Expediente APELMAT Composição da Diretoria da Apelmat 2014/2018 Presidente - Marcus Welbi Monte Verde Vice-Presidente - Flávio Figueiredo Filho Vice-Presidente - José Antonio Spinassé Vice-Presidente - Wanderley Cursino Correia Vice-Presidente - Alex Sandro Martins Piro Vice-Presidente - Rubens Pelegrina Filho Vice-Presidente - Luis Carlos Gomes Leão Vice-Presidente - Hilário José de Sena Secretário - Cesar Augusto Madureira Tesoureiro - Milton Gazzano Diretor Executivo - Vanderlei Cristiano V. Rodrigues Diretor Executivo - Paulo da Cruz Alcaide Diretor Executivo - Afonso Manuel Vieira da Silva Conselheiro Fiscal - José Abrahão Neto Conselheiro Fiscal - Gilberto Santana Conselheiro Fiscal - Ademir Geraldo Bauto Conselheiro Fiscal - Vicente de Paula Enedino Suplente de Conselho Fiscal - Luiz Gonzaga de Brito Diretoria Adjunta da Apelmat 2014/2018 Diretor Adjunto - José Doniseti Luiz Diretor Adjunto - Luiz Carlos Vieira da Silva Diretor Adjunto - José Eduardo Busnelo Diretor Adjunto - Emerson Dias Correia Diretor Adjunto - Ivomario Netto Pereira Conselho Consultivo da Apelmat 2014/2018 Presidente do Conselho - Marcus Welbi Monte Verde Conselheiro - Silas Piro Conselheiro - Sergio dos Santos Gonçalves Conselheiro - Edmilson Antonio Daniel Conselheiro - Antonio Augusto Ratão Conselheiro - Marco Antonio C. F. de Freitas Conselheiro Consultivo - José Dias da Silva Conselheiro Consultivo - Armando Sales dos Santos Conselheiro Consultivo - Jovair José Marcos Melo Conselheiro Consultivo - Elvecio Bernardes da Silva Conselheiro Consultivo - Wilson Lopes Moço Conselheiro Consultivo - Artur Madureira Carpinteiro Conselheiro Consultivo - Flavio Fernandes de Freitas Faria Conselheiro Consultivo - Maurício Briard Conselheiro Consultivo - Manuel da Cruz Alcaide SELEMAT Composição da Diretoria do Selemat 2014/2018 Presidente - Marcus Welbi Monte Verde Vice-Presidente - Flávio Figueiredo Filho Secretário - Cesar Augusto Madureira Tesoureiro - Milton Gazzano Suplente de Diretoria - Wanderley Cursino Correia Suplente de Diretoria - Alex Sandro Martins Piro Suplente de Diretoria - José Ayres Suplente de Diretoria - Ricardo Bezerra Topal Conselheiro Fiscal - Manuel da Cruz Alcaide Conselheiro Fiscal - Luiz Gonzaga do Nascimento Conselheiro Fiscal - Fernando Rubio Mazza Suplente de Conselho Fiscal - Fabio Lourenço de Paulo Lima Suplente de Conselho Fiscal - Jamerson Jaklen Silva Pio Suplente de Conselho Fiscal - Adalto Feitosa Alencar Delegado Efetivo - Marcus Welbi Monte Verde Delegado Efetivo - Manuel da Cruz Alcaide Delegado Suplente - Maurício Briard Delegado Suplente - Flavio Figueiredo Filho 4 APELMAT - SELEMAT Produção Editorial e Tecnologia Lasweb Soluções Inteligentes www.lasweb.com.br Diretor executivo Luiz Antônio Sanches Editora Tatiana Alcalde (jornalista responsável) MTb 39428 [email protected] Colaboração Denise Marson (reportagem) Fotógrafo Thiago Capodanno Diagramação, design e arte-final Antonio Santo Rossi [email protected] Revisor João Hélio de Moraes [email protected] Publicidade Comercial e Relações Públicas Marcos Dechechi [email protected] Impressão Gráfica Silvamarts Impressão de 6.000 exemplares Revista Digital Baixar gratuitamente na Loja da Apple ou no Google Play Portal de Notícias www.apelmat.org.br Site do Sindicato www.selemat.org.br Acompanhe nas mídias sociais Facebook, LinkedIn, Twitter, Issuu e YouTube A Revista Apelmat/Selemat é uma publicação da Associação Paulista dos Empreiteiros e Locadores de Máquinas de Terraplenagem e Ar Comprimido e do Sindicato das Empresas Locadoras de Equipamentos e Máquinas de Terraplenagem do Estado de São Paulo. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da Apelmat/Selemat. As informações que constam nos anúncios e informes publicitários veiculados são de responsabilidade dos anunciantes. Rua Martinho de Campos, 410, Vila Anastácio São Paulo - SP - CEP 05093-050 Tel. (11) 3722-5022 www.apelmat.org.br Janeiro/Fevereiro 2015 Editorial Conta alta Desde 1º de fevereiro, sentimos o impacto da alta de impostos que elevou o preço da gasolina e do diesel. O governo federal aumentou a taxa de PIS/Cofins e a Cide-Combustíveis, e a Petrobras afirmou em nota que, em decorrência da decisão, os preços daqueles derivados nas refinarias seriam acrescidos dos valores decorrentes dessas taxas. No fim das contas, nós é que “pagamos o pato”. Esse é só um dos aspectos de uma fatura alta e delicada que tanto consumidores quanto empresas pagam no Brasil. Como você poderá ler na reportagem de capa desta edição, as companhias no País gastam cerca de 2.600 horas por ano, ou seja 108 dias, para calcular e pagar seus impostos. A sopa de letrinhas que tem como ingredientes diversas siglas do conjunto tributário brasileiro pode ser bem indigesta, principalmente quando há pouca clareza e informações sobre o recolhimento desses impostos. Para não ter prejuízo, contar com orientação é fundamental, além de fazer um bom planejamento. No atual contexto econômico, também é importante cuidar do relacionamento no meio corporativo, principalmente em negócios familiares. Na entrevista desta edição, você encontra dicas para separar a convivência nos dois ambientes e enfrentar crises sem muitos conflitos. Por fim, a Revista Apelmat/Selemat começa uma série de reportagens especiais sobre os 30 anos da associação. Acompanhe nossa história, que teve início a partir da coragem e determinação de 26 empresários. Boa leitura! Luiz Antônio Sanches Superintendente da Apelmat e do Selemat 6 APELMAT - SELEMAT Janeiro/Fevereiro 2015 Cenário Atender mais e melhor Fundada em 1987 por Luiz Augusto Armilhato, em São Luís (MA), a Rodalink nasceu com foco na recuperação de material rodante e manutenção de esteiras transportadoras de minério. Em 1990, instalou-se em Cajamar (SP) e em 2007, com o ingresso dos engenheiros Leonardo P. Armilhato e Leandro P. Armilhato, a Rodalink fortaleceu-se no desenvolvimento de projetos especiais de equipamentos para vários setores, principalmente os de terraplenagem e aterros sanitários. A Rodalink é especializada na recuperação de material rodante; na remanufatura de caçambas, braços articulados, trucks, articulações em geral, escarificadores e lâminas; e na tropicalização e conversão de componentes, adequando equipamentos importados às necessidades específicas do mercado brasileiro, com destaque para braços para escavadeiras long reach. Além disso, executa projetos customizados de implementos e peças como caçambas para lixo, suportes, protetores e escarificadores. Para atender melhor à crescente demanda de mercado, a empresa ampliou suas instalações. A nova sede está instalada em uma área de 10 mil metros quadrados, contando com 1.500 metros quadrados de galpões guarnecidos com maquinário específico já em fase final de construção. Abevak Mangueiras: suporte ágil, qualidade e garantia Em agosto de 2010, Hilário José de Sena, proprietário da Tecno Terra Terraplenagem, deu mais um passo na sua carreira empreendedora: abriu as portas da Abevak Mangueiras. “Percebi que o mercado precisava de uma empresa que desse suporte rápido, com qualidade e garantia, no segmento de mangueiras hidráulicas, pneumáticas, conexões e EPIs”, conta Sena. A Abevak oferece a reposição dessas peças com qualidade, baixo custo e rapidez. “Além dos nacionais, contamos com produtos importados. E nossos profissionais são treinados e altamente qualificados”, garante. A empresa disponibiliza ao associado da Apelmat o serviço de leva e traz. “Contamos com uma equipe de motoboys para atender o cliente rapidamente e, consequentemente, evitar que ele tenha perda de receita, pois sabemos que equipamento parado só gera despesa.” Máquinas de construção Case em feiras agrícolas A importância dos equipamentos de construção para o desenvolvimento do agronegócio levou a Case Construction Equipment e seus concessionários a investir nas principais feiras do setor no Brasil já há alguns anos. Primeira de 2015, a Show Rural Coopavel tem presença da JMalucelli Equipamentos, concessionária da marca. Um estande de 250 metros quadrados abriga alguns dos modelos de máquinas de construção mais utilizados no agronegócio, como a minicarregadeira SV185, a pá-carregadeira 621D, a retroescavadeira 580N e um dos lançamentos para este ano, a versão C da escavadeira hidráulica CX220. “Boa parte do segmento agrícola opta por locar máquinas para dar suporte às suas atividades, seja na manutenção e preparação do solo ou mesmo para suprir a produção, carregar insumos e prestar serviços gerais”, aponta Alex Barison, gerente comercial da JMalucelli. 8 APELMAT - SELEMAT Janeiro/Fevereiro 2015 Cenário Com o pé direito A Socage do Brasil começou o ano com uma grande ação de venda da máquina SPJ315, plataforma indicada tanto para trabalhos internos quanto externos. O objetivo da campanha é apresentar a todo o mercado de forma definitiva a presença no País da empresa que, com a direção de Marcelo Bracco, iniciou 2015 com uma nova política comercial e de gestão. O modelo SPJ315 foi escolhido para encabeçar a expansão da empresa em território nacional, pois seu desempenho é extremamente aplicável no trabalho aéreo: atinge 15 metros de altura, pesa apenas 1,9 tonelada e tem 78 centímetros de largura sem o cesto, dimensões que permitem a movimenta-ção em locais restritos e estreitos. Atlas Copco comemora 60 anos no Brasil Foi em 1955 que a primeira fábrica brasileira do Grupo Atlas Copco entrou em funcionamento, em São Paulo (SP). Desde então, a companhia esteve presente em obras que ajudaram a construir o País, como usinas hidrelétricas, estradas, portos e aeroportos. Atualmente, o grupo tem duas fábricas no Brasil, além de escritórios em Barueri (SP), filiais em cinco estados e distribuidores em quase todas as regiões, empregando mais de 1.300 funcionários. O Grupo Atlas Copco atende os clientes com compressores inovadores, soluções de vácuo e sistemas de tratamento de ar, equipamentos de construção e mineração, ferramentas elétricas e sistemas de montagem. Os produtos e serviços são focados na produtividade, eficiência energética, segurança e ergonomia. A empresa foi fundada em 1873, baseia-se em Estocolmo, na Suécia, e tem alcance global, abrangendo mais de 180 países. Conta negativa O emprego no setor da construção pesada no Estado de São Paulo teve queda pelo oitavo mês consecutivo, segundo monitoramento feito pelo Departamento Técnico do Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado de São Paulo (Sinicesp). Só em dezembro foram fechados 6.292 postos de trabalho. A queda foi de 5,64% em relação ao mês anterior. Comparando com o mesmo período do ano passado, houve baixa ainda maior – de 6,06%. Em dezembro de 2014, as empresas que atuam em São Paulo registraram 105.324 empregados. Em dezembro de 2013, o setor tinha 112.116 vagas ocupadas. Para o gerente do departamento técnico do Sinicesp, Helcio Farias (foto), muitos contratos foram sendo encerrados e licitações realizadas não tiveram o início das obras autorizado, com o agravante de que já há atrasos no pagamento das obras em andamento. “A situação tende a se complicar com as duas recentes altas no preço do asfalto, que chegam a 36% em São Paulo. O impacto desses aumentos ainda não está refletido nas demissões do ano passado. Certamente virão agora nos meses de janeiro, fevereiro e março. Teremos um 2015 bastante difícil para o setor”, prevê. 10 APELMAT - SELEMAT Janeiro/Fevereiro 2015 Cenário Brazil Road Expo com foco em inovações A quinta edição da Brazil Road Expo será palco para apresentação das principais novidades dos fabricantes e distribuidores de equipamentos e produtos para construção e manutenção de estradas, vias urbanas, pontes, viadutos e túneis, pavimentação em asfalto e concreto, soluções para drenagem, contenção de encostas, segurança, sinalização e gestão de vias e rodovias. A feira será realizada entre 24 e 26 de março no Transamerica Expo Center, em São Paulo (SP), e espera reunir cerca de 13 mil profissionais. A expectativa é que o evento gere negócios da ordem de R$ 650 milhões. Uma das novidades é que, além das sessões técnicas, o programa de conteúdo conta com um congresso de nível gerencial para a discussão de assuntos como Regime Diferenciado de Contratação (RDC) e Parcerias PúblicoPrivadas (PPPs), entre outros. Já para o espaço de exposição estão sendo preparadas áreas dedicadas a alguns segmentos-chave. Exemplo disso é a Ilha da Linha Amarela, capitaneada pela Associação Paulista dos Empreiteiros e Locadores de Máquinas de Terraplenagem e Ar Comprimido (Apelmat). Apelmat homenageia Silas Piro, da MP Terraplenagem A Associação Paulista dos Empreiteiros e Locadores de Máquinas de Terraplenagem e Ar Comprimido (Apelmat) presta aqui sua homenagem a Silas Piro, da MP Terraplenagem. Piro, que faleceu no início de fevereiro, foi um dos fundadores da entidade e um dos arquitetos dos ideais de Visão, Missão e Valores tanto da associação quanto do Sindicato das Empresas Locadoras de Equipamentos e Máquinas de Terraplenagem do Estado de São Paulo (Selemat). Sempre com um sorriso largo e um abraço fraternal, dedicou esforços em favor do desenvolvimento do setor e levantou a bandeira da aquisição da sede própria. Fazia questão de trazer amigos para as festas de confraternização e de mostrar a força da associação no mercado de locação e terraplenagem. Amigo de todo o corpo diretivo, do atual e dos ex-presidentes, desde o ano passado participava do Conselho Consultivo. Nascido na capital do Estado de São Paulo, Piro foi casado com Cleide Martins Piro por 46 anos, teve dois filhos, Alex e Anderson, e três netos. Que sua trajetória seja lembrada e a saudade, preenchida com novas conquistas e realizações. Alternativa para alta do Finame Serviço Brazil Road Expo 2015 Data: 24 a 26 de março de 2015 Local: Transamerica Expo Center (SP) Mais informações: www.brazilroadexpo.com.br 12 APELMAT - SELEMAT A Iveco lançou uma opção de financiamento com condições especiais para a compra de veículos e caminhões da marca, com apenas 10% de entrada do valor total e prazo de cinco anos para quitar o parcelamento do restante. A linha de crédito, disponível via Banco CNH Industrial, pode ser uma solução para quem deseja adquirir veículos novos em condições mais atrativas que as oferecidas atualmente pelo Finame, principal linha de financiamento do governo federal para máquinas, equipamentos e caminhões. As novas regras do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) para o Finame, anunciadas recentemente, restringiram o acesso a essa modalidade de crédito. Antes, era possível financiar até 100% do bem a ser adquirido. Com as mudanças, o valor mínimo de entrada é de 30% para pequenas empresas e de 50% para as grandes. Também houve aumento na taxa de juros, que passou de 6% para 9,5% ao ano para as pequenas e 10% para as grandes companhias. Janeiro/Fevereiro 2015 Cenário Mais uma obra inclusa no PAC O comitê gestor do Programa de Aceleração do Crescimento aprovou a inclusão do empreendimento de interligação do Reservatório Jaguari-Atibainha na carteira do PAC. A obra faz parte dos projetos de segurança hídrica que o governo de São Paulo apresentou à presidente Dilma Rousseff, em dezembro, com o objetivo de reforçar o abastecimento de água no Estado. Com investimento estimado pelo Estado de R$ 830,5 milhões e execução pela Sabesp, o empreendimento integra as águas da bacia do Rio Paraíba do Sul ao Sistema Cantareira por meio de um canal entre as Represas Atibainha, que abastece São Paulo, e o Reservatório Jaguari, no Rio de Janeiro. Aplicativo JSL oferta seminovos on-line O aplicativo JSL para smartphones e tablets agora atende pequenos frotistas e carreteiros autônomos que buscam a renovação da frota ou aquisição de seu primeiro caminhão seminovo. “Lançamos a ferramenta para a oferta on-line de caminhões seminovos no fim do ano e já recebemos diversas intenções de propostas diárias. Graças às novas opções implementadas, o aplicativo JSL já passou a marca de 5 mil downloads”, explica Diorwilton Heusser, gerente de inovação e meios de pagamentos da empresa (foto). O aplicativo está disponível para aparelhos Android e pode ser baixado gratuitamente no Google Play de forma fácil e simples. Na dianteira A Auto Sueco São Paulo terminou 2014 com o primeiro lugar em participação de mercado na linha de caminhões HDV, caminhões pesados – acima de 300 cv, dentro de sua região de atuação. A empresa fechou o ano passado com 29,9% do mercado. “Além da qualidade da linha de caminhões da Volvo, contamos com o esforço das equipes de venda e pós-venda para alcançar a liderança no segmento”, afirma o diretor executivo da Auto Sueco São Paulo, Fernando Ferreira (foto). A empresa acredita que a chegada da nova linha de caminhões da Volvo, com mais tecnologia embarcada e mudanças de design, será um diferencial de mercado em 2015. Bodas de cristal A JLG Industries, especializada na fabricação e comercialização de equipamentos de acesso, comemorou 15 anos de presença no Brasil. “O 15º aniversário da JLG é um indicador claro do nosso comprometimento de longo prazo com o mercado brasileiro, enquanto avançamos com nossos planos para disponibilizar mais recursos e serviços aos clientes”, afirma Frank Nerenhausen, presidente da companhia. Tais planos incluem um escritório completo de serviços pronto a ajudar os clientes em suporte técnico, peças, treinamento e serviços. Além disso, a JLG está desenvolvendo programas de segurança e treinamento para os clientes de pós-venda. 14 APELMAT - SELEMAT Janeiro/Fevereiro 2015 Cenário Em sintonia com o espírito do Natal Em dezembro de 2014, a sede da Apelmat/Selemat foi palco da esperança, da alegria e de muitos sorrisos O tocar do sininho do Papai Noel. A roupa, em vermelho vivo, evidenciada pelo ambiente de paredes claras da sede da Apelmat/Selemat. E presentes, muitos presentes. Ao lado, na Paróquia Santo Estevão Rei, o salão da igreja abrigava um clima de expectativa. Cerca de cem famílias, com 190 crianças, aguardavam pelo encontro com a figura natalina e por um Natal solidário. Assim começou a noite de 19 de dezembro no primeiro ano em que a Apelmat realizou o Natal da Solidariedade. “Tudo foi bem organizado. Os associados e as empresas parceiras da associação colaboraram com doações e tivemos o apoio da paróquia”, descreve Marcus Welbi, presidente da entidade. 16 APELMAT - SELEMAT Encarregado de listar as famílias, inclusive com detalhes como idade e sexo a fim de garantir presentes individualizados, para o padre Joaquim Crispim de Oliveira, que durante quatro anos esteve à frente da paróquia, o trabalho não foi difícil. “Numa parceria, você soma e é mais fácil caminhar”, fala. Chamadas uma a uma, cada família recebeu um lanche e seguiu para a sede da Apelmat/Selemat, onde recebeu a cesta de Natal e, as crianças, o tão desejado presente. Com três filhos e à espera do quarto, Vilma, moradora da região, soube da iniciativa pela cunhada. “É bom para as crianças, que ficam mais felizes. No final de ano é difícil dar presente para elas”, diz. O caçula, Luiz Henrique, respondeu rápido quando foi perguntado se havia feito algum pedido para o Papai Noel. “Um brinquedo”, disse com os olhos brilhando por ter sido atendido. Mara e a família também aprovaram a ação. “Meu irmão, que trabalha no Mercado e Casa de Carnes Dadá, ficou sabendo”, conta. “A cesta ajuda para um dia 25 diferente.” Janeiro/Fevereiro 2015 Cenário Festa completa “Estava com medo, porque já colaborei em outras ações e foi complicado. Mas aqui foi ótimo”, conclui Zeneide Saraiva Lourenço, coordenadora da liturgia na paróquia. “Abrimos a igreja para as pessoas, todos respeitaram, esperaram a vez de receber o lanche, a cesta e o brinquedo”, completa. Os associados e parceiros da Apelmat, além de colaborarem para a concretização da ação social, ainda puseram a mão na massa e participaram da entrega das cestas e dos presentes. “É muito bom ver uma criança recebendo um brinquedo que não conseguiria comprar. O rostinho deles é felicidade pura e vale todo o esforço e trabalho”, descreve Ademir Geraldo Bauto, conselheiro fiscal da Apelmat. Cátia Cilene de Oliveira Souza, coordenadora de um trabalho social na favela próxima à Vila Anastácio e que ajudou no cadastramento, acrescenta que, para as crianças e para as famílias, essa ação foi muito importante. “Com certeza, foi um Natal melhor para elas.” A meninada ainda ganhou paletas mexicanas, doadas por um dos diretores da Apelmat. “Foi uma festa completa para todo mundo, mas este foi o primeiro ano. Queremos, com o braço social da associação, dar continuidade a essa ação”, pontua Welbi. Para ele, o desafio é o de aumentar o número de famílias atendidas. “Para isso, precisamos crescer, ter mais empresas participantes e aumentar o recurso arrecadado.” Uma das últimas crianças a receber o brinquedo saiu correndo com o pacote grande na mão. Orgulhoso e feliz, gritou para seu amigo: “Ricardo, o presente que eu queria era deste tamanho!” Assim terminou uma noite marcada por muitos sorrisos. Em números - 110 famílias atendidas, totalizando 500 pessoas - 500 lanches distribuídos - 190 crianças presenteadas com brinquedos adequados para sua faixa etária - 110 cestas de Natal Apoio Institucional Associação Brasileira dos Sindicatos e Associações Representantes dos Locadores de Máquinas, Equipamentos e Ferramentas Colaboradores MONTENA DICA LM LASWEB LC MONTELI 18 SILT NEWPAV PIO AMPLYTUDE OZAKI METRAGEM MAXXITERRA VGM BR ROAD LOMATER APELMAT - SELEMAT SEIXO TECNOTERRA NOVA ORLEANS CALUSI H2LIFE DALTERRA BAUTO A MONTE VERDE ROMANA DIVEPE TRACBEL TRANSTER GETEFER BMC EVERTON GONÇALVES E DIAS AFONSO DR. LUIZ FERNANDO PELEGRINA MEGA MÁQUINAS ENTERSA MRT TRATORES SOTREQ RANGEL PARK WANDY RENTAL Janeiro/Fevereiro 2015 Manutenção e Mercado Braços direitos dos operadores Máquinas eficientes e uma série cada vez mais completa de acessórios prometem facilitar as tarefas de terraplenagem. Conheça as novidades que os fabricantes têm apresentado para esse mercado e saiba quais são os principais pedidos dos usuários C açambas especiais, garfos e garras de manipulação, martelos hidráulicos, sistemas de monitoramento a distância e rolos de compactação de solo são algumas das soluções “campeãs” em solicitações dos usuários de equipamentos da linha amarela. Devido ao custo do investimento, as exigências são elevadas para esses produtos e passam pela confiabilidade na marca, produtividade, baixo consumo de combustível, facilidade de operação, manutenção e reposição de peças, entre outros itens. “Os clientes esperam uma solução completa, de um único fornecedor, que traga qualidade, melhor custobenefício e versatilidade”, resume João Felipe F. Rocha, consultor de desenvolvimento de mercados do Grupo Sotreq. 20 APELMAT - SELEMAT A empresa, que atua como distribuidora da Caterpillar, tem nas caçambas seus implementos mais pedidos, seguidas pelos garfos de manipulação e martelos hidráulicos. “Quase a totalidade dos equipamentos vendidos sai com uma caçamba padrão, porém vale destacar que existem diversos tipos, variando suas capacidades e aplicações, o material e a dureza de fabricação e diversos tratamentos térmicos”, explica Rocha. Por essa razão, há caçambas projetadas especificamente para obter o melhor desempenho de acordo com o tipo de material a ser movimentado. “Avaliamos o melhor custobenefício entre o material carregado e o custo unitário (m³/$).” Janeiro/Fevereiro 2015 Manutenção e Mercado João Felipe Rocha, do Grupo Sotreq “Os clientes esperam uma solução completa” Para auxiliar o operador a realizar esse trabalho, a empresa atua no desenvolvimento de várias tecnologias, como o aplicativo Hamm Seismograph e seu www.apelmat.org.br patenteado rolo oscilatório. “Para compactação de solos, o sistema patenteado de três pontos de articulação entre o chassi e o cilindro garante amortecimento de impactos e segurança operacional em terrenos desnivelados, além de reduzir ao mínimo os riscos de um tombamento”, descreve Gewehr. Crédito da foto: Paula Meireles A linha de ferramentas (work tools) da Caterpillar inclui fresadoras, garras de manipulação, multiprocessadores, pulverizadores, vassouras, brocas, tesouras hidráulicas, engates rápidos e placas compactadoras. Para oferecer a melhor solução aos usuários, a Sotreq utiliza o conceito “Tarefa > Ferramenta > Máquina”. “Buscamos primeiro conhecer a aplicação do cliente. Só após isso determinamos qual ferramenta proporcionará a melhor solução em relação ao custo unitário do trabalho, o tempo e a velocidade para sua realização, com garantias de que será executado como planejado. Por último, determinamos a classe do equipamento que será portador da ferramenta escolhida”, descreve Rocha. Tecnologias para boa compactação Em busca da melhor relação entre custo e benefício, os usuários de máquinas da linha amarela também recorrem à Hamm. Segundo Juliano Gewehr, especialista de produtos da empresa, os rolos de compactação de solos, nos modelos tambor liso e tambor com patas pé de carneiro, são os implementos que estão no topo da lista de pedidos. “Os clientes procuram por algo que justifique o investimento”, afirma o especialista. “Na linha amarela, utiliza-se muita máquina velha, já que o serviço de movimentação de terra e compactação é teoricamente simples – o que é um engano, visto que muitos problemas em obras são decorrentes da má compactação, principalmente em rodovias novas”, acrescenta. Juliano Gewehr, da Hamm “Os clientes procuram por algo que justifique o investimento” Com relação aos cilindros lisos, destinados a solos granulares, a companhia oferece como opcional o sistema HCQ Compactômetro, que informa ao operador quando o solo está próximo de sua densidade máxima, ou seja, da compactação máxima. “Para o rolo 3520, de 20 toneladas de peso operacional e destinado a grandes obras de terraplenagem e reciclagem asfáltica, está incluído o sistema Hammtronic, que otimiza por meio de controle eletrônico todos os parâmetros de acionamentos hidráulicos do equipamento, gerando uma grande economia operacional”, explica o especialista. Produtividade e baixo consumo de combustível Segundo o gerente regional de vendas da LiuGong, Everson Penteado, entre os implementos mais pedidos estão garfos pallets, rompedores, tesouras, vassouras, caçambas especiais e garras. Para Tiago Eufrasio, gerente regional de vendas da LiuGong, a empresa é capaz de atender às necessidades dos clientes, principalmente em relação ao baixo consumo de combustível e à produtividade, pelo fato de trabalhar com componentes de classe mundial. Conta ainda com uma rede de distribuição capacitada para fornecer equipamentos, suporte de serviços e peças. Janeiro/Fevereiro 2015 APELMAT - SELEMAT 21 Manutenção e Mercado Além de pesquisas para aliar o alto desempenho ao baixo consumo de combustível e à redução no nível de emissão de poluentes, Eufrasio relaciona, como principais tendências tecnológicas de seus produtos, esforços para aprimorar a segurança do operador durante a utilização do equipamento. Para chegar a resultados satisfatórios nessas áreas, a empresa costuma realizar pesquisas com os clientes para identificar onde existem pontos a melhorar nos equipamentos. Monitoramento a distância A New Holland Construction mantém um alto investimento em inovação dentro do planejamento estratégico. Como resultado desse esforço, a empresa oferece, em especial para o segmento de locação, o sistema de monitoramento a distância FleetForce New Holland. “Esse é um produto que pode ajudar os locadores a aumentar seus lucros”, garante Marcos Roberto dos Santos Rocha, gerente de marketing de produto para a América Latina. Marcos Rocha, da New Holland “Por meio do Machine Control, os equipamentos podem trabalhar de forma guiada, como se estivessem utilizando um GPS” “Muitas empresas hoje possuem o sistema GPRS ou satélite. A nossa solução, por sua vez, pode ser um sistema híbrido (GPRS e satélite) ou apenas GPRS”, explica o executivo. “Imagine que você possui uma frota de dez máquinas com o sistema de telemetria FleetForce New Holland na opção GPRS, mas o equipamento vai trabalhar em uma região sem cobertura de celular, o que impossibilita a transferência de dados por GPRS. Com o sistema de monitoramento da New Holland, isso pode ser resolvido facilmente instalando (via plug and play) o modem de satélite para que a transferência de dados seja realizada”, complementa. Segundo ele, posteriormente, esse modem pode ser instalado em qualquer outro equipamento. 22 APELMAT - SELEMAT Outra novidade é o sistema Machine Control, resultado da associação mundial da CNH Industrial com a Leica GeoSystem. “Por meio do Machine Control, equipamentos como motoniveladoras, tratores de esteiras, escavadeiras hidráulicas e retroescavadeiras podem trabalhar de forma guiada, como se estivessem utilizando um GPS, ou podem ter o controle hidráulico feito automaticamente”, descreve Rocha, que aponta como vantagem do sistema um maior valor agregado na hora da locação e garantia de maior produtividade na obra. Mais serviços A John Deere, por sua vez, aposta no John Deere WorkSight. “Trata-se de um pacote integrado de soluções tecnológicas que abrangem informações de utilização e códigos de falha, volumes carregados, pré-diagnósticos e interação remota com o equipamento”, detalha Thiago Cibim, gerente de suporte ao produto C&F (Construção e Florestal). A localização da máquina com medidas de utilização e o rastreamento de manutenção por meio de um site podem ser obtidos com o JDLink Machine Monitoring System. “Dois níveis de serviço estão disponíveis atualmente: o JDlink Ultimate, oferecido em todas as máquinas, que fornece um amplo espectro de dados, e o JDLink Select, que é um serviço mais básico para todos os usos de equipamento e que provê informações sobre horímetro, rastreamento de manutenção e localização da máquina”, compara Cibim. Paralelamente, há o Service Advisor Remote Dealer Diagnostics, outra solução fornecida pela empresa que permite ao distribuidor conexão automática à máquina para visualizar diagnósticos de problemas e dados de performance. “Se a atualização de um software for necessária, o distribuidor pode fazer isso a distância. Isso reduz significativamente o tempo e o custo associados aos reparos de equipamentos. Para seu uso, é necessária uma senha de acesso”, descreve. Veja + Para o desenvolvimento de produtos inovadores que venham, efetivamente, a atender às necessidades dos clientes, a atenção ao pós-venda e um bom relacionamento podem fazer a diferença. Confira no portal de notícias da Apelmat (www.apelmat.org.br) o que as empresas têm feito para entender as demandas dos usuários. Janeiro/Fevereiro 2015 Reportagem de Capa Dominando a sopa de letrinhas IR, CSLL, IPI, II, ICMS, ISS… Compreender e estar em dia com o extenso conjunto de siglas que compõem a tributação da atividade de locação de equipamentos pode se tornar um problema sem a ajuda de um especialista. Com um bom planejamento, porém, é possível minimizar perdas e até potencializar os lucros A s empresas brasileiras gastam, em média, 2.600 horas por ano, o equivalente a 108 dias, para calcular e pagar seus impostos. Esses números, resultantes do estudo Paying Taxes, elaborado pelo Banco Mundial e pela PwC em 2012, situavam o Brasil no primeiro lugar no ranking da burocracia em uma lista de 183 países. Para se ter uma ideia, a média mundial era de 277 horas despendidas com essa atividade. 24 APELMAT - SELEMAT Eurimilson Daniel, da Sobratema “É preciso ter um contador que entenda, que faça um balanço bem-feito” De lá pra cá, uma ferramenta entrou em cena na tentativa de descomplicar toda a papelada e burocracia: o chamado Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). No entanto, boa parte das pequenas e médias companhias ainda sofre para lidar com tanta informação. “Poucas têm, dentro da empresa, um contador que possa buscar alternativas”, lamenta Eurimilson Daniel, vice-presidente da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema). Janeiro/Fevereiro 2015 Reportagem de Capa A árdua tarefa de se manter em dia com o Fisco pode levar a incorreções muito onerosas ao locador. Portanto, procurar por uma boa orientação é fundamental para saber de que forma sua empresa pode ser mais bem enquadrada entre as diferentes sistemáticas de recolhimento de tributos. “O negócio é muito mais sério do que as pessoas pensam. Por isso, é preciso ter um contador que entenda, que faça um balanço bem-feito”, orienta Daniel. Segundo o vice-presidente da Sobratema, a tarefa a ser realizada por esse profissional é bastante analítica, uma vez que a atividade de locação envolve situações que podem variar drasticamente mês a mês. “Cada empresa deve conversar com o seu especialista, seu contador, e identificar a melhor atividade para se estar localizado. É preciso assumir a posição que você mais ocupa de fato, mas nem sempre ela será a de melhor tributo”, observa. Modelos de tributação Para que se faça uma opção tributária mais vantajosa, é necessário conhecer os modelos de tributação possíveis. Antes disso, porém, vale a pena diferenciá-los em suas esferas federal, estadual e municipal. Segundo Luiz Fernando Martins Macedo, sócio-fundador do escritório Martins Macedo e Advogados Associados e advogado da Apelmat, eles podem ser organizados da seguinte forma: Federal: tributos sobre a renda (IR/CSLL), produtos industrializados (IPI), importação (II), operações financeiras e crédito (IOF) e propriedade territorial rural (ITR) Estadual: circulação de mercadorias (ICMS), propriedade de veículos automotores (IPVA) e transmissão causa mortis ou doações (ITCMD) Municipal: serviços (ISS), propriedade territorial urbana (IPTU) e transmissão de bens imóveis / intervivos (ITBI) Macedo lembra ainda que a Constituição Federal dotou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de competência tributária para arrecadar as contribuições sociais referentes às relações de vínculo empregatício (INSS sobre a folha e mais recentemente sobre a “receita bruta”). “Também não podemos nos esquecer do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, FGTS, que incide à alíquota de 8% sobre o salário dos empregados com vínculo registrado”, acrescenta. Segundo o advogado da Apelmat, especificamente com relação à atividade de locação de equipamentos (incluindo os de terraplenagem), os impostos e contribuições variam de acordo com a situação fiscal da empresa. “A legislação federal que regulamenta o imposto de renda das pessoas jurídicas estabelece modalidades diferentes de tributação que vão gerar efeitos nas demais esferas de competência”, explica. Impostos sobre a renda Especificamente para recolhimento do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ), foram criadas, em 1996, diferentes sistemáticas: Lucro Real, Lucro por Estimativa (balancete de suspensão) e Lucro Presumido. “Posteriormente, foi introduzida a sistemática de apuração simplificada, denominada Simples e, mais recentemente, o Super Simples”, atualiza Macedo. “A principal distinção entre essas sistemáticas diz respeito à definição da base de cálculo sobre a qual incidirão as alíquotas, iguais para todos, de 15% de IRPJ e 9% de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, CSLL.” www.apelmat.org.br Janeiro/Fevereiro 2015 APELMAT - SELEMAT 25 Reportagem de Capa Segundo Macedo, as empresas que faturam acima de R$ 48 milhões/ano somente podem optar pela sistemática do Lucro Real ou por Estimativa. “No primeiro caso, o imposto deve ser recolhido após a regular apuração contábil das demonstrações financeiras, em bases mensais (Lucro Real mensal) ou trimestrais (Lucro Real trimestral)”, explica. “Na segunda opção, a empresa utiliza a média de apuração do exercício fiscal imediatamente anterior para recolher o IRPJ e a CSLL no ano em curso, obrigando-se a trimestralmente fazer balancetes de suspensão para verificar se recolheu a mais ou a menos do que seria devido no Lucro Real e, por conseguinte, recolher a diferença ou compensar o que foi pago a mais.” Luiz Fernando Martins Macedo, da Martins Macedo e Advogados Associados “Com relação ao ISS, existe uma enorme confusão doutrinária e jurisprudencial sobre a incidência desse tributo nos contratos de locação de máquinas e equipamentos” Na sistemática do Lucro Presumido, é estabelecido um percentual de apuração da receita bruta como sendo a base de cálculos do IRPJ e da CSLL, de acordo com a atividade preponderante da empresa. “Por exemplo: indústria, 8%; serviços, exceto hospitalares e de construção civil, 32% etc. Sobre essa base presumida, aplica-se a mesma alíquota de 15% do IRPJ e 9% da CSLL”, contextualiza Macedo. 26 APELMAT - SELEMAT Finalmente, há o Simples, destinado exclusivamente às microempresas e empresas de pequeno porte. Neste caso, é usada uma regra simplificada de apuração. “Aplica-se uma alíquota única sobre a receita bruta para quitar todos as obrigações tributárias da empresa, inclusive aquelas devidas aos Estados, municípios e INSS”, descreve o advogado. Imposto sobre serviços Se há um tributo que realmente tira o sono do locador de equipamentos da linha amarela, trata-se do ISS, o famoso Imposto sobre Serviços. Na a v a l i a ç ã o d o s e t o r, e l e g e r a p e r d a d e competitividade. “Com relação ao ISS, existe uma enorme confusão doutrinária e jurisprudencial sobre a incidência desse tributo nos contratos de locação de máquinas e equipamentos, mormente quando envolvem a figura do 'operador'”, comenta Macedo. O advogado da Apelmat explica que o ISS, via de regra, é calculado à razão de 5% sobre a receita da prestação de serviços. “No entanto, o Supremo Tribunal Federal definiu que a locação de equipamentos 'pura e simples' não constitui fator gerador do ISS. Por não haver contraprestação, não há serviço e, consequentemente, não há o que pagar”, descreve. Em outras palavras, o equipamento alugado fica disponível ao locatário por um determinado período de tempo, mediante um preço estabelecido em contrato. “Se este for ou não utilizado, ou caso o resultado seja ou não atingido, o preço deverá ser pago de qualquer forma”, acrescenta. Entretanto, muitos contratos de locação de máquinas levam em conta a quantidade de horas trabalhadas (medição e leitura de horímetro), enquanto outros estabelecem patamares mínimos de horas para efeitos de cobrança. Na opinião de Macedo, essa questão “não modifica nem exclui a aplicação do entendimento do STF de que a locação é isenta de ISS”. Janeiro/Fevereiro 2015 O operador As divergências de interpretação começam quando a máquina é locada com operador. Segundo Macedo, algumas locadoras de grande porte solucionaram essa questão estabelecendo como “regra geral” que a locação é sempre sem operador, mas que o locatário “é obrigado” a contratar um operador específico, indicado pela locadora mas sem vínculo empregatício com esta, por meio de um contrato de cessão de mão de obra. “Desse modo, descaracteriza-se a figura da 'locação com operador' e fica garantida a não incidência do ISS”, observa. No entanto, a realidade das empresas de menor porte é diferente. “Sabemos que elas não têm essa mesma condição e acabam se curvando às exigências do locatário no sentido de firmar um único contrato de locação com operador. Isso acaba gerando uma interpretação dúbia, de que não se trata de uma locação 'pura e simples', e sim de um contrato de prestação de serviços”, relata. Macedo, porém, discorda dessa posição e cita um exemplo. “Em uma obra de terraplenagem em que determinada empresa loca uma motoniveladora para movimentação de terra com operador, a locatária e seu corpo técnico de engenheiros é que irão definir o trabalho a ser realizado”, detalha. Em sua opinião, serão esses técnicos os responsáveis pelo resultado final do serviço, e não a locadora, que apenas disponibilizou um operador para atender às determinações e comandos da locatária. “A meu ver, isso descaracteriza a figura da prestação de serviços, na medida em que não há uma contraprestação, pois a responsabilidade pelo resultado final é da locatária”, conclui. Veja + A simplificação dos tributos é defendida pelo setor de locação de máquinas da linha amarela, representado pela Apelmat e também por outras entidades. Leia mais no portal de notícias da associação (www.apelmat.org.br). www.apelmat.org.br Gestão e Negócios Mais conhecimento, menos problemas Além de ser um importante item na prevenção de acidentes de trabalho, a certificação dos operadores garante produtividade ao processo e pode também ter um caráter motivacional para os funcionários U m investimento relativamente baixo que só traz benefícios para todos os envolvidos. Hoje é possível dizer que há um consenso sobre a importância da certificação dos operadores de máquinas da linha amarela. No entanto, alguns cuidados como a escolha de uma instituição bem conceituada, ajustes no conteúdo ou na duração e até mudanças na periodicidade podem fazer com que os resultados sejam ainda melhores. 28 APELMAT - SELEMAT Bernardo Uliana, do Grupo Tracbel A falta de perícia no manejo do equipamento pode levar a operações malfeitas, lentas e com alto consumo de combustível Para Bernardo Uliana, engenheiro de aplicação corporativo do Grupo Tracbel – empresa parceira da Apelmat em treinamentos que a associação irá oferecer ao longo deste ano –, na hora de avaliar a necessidade de certificar a mão de obra, os empresários do segmento devem considerar vários aspectos. Janeiro/Fevereiro 2015 Gestão e Negócios No caso específico dos locadores de máquinas da linha amarela, é primordial, por exemplo, garantir ao locatário que os equipamentos estarão sendo operados de forma correta e dentro dos limites, evitando maiores custos com reparos consequentes da utilização incorreta. “Com isso, o serviço oferecido também passa a ser de melhor qualidade e eficiência, o que o torna mais competitivo no mercado”, opina. Além disso, a inclusão de temas de segurança (NR 12 e 18) ajuda na prevenção de acidentes durante a operação, e o treinamento em si pode se converter em um fator que motiva o operador do equipamento a querer trabalhar na empresa. O melhor caminho para uma boa capacitação é a escolha de uma instituição que ofereça treinamento dentro das normas regulamentadoras, tais como as NR 12 e 18, e que possua estrutura e ferramental suficientes para assegurar a completa absorção do conteúdo pelo aluno/operador. O ideal é procurar um curso que ofereça, além do treinamento em sala de aula, simulação e prática. Simulador de escavadeiras John Deere Apresenta situações do mundo real, perigos do local de trabalho, violações de segurança, sinais de mão e os controles da máquina Uma pessoa sem informação sobre os cuidados na operação do equipamento, além de não tirar o melhor proveito dele, corre o risco de provocar acidentes. A falta de perícia ainda pode desmotivar o operador e danificar a máquina. Podem ocorrer quebras prematuras, manutenções desnecessárias e desgaste acelerado de componentes. “Além disso, o serviço é malfeito ou tem acabamento ruim, e a operação torna-se lenta e com alto consumo de combustível”, salienta Uliana. Outro aspecto importante da certificação, lembrado por Wilson de Mello Jr., diretor de certificação e desenvolvimento humano da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), é a seleção adequada dos profissionais que irão trabalhar com determinados equipamentos. www.apelmat.org.br Janeiro/Fevereiro 2015 APELMAT - SELEMAT 33 Gestão e Negócios “Um operador de escavadeira, por exemplo, tem que realizar dois movimentos simultâneos durante a operação de carga de um caminhão. Alguém avaliou se esse profissional tem a destreza necessária? Se ele tem agilidade em caso de emergência? Se é hipertenso ou dependente químico?”, questiona Mello Jr. O treinamento ideal Fabio Carmona, gerente de vendas da Veneza Equipamentos, distribuidora das máquinas do segmento de construção da John Deere, acredita que a Apelmat fez um bom investimento ao adquirir um simulador de escavadeiras John Deere para os treinamentos práticos – ainda sem data de início definida. operador de máquinas e equipamentos para construção civil (máquinas para terraplenagem). Oswaldo dos Santos Jr., técnico de segurança no trabalho que há 12 anos atua na associação como coordenador de cursos, conta que o conteúdo programático inclui a descrição e a identificação dos riscos relacionados com cada equipamento e informações sobre as proteções específicas para a operação de cada máquina. Além disso, o participante adquire conhecimento sobre como evitar riscos mecânicos e elétricos e como bloquear o funcionamento de um equipamento quando necessário. Para que estejam qualificados antes de operarem máquinas automotrizes ou autopropelidas, os candidatos a operador devem também adquirir noções sobre legislação de trânsito e legislação de segurança e saúde no trabalho, acidentes e doenças decorrentes da exposição aos riscos envolvidos na atividade, conhecer medidas de controle (EPCs e EPIs) e aprender sobre procedimentos em situação de emergência e primeiros socorros. Wilson de Mello Jr., da Sobratema A seleção adequada dos profissionais que irão trabalhar com determinados equipamentos é muito importante “É a maneira mais segura, eficiente e econômica para treinar novos operadores em um ambiente livre de riscos. O simulador da John Deere dispõe de situações do mundo real, simulando os perigos do local de trabalho, violações de segurança, sinais de mão e os controles da máquina”, descreve Carmona. Além disso, há economia com custos de combustível e o fato de o simulador prevenir danos ao equipamento e riscos para o pessoal, além de evitar tempo de máquina parada. Para que os associados estejam cientes das normas regulamentadoras, e por exigência do Ministério do Trabalho, a Apelmat já oferece uma certificação de 30 APELMAT - SELEMAT Oswaldo dos Santos Jr., da Apelmat “Todo treinamento oferecido pela Apelmat tem como objetivos a segurança e a manutenção da integridade física do trabalhador” “Todo treinamento oferecido pela Apelmat tem como objetivos a segurança e a manutenção da integridade física do trabalhador. O momento mais adequado para o treinamento é o primeiro dia antes do início das atividades do funcionário dentro da empresa”, recomenda Santos Jr. Janeiro/Fevereiro 2015 Obras São Paulo em obras Em nome do crescimento econômico e da melhoria da qualidade de vida da população, o Estado encabeça alguns dos empreendimentos de infraestrutura mais importantes do Brasil E stado que sempre se orgulhou de ostentar o título de “locomotiva do País”, hoje responsável por gerar cerca de um terço de toda a riqueza produzida pelo Brasil, São Paulo sempre mantém grandes canteiros de obras em seu território. Apoiados principalmente em parcerias público-privadas, as chamadas PPPs, importantes empreendimentos que estão sendo conduzidos nessa região são considerados estratégicos para a economia brasileira e podem representar oportunidades para o setor de locação de equipamentos para terraplenagem, por exemplo. “Uma parte do que foi contratado envolve as áreas de transportes urbanos, habitação e energia. São projetos que levam de quatro a seis anos para serem concluídos e, nesse período, o Estado deve contratar e utilizar máquinas”, opina Mauricio Endo, sócio da empresa de auditoria e consultoria KPMG e líder da área de governo e infraestrutura. 32 APELMAT - SELEMAT Orlando Morando, deputado estadual “Nos próximos quatro anos, o governador irá inaugurar uma nova estação por mês” Endo foi o coordenador de um trabalho, feito em parceria com a Revista Exame, que elencou os 15 projetos de infraestrutura mais importantes para o Brasil. Para determinar quais seriam eles, uma lista foi avaliada por um time de especialistas, que utilizou como critério nove megatendências que deverão impactar os programas governamentais futuramente (veja mais detalhes no site da Apelmat). “Foram analisados 1.566 projetos concluídos ou em andamento no País, divididos nos segmentos de energia, petróleo e gás, transporte, saneamento, telecomunicações, infraestrutura social e mobilidade urbana”, explicou o sócio da KPMG. Janeiro/Fevereiro 2015 Obras Da relação de 15 projetos, cinco encontram-se no Estado de São Paulo. São eles: concessão do Aeroporto Internacional de Viracopos, PPP da Linha 6 do Metrô de São Paulo, PPP para tratamento e abastecimento de água do Sistema São Lourenço, PPP para habitações de interesse social e o Tramo Norte do Ferroanel de São Paulo. De toda a lista, devido ao seu grande potencial econômico, a concessão do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), foi considerada a mais importante das obras. “Ele tem potencial para se tornar o maior aeroporto de cargas e passageiros da América Latina em um horizonte de 20 a 30 anos”, avalia Endo. Um novo terminal de passageiros, que fez parte da primeira fase do projeto, começou a operar oficialmente em outubro de 2014, após cinco meses da data prevista. De acordo com a assessoria de imprensa da concessionária Aeroportos Brasil Viracopos, toda a operação será transferida até março de 2015, quando as companhias aéreas deverão ter migrado, desativando o terminal atual. Neste primeiro ciclo, a Aeroportos Brasil investiu aproximadamente R$ 2,5 bilhões e a capacidade de Viracopos foi ampliada de 9,3 milhões (2013) para 14 milhões de passageiros/ano. O segundo ciclo da obra, com início previsto para 2021, contemplará a construção de uma segunda pista quando o total de passageiros atingir 22 milhões/ano. Sucessivamente, o terceiro ciclo (para construção de nova pista) terá início quando o total alcançar 45 milhões/ano e o quarto (para quarta pista), aos 65 milhões. Estes dois últimos têm seus starts programados para 2032 e 2039, respectivamente. Quando for superada a marca dos 80 milhões de passageiros/ano, será dado início ao quinto ciclo (em 2042). Para essas etapas vindouras deverão ser empregados cerca de R$ 7,2 bilhões, segundo a concessionária. A consagração das PPPs Segundo dados estimados pela consultoria McKinsey, o Brasil precisa investir R$ 5 trilhões em 20 anos para resolver os problemas de infraestrutura. E deve se preocupar com isso, uma vez que, sem esse investimento, o crescimento do produto interno bruto (PIB) fica comprometido. Segundo o Anuário Exame de Infraestrutura 2013-2014, de 2004 a 2013, o número de empreendimentos nessa área passou de 400 para mais de 1.500. Ainda de acordo com o www.apelmat.org.br trabalho realizado pela publicação, a maior parte dessas obras está localizada no Rio de Janeiro, enquanto o Estado de São Paulo aparece em segundo lugar. O financiamento desses grandes projetos, entretanto, é o ponto que vem sendo considerado mais delicado para a concretização das obras. Nesse quesito, pelo menos no Estado de São Paulo, as parcerias público-privadas têm se mostrado um modelo bem-sucedido. “Das 15 obras que escolhemos, 12 são PPPs. Isso é a constatação de que os projetos mais complexos e impactantes passaram a ser feitos por esse tipo de contrato, que desonera o orçamento público e coloca o empreendimento em operação em prazo mais curto”, observa Endo. Mauricio Endo, da KPMG “Uma obra pública precisa de quatro a seis licitações para que um projeto possa ser colocado em prática” As PPPs são responsáveis por três das obras de grande impacto em São Paulo: Linha 6 do Metrô de São Paulo, tratamento e abastecimento de água do Sistema São Lourenço (Sabesp) e habitações de interesse social em São Paulo. “Uma obra pública precisa de quatro a seis licitações para que um projeto possa ser colocado em prática, em um processo que pode levar dez anos. Por meio de uma PPP, a Linha 6, que foi contratada agora, vai ter que entrar em operação em 2019, pois o governo controla o prazo e a execução”, explica o sócio da KPMG. Em novembro de 2013, foi anunciado o consórcio Move como vencedor da licitação da PPP da Linha 6. Em meados de 2014, a prefeitura de São Paulo entregou ao governo do Estado um terreno na esquina da Avenida Marginal do Tietê com a Rua Santa Marina, no bairro do Limão, onde as obras tiveram início. Segundo o governador Geraldo Alckmin, nesse local irão entrar os dois “tatuzões” (shields) que serão utilizados na obra – um do centro em direção à Brasilândia e outro no sentido oposto. Janeiro/Fevereiro 2015 APELMAT - SELEMAT 33 Obras Em 11 de setembro último, o Ministério das Cidades aprovou o enquadramento do projeto de execução no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi). Ainda de acordo com o governo do Estado de São Paulo, as desapropriações já estão em curso, mas não há informações detalhadas sobre o andamento desse processo no site do Metrô. Estima-se que as Estações Brasilândia e Água Branca sejam as primeiras a ser entregues, em um prazo aproximado de quatro anos. Segundo informações oficiais, “a Linha 6 se estenderá da Brasilândia, na Zona Norte da cidade de São Paulo, até a Estação São Joaquim, na região central. Ao todo são 15,9 quilômetros, contando com pátio de manutenção e 15 estações. A estimativa é atender 634 mil passageiros por dia”. O valor do empreendimento é de R$ 9,6 bilhões, sendo que R$ 8,9 bilhões são divididos entre o governo do Estado (50%) e o consórcio (50%). Os outros R$ 700 milhões se referem às desapropriações que serão executadas pelo Estado. A Linha 6 será a primeira PPP integral do metrô, ou seja, totalmente construída e operada pela iniciativa privada. Mais transporte público No início de 2014, o governo do Estado de São Paulo havia anunciado obras para 55 quilômetros de trilhos e 51 novas estações. Esses novos trechos, resultantes de quatro frentes de trabalho diferentes, incluíam as Estações Adolfo Pinheiro (Linha 5 – Lilás) e duas estações do monotrilho, Vila Prudente e Oratório, que foram entregues ano passado. Segundo o deputado estadual Orlando Morando, atualmente o governo realiza obras simultaneamente em seis linhas do metrô. “Para se ter uma ideia dos investimentos, nos próximos quatro anos o governador irá inaugurar uma nova estação por mês”, resume. “Estão em curso o prolongamento da Linha 5 – Lilás, entre o Largo Treze e a Chácara Klabin; a implantação da Linha 6 – Laranja, entre a São Joaquim até a Vila Brasilândia; a implantação da Linha 15 – Prata, em monotrilho, da Vila Prudente até Cidade Tiradentes; a segunda fase da Linha 4 – Amarela (Vila Sônia-Luz); a implantação da Linha 17 – Ouro (Jabaquara-Congonhas); e a Linha 18 – Bronze, a primeira a sair da capital, passando por Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul.” 34 APELMAT - SELEMAT Além das obras do metrô, Morando relaciona outros empreendimentos voltados para melhorar a mobilidade. Seriam eles a Linha 13 – Jade, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que ligará São Paulo ao Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos; obras na Rodovia dos Tamoios e na Raposo Tavares; o Trecho Leste do Rodoanel, que está em fase de conclusão; e a implantação do Trecho Norte. Menor dependência do Sistema Cantareira Além dos problemas cotidianos com a mobilidade, a população paulista tem vivido outro drama: a falta d'água. A atual crise hídrica revelou, entre outras questões graves, a relação de dependência estabelecida com o Sistema Cantareira para o abastecimento da região metropolitana. Assim, com a esperança de “aliviar” esse e os demais reservatórios, tiveram início em abril de 2014 as obras para a implantação do Sistema Produtor São Lourenço, no Vale do Ribeira, que haviam sido licitadas em 2013. Também formatada no modelo PPP, a obra está sendo conduzida pela empresa Sistema Produtor São Lourenço S.A., uma parceria entre as construtoras Andrade Gutierrez e Camargo Correa, que vai custear integralmente todo o investimento de R$ 2,21 bilhões. Estima-se a criação de 2 mil empregos diretos e indiretos, com o início da operação previsto para 2018. Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), quando concluído, o novo sistema ampliará a capacidade de abastecimento em 4.700 litros por segundo, beneficiando 1,5 milhão de pessoas que moram em Barueri, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira, Santana de Parnaíba e Vargem Grande Paulista, onde a obra foi iniciada. Atualmente a Sabesp tem capacidade instalada para produzir 73 mil litros de água tratada por segundo. A obra, considerada grande e complexa, consiste na captação da água na Represa Cachoeira do França (Ibiúna), que é formada pelo Rio Juquiá, e no transporte por 83 quilômetros de adutoras (grandes tubulações). Um dos grandes desafios será o bombeamento da água para superar o desnível de 300 metros da Serra de Paranapiacaba. Além disso, a tubulação que levará a água até as residências inclui Janeiro/Fevereiro 2015 Obras Vitrine um túnel de 1.100 metros pela serra e uma passagem por baixo da Rodovia Raposo Tavares por meio de método não destrutivo. Em alguns trechos do trajeto, os tubos chegam a ter 2,1 metros de diâmetro. As obras preveem também a construção de reservatórios para armazenar 110 milhões de litros de água. Habitação e trens: ainda no papel Outra PPP que poderá amenizar um problema crítico é a da habitação de interesse social na capital paulistana. Após o processo licitatório, que recebeu propostas até 14 de novembro último, a empresa Canopus Holding foi a vencedora e será responsável pela construção do primeiro lote, na região da Barra Funda, que terá um total de 3.683 moradias. Dessas, 2.260 unidades são destinadas a habitações de interesse social (para famílias com renda entre um piso salarial do Estado de São Paulo até seis salários mínimos) e 1.423 habitações são de mercado popular (para famílias com renda entre seis e dez pisos salariais). O projeto todo prevê quatro lotes para a construção de um total de 14.124 unidades habitacionais em bairros centrais como Bom Retiro, Santa Cecília, Brás, Pari e Belém, e está orçado em R$ 3,5 bilhões. O intuito é aproximar a moradia do local de trabalho da população, o que pode melhorar significativamente a qualidade de vida. De acordo com o departamento de comunicação da Secretaria de Habitação, “para os outros três lotes, não houve manifestação de interesse e será feita avaliação sobre a condução das próximas etapas do processo”. Também de grande importância, o Tramo Norte do Ferroanel de São Paulo é considerado fundamental para o transporte de cargas no Estado: com a sua efetivação, esse trajeto será feito por fora da cidade rumo ao Porto de Santos. “A ferrovia existe e cruza a cidade de São Paulo para chegar a Santos. A ideia é fazer o anel para que toda a carga possa chegar mais rápido sem entrar em conflito com o transporte de passageiros”, explica Endo, da KPMG. Segundo ele, houve tentativa de fazer uma PPP, que ainda não deu certo. “Alguma solução será dada nos próximos dois anos”, acredita. Viracopos Projeto São Lourenço Metrô Habitação Veja + Saiba mais sobre as megatendências que deverão nortear os próximos empreendimentos governamentais no portal de notícias da Apelmat (www.apelmat.org.br). www.apelmat.org.br Janeiro/Fevereiro 2015 APELMAT - SELEMAT 35 Selemat Responsabilidade objetiva do agente poluidor Por Luiz Fernando Martins Macedo* “A responsabilidade objetiva do poluidor por danos ao meio ambiente é fundada no simples risco ou no simples fato da atividade” T ema que tem assumido significativo relevo no cenário empresarial do setor, bem como em toda a sociedade brasileira, diz respeito ao impacto ambiental das atividades ligadas à construção civil – engenharia, terraplenagem, movimentação de terra, obras de saneamento e outras. Importa salientar que as ações desenvolvidas pelo setor impactam profundamente o meio ambiente, e a legislação brasileira prevê que essa é uma das modalidades de responsabilidade objetiva existentes no nosso ordenamento jurídico. Em recente artigo publicado na Revista do Advogado, da Associação dos Advogados de São Paulo, o professor Pedro Estevam Alves Pinto Serrano, em “Coletânea de Pareceres sobre a Lei Anticorrupção”, assunto já debatido na edição 157 da Revista Apelmat/Selemat, com precisão definiu a questão: 36 APELMAT - SELEMAT “A responsabilidade objetiva do poluidor por danos ao meio ambiente é fundada no simples risco ou no simples fato da atividade, independentemente da culpa do agente ou mesmo da intenção ou dos atos praticados. Portanto, para a responsabilização civil, basta a demonstração do dano ambiental, da atividade degradadora e do nexo causal entre o dano e a atividade. É irrelevante a análise da culpa do agente. A responsabilidade objetiva sem culpa do agente poluidor possui por fundamento a equidade no ônus da atividade, isto é, realizar a justa distribuição do ônus da atividade econômica explorada. Ou seja, a ideia é promover a recomposição do patrimônio coletivo em face do ônus ocasionado por uma atividade privada, da qual somente esse particular beneficia-se.” Assim, se o indivíduo realiza uma atividade econômica que gera um ônus social, deve arcar com isso segundo os primados da razoabilidade, em conjunto com o da equidade, igualando todos, poluidores e sociedade, em um mesmo patamar. Trata-se de um encargo da atividade econômica desenvolvida pela empresa, restando a ele, empresário, reparar o dano. Aqui, vale ressaltar que é um ônus do empresário e de seus sócios e precisa ser diagnosticado com a devida antecedência de forma a prevenir contingências. Tratase da “análise de risco”. Janeiro/Fevereiro 2015 Selemat Por outro lado, o fundamento da responsabilidade civil objetiva por dano ao meio ambiente também foi analisado sob a perspectiva da teoria econômica. Em “The Problem of Social Cost”, Ronald Coase (1960, p. 1-44) sustenta que o problema dos custos sociais, visto a partir da análise dos que estão atrelados ao desempenho de atividade econômica no contexto do capitalismo contemporâneo, é o resultado da inexistência de mercados, já que a titularidade do direito e os direitos de propriedade não são claramente definidos e os custos de transação (acordos) são proibitivos. As economias mais “evoluídas” já estão precificando os custos ambientais (sociais). Dentro de um processo produtivo que prejudica o meio ambiente, no qual o poluidor deve suportar o prejuízo ambiental que causa, o custo privado deverá adicioná-lo aos custos de capital, trabalho, matériasprimas e energias necessários para produzir um determinado produto. Por essa razão, fala-se em custo social, o que inclui o privado e o externo, referente ao prejuízo ambiental (BESANKO; BRAEUTIGAM, 2004, p. 501), isto é, o custo do prejuízo que a poluição representa para o meio ambiente. Uma das formas de corrigir as falhas é, por um lado, incentivar a redução de emissões e de atividades que impactem o meio ambiente e, por outro, desestimular determinadas condutas por meio de processos e procedimentos fiscalizatórios e regulatórios mais eficazes e coercitivos. Todas as atividades empresariais que de alguma forma utilizarem ou danificarem o meio ambiente geram custos ou benefícios aos demais, ou seja, são exteriorizados custos ou benefícios socialmente. A poluição ou exploração de recursos naturais esgotáveis são sempre consideradas como externalidades negativas, dado que o caráter público dos recursos naturais impede a internalização. Por essa razão, um dos papéis da responsabilidade civil objetiva por dano ao meio ambiente é o de induzir a internalização da externalidade. Desta forma, o poluidor deve arcar com os custos necessários à diminuição, eliminação ou neutralização do dano. Em outras palavras, essa atividade econômica, ao mesmo tempo que gera um custo social, também gera lucro. Não é razoável, portanto, distribuir o ônus para toda a sociedade. Ainda segundo o professor Serrano, “o fundamento da responsabilidade civil objetiva por dano ao meio ambiente está na oneração pelo www.selemat.org.br desempenho de uma atividade nociva ao meio ambiente, já que não é equânime nem razoável onerar a coletividade pelo desempenho de uma atividade econômica fundada exclusivamente no lucro. Não se fala, portanto, em culpa do agente, bastando a demonstração do dano ambiental, da atividade degradadora e do nexo causal entre ambos. As pessoas no ambiente privado só podem ser condenadas por reparação de ilicitudes ocasionadas por culpa ou dolo, uma vez que no âmbito privado não faz sentido falar em justiça distributiva, salvo quando para reparar o ônus do custo social que o interesse público demande. A partir do momento em que se retira a necessidade de aferição de culpa, esvazia-se a ideia do due process of law, uma vez que a defesa da pessoa jurídica está limitada a provar a ausência do nexo de causalidade ou da materialidade do fato”. Por fim, cumpre destacar que a responsabilidade objetiva do poluidor por danos ao meio ambiente aplica-se solidariamente às empresas consorciadas responsáveis por violações, danos ou condutas nocivas ao meio ambiente no âmbito do respectivo contrato, restringindo-se tal responsabilidade à obrigação de pagamento de multa e reparação integral do dano causado. Verifica-se, por conseguinte, a aplicação da regra geral de responsabilidade solidária dos consorciados em relação à licitação e à execução do contrato disposta pelo art. 33 da Lei das Licitações e Contratos Públicos: “Art. 33 - Quando permitida na licitação a participação de empresas em consórcio, observar-se-ão as seguintes normas: [...] V - responsabilidade solidária dos integrantes pelos atos praticados em consórcio, tanto na fase de licitação quanto na de execução do contrato”. Diante do exposto, entendemos que no cenário atual torna-se imprescindível a adoção de políticas internas nas empresas consistentes na aplicação de uma rigorosa análise de risco de todas as atividades desenvolvidas direta ou indiretamente, seja na forma de consórcio, parceria, sociedade de propósitos específicos ou qualquer forma de associação que envolva a possibilidade de impacto ambiental, ainda que o objeto da contratação seja a pura e simples locação de equipamento, sob pena de a empresa se ver responsabilizada civilmente e amargar uma indenização ambiental pesada. *Luiz Fernando Martins Macedo é sócio-fundador do escritório Martins Macedo e Advogados Associados Janeiro/Fevereiro 2015 APELMAT - SELEMAT 37 Entrevista Cada coisa em seu lugar Em negócios familiares, a pressão do dia a dia pode arruinar os laços pessoais com mais facilidade do que em outras empresas. Saber separar a convivência nos dois ambientes, extrair aprendizado e transmitir conhecimento para as futuras gerações são boas dicas para enfrentar crises sem muitos traumas nem conflitos P ara o bem e para o mal, em empresas familiares, as relações profissionais e pessoais acabam se entrelaçando. Negócios dessa natureza podem nascer por variados fatores, mas são pautados pela afinidade e, principalmente, pela confiança que se costuma ter naqueles de “mesmo sangue”. Frequentemente na lista das mais bemsucedidas, principalmente no Brasil, esse tipo de organização pode ser seriamente abalado quando o cotidiano do ambiente corporativo começa a azedar a convivência dentro de casa. Sócia da Höft – Bernhoeft & Teixeira – Transição de Gerações, Renata Bernhoeft atua como consultora para estruturação de protocolos societários e familiares e implantação de estruturas de governança para 38 APELMAT - SELEMAT Renata Bernhoeft, da Höft – Bernhoeft & Teixeira “Os familiares deveriam debater e elaborar um código de condutas” Janeiro/Fevereiro 2015 Entrevista sociedades empresariais. Na entrevista concedida à Revista Apelmat/Selemat, a especialista aconselha o estabelecimento de fronteiras como a melhor atitude a ser tomada, ou seja, cada conversa deve ter o ambiente certo para acontecer. Além disso, reflexões sobre a adequação dos papéis que estão sendo assumidos em cada momento podem ser dicas preciosas para que a qualidade das relações seja mantida. Veja a íntegra da conversa a seguir. Nela, Renata discorre sobre esses e outros temas relativos aos principais desafios das empresas familiares. Revista Apelmat/Selemat Muitas vezes, quando o profissional vivencia um período de muita pressão no trabalho, acaba trazendo o estresse para dentro de casa, para a vida pessoal. Como isso acontece quando a família está presente nos dois ambientes, como é o caso dos negócios familiares? Isso é amplificado? Renata Bernhoeft Sim, essa situação se amplifica quando estamos no contexto de uma empresa familiar, porque as relações tendem a se sobrepor. A principal recomendação nesses casos é o que chamamos de criar fronteiras. Isso significa ter as conversas em ambientes certos. Os familiares deveriam debater e elaborar um código de condutas para evitar as misturas de ambiente. Por exemplo: deixar combinado que, nos eventos de família ou no ambiente onde estão relaxando, não vão colocar temas de negócio, e o contrário também, ou seja, debater os temas de família quando estiverem em casa, e não na empresa. A definição de espaços físicos para cada conversa pode ajudar todos a se localizarem e também a não exporem suas questões em ambientes inadequados. RAS Há alguma orientação para que a relação interpessoal não seja afetada? RB O exercício mais complexo é a reflexão sobre o papel em que estamos atuando. Cada pessoa precisa refletir: em que papel estou me colocando? Neste momento, sobre este assunto, estou me portando como familiar? Como sócio? Ou como executivo? E a partir disso utilizar o diálogo para estabelecer práticas e condutas combinadas. 40 APELMAT - SELEMAT RAS Que tipo de aprendizado um gestor pode tirar dos momentos de crise e transferir para seus sucessores? RB Os aprendizados de momentos de crise são muitos. Talvez o principal que um líder possa transmitir às gerações seguintes seja o sabor da conquista. Quando pensamos na próxima geração, precisamos aprender a deixar que eles enfrentem os problemas e busquem sua forma de resolver. Esse desafio requer não solucionar por eles e, ainda que se saiba o que fazer, deixar que aprendam, buscando transferir algumas responsabilidades durante a crise, monitorando e sabendo dar conselhos quando solicitado. RAS Por outro lado, como fazer para que os sucessores não se sintam desmotivados a continuar no negócio da família quando vivenciam uma situação desfavorável na empresa? RB A vida empresarial é bastante desafiadora, e os pais precisam aceitar que não poderão fazê-la mais fácil porque os sucessores são seus filhos. O que precisa ser transferido é a garra, a vontade de continuar, o desejo de trabalhar, se dedicar. Nesse aspecto, será muito mais importante oferecer tarefas e desafios do que obras prontas. Uma boa maneira de formar um líder é deixar que ele conduza um projeto, implemente algo e aprenda com seus erros também, para que possa desfrutar do sucesso. RAS Na sua opinião, como os gestores devem incentivar seus herdeiros a ingressarem nos negócios da família sem que isso seja uma imposição que possa, consequentemente, levar a conflitos pessoais? RB O tema de ingresso na empresa precisa ser debatido em família desde a infância, com o cuidado dos pais em não passar mensagens implícitas, positivas ou negativas, que possam resultar em pressões futuras. Exemplo: o pai reclama muito de seu trabalho, e tal comportamento pode afastar os filhos do negócio. Ou, ainda, aquele para quem só tem valor quem trabalha na empresa ou na mesma profissão que ele pode estar inibindo potenciais talentos para outras carreiras. A empresa pode ser uma opção, não uma imposição. A principal pergunta Janeiro/Fevereiro 2015 é: como se preparar para entrar na empresa da família? A resposta: deveríamos seguir os mesmos processos e critérios exigidos pelo mercado. Se o herdeiro tiver padrões compatíveis com o mercado, com certeza será bom para a empresa, assim como alguém que não seja da família. RAS Recentemente, uma pesquisa da PricewaterhouseCoopers (PwC) mostrou que o desempenho de empresas familiares no Brasil supera a média internacional. Enquanto 79% das brasileiras cresceram em 2014 e 76% esperam manter esses resultados pelos próximos cinco anos, nos outros países, esses índices são de 65% e 85%, respectivamente. O que pode explicar esses resultados? “A vida empresarial é bastante desafiadora, e os pais precisam aceitar que não poderão fazê-la mais fácil porque os sucessores são seus filhos” RB As empresas familiares foram historicamente vistas pelo mundo da administração como menos competitivas. Esse quadro tem mudado, e bastante. Mais e mais empresas familiares buscam estruturar-se seguindo padrões de mercado e desenvolver mecanismos de governança que gerem maior credibilidade. Esse crescimento superior é motivado por fatores específicos como preocupação com a sustentabilidade, decisões com foco em longo prazo e valorização das pessoas. RAS De modo geral, o perfil brasileiro se adapta melhor ao formato das empresas familiares? A combinação entre negócios e família está mais presente em nossa cultura? RB O Brasil é um dos países com as maiores taxas de empreendedorismo do mundo. Com certeza, esse é um fator que favorece as empresas familiares, pois o DNA empreendedor é essencial para a construção da continuidade. Já os aspectos latinos das raízes familiares brasileiras agregam um desafio, pois o padrão latino tende a ser de maior proteção aos filhos, o que muitas vezes gera um incentivo à acomodação das próximas gerações. Cabe a nós cultivar os desafios para que a próxima geração continue desenvolvendo o empreendedorismo ao longo de muitas outras gerações. www.apelmat.org.br Lançamento Espargidores de cimento em nova versão Os equipamentos contam com 10 e 16 metros cúbicos de armazenamento de cimento e versões rebocadas e embutidas A Ciber Equipamentos Rodoviários está comercializando no Brasil quatro novos modelos de espargidores de cimento Streumaster: SW 10 TA, SW 10 TC, SW 16 TC e SW 16 MC. Os três primeiros são rebocados por caminhão, enquanto o MC vem acoplado a um caminhão truck. “Eles aplicam cimento em uma quantidade predeterminada e têm como foco obras de estabilização de solos e reciclagem asfáltica, onde o asfalto deteriorado, a camada granular abaixo e o cimento são misturados e homogeneizados na passagem da recicladora”, explica Juliano Gewehr, especialista de produtos da empresa. Obras no Sudeste e Sul do País já operam com os novos modelos. Entre elas, destaque para as realizadas pela Tecnopav Engenharia em Joaçaba (SC) e Passos (MG), que contou com o SW 16 MC. “Tem cliente nosso que exige que seja Streumaster por ter precisão, calibragem, confiabilidade no traço e rapidez na execução superiores aos demais”, destaca Vinícius Franco, gerente de contratos da Tecnopav Engenharia. 42 APELMAT - SELEMAT SW 10 TA (Streumaster Wirtgen 10 Towed Auger) Modelo rebocado, com modo de distribuição através de caracol rotativo, com capacidade de armazenamento de 10 m³ de cimento, e com distribuição controlada manualmente pelo operador por meio de potenciômetro, que aumenta ou diminui a quantidade aplicada. SW 10 TC (Streumaster Wirtgen 10 Towed Cellular Wheel Sluice) Modelo rebocado cuja capacidade também é de 10 m³, porém a distribuição é controlada eletronicamente por um dispositivo que garante exatidão por meio de uma válvula rotativa de dosagem. SW 16 TC (Streumaster Wirtgen 16 Towed Cellular Wheel Sluice) Difere do modelo SW 10 TC somente em sua capacidade de armazenamento, que é maior (16 m³). SW 16 MC (Streumaster Wirtgen 16 Mounted Cellular Wheel Sluice) Possui capacidade de armazenamento de 16 m³ de cimento e é embutido sobre um caminhão de três eixos, pelo qual é conduzido. O painel de operação e controle do equipamento é instalado dentro da cabine do caminhão. Janeiro/Fevereiro 2015 Lançamento Tecnologia em prol da ergonomia e de resultados Novos opcionais na retroescavadeira Case 580N aumentam o conforto ergonômico e a produtividade por reduzirem o cansaço do operador P roduzida na fábrica de Contagem (MG), a retroescavadeira Case 580N agora possui os opcionais de transmissão Powershift S-Type e de controle do implemento traseiro Pilot Control. Disponível para retroescavadeiras com tração 4x2 e 4x4, com quatro opções de velocidades à frente e três para ré, a nova transmissão é indicada para trabalhos com deslocamento e uso do implemento frontal. Os maiores benefícios estão relacionados à ergonomia e segurança da operação. Um controlador eletrônico desenvolvido exclusivamente para as retroescavadeiras garante melhor funcionamento e agrega funções de segurança, como a limitação da redução de marchas em situação de velocidade elevada. Com essa transmissão, o operador seleciona a marcha ao girar uma alavanca na coluna de direção, eliminando a mudança manual de troca. Segundo Gabriel Freitas, especialista de retroescavadeira da empresa, outra função importante da transmissão é o ajuste da sensibilidade da modulação F/N/R (frente/neutro/ré), cuja seleção é facilmente realizada com dois botões e um display digital no painel de instrumentos. O Pilot Control, tipo joystick, oferece o maior número de adaptações entre as retroescavadeiras do mercado, garantindo ergonomia. “Qualquer operador, de qualquer estatura, vai conseguir a posição mais agradável para trabalhar”, segundo Freitas. O conforto da máquina é assegurado também pelo levantamento dos estabilizadores com acionamento do tipo one touch, ou seja, o operador dá um simples toque nos botões e os braços estabilizadores sobem automaticamente até o fim de curso. Enquanto isso, ele pode girar o banco, erguer a caçamba dianteira e iniciar a movimentação da máquina, ganhando tempo na operação. “O controle pilotado exige menor esforço do operador, sendo indicado para aplicações em que o uso do implemento traseiro predomina, como no saneamento e na escavação de valas para irrigação”, aponta o especialista. Veja + Confira mais detalhes da Case 580N no site da Apelmat (www.apelmat.org.br). 44 APELMAT - SELEMAT Janeiro/Fevereiro 2015 Opinião Pratique o autocoaching para concretizar seus planos em 2015 Por Vivian Rio Stella* O início de ano é um momento em que muitas pessoas refletem sobre o que desejam realizar. Ler mais, praticar esporte, ter um tempo maior com a família e com os amigos, viajar, aprender algo novo, ter melhor qualidade de vida, atingir metas, conquistar um outro emprego, implementar um projeto na empresa, organizar melhor a agenda de trabalho, aprimorar as relações interpessoais. Enfim, são inúmeras as promessas para que o ano que se segue seja mais instigante e promissor do que foi o anterior. Para ajudar a organizar tantas ações e para que se tornem efetivamente planos e sejam concretizadas, propomos que você pratique o autocoaching seguindo o roteiro abaixo. 1) Para começar, escolha uma forma para registrar esse exercício: papel e caneta, um novo arquivo em Word ou o gravador de voz do seu smartphone. 2) Reserve de 20 a 30 minutos para responder às perguntas a seguir, focando na sua vida pessoal e/ou profissional: Qual foi sua principal realização em 2014? O que você deixou de realizar? O que o impediu? Quais são seus cinco planos para 2015? Dica: procure especificar, para garantir maior eficácia do exercício. Qual é a ordem de prioridade deles? Qual foi o critério para a escolha dessa priorização? Que ações você precisa tomar para realizar cada um desses planos? Dica: liste de forma específica os caminhos para concretizar esses planos. Quais ações só dependem de você? Qual é o seu nível de energia para efetivamente pôr em prática essas ações que dependem de você? Quais dependem de outras pessoas (colaboradores, fornecedores, clientes, colegas, familiares)? Quão disposto você está para delegar as atividades que não dependem apenas de você? Qual o prazo para concretizar cada um desses planos? E cada uma das atividades? Quais são seus pontos fortes, que o ajudarão a realizar o planejado? Quais são os pontos cegos, que você ainda precisa desenvolver em si mesmo ou precisa delegar para quem poderá executar? O que você fará ao longo do ano para minimizar os impactos desses pontos cegos? O que você espera comemorar ao fim de 2015? 3) Guarde ou salve as respostas, para retomá-las no fim deste ano. Agora começa a parte mais desafiadora e prazerosa: pôr em prática essas ações. Você tem o ano todo para, pouco a pouco, transformar seus planos em realidade. Esse tipo de “planejamento” é fundamental para nortear suas ações (e a de seus colaboradores) e para ajudar a “mensurar” seu sucesso considerando o que você se propôs a realizar. Essa prática ajuda também a evitar que você passe o ano novo apagando incêndios diariamente, em vez de pensar e agir estrategicamente, seguindo as prioridades preestabelecidas. Reserve um tempo para fazer esse valioso exercício de autocoaching e colha os frutos desse planejamento ao longo de todo o ano. Que este seja um ano repleto de sucesso e equilíbrio a todos! *Vivian Rio Stella é professora, pesquisadora e sócia fundadora da VRS Cursos, Palestras e Coaching. 46 APELMAT - SELEMAT Janeiro/Fevereiro 2015 Internacional Assim vai a Europa... Por Nuno Antunes Ferreira* O mundo continua sendo fascinante. Raramente pensamos no planeta que habitamos como sendo um ser vivo – que o é – e que faz coisas em uma escala que ultrapassa a nossa pequenez humana. Mas é essa a realidade. Gerir uma empresa, que também é um ser vivo, requer determinação, vontade de vencer e ainda o talento necessário à criação de plataformas de entendimento capazes de acomodar diferentes visões e formas de estar. Qualidade menos frequente do que seria desejável. E que qualidades serão necessárias para gerir países num mundo em permanente transformação? Basicamente as mesmas, com doses acrescidas de bom senso! Na Europa, o bom senso não se tem evidenciado. Isso se traduz em ausência de crescimento econômico ou em aumentos pífios. Esse fato, somado ao inverno que tem sido rigoroso, resulta num adormecimento das obras e da construção. Mas o Velho Continente precisa de mais obras? Claro que sim. Todo mundo está esperando que o inverno dê trégua e reza para que as medidas recém-anunciadas pelo Banco Central Europeu, bem como o chamado Plano Juncker, façam chegar dinheiro na economia e haja algum investimento público e privado. Pode ser que então deslanchem as obras relacionadas, por exemplo, ao setor energético, campo no qual as preocupações europeias são enormes. Adicionalmente, as vias de comunicação, quer se trate de obras de manutenção e/ou extensão de portos e aeroportos, quer alargamento ou condicionamento de rodovias, solicitarão investimentos, os quais espera-se sejam capazes de reanimar um dos mais importantes setores de dinamização das economias. Enquanto isso não acontece, melhoramentos vários vão tendo lugar em pontos diversos da Europa, em áreas capazes de incrementar a eficiência e a produtividade do setor. Tal como em tantos outros lugares do globo, na Europa continuam sendo roubadas máquinas em grande quantidade. Porém, está extremamente desenvolvido um sistema de identificação único de equipamentos que muito facilita a localização e a recuperação pelas autoridades. Merece também destaque o BIM – Building Information Modelling, ou Modulação de Informação de Construção. O BIM vem se tornando muito popular, uma vez que permite a representação digital de características físicas e funcionais, bem como a interação dos intervenientes em grandes projetos de construção e infraestruturas. O BIM pretende facilitar e acelerar os processos de decisão sobre determinada obra. Por fim, algumas curiosidades. A Suíça continua sendo o país onde a construção é a mais cara do mundo. E o bilionário mexicano Carlos Slim adquiriu 25,6% da construtora espanhola FCC. Será que ele está descobrindo negócios também ao alcance das empresas brasileiras? Um bom ano para todos e um excelente 2015 para o nosso Brasil! *Nuno Antunes Ferreira, correspondente internacional da Revista Apelmat/Selemat, é especialista em marketing, vendas e negócios internacionais. 48 APELMAT - SELEMAT Janeiro/Fevereiro 2015 Apelmat 30 Anos Primeiros passos Empreiteiros unem forças em torno de um objetivo: conquistar melhorias V inte e seis corajosos empresários uniram forças e criaram a Apelmat. Era uma quarta-feira, 29 de maio de 1985, e um dos jornais à época, O Estado de S. Paulo, destacava na página principal as divergentes opiniões em relação à proposta de reforma agrária do governo Sarney, mas também repercutia um cenário econômico um tanto delicado: a possibilidade de aumento de impostos, alta nas taxas de telefone, correio e trens, além do congelamento do preço dos combustíveis até julho. O Brasil experimentou um crescimento econômico significativo no fim dos anos 60 e início dos 70, durante a ditadura militar, que gerou investimento público em infraestrutura e apoio ao processo de industrialização. Além dos investimentos diretos do Estado, a economia brasileira recebia financiamento externo privado. Não à toa, muitas obras estavam a pleno vapor. “Havia muita demanda. Era a famosa oferta e procura”, lembra José Dias, da Gonçalves & Dias, um dos fundadores da Apelmat. “Era uma correria, com muitas obras e pouca gente que trabalhava com terraplenagem, diferentemente de hoje. Naquele tempo, você saía na rua e te seguravam para fazer uma obra aqui e outra obra ali. Era um mercado muito promissor.” 50 APELMAT - SELEMAT Com mais investimento privado do que público, segundo Dias, havia muito serviço de escavação para a construção de prédios, além de muitos loteamentos. A pouca burocracia e a falta das atuais exigências que contemplam questões ambientais davam velocidade aos projetos. “Tinha muita obra, mas não havia critério para cobrar”, lembra Dias. E esse foi um dos fatores que motivaram a criação da Apelmat. “Estávamos entre companheiros, que trabalhavam no mesmo ramo, sem ter um posicionamento sobre como funcionavam as coisas e, então, achamos por bem criar a associação”, afirma. Por exemplo, não havia um entendimento sobre como cobrar pelo trabalho. O preço, geralmente, era 20% abaixo do valor da areia. “Isso não era uma coisa normal, porque cada um sabia do seu custo e tinha que cobrar em função do seu custo”, fala Dias. O grupo de fundadores da associação já se conhecia de várias obras, e as primeiras conversas sobre a entidade aconteceram na Rua Professor Vahia de Abreu, travessa da Avenida Santo Amaro, Zona Sul da cidade de São Paulo. Depois o grupo passou a se reunir no salão localizado em cima do Restaurante Gouvea, na Santo Amaro. Janeiro/Fevereiro 2015 Apelmat 30 Anos Portugueses em sua maioria, os empreiteiros tinham uma mentalidade empresarial diferente da atual, que é mais profissional. “Naquele tempo, o pessoal queria trabalhar, ganhar dinheiro”, conta. Mas os ventos que sopravam sobre a economia brasileira mudaram de direção na década de 80. “Nesse período, o País viveu estagnação econômica, inflação descontrolada e pressão das dívidas”, pontua o professor Luis Alberto Machado, vicediretor da Faculdade de Economia da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap). “Esse é o retrato do Brasil, principalmente na segunda metade desse período, porque a primeira metade ainda vivenciou o resultado do bom desempenho dos anos 70.” Considerados a década perdida, os anos 80 marcam o fim do ciclo de expansão que o Brasil experimentou no chamado Milagre Econômico. Também é um período que registrou queda da produção industrial e da economia, com altas taxas de desemprego e inflação. Os consecutivos planos econômicos foram malsucedidos em atacar a inflação, que crescia e voltava mais forte após cada investida. “As ações não atingiam a raiz do problema”, comenta Machado. Foi nesse contexto que a Apelmat nasceu. “Os brasileiros tiveram que se acostumar às mudanças constantes nas regras do jogo. Isso, para qualquer corporação, é terrível. Muitas empresas não conseguiram subsistir”, diz Machado. O Estado de São Paulo viveu essa experiência em escala máxima. “Acompanhei reuniões de grandes organizações, da Fiesp, da Federação do Comércio e de outras entidades, e era desesperador. Com a inflação que tínhamos, com quatro dígitos, a visão era de curtíssimo prazo. A questão era sobreviver. E isso não ficava restrito aos donos de empresas, mas estava presente até mesmo no convívio social. Cada um estava preso ao seu umbigo.” Talvez esse contexto explique, em parte, a dificuldade em emplacar um dos projetos da associação: levar adiante a ideia de que era preciso trabalhar com uma margem de lucro que considerasse os custos operacionais e fazer ações que contribuíssem para que algumas dessas despesas fossem reduzidas. “Quando fizemos a Apelmat, queríamos que o nosso custo baixasse. O pensamento era fazer uma compra maior de itens como pneus para caminhão, óleo de motor etc. e repassar o material entre os www.apelmat.org.br participantes do negócio pelo preço do custo que tivesse sido negociado”, explica Dias. Mas a ideia não saiu do papel. Houve algumas tentativas de levantar entre as empresas associadas quais eram os itens de que elas mais precisavam e quanto gastavam por mês. Foi elaborada uma planilha na qual os empreiteiros poderiam indicar, por exemplo, quanto consumiam de óleo lubrificante por mês e qual o gasto que tinham. “Não devolviam a pesquisa. E nós sempre colocávamos na mesa: precisamos levantar o que comprar. Mas o pessoal saía fora.” Quanto custa? A fim de estabelecer um parâmetro para o preço dos serviços, a associação, começou a discutir quais custos impactavam o valor final cobrado dos clientes. “Hoje os custos de uma empresa servem de referência, mas naquele tempo não”, lembra Dias. Por quatro anos o tema foi debatido entre os associados, até o dia em que um consultor foi contratado para apontar a real despesa que uma empresa tinha. “Montamos uma tabela, num quadronegro, para mostrar quanto custava o equipamento, a parte rodante dele, o operador, o combustível etc.”, conta o fundador da associação. Mesmo assim, depois de tudo bem explicadinho, mas diante do período de crise, com a escassez de obras, o grande ponto entre os empreiteiros era conseguir trabalhar, mesmo com margens reduzidas. “Afinal, muita gente tinha comprado caminhões e máquinas de forma financiada e tinha que pagar as contas”, fala Dias. “E ainda achavam que a associação tinha que arrumar serviço para eles – e essa não era nem obrigação nem o objetivo da Apelmat. Estávamos ali para orientar.” O objetivo inicial da Apelmat foi alcançado: reunir empresários do setor. “No começo, um monte de portugueses se uniu, começou a se ajudar e, a partir daí, outras pessoas apareceram porque viram que as coisas iam bem”, diz Dias. “A minha gestão como presidente da associação foi para aglutinar o pessoal e fazer alguma coisa em benefício do empreiteiro.” Uma delas foi o consórcio de caminhões e de caçambas para caminhão. Dias afirma, sem titubear, que se tivesse de fazer tudo de novo, faria. Mesmo não tendo levado a cabo tudo o que foi planejado, o saldo é positivo. “Disso não tenho dúvida. Afinal, você não faz nada sozinho”, completa. Janeiro/Fevereiro 2015 APELMAT - SELEMAT 51 Social 52 APELMAT - SELEMAT Festa de confraternização da Apelmat/Selemat 2014 Janeiro/Fevereiro 2015 Festa de confraternização da Apelmat/Selemat 2014 www.apelmat.org.br Social Janeiro/Fevereiro 2015 APELMAT - SELEMAT 53 Social Festa de confraternização da Apelmat/Selemat 2014 Cota Master 54 APELMAT - SELEMAT Cota Ouro Cota Prata Janeiro/Fevereiro 2015 Natal Solidário www.apelmat.org.br Social Janeiro/Fevereiro 2015 APELMAT - SELEMAT 55 Social Natal Solidário Em números Apoio Institucional - 110 famílias atendidas, totalizando 500 pessoas - 500 lanches distribuídos - 190 crianças presenteadas com brinquedos adequados para sua faixa etária - 110 cestas de Natal Associação Brasileira dos Sindicatos e Associações Representantes dos Locadores de Máquinas, Equipamentos e Ferramentas Colaboradores MONTENA DICA LM LASWEB LC MONTELI 56 SILT NEWPAV PIO AMPLYTUDE OZAKI METRAGEM MAXXITERRA VGM BR ROAD LOMATER APELMAT - SELEMAT SEIXO TECNOTERRA NOVA ORLEANS CALUSI H2LIFE DALTERRA BAUTO A MONTE VERDE ROMANA DIVEPE TRACBEL TRANSTER GETEFER BMC EVERTON GONÇALVES E DIAS AFONSO DR. LUIZ FERNANDO PELEGRINA MEGA MÁQUINAS ENTERSA MRT TRATORES SOTREQ RANGEL PARK WANDY RENTAL Janeiro/Fevereiro 2015 www.apelmat.org.br Evento da Caterpillar Social Evento da Sotreq Social Janeiro/Fevereiro 2015 APELMAT - SELEMAT 57 Linha Direta Apelmat PATROCINADOR EMPRESA Contato E-mail / Site Telefone Página Caoa Romac Divepe Sotreq Ciber Shark Veneza Link-Belt Auxter Bobcat Romanelli Komatsu Maxter Atlas Copco Apelmat Feira Brazil Road 2015 Feira M&T 2015 Concrete Show BW Expo Gerson Gerente Michel Claudio Terciano Paulo Rogério Reciclotec Andrea Zomignani Fabio Carmona Kurt Roberto Mazzutti Alberto Rivera -xBauko Geraldo Sergio Fernando Groba Marcos Dechechi -x-xCassiano Facchinetti Renato Grampa [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] _ (11) 3837-3000 (11) 94303-4300 (11) 3504-8600 (11) 3718-5044 (11 ) 2605-2269 (11 ) 2159-9000 (11) 3198-2053 (15) 3325-6402 (11) 3602-6000 (11) 2505-6181 (43) 3174-9000 (11) 3693-9336 (11) 3173-1010 (11) 3478 8966 (11) 99915-9713 (11) 3893-1306 (11) 3662-4159 (11) 4878-5901 (11) 4304-5255 2ª contracapa 3ª contracapa 4ª contracapa 05 07 09 11 13 15 17 19 23 27/29/41 25 39 43 45 47 49 www.sharkmaquinas.com.br [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] www.romanelli.com.br www.komatsu.com.br [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] CLASSIFICADOS EMPRESA Contato E-mail / Site Telefone ITR Ecoplan Everton Sevilha Metragem Luna Loctrator Montena AF Monte Verde Seixo Romana Dalterra SAT Saluter Abevak Fogaça Máquinas Rodalink Monteli Martins Macedo Celso Roberto Cardia Euler Valdir César Madureira José Spinassé Mauricio ou Rafael Eduardo Afonso Marcus Welbi Paulo ou Eduardo Chacrinha Adalto Miltom Gazano Vanderlei Cristiano Sra. Alcenir Telma Leandro -x-x- [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] www.montena.com.br [email protected] [email protected] www.seixo.com.br _ (11) 3340-7555 (51) 3041-9100 (11) 3525-8700 (11) 2141-1700 (11) 3782-7474 (11) 2952-8752 (11) 3686-6000 (11) 2413-3139 (11) 5513-4681 (11) 5061-7028 (11) 2409-4344 (11) 3621-4190 (11) 7846 2358 (11) 3621-3844 (11) 3776-7480 (11) 5641-0376 (11) 3609-6591 (11) 4448-1891 (11) 5666-8211 (11) 3079-8506 www.dalterra.com.br www.terraplanagemsantoamerico.com.br [email protected] [email protected] www.fogacamaquinas.com.br [email protected] [email protected] [email protected] Peças 58 APELMAT - SELEMAT Locação e Terraplenagem Página 63 64/65 66/67/68 69 70 70 71 72 73 73 74 74 75 75 76 76 77 78 79 79 Serviços Janeiro/Fevereiro 2015 Agenda Apelmat Expo Apelmat MARÇO Sotreq 10 JULHO 7 OUTUBRO 6 ABRIL Peças e Serviços 7 JULHO Disponível Disponível 21 NOVEMBRO 3 MAIO Disponível Disponível Disponível MAIO Disponível 5 AGOSTO Disponível 4 NOVEMBRO 17 19 AGOSTO 18 Disponível Disponível JUNHO 2 SETEMBRO 1 Disponível Disponível JUNHO 16 SETEMBRO 15 Disponível Disponível Disponível Rodada de Negócios MARÇO Abevak e 17 AGOSTO 11 ABRIL Rekom Pró Eletro Peças e Serviços Disponível MAIO Divepe Serviços Peças e Serviços 14 SETEMBRO 8 12 OUTUBRO Disponível 13 Disponível Disponível JULHO 14 NOVEMBRO 10 Disponível Disponível Palestras MARÇO Auxter 31 JULHO 28 ABRIL Web Pesados Tendências de Mercado Roberto Mazzutti 28 SETEMBRO Disponível MAIO Renovação da Frota OUTUBRO Disponível 22 26 JUNHO Disponível 27 Disponível Disponível 23 NOVEMBRO 24 Disponível Reunião de Diretoria JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO 31 11 12 30 14 18 13 10 8 5 3 Cursos 60 Operador de Máquinas - com Oswaldo dos Santos Junior JANEIRO JANEIRO JANEIRO JANEIRO FEVEREIRO FEVEREIRO FEVEREIRO FEVEREIRO FEVEREIRO 8 15 22 29 5 12 19 26 28 MARÇO MARÇO MARÇO MARÇO MARÇO ABRIL ABRIL ABRIL ABRIL 5 12 19 26 28 2 9 16 23 ABRIL ABRIL MAIO MAIO MAIO MAIO MAIO JUNHO JUNHO 25 30 7 14 21 28 30 11 18 JUNHO JUNHO JULHO JULHO JULHO JULHO JULHO AGOSTO AGOSTO 25 27 2 16 23 25 30 6 13 AGOSTO AGOSTO AGOSTO SETEMBRO SETEMBRO SETEMBRO SETEMBRO SETEMBRO 20 27 29 3 10 17 24 26 APELMAT - SELEMAT Janeiro/Fevereiro 2015 Agenda do Setor Feiras MARÇO 24 a 26 Feira Brazil Road Expo 2015 JUNHO 9 a 13 Feira M&T Expo 2015 AGOSTO 26 a 28 Feira Concreteshow 2015 OUTUBRO 26 a 28 Feira BW Expo 2015 Analoc MARÇO Visita à Analoc JANEIRO Regularização 5 da entidade estatuto 2 com Palestra Sindileq - RJ MARÇO Posse do novo JUNHO Congresso 26 11 Presidente do Sindileq-MG na feira M&T Expo Sobratema ABRIL Workshop 8 2015 JUNHO Feira 9 M&T Expo 2015 JULHO 10 a 12 M&T Expo Congresso 2015 JUNHO Feira 13 M&T Expo 2015 ABRIL Tendências de 8 Mercado da Construção Fecomercio FEVEREIRO Reunião Conselho de FEVEREIRO Reunião Plenária 9 Serviços Fecomercio (eleição) 23 Fecomercio MARÇO Reunião Conselho 16 de Serviços Fecomercio MARÇO Reunião Plenária 23 Fecomercio ABRIL Reunião Conselho ABRIL Reunião Plenária MAIO Reunião Conselho MAIO Reunião Plenária 28 13 27 18 25 de Serviços Fecomercio Fecomercio de Serviços Fecomercio Fecomercio JUNHO Reunião Conselho JUNHO Reunião Plenária AGOSTO Reunião Conselho AGOSTO Reunião Plenária 15 29 17 24 de Serviços Fecomercio SETEMBRO Reunião Conselho 14 de Serviços Fecomercio NOVEMBRO Reunião Conselho 16 de Serviços Fecomercio Fecomercio SETEMBRO Reunião Plenária 28 Fecomercio DEZEMBRO Reunião Plenária 7 Fecomercio de Serviços Fecomercio OUTUBRO Reunião Conselho 19 de Serviços Fecomercio Fecomercio OUTUBRO Reunião Plenária 26 Fecomercio DEZEMBRO Reunião Plenária 14 Fecomercio (coquetel) Datas sujeitas a alterações. Confirme pelo site www.apelmat.org.br ou telefone (11) 3722-5022 ramal 4 www.apelmat.org.br Janeiro/Fevereiro 2015 APELMAT - SELEMAT 61 Classificados Setor de Peças Empresa ITR Página 63 Ecoplan 64/65 Everton 66/67/68 Sevilha 69 Setor de Locação e Terraplenagem Empresa Página Faça sua reserva com nosso departamento! Metragem 70 Luna 70 Loctrator 71 Montena 72 AF 73 Monte Verde 73 Seixo 74 Romana 74 Dalterra 75 SAT 75 Celular Marcos Dechechi Saluter 76 (11) (11) 3722-5022 99915-9713 Setor de Serviços Empresa 62 Página Abevak 76 Fogaça Máquinas 77 Rodalink 78 Monteli Seguros 79 Martins Macedo 79 APELMAT - SELEMAT Janeiro/Fevereiro 2015 PEÇAS www.apelmat.org.br Classificados Janeiro/Fevereiro 2015 APELMAT - SELEMAT 63 Classificados 64 APELMAT - SELEMAT PEÇAS Janeiro/Fevereiro 2015 PEÇAS Classificados Rua dos Nauticos, 116 Vila Guilherme São Paulo - SP - Brasil Cep: 02066-040 E-mail: [email protected] www.apelmat.org.br Janeiro/Fevereiro 2015 APELMAT - SELEMAT 65 Classificados 66 APELMAT - SELEMAT PEÇAS Janeiro/Fevereiro 2015 PEÇAS www.apelmat.org.br Classificados Janeiro/Fevereiro 2015 APELMAT - SELEMAT 67 Classificados 68 APELMAT - SELEMAT PEÇAS Janeiro/Fevereiro 2015 PEÇAS www.apelmat.org.br Classificados Janeiro/Fevereiro 2015 APELMAT - SELEMAT 69 Classificados 70 APELMAT - SELEMAT LOCAÇÃO E TERRAPLENAGEM Janeiro/Fevereiro 2015 LOCAÇÃO E TERRAPLENAGEM www.apelmat.org.br Classificados Janeiro/Fevereiro 2015 APELMAT - SELEMAT 71 Classificados 72 APELMAT - SELEMAT LOCAÇÃO E TERRAPLENAGEM Janeiro/Fevereiro 2015 LOCAÇÃO E TERRAPLENAGEM www.apelmat.org.br Classificados Janeiro/Fevereiro 2015 APELMAT - SELEMAT 73 Classificados LOCAÇÃO E TERRAPLENAGEM Rua Cachoeira do Sul 412, Vila Jaguara - São Paulo / SP (11) 3621-4190 / (11) 3621-5283 / (11) 99904-4052 (Chacrinha) 74 APELMAT - SELEMAT Janeiro/Fevereiro 2015 LOCAÇÃO E TERRAPLENAGEM www.apelmat.org.br Classificados Janeiro/Fevereiro 2015 APELMAT - SELEMAT 75 Classificados LOCAÇÃO E TERRAPLENAGEM Classificados SERVIÇOS 76 APELMAT - SELEMAT Janeiro/Fevereiro 2015 SERVIÇOS www.apelmat.org.br Classificados Janeiro/Fevereiro 2015 APELMAT - SELEMAT 77 Classificados 78 APELMAT - SELEMAT SERVIÇOS Janeiro/Fevereiro 2015 SERVIÇOS www.apelmat.org.br Classificados Janeiro/Fevereiro 2015 APELMAT - SELEMAT 79
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