as
opiniões e os discursos dos seres viventes.
Dessa forma, para Agamben não somente
as prisões, os manicômios, as escolas, a
confissão, as medidas jurídicas etc, mas
também a caneta, a escritura, a literatura,
os computadores, os telefones celulares e a
própria linguagem são dispositivos. A
grande importância que o autor atribui ao
termo o leva a identificar duas classes
predominantes, os seres viventes e os
dispositivos. Entre os dois, introduz-se
como terceiro, os sujeitos.
Agamben denomina sujeito o que resulta da
relação e, por assim dizer, do corpo a corpo
entre os viventes e os dispositivos. Nesse
sentido, teoricamente, um mesmo sujeito
pode ser lugar de múltiplos processos de
subjetivação e, portanto, ao ilimitado
crescimento dos dispositivos no nosso
tempo corresponderia a uma igualmente
disseminada proliferação de processos de
subjetivação. Eis aí a questão, pois o que
define os dispositivos com os quais temos
que lidar na atual fase do capitalismo é que
esses não agem mais tanto pela produção
de um sujeito quanto por meio de processos
que podemos chamar de dessubjetivação.
Daí a importância do alerta, diante da
sofisticação que a tecnologia alcança em
nosso tempo, sobre a futilidade dos
discursos bem intencionados acerca da
tecnologia que reduzem o problema dos
dispositivos àquele do uso correto, e a
fragilidade das sociedades contemporâneas
que se apresentam como corpos inertes
atravessados por gigantescos processos de
dessubjetivação que não correspondem a
nenhuma subjetivação real.
Por isso, o autor afirma que o poeta, e
aqui podemos dizer, o artista, — o
contemporâneo — deve manter fixo o olhar
no seu tempo pois contemporâneo é aquele,
cito novamente, que mantém fixo o olhar no
seu tempo, para nele perceber não as luzes,
mas o escuro.
Apostando na arte para reagir à
complexidade de relações que a invasão da
tecnologia introduz na vida cotidiana, o
MALM
Instituto Goethe Porto Alegre vem
desenvolvendo o projeto Media Art Lab
Mercosul, que mobiliza intercâmbios de
artistas alemães e brasileiros com países do
Mercosul. O projeto busca fomentar
propostas artísticas que respondem às
transformações da sociedade
contemporânea face às vertiginosas
mutações decorrentes da ascendência das
tecnologias de comunicação no dia a dia.
O projeto iniciou com a residência da
artista Sandra Becker (Berlim) em Porto
Alegre de janeiro a março de 2014, que
resultou na exposição “Social Dissolve”,
apresentada na Galeria do Goethe-Institut
Porto Alegre, e tem continuidade, em 2015,
com a residência da artista Peggy Sylopp.
O trabalho que a artista multimídia alemã
Peggy Sylopp está desenvolvendo na
residência em Porto Alegre propõe um
diálogo e trabalho conjunto, através de
encontros presenciais e on-line, com quatro
artistas de países do Mercosul Fabián
Barros Andrade (Montevideo/Uruguai)
Fabiane Borges (São Paulo/Brasil) Jorge
Enrique Amaolo (Rio Negro/Argentina) e
Rainer Krause (Santiago do Chile/Chile).
1
Os deslocamentos remetem a uma
experiência geográfica e antropológica
ampliada, poética e mítica do
compartilhamento que as tecnologias de
comunicação promovem. No conjunto das
propostas desenvolvidas os cinco artistas
investem em maneiras de fazer, de operar
uma outra espacialidade que introduzem
práticas inusitadas ao espaço virtual
suscetíveis de promover novas percepções.
Escapando às totalizações imaginárias do
olhar, esses artistas em colaboração
buscam enxergar as estranhezas que se
introduzem no cotidiano, sem vir à
superfície. As redes dos intercâmbios
entrecruzando-se, conectam autores e
espectadores para compor outras
possibilidades de subjetivação, formadas
em fragmentos de trajetórias ou em
mutações de espaço que atualizam o
compromisso secreto entre o arcaico e o
presente. Porque a chave do presente está
escondida no imemorial, e a via de acesso
ao presente nos relança incessantemente à
origem.
Sandra Rey
Artista Plástica, Professora e Pesquisadora
Departamento de Artes Visuais - UFRGS
AGAMBEN, G. “O que é o contemporáneo? e outros ensaios”, Chapecó: Argos, 2010.
Media Art Lab Mercosul
Agamben1 untersucht die verschiedenen
Bedeutungsinhalte des für Foucaults
Denken strategisch wichtigen Begriffs
Dispositiv, um die schon weite Klasse der
foucaultschen Dispositive zu erweitern und
um die Auffassung zu konsolidieren, dass
alles Dispositiv genannt werden kann, ich
zitiere, „das in irgendeiner Weise die
Fähigkeit hat, Gesten, Verhalten, Meinungen
und Reden der lebenden Wesen
einzufangen, zu orientieren, zu bestimmen,
abzufangen, zu formen, zu kontrollieren
und zu erhalten.“
So sind für Agamben nicht nur Gefängnis,
Psychiatrie, Schule, Beichte und juristische
Maßnahmen Dispositive, sondern auch
Kugelschreiber, Schrift, Literatur, Computer,
Handys und die Sprache selbst begrenzen
uns. Die Relevanz, die er dem Begriff
zugesteht, führt den Autor zu den zwei
bestimmenden Klassen: Lebewesen und
Dispositive. Zwischen diese beiden schiebt
er das Subjekt als Dritte ein.
Agamben bezeichnet als Subjekt, was aus
dem Verhältnis, aus der Begegnung des
Lebewesens mit dem Dispositiv entsteht.
Dementsprechend kann ein Subjekt
theoretisch ein Ort multipler Prozesse der
Subjektivierung sein, und mit der
unbegrenzten Vermehrung der Dispositive
in unserer Zeit ginge gleichsam eine
Inflation der Subjektivierungsprozesse
einher. Dies wird zum zentralen Problem,
denn die Dispositive, mit denen wir uns in
der aktuellen Phase des Kapitalismus
herumschlagen, sind nichtmehr dazu da,
Subjekte zu erschaffen, sondern werden
durch Prozesse bestimmt, die man mit
Desubjektivierung umschreiben kann.
Die Warnung vor der Oberflächlichkeit der
gutgemeinten Diskurse, die das Problem der
Dispositive der Technologie auf deren
verantwortungsvoller Nutzung reduzieren,
ist angesichts der Perfektion wichtig, die die
Technik in unserer heutigen Zeit erreicht
und angesichts der modernen
Gesellschaften, die sich als schwerfällige
Körper erweisen, die von gigantischen
Prozessen der Desubjektivierung überzogen
werden, die keiner realen Subjektivierung
entsprechen.
Aus diesem Grund betont der Autor, dass
der Poet, und hier können wir auch von
Künstler sprechen, — als Zeitgenosse — das
Augenmerk fest auf seine Zeit richten muss,
denn Zeitgenosse ist der, der, und hier
zitiere ich erneut, „sein Augenmerk fest auf
seine Zeit richtet, um dort nicht das Licht,
sondern das Dunkel zu sehen.“
Um der Komplexität der Verhältnisse zu
begegnen, die von der Invasion der Technik
in unseren Alltag erzeugt werden, setzt das
Goethe Institut auf Kunst und entwickelte
das Projekt Media Art Lab Mercosul, das
einen Austausch von brasilianischen und
MALM
deutschen Künstlern mit den anderen
Ländern des Mercosul (Südamerikanischer
Binnenmarkt) ermöglicht. Angesichts
schwindelerregender Mutationen im
Schweif des Siegeszuges der
Kommunikationstechnologie durch den
Alltag will das Projekt Vorschläge von
Künstlern fördern, die auf die
Transformationen in der heutigen
Gesellschaft antworten.
Das Projekt startete mit der Residenz der
Künstlerin Sandra Becker (Berlin) in Porto
Alegre von Januar bis März 2014, die in der
Ausstellung “Social Dissolve” in der Galerie
des Goethe Institut resultierte, und wird
2015 mit der Residenz der Künstlerin Peggy
Sylopp fortgesetzt.
Die Multimediakünstlerin Peggy Sylopp
plädiert im Rahmen ihrer Arbeit in Porto
Alegre für den Dialog und die
Zusammenarbeit. Dafür trifft sie sich online
und persönlich mit vier Künstlern des
Mercosul: Fabián Barros Andrade
(Montevideo/Uruguay) Fabiane Borges (São
Paulo/Brasilien) Jorge Enrique Amaolo (Rio
Negro/Argentinien) und Rainer Krause
(Santiago do Chile/Chile).
Die Reisen versinnbildlichen eine
geographisch und anthropologisch
erweiterte, poetische und mythische
1
Erfahrung des Sharing, das die
Kommunikationstechnik ermöglicht.
Gemeinsam ist den fünf Künstlern, dass sie
in Methoden und in die Nutzung einer
anderen Räumlichkeit investieren, die im
virtuellen Raum ungewohnte Handlungen
einführen und damit neue Perspektiven
schaffen können.
Auf der Flucht vor den imaginären
Vervollständigungen des Auges versuchen
die Künstler in Zusammenarbeit das
Seltsame zu sehen, das sich im täglichen
Leben einschleicht, ohne an die Oberfläche
zu kommen. Die Netze des Austauschs
überschneiden sich, verbinden Autoren und
Zuschauer, um der Subjektivierung weitere
Möglichkeiten zu verschaffen, die sich in
Fragmenten von Umlaufbahnen formen
oder in der Mutation des Raums, die den
geheimen Kompromiss zwischen dem
Ursprünglichen und der Gegenwart auf den
neusten Stand bringen. Denn der Schlüssel
der Gegenwart liegt im Unbewussten, und
der Pfad für den Zugang zur Gegenwart
bringt uns ständig zum Ausgangspunkt
zurück.
Sandra Rey
Künstlerin, Professorin und Forscherin
Abteilung für visuelle Künste – UFRGS
AGAMBEN, G. “O que é o contemporáneo? e outros ensaios” (Was ist Zeitgenossenschaft? und andere Aufsätze)”,
Chapecó: Argos, 2010.
MALM
Media Art Lab Mercosur
Agamben1 analiza las diferentes inflexiones
de la palabra dispositivo, término
estratégico en el pensamiento de Foucault,
para ampliar todavía más la ya extensa
clase de dispositivos foucaultianos y
consolidar el pensamiento de llamar
dispositivo a cualquier cosa que, cito, tenga
de algún modo la capacidad de capturar,
orientar, determinar, interceptar, modelar,
controlar y asegurar los gestos, las
conductas, las opiniones y los discursos de
los seres vivientes.
De tal forma, para Agamben no sólo las
cárceles, los manicomios, las escuelas, la
confesión, las medidas legales, etc., sino
también el bolígrafo, la escritura, la
literatura, los ordenadores, los télefonos
móviles y el lenguaje mismo son
dispositivos. La gran importancia que
atribuye el autor al término lo lleva a
identificar dos clases predominantes, los
seres vivientes y los dispositivos. Entre los
dos, se introduce como tercero los sujetos.
Agamben denomina sujeto lo que resulta de
la relación y, por así decirlo, del cuerpo a
cuerpo entro los seres vivientes y los
dispositivos. En ese sentido, teóricamente,
un mismo sujeto puede ser sitio de
múltiples procesos de subjetivación y, por
lo tanto, al ilimitado crecimiento de los
dispositivos en nuestro tiempo
correspondería una igualmente diseminada
proliferación de procesos de subjetivación.
Aquí está la cuestión, ya que lo que define
los dispositivos con los que tenemos que
enfrentarnos en la actual fase del
capitalismo es que éstos no actúan más
tanto por la producción de un sujeto, sino a
través de procesos que podemos llamar
desubjetivación.
Por ello la importancia de la alerta, frente a
la sofisticación a la que llega la tecnología
en nuestro tiempo, sobre la futilidad de los
discursos bien intencionados sobre la
tecnología que reducen el problema de los
dispositivos a lo del uso correcto, y la
fragilidad de las sociedades
contemporáneas que se presentan como
cuerpos inertes cruzados por gigantescos
procesos de subjetivación que no
corresponden a ninguna subjetivación real.
Por esa razón el autor afirma que el poeta,
y aquí podemos decir, el artista — el
contemporáneo — debe mantener fija la
mirada en su tiempo porque contemporáneo
es el que, cito nuevamente, mantiene fija la
mirada en su tiempo, para que ahí se dé
cuenta no de las luces, sino de la oscuridad.
Apostando por el arte como reacción a la
complejidad de relaciones que la invasión
de la tecnología introduce en la vida
MALM
cotidiana, el Instituto Goethe Porto Alegre
desarrolla el proyecto Media Art Lab
Mercosur que moviliza intercambios de
artistas alemanes y brasileños con países
del Mercosur. El proyecto busca fomentar
propuestas artísticas que responden a las
transformaciones de la sociedad
contemporánea frente a las vertiginosas
mutaciones que resultan de la ascendencia
de las tecnologías de comunicación en el
día a día.
Los desplazamientos remiten a una
experiencia geográfica y antropológica
ampliada, poética y mítica del
compartimiento que las tecnologías de
comunicación promocionan. En el conjunto
de las propuestas desarrolladas, los cinco
artistas invierten en formas de hacer,
operar otra especialidad que introducen
prácticas inusuales en el espacio virtual
susceptibles de promocionar nuevas
percepciones.
El proyecto empezó con la residencia del
artista Sandra Becker (Berlín) en Porto
Alegre de enero a marzo de 2014,
resultando en la exposición “Social
Dissolve” presentada en la Galería del
Instituto Goethe, y sigue, en 2015, con la
residencia del artista Peggy Sylopp.
Escapando a las totalizaciones imaginarias
de la mirada, esos artista, juntos, buscan
ver las rarezas que se introducen en el
cotidiano, sin llegar a la superficie. Las
redes de los intercambios, entrecruzándose,
conectan autores y espectadores para
componer otras posibilidades de
subjetivación, formadas en fragmentos de
trayectorias o en mutaciones de espacio
que actualizan el compromiso secreto entre
lo arcaico y el presente. Porque la clave del
presente está oculta en lo arcaico y la vía
de acceso al presente nos relanza
incesantemente al origen.
El trabajo que Peggy Sylopp, artista
multimedia alemana, está desarrollando en
la residencia en Porto Alegre propone un
diálogo y trabajo conjunto, a través de
encuentros presenciales y en línea, con
cuatro artistas de países del Mercosur:
Fabián Barros Andrade
(Montevideo/Uruguay), Fabiane Borges (São
Paulo/Brasil), Jorge Enrique Amaolo (Rio
Negro/Argentina) y Rainer Krause (Santiago
de Chile/Chile).
1
Sandra Rey
Artista Plástica, Profesora e Investigadora
Departamento de Artes Visuales - UFRGS
AGAMBEN, G. “O que é o contemporáneo? e outros ensaios”, Chapecó: Argos, 2010.
PEGGY SYLOPP
Eikonal
PEGGY SYLOPP
Eikonal
Instalação com projeção, câmeras, reconhecimento de movimento e minirrobótica
A instalação tem como tema a onipresença
do monitoramento e a manipulação
inconsciente que isso acarreta.
Uma agradável projeção de vídeo é
interrompida por movimentos dos
visitantes e os confronta com seu ícone, em
grego antigo: o Eikon. Um pequeno robô
coloca-se em movimento numa linha
limítrofe fictícia em forma de coração e
monitora a sala. A ausência de movimento
por parte dos visitantes é "recompensada"
com o não-monitoramento.
O título se inspira na "Operation Eikonal". O
Serviço Secreto Alemão (BND) forneceu de
2004 a 2008 uma enorme quantidade de
dados privados ao NSA. A prolífica fonte
dos dados é o maior Ponto de Troca de
Tráfego da Internet do mundo, o DE-CIX,
em Frankfurt.
O termo "Eikonal" é tomado de empréstimo
da Física e designa uma função para a
descrição de ondas sísmicas e quânticas. O
robô, ao percorrer uma linha em forma de
coração, reproduz uma solução numérica
possível da função de acordo com o "fast
marching method".
O robô utilizado é uma combinação do
Open Source Computer Raspberry Pi,
desenvolvido para fins pedagógicos, com a
extensão de robô Pi2Go. Com uma
dimensão aproximada de dm^3, o robô fica
com sua eletrônica propositalmente à
mostra.
A instalação é uma fusão de diferentes
pontos fulcrais de Peggy Sylopp em seu
trabalho de criação: a artista utiliza uma
projeção de vídeo de seu trabalho
"Transient Mainstream", de 2006, que é
uma videoinstalação no plano do ambiente
que reage ao movimento e na qual o círculo
cromático é perpassado, como em
"SPECTRUM" (2005).
Seus conhecimentos em Informática Teórica
lhe servem de inspiração para integrar
algoritmos, tecnologia e observações físicas
em seus trabalhos. As permanentes críticas
e escândalos na Alemanha e na Europa com
relação ao monitoramento e à proteção de
fronteiras ocasionaram a colocação em
pauta dessa temática no contexto político.
PEGGY SYLOPP
Eikonal
Installation mit Projektion, Kameras, Bewegungserkennung und minimaler Robotik
Die Installation thematisiert Omnipräsenz
von Überwachung und damit
einhergehende unbewusste Manipulation.
Eine angenehm anmutende Videoprojektion
wird durch Bewegungen der Besucher
unterbrochen und konfrontiert sie mit
ihrem Abbild, altgriechisch: dem Eikon. Ein
kleiner Roboter setzt sich an einer fiktiven
Grenzlinie in Herzform in Bewegung und
überwacht den Raum. Bewegungslosigkeit
der Besucher wird mit Nicht-Überwachen
"belohnt".
Der Titel ist inspiriert von der "Operation
Eikonal". Der deutsche Geheimdienst (BND)
lieferte 2004 bis 2008 eine enorme Menge
privater Daten an die NSA. Die sprudelnde
Datenquelle kommt aus dem weltweit
größten Internetknotendienst in Frankfurt,
das DE-CIX.
Der Begriff "Eikonal" ist der Physik entlehnt
und bezeichnet eine Funktion zur
Beschreibung seismischer und auch
quantenmechanischer Wellen. Der Roboter
zeichnet eine mögliche numerische Lösung
der Funktion nach der "Fast-MarchingMethod" nach, in dem er eine Herzform
abfährt.
Der eingesetzte Roboter ist eine
Kombination aus dem Bildungszwecke
entwickelten Open Source Computer
Raspberry Pi mit der Roboter-Erweiterung
Pi2Go. Die Elektronik des etwa dm^3
großen Roboters bleibt bewusst
unverdeckt.
In der Installation verschmelzen
verschiedene Schaffensschwerpunkte
Peggy Sylopp's: So nimmt sie die
Videoprojektion ihrer Arbeit "Transient
Mainstream" von 2006 auf, eine auf
Bewegung reagierende AmbientVideoinstallation, bei wie in "SPECTRUM"
(2005) der Farbkreis durchlaufen wird.
Peggy Sylopp's Background als theoretische
Informatikerin inspiriert sie zur Integration
von Algorithmen, Technik und
physikalischen Beobachtungen. Die
anhaltenden Kritiken und Skandale in der
BRD und Europa um Überwachung und
Grenzschutz brachten die Idee Nahe, diese
Thematik in den politischen Kontext zu
setzen.
PEGGY SYLOPP
Eikonal
Instalación con proyección, cámaras, reconocimiento de movimiento y minirobótica
La instalación tiene como tema la
omnipresencia del monitoreo y la
manipulación inconsciente que eso implica.
Se interrumpe una agradable proyección de
video con movimientos de los visitantes y
se los confronta con su ícono, en griego
antiguo: el Eikon. Un pequeño robot se
pone en movimiento en una línea limítrofe
ficticia en forma de corazón y monitorea la
habitación. La ausencia de movimiento por
parte de los visitantes se "recompensa" con
el no-monitoreo.
El título está inspirado en la "Operation
Eikonal". El Servicio Secreto Alemán (BND)
proporcionó, de 2004 a 2008, una enorme
cantidad de datos privados al NSA. La
prolífica fuente de los datos es el mayor
Punto de Intercambio de Internet, el DECIX, en Frankfurt.
El término"Eikonal" se toma como préstamo
de la Física y designa una función para la
descripción de ondas sísmicas y cuánticas.
El robot, al recorrer una línea en forma de
corazón, reproduce una solución numérica
posible de la función según el "fast
marching method".
El robot utilizado es una combinación del
Open Source Computer Raspberry Pi,
desarrollado para objetivos pedagógicos,
con la extensión de robot Pi2Go. Con una
dimensión aproximada de dm^3, el robot
tiene su electrónica deliberadamente
expuesta.
La instalación es una fusión de diferentes
puntos cruciales de Peggy Sylopp en su
trabajo de creación: el artista utiliza una
proyección de video de su trabajo
"Transient Mainstream", de 2006, que es
una videoinstalación en el plan del
ambiente que reacciona al movimiento y en
la que se cruza el círculo cromático, como
en "SPECTRUM" (2005).
Sus conocimientos en Informática Teórica le
sirven de inspiración para integrar
algoritmos, tecnología y observaciones
físicas en sus trabajos. Las permanentes
críticas y escándalos en Alemania y en
Europa con relación al monitoreo y a la
protección de fronteras resultaron en que
se ha puesto en discusión esa temática en
el contexto político.
PEGGY SYLOPP
Peggy Sylopp (Alemanha)
Graduação em Informática, Master of Public Policy,
artista intermídia.
Indicação ao Prêmio Alemão de Arte Sonora,
gravação de "SPECTRUM", Museu da Escultura de
Marl. Exposições de arte de luz (light art) e de
fotografias e performances de vídeo em tempo real
(live video processing performances) na Austrália,
no Líbano, na Polônia, na Irlanda e em outros
países.
Peggy Sylopp (Deutschland)
Informatikstudium, Master of Public Policy, intermediale Künstlerin
Nominierung für den Deutschen Klangkunst-Preis, Installation „SPEKTRUM“ am
Skulpturenmuseum Glaskasten Marl. Austellungen für Lichtkunst, Fotografie und Performance
mit in Echtzeit generierter Grafik, in Australien, im Libanon, in Polen, in Irland und in anderen
Ländern.
Peggy Sylopp (Alemania)
Licenciada en Informática, Master of Public Policy, artista intermedia.
Indicación al Premio Alemán de Arte Sonoro, grabación de "SPECTRUM", Museo de la Escultura
de Marl. Exposiciones de arte de luz (light art) y de fotografías y performances de vídeo en
tiempo real (live video processing performances) en Australia, Líbano, Polonia, Irlanda y en
otros países.
www.peggy-sylopp.net
http://pegxposts.tumblr.com
FABIÁN BARROS ANDRADE
La Máquina Enteogénica
FABIÁN BARROS ANDRADE
A Máquina Enteógena
Embora a religião seja um fenômeno social e coletivo, a experiência religiosa é única e
intransferível. O Divino não se apresenta de forma definida, mas como uma revelação de "algo"
que vai além da nossa compreensão. Segundo a Gestalt, nossas experiências são manifestações
incompletas, parciais, que completamos de acordo com nossas vivências.
Na experiência religiosa acontece a mesma coisa: é imprescindível "acreditar para ver".
A Máquina Enteógena explora a arte religiosa na internet (especificamente a estatuária
sul-americana) em suas expressões mais populares: gifs animados e jpgs.
As imagens, compiladas diretamente da web, são reinterpretadas e
recontextualizadas para serem exibidas e manipuladas através de
diferentes saídas:
1) na internet, um site não interativo, randômico e automático exibe
composições visuais baseadas em peças de arte popular religosa
manipuladas, corrompidas e reinterpretadas:
www.fyslab.net/la_maquina_enteogenica
2) na sala de exibição, uma multiprojeção mostra imagens de forma
assíncrona. Através de projetores e/ou monitores dispostos pela sala, as
imagens são combinadas e sobrepostas, produzindo um efeito hipnótico
e imersivo.
3) em uma A/V performance de improvisação, as imagens são
manipuladas em tempo real e combinadas com música eletrônica,
gerando sincronias perceptivas e efeitos sinestésicos.
O caótico emerge do controle: o “ordenador” (em português “computador”)
se torna “desordenador”, evidenciando a falibilidade, a aleatoriedade e o
caos em uma tentativa de aproximar-se da experiência religiosa.
Assim como as drogas enteógenas utilizam tecnologia vegetal para
expandir a consciência, A Máquina Enteógena usa a tecnologia digital para
agir como catalisador e facilitar o contato com a divindade interior.
FABIÁN BARROS ANDRADE
Die Entheogenmaschine
Obwohl Religion ein soziales und kollektives Phänomen ist, ist religiöse Erfahrung doch
individuell und nicht übertragbar. Das Göttliche zeigt sich in keiner festen Form, sondern in der
Offenbarung von „Etwas“, was über unseren Verstand hinausgeht. Bezüglich ihrer Gestalt sind
unsere Erfahrungen unvollständige, teilweise Manifestationen, die wir gemäß dem von uns
Erlebten vervollständigen.
Bei der Religiösen Erfahrung geschieht das Gleiche: man muss „glauben, um zu sehen“.
Die Entheogenmaschine nutzt religiöse Kunst aus dem Internet (speziell
südamerikanische Bildhauerei) in den verbreitetsten Formaten: animierte
gifs und jpgs. Die direkt aus dem Web kompilierten Bilder werden neu
interpretiert und in einen neuen Kontext gesetzt, um über verschiedene
Ausgänge angezeigt und bearbeitet zu werden:
1) Im Internet, eine automatische, zufallsgesteuerte und nicht interaktive
Seite zeigt Kompositionen, für die Abbildungen verbreiteter religiösen
Kunst manipuliert, korrumpiert und neu interpretiert werden:
www.fyslab.net/la_maquina_enteogenica.
2) Im Ausstellungsraum werden in einer Multiprojektion Bilder asynchron
angezeigt. Über im Raum verteilte Projektoren und Bildschirme werden
Bilder überlagert und kombiniert, um einen hypnotischen und
fesselnden Effekt zu erzeugen.
3) A/V-Performance, Bilder werden in Echtzeit manipuliert und mit
elektronischer Musik kombiniert, um erfahrbare Synchronie und
Synästhesie-Effekte zu erzeugen.
Das Chaotische entspringt der Kontrolle: der Rechner wird zum
„Verrechner“ und belegt die Fehlbarkeit, die Zufälligkeit und das Chaos
beim Näherungsversuch an religiöse Erfahrung.
So wie entheogene Drogen pflanzliche Techniken verwenden, um das
Bewusstsein zu erweitern, verwendet die entheogene Maschine digitale
Technik als Katalysator, um den Kontakt mit der inneren Göttlichkeit zu
erleichtern.
FABIÁN BARROS ANDRADE
La Máquina Enteogénica
Aunque la religión es un fenómeno social y colectivo, la experiencia religiosa es única e
intransferible. Lo Divino no se presenta de una manera definida, sino como una revelación de
“algo” que está más allá de nuestro entendimiento. Según la Gestalt, nuestras experiencias son
manifestaciones incompletas, parciales, que completamos de acuerdo a nuestras vivencias.
En la experiencia religiosa ocurre lo mismo: es imprescindible “creer para ver”.
La Máquina Enteogénica explora el arte religioso en internet (específicamente la imaginería
sudamericana) en sus expresiones más populares: gifs animados y jpgs. Las imágenes,
compiladas directamente de la web, son reinterpretadas y recontextualizadas para ser
exhibidas y manipuladas a través de diferentes salidas:
1) en internet un sitio web no-interactivo, randómico y automático,
despliega composiciones visuales basadas en piezas de arte popular
religioso manipuladas, corrompidas y reinterpretadas:
www.fyslab.net/la_maquina_enteogenica
2) en la sala de exhibición, una multi-proyección muestra imágenes en
forma asíncrona. A través de proyectores y/o monitores desplegados por
la sala, las imágenes se combinan y superponen generando un efecto
hipnótico e inmersivo.
3) en una A/V performance de improvisación, las imágenes son
manipuladas en tiempo real y combinadas con música electrónica,
generando sincronías perceptivas y efectos sinestésicos.
Lo caótico emerge del control: el “ordenador”(*) se subvierte en
“desordenador”, evidenciando la falibilidad, la aleatoriedad y el caos en un
intento por aproximarse a la experiencia religiosa.
Así como las drogas enteogénicas utilizan tecnología vegetal para expandir
la conciencia,
La Máquina Enteogénica usa la tecnología digital para actuar como
catalizador y facilitar el contacto con la divinidad interior.
(*) “Computadora” en español castizo.
FABIÁN BARROS ANDRADE
Fabián Barros Andrade (Uruguai)
Graduado em Ciências da Comunicação, UDELAR,
Uruguai. Menstrado em Artes Digitais, UPF,
Barcelona.
Suas obras giram em torno dos novos paradigmas
da cultura digital: a narrativa multidimensional, a
interação, a relação entre mundos reais e virtuais, a
subjetividade e a identidade na sociedade da
informação, a ilusão de controle, o erro e o caos.
Fabián Barros Andrade (Uruguay)
Grundständiger Studiengang Kommunikationswissenschaft, UDELAR, Uruguay, Master für
digitale Kunst, UPF, Barcelona.
Seine Arbeiten kreisen um die neuen Paradigmen der digitalen Kultur: die multidimensionale
Erzählweise, die Interaktion, das Verhältnis von virtuellen und realen Welten, die Subjektivität
und die Identität in der Informationsgesellschaft, die Illusion der Kontrolle, der Fehler und das
Chaos.
Fabián Barros Andrade (Uruguay)
Licenciado en Ciencias de la Comunicación, UDELAR, Uruguay. Máster en Artes Digitales, UPF,
Barcelona..
Sus obras se desarrollan sobre los nuevos paradigmas de la cultura digital: la narrativa
multidimensional, la interacción, la relación entre mundos reales y virtuales, la subjetividad y
la identidad en la sociedad de la información, la ilusión de control, el error y el caos.
http://www.fyslab.net
FABIANE MORAIS BORGES
Fazer a cabeça | Megalomania
FABIANE MORAIS BORGES
Fazer a Cabeça
Megalomania
O termo “Fazer a Cabeça” é utilizado tanto
para questões religiosas, como políticas e
ideológicas, pois se pode “fazer a cabeça”
entregando-a a uma entidade, como um
orixá ou um espírito, ou se pode “fazer a
cabeça” de alguém através do
convencimento de uma ideia ou uma
ideologia política. Brincando com essa
palavra utilizo um vaporizador (e
secador) de cabelos profissional
antigo, que também de certo modo,
faz a “cabeça – cabelo” de uma
pessoa.
Vídeo que mostra várias pessoas falando
da sua megalomania. A megalomania é um
assunto importante que tem várias formas
de interpretação. Num momento em que se
discute a força geológica do humano
(antropoceno) em relação às
mudanças climáticas e às
possibilidades de fim do
mundo, e ao mesmo tempo
vive-se as maiores crises
em relação ao controle,
centralização de informação
e fim da internet livre, a
artista discorre sobre o tema
da megalomania e pensa nos
imaginários que a tomam. É o
antropoceno mais uma megalomania
humana? O que as pessoas pensam
sobre ser uma força geológica? Qual
a transformação imaginária e
subjetiva que o antropoceno sugere?
Ao sentar-se na cadeira e mergulhar
no vaporizador, a artista pretende criar
uma experiência sonora e visual para o
público, que vai receber ali uma série de
informações para “fazer sua cabeça”.
É um trabalho brincalhão, multimídico que
habita esse imaginário religioso e espacial,
pois o secador também lembra uma
cápsula espacial, que propicia uma
viagem a outro mundo. O
participante que entrar terá que se
fechar lá dentro. É uma experiência
individual.
O vídeo é fruto de uma série
de entrevistas sobre essas
questões a pessoas na rua.
FABIANE MORAIS BORGES
„Fazer a Cabeça“
Megalomanie
Der Begriff „Fazer a Cabeça“ (jemanden den Kopf
zurecht rücken, jemandem den Kopf waschen, sich
etwas in den Kopf setzen, sich selbst eine Meinung
bilden, anderen eine Meinung aufoktroyieren, bis
hin zu delirieren) wird sowohl im religiösen Sinne,
indem ein „Kopf“ einem Orixá oder einem Geist
übergeben wird, d. h. eine Art Religionsmündigkeit
tritt ein, wie auch im politischen bzw.
ideologischen Sinne verwendet, man wischt
jemandem mit einer Idee den Kopf. Im
spielerischen Umgang mit diesem Ausdruck
verwende ich eine alte Dampfhaube
(Trockenhaube), die „den Kopf/die Haare“ einer
Person ebenfalls “macht“.
Video mehrerer Personen, die über
ihre Megalomanie sprechen. Die
Megalomanie ist ein wichtiges
Thema und kann vielfältig
interpretiert werden. In einer Zeit, in
der die geologische Wirkung der
Menschen (Anthropozän) auf das
Klima und ein mögliches Ende der
Welt diskutiert wird und gleichzeitig
die größte Krise herrscht, was die
Überwachung, die Zentralisierung
der Information und das Ende des
freien Internets betrifft, wendet sich
die Künstlerin dem Thema
Megalomanie zu und sinniert über
die dabei entstehenden Bilder. Ist
das Anthropozän nur menschliche
Megalomanie? Was meinen die
Menschen zu dieser geologischen
Wirkung? Welche imaginären und
subjektiven Veränderungen wirft
das Anhropozän auf?
Durch das Tauchen unter die Dampfhaube will die
Künstlerin dem Publikum eine visuelle und
akustische Erfahrung verschaffen, die eine Reihe
von Informationen erhält, die ihm den „Kopf
zurechtrücken“ sollen.
Es ist eine spielerische und multimediale Arbeit,
die sich in der entstehenden religiösen und
räumlichen Vorstellungswelt ansiedelt. Der
Trockner erinnert nämlich an eine Raumkapsel für
die Reise in eine andere Welt und der Teilnehmer
schließt sich für ein individuelles Erlebnis ein.
Das Video ist das Ergebnis einer
Reihe von Interviews zu diesen
Themen mit Personen auf der
Straße.
FABIANE MORAIS BORGES
"Fazer a cabeça"
El término del portugués "fazer a cabeça"
(expresión de múltiples sentidos, como "convencer
a sí mismo o a alguien", "inducir a una persona a
hacer algo", "delirar") se utiliza tanto para temas
religiosos, como políticos e ideológicos, porque se
puede "fazer a cabeça" entregándola a una entidad,
como un orixá o un espíritu, o se puede "fazer a
cabeça" a alguien convenciéndole de una idea o
ideología política. Jugando con esa expresión
utilizo un vaporizador (y secador) de pelos
profesional antiguo, que también, en cierto
sentido, tiene la función de "fazer a cabeça" (el
pelo) a una persona.
Al sentarse en la silla y sumergirse en el
vaporizador, la artista busca producir una
experiencia sonora y visual para el público, que
recibirá en el sitio una serie de informaciones para
"fazer a cabeça".
Es un trabajo juguetón, multimedio que habita este
imaginario religioso y espacial, ya que el secador
también recuerda una cápsula espacial, que
posibilita un viaje a otro mundo. El participante
que entre tendrá que encerrarse allí. Es una
experiencia individual.
Megalomanía
Video que muestra a varias personas
hablando de su megalomanía. La
megalomanía es un tema importante
que tiene muchas formas de
interpretación. En una época en que
se discute la fuerza geológica del
humano (antropoceno), y que a la
vez vivimos las mayores crisis con
relación al control, centralización de
la información y final de internet
libre, la artista discute el tema de la
megalomanía y piensa en los
imaginarios que la toman. ¿Es el
antropoceno una megalomanía
humana más? ¿Qué piensan las
personas sobre ser una fuerza
geológica? ¿Cuál cambio imaginario
y subjetivo sugiere el antropoceno?
El video es resultado de una serie de
entrevistas sobre estos temas con
gente en la calle.
FABIANE MORAIS BORGES
FABIANE MORAIS BORGES (Brasil)
É psicóloga, ensaísta e artista, realizou mestrado e
doutorado na PUC/SP com bolsa sanduiche na
Goldsmiths University. Seus interesses giram em
torno de temas como produção de subjetividade,
processos imersivos, tecnoxamanismo, ruidocracia,
interespecismo, animismo, rituais coletivos,
ancestrofuturismo, perspectivismo, espectrologia,
tecnologia diy, cultura espacial (astrofuturismo,
ocupação espacial).
FABIANE MORAIS BORGES (Brasilien)
Psychologin, Essayistin und Künstlerin, Master und Promotion an der PUC/SP, in einem
Sandwichstudium mit der Goldsmiths University. Ihre Interessen liegen rund um Themen wie
Produktion der Subjektivität, Prozesse der Immersion, Technoschamanismus, Geräuschokratie,
Interspezies, Animismus, kollektive Rituale, Urfuturismus, Perpektivismus, Spektrologie, DIYTechnologie, Raumfahrtkultur (Astrofuturismus, Bevölkerung des Weltraums).
FABIANE MORAIS BORGES (Brasil)
Es psicóloga, ensayista y artista; Máster y Doctorado en la PUC/SP, con beca de estudios en la
Goldsmiths University. Sus intereses se desarrollan sobre temas como producción de
subjetividad, procesos de inmersión, tecnochamanismo, ruidocracia, interespecismo, animismo,
rituales colectivos, ancestrofuturismo, perspectivismo, espectrología, tecnología diy, cultura del
espacio (astrofuturismo, ocupación del espacio).
http://catahistorias.wordpress.com
JORGE AMAOLO
Ser tu propio altar
Seja seu próprio altar
Para o CONCEPT OBSERVATION SPACE
colocamos à disposição um R(EAL) T(IME)
TRANSDUCTOR.
O RT Transductor tem várias partes que se
conectam entre si e com o resto da obra em
um sistema de colaboração de nós
assistido, no qual cada participante é um nó
e o espaço 3d é o lugar de representação
comum.
Cada participante, por sua vez, tem a
capacidade de trabalhar com subnós
internos e com nós externos.
O RT Transductor é composto por vários
subnós do trabalho do MNE (MOVIMENTO
DA NOVA ESCOLARIDADE), que desenvolve
experiências orientadas para a criação de
novos contextos educativos para as
crianças do terceiro milênio, baseados na
experiência presencial.
1
2
Presencial envolve presença.
Destaca-se a importância da presença e da
extensão mecânica, eletrônica, digital e
cibernética das capacidades humanas no
uso da linguagem digital, na qual uma nova
semiótica transformacional emergindo
possibilita a introjeção das experiênciascompreensões colocadas em redes de
colaboração.
Neste caso em particular, configurou-se
para experimentar um evento ciberritualístico, homenagem à dra. Antonia
Nemeth Baumgartner.
A partir de "misachicos"1 ou "animitas"2 da
religiosidade popular da patagônia,
representa-se a obra: "Seja seu próprio
altar".
Cerimônia composta por uma procissão em homenagem a santos.
Espaço de oração e veneração religiosa criados em espaços públicos.
JORGE AMAOLO
Sei dein eigener Altar
Für den CONCEPT OBSERVATION SPACE
stellen wir einen R(EAL) T(IME)
TRANSDUKTOR (Magnetverstärker) zur
Verfügung.
Der RT-Transduktor hat mehrere Teile, die
untereinander und mit dem Rest des Werks
in einem kollaborierenden,
knotengesteuerten System verbunden sind,
indem jeder Teilnehmer ein Knoten ist und
der 3D-Raum der Ort der gemeinsamen
Repräsentation.
Jeder Teilnehmer kann mit untergeordneten
internen und externen Knoten arbeiten.
Der RT-Transduktor besteht aus mehreren
untergeordneten Knoten der Arbeit des MNE
(MOVIMENTO DA NOVA ESCOLARIDADE ~
Bewegung der neuen Schulbildung), das auf
Basis von Präsenzuntersuchungen
Experimente betreibt, um neue
Bildungskontexte für Kinder des dritten
Jahrtausend zu schaffen.
1
2
Präsenz beinhaltet Anwesenheit.
Die Relevanz der Anwesenheit und die
mechanische, elektronische, digitale,
kybernetische Erweiterung der
menschlichen Kapazitäten durch die
Verwendung der digitalen Sprache werden
betont. Hier entsteht eine neue
transformierende Semiotik und ermöglicht
die Introjektion des ErfahrungsVerstehens in kollaborierenden Netzen.
Im vorliegenden Fall wurde ein CyberRitualistischer Event als Experiment
konfiguriert. Als Hommage an Frau Doktor
Antonia Nemeth Baumgartner wird durch
„MISACHICOS“1 und „ANIMITAS“2 aus der
Volksreligiosität Patagoniens das Werk:
„Sei dein eigener Altar“ vorgestellt.
Zeremonie, bestehend aus einer Prozession zur Ehrung von Heiligen
Raum für Gebet oder religiöse Verehrung im öffentlichen Raum
JORGE AMAOLO
Ser tu propio altar
Para el CONCEPT OBSERVATION SPACE
ponemos a disposicion un R(EAL) T(IME)
transductor .
RT Transductor tiene varias partes que se
ligan entre si y con el resto de la obra en
un sistema de colaboracion de nodos
asistidos donde cada participante es un
nodo y el espacio 3d el sitio de
representacion comun.
Cada participantes a su vez tiene la
capacidad de trabajar con sub-nodos
internos y con nodos externos.
RT Transductor se compone de varios subnodos del trabajo del MNE MOVIMIENTO
DE LA NUEVA ESCOLARIDAD que desarrolla
experiencias orientadas a la creacion de
nuevos contextos educativos para los niños
del tercer milenio basados en la
experiencia presencial.
Presencial implica en presencia.
Se destaca la importancia de la presencia y
la extension mecanica, electronica , digital
y cyberenetica de las capacidades humanas
en el uso del lenguaje digital, donde una
nueva semiotica transformacional
emergiendo permite la introyeccion de las
experiencias-entendimientos puesta/os en
redes de colaboracion.
En este caso en particular, se ha
configurado para experimentar un evento
cyberitualistico homenaje a la dra. Antonia
Nemeth Baumgartner.
A partir de misachicos o animitas de la
religiosidad popular de la patagonia se
representa la obra: “Ser tu propio altar”.
JORGE AMAOLO
JORGE AMAOLO (Argentina)
Fundador e presidente da CE.CI.CO (Cooperativa de Ensino
e Produção de Cinema e Vídeo em Buenos Aires). Sóciofundador da Sociendade Argentina de “Videomakers” e da
“Escola Superior de Comunicação Audiovisual e
Multimídia. Autor do programa de estudos do Instituto
Universitário Patagônico para formação de profissionais
do cinema e novas mídias. Diretor do Laboratórios
Multimídia da Fundação Cultural Aldhyana.
JORGE AMAOLO (Argentinien)
Gründer und Präsident der CE.CI.CO (Kooperative für Bildung und Produktion für Film und
Video in Buenos Aires). Mitgründer der Argentinischen Gesellschaft „Videomakers“ und der
Hochschule für audio-visiuelle und multimediale Kommunikation. Autor des Studienprogramms
des Patagonischen universitären Instituts zur Ausbildung von Fachkräften für Kino und neue
Medien. Leiter der Multimedialaboratorien der Kulturstiftung Aldhyana.
JORGE AMAOLO (Argentina)
Fundador y presidente de CECICO (Centro Cinematográfico Cooperativo). Socio fundador de la
Sociedad Argentina de Videastas y de la Escuela Terciaria de Comunicación Audiovisual y
Multimedia. Autor del programa de estudios del Instituto Universitario Patagónico para la
carrera de Cine y Nuevos Medios. Director del Laboratorio Multimedia de la Fundación Cultural
Aldhyana.
www.escuelaerap.blogspot.com
RAINER KRAUSE
Captcha piece
RAINER KRAUSE
“Captcha piece”
Instalação sonora de 4 canais de áudio, plotter de recorte, látex e acrílico sobre tela e
madeira
“Captcha” é um teste computacional que
“consiste na introdução correta, feita pelo
usuário, de um conjunto de caracteres que
são mostrados em uma imagem distorcida
que aparece na tela. Supõe-se que uma
máquina não é capaz de compreender e
introduzir a sequência de forma correta,
razão pela qual somente o humano poderia
realizá-lo.” 1
Meu trabalho “Captcha piece” reflete sobre
suas próprias condições de produção. O
material da trilha sonora é baseado nas
gravações de áudio das reuniões do Media
Art Lab Mercosul em março deste ano. As
conversas foram desconstruídas e
reconstruídas não segundo critérios de
conteúdo, mas com critérios formais:
agrupação das expressões extra e
paralinguísticas (eh, ah, e...); ênfase nos
problemas de tradução entre as quatro
línguas utilizadas (português, inglês,
espanhol e alemão); ordenamento em
formato ascendente dos termos que contêm
números; contraste entre termos técnicos
aparentemente contraditórios; etc.
http://es.wikipedia.org/wiki/Captcha
Em qualquer obra de arte (midiática) estão
inscritas as condições segundo as quais ela
é realizada. O Media Art Lab Mercosul
constitui em si um regime linguístico
complexo: a língua materna da instituição
que convida não é a língua comum de todos
os participantes; os convidados de outros
países não falam a língua oficial local na
qual se desenvolve o trabalho; e a língua de
comunicação é uma língua secundária para
todos os participantes. Esta situação
implica muitos trabalhos de tradução, nos
quais informações são deformadas,
perdidas e descartadas. Ocorrem
redundâncias.
Em “Captcha piece” entendo esta situação
não como uma deficiência, mas como uma
possibilidade de produzir formas,
conteúdos e conexões incomuns, que só
ocorrem em sistemas com fissuras,
rachaduras, mal-entendidos, mas com muita
boa vontade e alto grau de tolerância: em
sistemas não automatizados.
RAINER KRAUSE
„Captcha piece“
Klanginstallation mit 4 Audiokanälen, Schneideplotter, Latex und Akryl auf
Leinwand und Holz
Der automatisierte Test „Captcha“ besteht
aus „dem Ausfüllen eines Feldes mit einer
auf dem Bildschirm verzerrt gezeigten
Gruppe von Charakteren durch den User. Es
wird angenommen, dass eine Maschine nicht
in der Lage ist, die Sequenz zu verstehen
und korrekt einzugeben, also nur der
Mensch die Aufgabe lösen kann.“1
Meine Arbeit „Captcha piece“ reflektiert die
Umstände der Produktion selbst. Das
Material der Tonspur basiert auf
Tonaufnahmen der Treffen des Media Art
Lab Mercosul im März dieses Jahres. Die
Unterhaltungen wurden dekonstruiert und
nicht nach inhaltlichen, sondern nach
formalen Kriterien wieder zusammengesetzt:
Gruppierung der sprachbegleitende und
füllende Laute (äh, ah, e...); Hervorhebung
der Übersetzungsproblemen zwischen den
verwendeten Sprachen (Portugiesisch,
Englisch, Spanisch und Deutsch);
aufsteigende Ordnung der Begriffe mit
Nummern; Kontraste zwischen sich
anscheinend widersprechenden
Fachbegriffen; etc.
http://es.wikipedia.org/wiki/Captcha
In jeder (medien-)künstlerischen Arbeit sind
deren Ausführungsbedingungen
eingeschrieben. Das Media Art Lab
Mercosul selbst ist ein komplexes
sprachliches Gebilde: die Muttersprache der
einladenden Institution ist nicht die
gemeinsame Sprache der Teilnehmer; die
Eingeladenen aus den anderen Ländern
sprechen nicht die offizielle Lokalsprache,
in der die Arbeit verrichtet wird; und die
Sprache zur gemeinsamen Kommunikation
ist für alle Teilnehmer eine Zweitsprache.
Diese Situation bedeutet viel
Übersetzungsarbeit, bei der Informationen
verzerrt werden, verloren und aufgegeben
werden. Es entstehen Redundanzen.
In „Captcha piece“ verstehe ich diese
Situation nicht als Manko, sondern als eine
Chance ungewöhnliche Formen, Inhalte und
Verbindungen zu produzieren, die nur in
Systemen mit Rissen, Brüchen,
Missverständnissen und mit viel gutem
Willen und einer hohen Toleranz entstehen:
in nicht automatisierten Systemen.
RAINER KRAUSE
“Captcha piece”
Instalación sonora de 4 canales de audio, plotter de corte, látex y acrílico sobre tela
y madera
“Captcha” es un test computacional que
“consiste en que el usuario introduzca
correctamente un conjunto de caracteres
que se muestran en una imagen
distorsionada que aparece en la pantalla. Se
supone que una máquina no es capaz de
comprender e introducir la secuencia de
forma correcta, por lo que solamente el
humano podría hacerlo.” 1
Mi trabajo “Captcha piece” reflexiona sobre
sus propias condiciones de producción. El
material de la banda sonora se basa en las
grabaciones audio de las reuniones del
Media Art Lab Mercosul en marzo de este
año. Las conversaciones fueron deconstruidas y re-construidas no según
criterios de contenido, sino de criterios
formales: agrupación de las expresiones
extra y para lingüísticas (eh, ah, y…); énfasis
en los problemas de traducción entre las
cuatro lenguas utilizadas (portugués, inglés,
español y alemán); ordenamiento en forma
ascendente de los términos que contienen
números; contraste entre términos técnicos
aparentemente contradictorios; etc.
http://es.wikipedia.org/wiki/Captcha
En cualquier obra de arte (medial) están
inscritas las condiciones bajo las cuales es
realizada. El Media Art Lab Mercosul
constituye en sí un régimen lingüístico
complejo: la lengua materna de la
institución que invita no es la lengua
común de todos los participantes, los
invitados de otro países no hablan la
lengua oficial local donde se desarrolla el
trabajo, la lengua de comunicación es una
lengua secundaria a todos los participantes.
Esta situación implica trabajos de
traducción múltiples, donde se deforman,
pierden y descartan informaciones. Se
producen redundancias.
En “Captcha piece” entiendo esta situación
no como una deficiencia sino como una
posibilidad de producir formas, contenidos
y conexiones inhabituales, que solamente
se producen en sistemas con fisuras,
grietas, malentendidos pero con mucha
buena voluntad y alto grado de tolerancia:
en sistemas no automatizados.
RAINER KRAUSE
RAINER KRAUSE (Alemanha/Chile)
Nasceu na Alemanha, vive e trabalha em
Santiago do Chile desde 1987.
Artista plástico e sonoro, docente na
Universidade do Chile, coordenador do curso
de Pós-graduação em Arte Sonora.
Seus trabalhos mais atuais são
predominantemente instalações onde o som
ocupa o papel principal.
RAINER KRAUSE (Deutschland/Chile)
In Deutschland geboren, lebt und arbeitet seit 1987 in Santiago de Chile.
Bildender Künstler und Klangkünstler, Dozent an der Universidad de Chile, Leiter des
postgradualen Studiengangs Klangkunst.
Seine neueren Arbeiten bestehen hauptsächlich aus Installationen, bei denen der Klang den Ton
angibt.
RAINER KRAUSE (Alemania/Chile)
Nació en Alemania, vive y trabaja en Santiago de Chile desde 1987.
Artista plástico y sonoro, profesor en la Universidad de Chile, coordinador del curso de
Postgrado en Arte Sonoro.
Sus trabajos más actuales son mayormente instalaciones en las que el sonido tiene el rol
principal.
http://www.rkrause.cl
SANDRA BECKER
Vírus de rede
Fotografia de Sandra Becker
Olhares | Blicke | Miradas
Netzwerkvirus
Foto von Sandra Becker
Virus de red
Fotografía de Sandra Becker
SANDRA BECKER
Olhares
Fora para dentro.
Brilha, vibra, ri.
Dentro para fora,
preso, motorizado,
triste.
Meu trabalho trata do
limiar da entrada no
mundo tecnológico. O que
realmente se passa nesse
momento? Que
sentimentos entram em
confronto, que imagens
internas surgem?
Fragmentos de textos são
projetados no chão para
refletir essa situação
interior.
A entrada só é possível
com identificação.
Formalidades. Burocracia.
Os/As visitantes da
exposição recebem uma
identificação e somente
de posse dessa
identificação podem
ultrapassar o limiar.
Impressões se dissolvem.
A perfeição é
desumana.
Labirinto sem saída,
entregue à própria sorte,
solitário.
De dentro amedrontado,
luta diária, raiva,
preocupações.
Ovos celestes voando.
Exportações prosperando,
milagre econômico.
Intersecções magnéticas.
As forças se repelem
reciprocamente.
A força das estrelas.
Esperança, stress, luta por
uma vida melhor.
Fraude premeditada.
A ganância devora e
destrói.
De fora belíssimo.
Brilha, vibra, ri.
Meine Arbeit beschäftigt
sich mit der Schwelle des
Eintretens in die
technisierte Welt.
Was genau passiert in
diesem Moment? Welche
Gefühle ringen miteinander,
welche inneren Bilder
entstehen?
Textfragmente werden auf
den Boden projiziert, um
diese innere Situation zu
reflektieren.
Eintreten geht nur mit
Ausweis. Formalisiert.
Bürokratisch.
Die
Ausstellungsbesucher_innen
erhalten einen Ausweis und
können nur damit die
Schwelle passieren.
SANDRA BECKER
Blicke
Miradas
Außen nach innen.
Es glänzt, vibriert, lacht.
Afuera, adentro.
Brilla, vibra, ríe.
Innen nach außen,
eingesperrt, motorisiert,
traurig.
Adentro, afuera,
atrapado, motorizado,
triste.
Eindrücke verschwimmen.
Die Perfektion ist
unmenschlich.
Labyrinth ohne Auswege.
Auf sich selbst verworfen,
einsam.
Von innen ängstlich,
täglicher Kampf, Wut,
Sorgen.
Himmelseier fliegen.
Blühende Exporte,
Wirtschaftswunder.
Magnetische Schnittmengen.
Die Kräfte stossen sich
gegenseitig ab.
Die Kraft der Sterne.
Hoffnung, Stress, Kampf um
ein besseres Leben.
Vorsätzliche Täuschung.
Gier verschlingt und
zerstört.
Von außen wunderschön.
Es glänzt, vibriert, lacht.
Mi trabajo trata del umbral
de la entrada en el mundo
tecnológico. ¿Qué es lo que
realmente ocurre en ese
momento?
¿Qué sentimientos entran en
conflicto, qué imágenes
surgen?
Se proyectan fragmentos de
textos en el suelo para
reflejar esta situación
interior.
La entrada sólo es posible
con identificación.
Formalidades. Burocracia.
Los/Las visitantes de la
exposición reciben una
identificación y sólo con la
misma pueden sobrepasar el
umbral.
Impresiones se disuelven.
La perfección es
inhumana.
Laberinto sin salida,
abandonado a su suerte,
solitario.
Dentro, atemorizado,
lucha diaria, rabia,
preocupaciones.
Huevos celestes volando.
Exportaciones prosperando,
milagro económico.
Intersecciones magnéticas.
Las fuerzas se repelen
recíprocamente.
La fuerza de las estrellas.
Esperanza, estrés, lucha por
una vida mejor.
Fraude premeditado.
La ganancia devora y
destruye.
Fuera, hermoso.
Brilla, vibra, ríe.
SANDRA BECKER
Sandra Becker (Alemanha)
Artista multimídia. Leciona na Universidade Livre de
Berlim e trabalha como Co-Diretora da Oficina
Multimídia de Berlim. Em 2005, fundou o grupo
artístico “Netzwerkvirus“. De 2007 a 2009 foi
professora convidada na Universidade das Artes de
Berlim. Em suas obras, Sandra tematiza a percepção
em contextos analógicos e digitais. A artista alemã já
recebeu vários prêmios e expôs em cidades como
Londres e Nova Iorque.
Sandra Becker (Deutschland)
Ist Medienkünstlerin, lehrt an der Freien Univiversität Berlin und arbeitet als Co-Leiterin in der
Medienwerkstatt Berlin. 2005 gründete sie die Künstlergruppe Netzwerkvirus. Von 2007 bis
2009 hatte sie eine Gastprofessur an der Universität der Künste inne. In ihrem Werk
thematisiert sie die Wahrnehmung analoger und digitaler Zusammenhänge. Die deutsche
Künstlerin erhielt zahlreiche Preise und stellte schon in Städten wie London und New York aus.
Sandra Becker (Alemania)
Artista multimedia. Enseña en la Universidad Libre de Berlín y trabaja como codirectora del
Taller Multimedia de Berlín. En 2005 fundó el grupo artístico “Netzwerkvirus“. De 2007 a 2009
fue profesora invitada en la Universidad de Bellas Artes de Berlín. En sus obras, Sandra
tematiza la percepción en contextos analógicos y digitales. La alemana ya ha recibido varios
premios y e ha expuesto en ciudades como Londres y Nueva York.
www.sandrabecker01.de
Tradutores
Übersetzer
Traductores
Luciana Dabdab Waquil
Alemão/Português
Deutsch/Portugiesisch
Alemán/Portugués
Marina Leivas Waquil
Português/Espanhol/Português
Portugiesisch/Spanisch/Portugiesisch
Portugués/Español/Portugués
Ralf Hermann Krämer
Português/Alemão
Portugiesisch/Deutsch
Portugués/Alemán
http://mercosul15.tumblr.com
Realização:
Apoio:
GOETHE-INSTITUT PORTO ALEGRE
INSTITUTO CULTURAL BRASILEIRO-ALEMÃO
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