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Expediente
APELMAT
Composição da Diretoria da Apelmat 2014/2018
Presidente - Marcus Welbi Monte Verde
Vice-Presidente - Flávio Figueiredo Filho
Vice-Presidente - José Antonio Spinassé
Vice-Presidente - Wanderley Cursino Correia
Vice-Presidente - Alex Sandro Martins Piro
Vice-Presidente - Rubens Pelegrina Filho
Vice-Presidente - Luis Carlos Gomes Leão
Vice-Presidente - Hilário José de Sena
Secretário - Cesar Augusto Madureira
Tesoureiro - Milton Gazzano
Diretor Executivo - Vanderlei Cristiano V. Rodrigues
Diretor Executivo - Paulo da Cruz Alcaide
Diretor Executivo - Afonso Manuel Vieira da Silva
Conselheiro Fiscal - José Abrahão Neto
Conselheiro Fiscal - Gilberto Santana
Conselheiro Fiscal - Ademir Geraldo Bauto
Conselheiro Fiscal - Vicente de Paula Enedino
Suplente de Conselho Fiscal - Luiz Gonzaga de Brito
Diretoria Adjunta da Apelmat 2014/2018
Diretor Adjunto - José Doniseti Luiz
Diretor Adjunto - Luiz Carlos Vieira da Silva
Diretor Adjunto - José Eduardo Busnelo
Diretor Adjunto - Emerson Dias Correia
Diretor Adjunto - Ivomario Netto Pereira
Conselho Consultivo da Apelmat 2014/2018
Presidente do Conselho - Marcus Welbi Monte Verde
Conselheiro - Silas Piro
Conselheiro - Sergio dos Santos Gonçalves
Conselheiro - Edmilson Antonio Daniel
Conselheiro - Antonio Augusto Ratão
Conselheiro - Marco Antonio C. F. de Freitas
Conselheiro Consultivo - José Dias da Silva
Conselheiro Consultivo - Armando Sales dos Santos
Conselheiro Consultivo - Jovair José Marcos Melo
Conselheiro Consultivo - Elvecio Bernardes da Silva
Conselheiro Consultivo - Wilson Lopes Moço
Conselheiro Consultivo - Artur Madureira Carpinteiro
Conselheiro Consultivo - Flavio Fernandes de Freitas Faria
Conselheiro Consultivo - Maurício Briard
Conselheiro Consultivo - Manuel da Cruz Alcaide
SELEMAT
Composição da Diretoria do Selemat 2014/2018
Presidente - Marcus Welbi Monte Verde
Vice-Presidente - Flávio Figueiredo Filho
Secretário - Cesar Augusto Madureira
Tesoureiro - Milton Gazzano
Suplente de Diretoria - Wanderley Cursino Correia
Suplente de Diretoria - Alex Sandro Martins Piro
Suplente de Diretoria - José Ayres
Suplente de Diretoria - Ricardo Bezerra Topal
Conselheiro Fiscal - Manuel da Cruz Alcaide
Conselheiro Fiscal - Luiz Gonzaga do Nascimento
Conselheiro Fiscal - Fernando Rubio Mazza
Suplente de Conselho Fiscal - Fabio Lourenço de Paulo Lima
Suplente de Conselho Fiscal - Jamerson Jaklen Silva Pio
Suplente de Conselho Fiscal - Adalto Feitosa Alencar
Delegado Efetivo - Marcus Welbi Monte Verde
Delegado Efetivo - Manuel da Cruz Alcaide
Delegado Suplente - Maurício Briard
Delegado Suplente - Flavio Figueiredo Filho
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APELMAT - SELEMAT
Produção Editorial e Tecnologia
Lasweb Soluções Inteligentes
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Diretor executivo
Luiz Antônio Sanches
Editora
Tatiana Alcalde (jornalista responsável) MTb 39428
[email protected]
Colaboração
Denise Marson (reportagem)
Fotógrafo
Thiago Capodanno
Diagramação, design e arte-final
Antonio Santo Rossi
[email protected]
Revisor
João Hélio de Moraes
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Publicidade
Comercial e Relações Públicas
Marcos Dechechi
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Impressão
Gráfica Silvamarts
Impressão de 6.000 exemplares
Revista Digital
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Portal de Notícias
www.apelmat.org.br
Site do Sindicato
www.selemat.org.br
Acompanhe nas mídias sociais
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A Revista Apelmat/Selemat é uma publicação da Associação Paulista dos Empreiteiros e Locadores de Máquinas de
Terraplenagem e Ar Comprimido e do Sindicato das
Empresas Locadoras de Equipamentos e Máquinas de
Terraplenagem do Estado de São Paulo.
Os artigos assinados não refletem necessariamente a
opinião da Apelmat/Selemat. As informações que constam
nos anúncios e informes publicitários veiculados são de
responsabilidade dos anunciantes.
Rua Martinho de Campos, 410, Vila Anastácio
São Paulo - SP - CEP 05093-050
Tel. (11) 3722-5022
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Janeiro/Fevereiro 2015
Editorial
Conta alta
Desde 1º de fevereiro, sentimos o impacto da alta de impostos que elevou o preço
da gasolina e do diesel.
O governo federal aumentou a taxa de PIS/Cofins e a Cide-Combustíveis, e a
Petrobras afirmou em nota que, em decorrência da decisão, os preços daqueles
derivados nas refinarias seriam acrescidos dos valores decorrentes dessas taxas. No
fim das contas, nós é que “pagamos o pato”.
Esse é só um dos aspectos de uma fatura alta e delicada que tanto consumidores
quanto empresas pagam no Brasil. Como você poderá ler na reportagem de capa
desta edição, as companhias no País gastam cerca de 2.600 horas por ano, ou seja
108 dias, para calcular e pagar seus impostos.
A sopa de letrinhas que tem como ingredientes diversas siglas do conjunto
tributário brasileiro pode ser bem indigesta, principalmente quando há pouca
clareza e informações sobre o recolhimento desses impostos. Para não ter prejuízo,
contar com orientação é fundamental, além de fazer um bom planejamento.
No atual contexto econômico, também é importante cuidar do relacionamento no
meio corporativo, principalmente em negócios familiares. Na entrevista desta
edição, você encontra dicas para separar a convivência nos dois ambientes e
enfrentar crises sem muitos conflitos.
Por fim, a Revista Apelmat/Selemat começa uma série de reportagens especiais
sobre os 30 anos da associação. Acompanhe nossa história, que teve início a partir da
coragem e determinação de 26 empresários.
Boa leitura!
Luiz Antônio Sanches
Superintendente da Apelmat e do Selemat
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APELMAT - SELEMAT
Janeiro/Fevereiro 2015
Cenário
Atender mais e melhor
Fundada em 1987 por Luiz Augusto Armilhato, em São
Luís (MA), a Rodalink nasceu com foco na recuperação de
material rodante e manutenção de esteiras transportadoras
de minério. Em 1990, instalou-se em Cajamar (SP) e em
2007, com o ingresso dos engenheiros Leonardo P.
Armilhato e Leandro P. Armilhato, a Rodalink fortaleceu-se
no desenvolvimento de projetos especiais de equipamentos
para vários setores, principalmente os de terraplenagem e
aterros sanitários.
A Rodalink é especializada na recuperação de material
rodante; na remanufatura de caçambas, braços articulados,
trucks, articulações em geral, escarificadores e lâminas; e na
tropicalização e conversão de componentes, adequando
equipamentos importados às necessidades específicas do
mercado brasileiro, com destaque para braços para
escavadeiras long reach. Além disso, executa projetos
customizados de implementos e peças como caçambas para
lixo, suportes, protetores e escarificadores.
Para atender melhor à crescente demanda de mercado, a
empresa ampliou suas instalações. A nova sede está instalada
em uma área de 10 mil metros quadrados, contando com
1.500 metros quadrados de galpões guarnecidos com
maquinário específico já em fase final de construção.
Abevak Mangueiras: suporte
ágil, qualidade e garantia
Em agosto de 2010, Hilário José de Sena,
proprietário da Tecno Terra Terraplenagem,
deu mais um passo na sua carreira empreendedora: abriu as portas da Abevak Mangueiras.
“Percebi que o mercado precisava de uma
empresa que desse suporte rápido, com
qualidade e garantia, no segmento de
mangueiras hidráulicas, pneumáticas,
conexões e EPIs”, conta Sena.
A Abevak oferece a reposição dessas peças
com qualidade, baixo custo e rapidez. “Além
dos nacionais, contamos com produtos
importados. E nossos profissionais são
treinados e altamente qualificados”, garante.
A empresa disponibiliza ao associado da
Apelmat o serviço de leva e traz. “Contamos
com uma equipe de motoboys para atender o
cliente rapidamente e, consequentemente,
evitar que ele tenha perda de receita, pois
sabemos que equipamento parado só gera
despesa.”
Máquinas de construção Case em feiras agrícolas
A importância dos equipamentos de construção para o desenvolvimento do agronegócio levou a Case
Construction Equipment e seus concessionários a investir nas principais feiras do setor no Brasil já há alguns anos.
Primeira de 2015, a Show Rural Coopavel tem presença da JMalucelli Equipamentos, concessionária da marca.
Um estande de 250 metros quadrados abriga alguns dos
modelos de máquinas de construção mais utilizados no agronegócio, como a minicarregadeira SV185, a pá-carregadeira
621D, a retroescavadeira 580N e um dos lançamentos para
este ano, a versão C da escavadeira hidráulica CX220.
“Boa parte do segmento agrícola opta por locar máquinas
para dar suporte às suas atividades, seja na manutenção e
preparação do solo ou mesmo para suprir a produção,
carregar insumos e prestar serviços gerais”, aponta Alex
Barison, gerente comercial da JMalucelli.
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APELMAT - SELEMAT
Janeiro/Fevereiro 2015
Cenário
Com o pé direito
A Socage do Brasil começou o ano com uma grande ação
de venda da máquina SPJ315, plataforma indicada tanto para
trabalhos internos quanto externos. O objetivo da campanha
é apresentar a todo o mercado de forma definitiva a presença
no País da empresa que, com a direção de Marcelo Bracco,
iniciou 2015 com uma nova política comercial e de gestão.
O modelo SPJ315 foi
escolhido para encabeçar a
expansão da empresa em
território nacional, pois seu
desempenho é extremamente
aplicável no trabalho aéreo:
atinge 15 metros de altura,
pesa apenas 1,9 tonelada e
tem 78 centímetros de largura
sem o cesto, dimensões que
permitem a movimenta-ção
em locais restritos e estreitos.
Atlas Copco comemora
60 anos no Brasil
Foi em 1955 que a primeira fábrica brasileira
do Grupo Atlas Copco entrou em
funcionamento, em São Paulo (SP). Desde
então, a companhia esteve presente em obras
que ajudaram a construir o País, como usinas
hidrelétricas, estradas, portos e aeroportos.
Atualmente, o grupo tem duas fábricas no
Brasil, além de escritórios em Barueri (SP),
filiais em cinco estados e distribuidores em
quase todas as regiões, empregando mais de
1.300 funcionários.
O Grupo Atlas Copco atende os clientes com
compressores inovadores, soluções de vácuo e
sistemas de tratamento de ar, equipamentos de
construção e mineração, ferramentas elétricas
e sistemas de montagem. Os produtos e
serviços são focados na produtividade,
eficiência energética, segurança e ergonomia.
A empresa foi fundada em 1873, baseia-se em
Estocolmo, na Suécia, e tem alcance global,
abrangendo mais de 180 países.
Conta negativa
O emprego no setor da construção pesada no Estado de São Paulo teve queda pelo oitavo mês consecutivo,
segundo monitoramento feito pelo Departamento Técnico do Sindicato da Indústria da Construção Pesada do
Estado de São Paulo (Sinicesp). Só em dezembro foram fechados 6.292 postos de trabalho. A queda foi de 5,64%
em relação ao mês anterior.
Comparando com o mesmo período do ano passado, houve baixa ainda maior – de
6,06%. Em dezembro de 2014, as empresas que atuam em São Paulo registraram
105.324 empregados. Em dezembro de 2013, o setor tinha 112.116 vagas ocupadas.
Para o gerente do departamento técnico do Sinicesp, Helcio Farias (foto), muitos
contratos foram sendo encerrados e licitações realizadas não tiveram o início das
obras autorizado, com o agravante de que já há atrasos no pagamento das obras em
andamento.
“A situação tende a se complicar com as duas recentes altas no preço do asfalto,
que chegam a 36% em São Paulo. O impacto desses aumentos ainda não está
refletido nas demissões do ano passado. Certamente virão agora nos meses de
janeiro, fevereiro e março. Teremos um 2015 bastante difícil para o setor”, prevê.
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APELMAT - SELEMAT
Janeiro/Fevereiro 2015
Cenário
Brazil Road Expo com foco em inovações
A quinta edição da Brazil Road Expo será palco para
apresentação das principais novidades dos fabricantes e
distribuidores de equipamentos e produtos para construção e
manutenção de estradas, vias urbanas, pontes, viadutos e
túneis, pavimentação em asfalto e concreto, soluções para
drenagem, contenção de encostas, segurança, sinalização e
gestão de vias e rodovias.
A feira será realizada entre 24 e 26 de março no
Transamerica Expo Center, em São Paulo (SP), e espera
reunir cerca de 13 mil profissionais. A expectativa é que o
evento gere negócios da ordem de R$ 650 milhões.
Uma das novidades é que, além das sessões técnicas, o
programa de conteúdo conta com um congresso de nível
gerencial para a discussão de assuntos como Regime
Diferenciado de Contratação (RDC) e Parcerias PúblicoPrivadas (PPPs), entre outros.
Já para o espaço de exposição estão sendo preparadas áreas
dedicadas a alguns segmentos-chave. Exemplo disso é a Ilha
da Linha Amarela, capitaneada pela Associação Paulista dos
Empreiteiros e Locadores de Máquinas de Terraplenagem e
Ar Comprimido (Apelmat).
Apelmat homenageia Silas Piro,
da MP Terraplenagem
A Associação Paulista dos Empreiteiros e
Locadores de Máquinas de Terraplenagem e Ar
Comprimido (Apelmat) presta aqui sua homenagem a Silas Piro, da MP Terraplenagem.
Piro, que faleceu no início de fevereiro, foi
um dos fundadores da entidade e um dos
arquitetos dos ideais de Visão, Missão e
Valores tanto da associação quanto do
Sindicato das Empresas Locadoras de
Equipamentos e Máquinas de Terraplenagem
do Estado de São Paulo (Selemat).
Sempre com um sorriso largo e um abraço
fraternal, dedicou esforços em favor do
desenvolvimento do setor e levantou a
bandeira da aquisição da sede própria.
Fazia questão de trazer amigos para as festas
de confraternização e de mostrar a força da
associação no mercado de locação e terraplenagem.
Amigo de todo o corpo diretivo, do atual e
dos ex-presidentes, desde o ano passado
participava do Conselho Consultivo.
Nascido na capital do Estado de São Paulo,
Piro foi casado com Cleide Martins Piro por 46
anos, teve dois filhos, Alex e Anderson, e três
netos.
Que sua trajetória seja lembrada e a saudade,
preenchida com novas conquistas e
realizações.
Alternativa para alta do Finame
Serviço
Brazil Road Expo 2015
Data: 24 a 26 de março de 2015
Local: Transamerica Expo Center (SP)
Mais informações: www.brazilroadexpo.com.br
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APELMAT - SELEMAT
A Iveco lançou uma opção de financiamento
com condições especiais para a compra de
veículos e caminhões da marca, com apenas
10% de entrada do valor total e prazo de cinco
anos para quitar o parcelamento do restante. A
linha de crédito, disponível via Banco CNH
Industrial, pode ser uma solução para quem
deseja adquirir veículos novos em condições
mais atrativas que as oferecidas atualmente
pelo Finame, principal linha de financiamento
do governo federal para máquinas,
equipamentos e caminhões.
As novas regras do Programa de Sustentação
do Investimento (PSI) para o Finame,
anunciadas recentemente, restringiram o
acesso a essa modalidade de crédito. Antes, era
possível financiar até 100% do bem a ser
adquirido. Com as mudanças, o valor mínimo
de entrada é de 30% para pequenas empresas e
de 50% para as grandes. Também houve
aumento na taxa de juros, que passou de 6%
para 9,5% ao ano para as pequenas e 10% para
as grandes companhias.
Janeiro/Fevereiro 2015
Cenário
Mais uma obra inclusa no PAC
O comitê gestor do Programa de Aceleração do
Crescimento aprovou a inclusão do empreendimento de
interligação do Reservatório Jaguari-Atibainha na carteira
do PAC. A obra faz parte dos projetos de segurança hídrica
que o governo de São Paulo apresentou à presidente Dilma
Rousseff, em dezembro, com o objetivo de reforçar o
abastecimento de água no Estado.
Com investimento estimado pelo Estado de R$ 830,5
milhões e execução pela Sabesp, o empreendimento integra
as águas da bacia do Rio Paraíba do Sul ao Sistema Cantareira por meio de um
canal entre as
Represas Atibainha, que abastece
São Paulo, e o
Reservatório Jaguari, no Rio de
Janeiro.
Aplicativo JSL oferta
seminovos on-line
O aplicativo JSL para smartphones e tablets
agora atende pequenos frotistas e carreteiros
autônomos que buscam a renovação da frota ou
aquisição de seu primeiro caminhão seminovo.
“Lançamos a ferramenta para a oferta
on-line de caminhões seminovos no
fim do ano e já recebemos diversas intenções de propostas
diárias. Graças às
novas opções implementadas, o aplicativo JSL já passou a
marca de 5 mil
downloads”, explica
Diorwilton Heusser, gerente de inovação e
meios de pagamentos da empresa (foto).
O aplicativo está disponível para aparelhos
Android e pode ser baixado gratuitamente no
Google Play de forma fácil e simples.
Na dianteira
A Auto Sueco São Paulo terminou 2014 com o primeiro lugar em
participação de mercado na linha de caminhões HDV, caminhões
pesados – acima de 300 cv, dentro de sua região de atuação. A
empresa fechou o ano passado com 29,9% do mercado.
“Além da qualidade da linha de caminhões da Volvo, contamos
com o esforço das equipes de venda e pós-venda para alcançar a
liderança no segmento”, afirma o diretor executivo da Auto Sueco
São Paulo, Fernando Ferreira (foto).
A empresa acredita que a chegada da nova linha de caminhões da
Volvo, com mais tecnologia embarcada e mudanças de design, será
um diferencial de mercado em 2015.
Bodas de cristal
A JLG Industries, especializada na fabricação e
comercialização de equipamentos de acesso,
comemorou 15 anos de presença no Brasil. “O 15º
aniversário da JLG é um indicador claro do nosso
comprometimento de longo prazo com o mercado
brasileiro, enquanto avançamos com nossos planos para
disponibilizar mais recursos e serviços aos clientes”,
afirma Frank Nerenhausen, presidente da companhia.
Tais planos incluem um escritório completo de
serviços pronto a ajudar os clientes em suporte técnico,
peças, treinamento e serviços. Além disso, a JLG está
desenvolvendo programas de segurança e treinamento
para os clientes de pós-venda.
14
APELMAT - SELEMAT
Janeiro/Fevereiro 2015
Cenário
Em sintonia com
o espírito do Natal
Em dezembro de 2014, a sede da Apelmat/Selemat foi palco da
esperança, da alegria e de muitos sorrisos
O
tocar do sininho do Papai Noel.
A roupa, em vermelho vivo,
evidenciada pelo ambiente de
paredes claras da sede da
Apelmat/Selemat. E presentes,
muitos presentes.
Ao lado, na Paróquia Santo Estevão Rei, o salão da igreja abrigava
um clima de expectativa. Cerca de
cem famílias, com 190 crianças,
aguardavam pelo encontro com a
figura natalina e por um Natal
solidário.
Assim começou a noite de 19 de
dezembro no primeiro ano em que a
Apelmat realizou o Natal da
Solidariedade. “Tudo foi bem
organizado. Os associados e as
empresas parceiras da associação
colaboraram com doações e tivemos
o apoio da paróquia”, descreve
Marcus Welbi, presidente da
entidade.
16
APELMAT - SELEMAT
Encarregado de listar as famílias, inclusive com detalhes como
idade e sexo a fim de garantir presentes individualizados, para o
padre Joaquim Crispim de Oliveira, que durante quatro anos esteve à
frente da paróquia, o trabalho não foi difícil. “Numa parceria, você
soma e é mais fácil caminhar”, fala.
Chamadas uma a uma, cada família recebeu um lanche e seguiu
para a sede da Apelmat/Selemat, onde recebeu a cesta de Natal e, as
crianças, o tão desejado presente.
Com três filhos e à espera do quarto, Vilma, moradora da região,
soube da iniciativa pela cunhada. “É bom para as crianças, que ficam
mais felizes. No final de ano é difícil dar presente para elas”, diz.
O caçula, Luiz Henrique, respondeu rápido quando foi perguntado
se havia feito algum pedido para o Papai Noel. “Um brinquedo”,
disse com os olhos brilhando por ter sido atendido.
Mara e a família também aprovaram a ação. “Meu irmão, que
trabalha no Mercado e Casa de Carnes Dadá, ficou sabendo”, conta.
“A cesta ajuda para um dia 25 diferente.”
Janeiro/Fevereiro 2015
Cenário
Festa completa
“Estava com medo, porque já colaborei em outras ações e foi
complicado. Mas aqui foi ótimo”, conclui Zeneide Saraiva
Lourenço, coordenadora da liturgia na paróquia. “Abrimos a
igreja para as pessoas, todos respeitaram, esperaram a vez de
receber o lanche, a cesta e o brinquedo”, completa.
Os associados e parceiros da Apelmat, além de colaborarem
para a concretização da ação social, ainda puseram a mão na
massa e participaram da entrega das cestas e dos presentes.
“É muito bom ver uma criança recebendo um brinquedo que
não conseguiria comprar. O rostinho deles é felicidade pura e
vale todo o esforço e trabalho”, descreve Ademir Geraldo
Bauto, conselheiro fiscal da Apelmat.
Cátia Cilene de Oliveira Souza, coordenadora de um
trabalho social na favela próxima à Vila Anastácio e que
ajudou no cadastramento, acrescenta que, para as crianças e
para as famílias, essa ação foi muito importante. “Com certeza,
foi um Natal melhor para elas.”
A meninada ainda ganhou paletas mexicanas, doadas por um
dos diretores da Apelmat. “Foi uma festa completa para todo
mundo, mas este foi o primeiro ano. Queremos, com o braço
social da associação, dar continuidade a essa ação”, pontua
Welbi. Para ele, o desafio é o de aumentar o número de famílias
atendidas. “Para isso, precisamos crescer, ter mais empresas
participantes e aumentar o recurso arrecadado.”
Uma das últimas crianças a receber o brinquedo saiu
correndo com o pacote grande na mão. Orgulhoso e feliz,
gritou para seu amigo: “Ricardo, o presente que eu queria era
deste tamanho!” Assim terminou uma noite marcada por
muitos sorrisos.
Em números
- 110 famílias atendidas, totalizando 500 pessoas
- 500 lanches distribuídos
- 190 crianças presenteadas com brinquedos adequados para sua faixa etária
- 110 cestas de Natal
Apoio Institucional
Associação Brasileira dos Sindicatos e Associações
Representantes dos Locadores de Máquinas,
Equipamentos e Ferramentas
Colaboradores
MONTENA
DICA
LM
LASWEB
LC MONTELI
18
SILT
NEWPAV
PIO
AMPLYTUDE
OZAKI
METRAGEM
MAXXITERRA
VGM
BR ROAD
LOMATER
APELMAT - SELEMAT
SEIXO
TECNOTERRA
NOVA ORLEANS
CALUSI
H2LIFE
DALTERRA
BAUTO
A MONTE VERDE
ROMANA
DIVEPE
TRACBEL
TRANSTER
GETEFER
BMC
EVERTON
GONÇALVES E DIAS
AFONSO
DR. LUIZ FERNANDO
PELEGRINA
MEGA MÁQUINAS
ENTERSA
MRT TRATORES
SOTREQ
RANGEL PARK
WANDY RENTAL
Janeiro/Fevereiro 2015
Manutenção e Mercado
Braços direitos
dos operadores
Máquinas eficientes e uma série cada vez mais completa de acessórios
prometem facilitar as tarefas de terraplenagem. Conheça as novidades
que os fabricantes têm apresentado para esse mercado e saiba quais são
os principais pedidos dos usuários
C
açambas especiais, garfos e
garras de manipulação, martelos hidráulicos, sistemas de monitoramento a distância e rolos de
compactação de solo são algumas
das soluções “campeãs” em solicitações dos usuários de equipamentos
da linha amarela. Devido ao custo do
investimento, as exigências são
elevadas para esses produtos e
passam pela confiabilidade na
marca, produtividade, baixo consumo de combustível, facilidade de
operação, manutenção e reposição
de peças, entre outros itens. “Os
clientes esperam uma solução
completa, de um único fornecedor,
que traga qualidade, melhor custobenefício e versatilidade”, resume
João Felipe F. Rocha, consultor de
desenvolvimento de mercados do
Grupo Sotreq.
20
APELMAT - SELEMAT
A empresa, que atua como distribuidora da Caterpillar, tem nas
caçambas seus implementos mais pedidos, seguidas pelos garfos de
manipulação e martelos hidráulicos. “Quase a totalidade dos
equipamentos vendidos sai com uma caçamba padrão, porém vale
destacar que existem diversos tipos, variando suas capacidades e
aplicações, o material e a dureza de fabricação e diversos tratamentos
térmicos”, explica Rocha. Por essa razão, há caçambas projetadas
especificamente para obter o melhor desempenho de acordo com o
tipo de material a ser movimentado. “Avaliamos o melhor custobenefício entre o material carregado e o custo unitário (m³/$).”
Janeiro/Fevereiro 2015
Manutenção e Mercado
João Felipe Rocha, do Grupo Sotreq
“Os clientes esperam uma solução completa”
Para auxiliar o operador a realizar esse trabalho, a
empresa atua no desenvolvimento de várias tecnologias, como o aplicativo Hamm Seismograph e seu
www.apelmat.org.br
patenteado rolo oscilatório. “Para compactação de
solos, o sistema patenteado de três pontos de
articulação entre o chassi e o cilindro garante
amortecimento de impactos e segurança operacional
em terrenos desnivelados, além de reduzir ao
mínimo os riscos de um tombamento”, descreve
Gewehr.
Crédito da foto: Paula Meireles
A linha de ferramentas (work tools) da Caterpillar
inclui fresadoras, garras de manipulação,
multiprocessadores, pulverizadores, vassouras,
brocas, tesouras hidráulicas, engates rápidos e placas
compactadoras. Para oferecer a melhor solução aos
usuários, a Sotreq utiliza o conceito “Tarefa >
Ferramenta > Máquina”. “Buscamos primeiro
conhecer a aplicação do cliente. Só após isso
determinamos qual ferramenta proporcionará a
melhor solução em relação ao custo unitário do
trabalho, o tempo e a velocidade para sua realização,
com garantias de que será executado como
planejado. Por último, determinamos a classe do
equipamento que será portador da ferramenta
escolhida”, descreve Rocha.
Tecnologias para boa compactação
Em busca da melhor relação entre custo e
benefício, os usuários de máquinas da linha amarela
também recorrem à Hamm. Segundo Juliano
Gewehr, especialista de produtos da empresa, os
rolos de compactação de solos, nos modelos tambor
liso e tambor com patas pé de carneiro, são os
implementos que estão no topo da lista de pedidos.
“Os clientes procuram por algo que justifique o
investimento”, afirma o especialista. “Na linha
amarela, utiliza-se muita máquina velha, já que o
serviço de movimentação de terra e compactação é
teoricamente simples – o que é um engano, visto que
muitos problemas em obras são decorrentes da má
compactação, principalmente em rodovias novas”,
acrescenta.
Juliano Gewehr, da Hamm
“Os clientes procuram por algo que justifique o investimento”
Com relação aos cilindros lisos, destinados a solos
granulares, a companhia oferece como opcional o
sistema HCQ Compactômetro, que informa ao
operador quando o solo está próximo de sua
densidade máxima, ou seja, da compactação
máxima. “Para o rolo 3520, de 20 toneladas de peso
operacional e destinado a grandes obras de
terraplenagem e reciclagem asfáltica, está incluído o
sistema Hammtronic, que otimiza por meio de
controle eletrônico todos os parâmetros de
acionamentos hidráulicos do equipamento, gerando
uma grande economia operacional”, explica o
especialista.
Produtividade e baixo consumo de combustível
Segundo o gerente regional de vendas da LiuGong,
Everson Penteado, entre os implementos mais
pedidos estão garfos pallets, rompedores, tesouras,
vassouras, caçambas especiais e garras.
Para Tiago Eufrasio, gerente regional de vendas da
LiuGong, a empresa é capaz de atender às
necessidades dos clientes, principalmente em
relação ao baixo consumo de combustível e à
produtividade, pelo fato de trabalhar com
componentes de classe mundial. Conta ainda com
uma rede de distribuição capacitada para fornecer
equipamentos, suporte de serviços e peças.
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
21
Manutenção e Mercado
Além de pesquisas para aliar o alto desempenho ao
baixo consumo de combustível e à redução no nível
de emissão de poluentes, Eufrasio relaciona, como
principais tendências tecnológicas de seus produtos,
esforços para aprimorar a segurança do operador
durante a utilização do equipamento. Para chegar a
resultados satisfatórios nessas áreas, a empresa
costuma realizar pesquisas com os clientes para
identificar onde existem pontos a melhorar nos
equipamentos.
Monitoramento a distância
A New Holland Construction mantém um alto
investimento em inovação dentro do planejamento
estratégico. Como resultado desse esforço, a
empresa oferece, em especial para o segmento de
locação, o sistema de monitoramento a distância
FleetForce New Holland. “Esse é um produto que
pode ajudar os locadores a aumentar seus lucros”,
garante Marcos Roberto dos Santos Rocha, gerente
de marketing de produto para a América Latina.
Marcos Rocha, da New Holland
“Por meio do Machine Control, os equipamentos podem trabalhar
de forma guiada, como se estivessem utilizando um GPS”
“Muitas empresas hoje possuem o sistema GPRS
ou satélite. A nossa solução, por sua vez, pode ser um
sistema híbrido (GPRS e satélite) ou apenas GPRS”,
explica o executivo. “Imagine que você possui uma
frota de dez máquinas com o sistema de telemetria
FleetForce New Holland na opção GPRS, mas o
equipamento vai trabalhar em uma região sem
cobertura de celular, o que impossibilita a
transferência de dados por GPRS. Com o sistema de
monitoramento da New Holland, isso pode ser
resolvido facilmente instalando (via plug and play) o
modem de satélite para que a transferência de dados
seja realizada”, complementa. Segundo ele,
posteriormente, esse modem pode ser instalado em
qualquer outro equipamento.
22
APELMAT - SELEMAT
Outra novidade é o sistema Machine Control,
resultado da associação mundial da CNH Industrial
com a Leica GeoSystem. “Por meio do Machine
Control, equipamentos como motoniveladoras,
tratores de esteiras, escavadeiras hidráulicas e
retroescavadeiras podem trabalhar de forma guiada,
como se estivessem utilizando um GPS, ou podem
ter o controle hidráulico feito automaticamente”,
descreve Rocha, que aponta como vantagem do
sistema um maior valor agregado na hora da locação
e garantia de maior produtividade na obra.
Mais serviços
A John Deere, por sua vez, aposta no John Deere
WorkSight. “Trata-se de um pacote integrado de
soluções tecnológicas que abrangem informações de
utilização e códigos de falha, volumes carregados,
pré-diagnósticos e interação remota com o
equipamento”, detalha Thiago Cibim, gerente de
suporte ao produto C&F (Construção e Florestal).
A localização da máquina com medidas de
utilização e o rastreamento de manutenção por meio
de um site podem ser obtidos com o JDLink Machine
Monitoring System. “Dois níveis de serviço estão
disponíveis atualmente: o JDlink Ultimate,
oferecido em todas as máquinas, que fornece um
amplo espectro de dados, e o JDLink Select, que é
um serviço mais básico para todos os usos de
equipamento e que provê informações sobre
horímetro, rastreamento de manutenção e
localização da máquina”, compara Cibim.
Paralelamente, há o Service Advisor Remote
Dealer Diagnostics, outra solução fornecida pela
empresa que permite ao distribuidor conexão
automática à máquina para visualizar diagnósticos
de problemas e dados de performance. “Se a
atualização de um software for necessária, o
distribuidor pode fazer isso a distância. Isso reduz
significativamente o tempo e o custo associados aos
reparos de equipamentos. Para seu uso, é necessária
uma senha de acesso”, descreve.
Veja +
Para o desenvolvimento de produtos inovadores
que venham, efetivamente, a atender às necessidades
dos clientes, a atenção ao pós-venda e um bom
relacionamento podem fazer a diferença. Confira no
portal de notícias da Apelmat (www.apelmat.org.br)
o que as empresas têm feito para entender as
demandas dos usuários.
Janeiro/Fevereiro 2015
Reportagem de Capa
Dominando a sopa
de letrinhas
IR, CSLL, IPI, II, ICMS, ISS… Compreender e estar em dia com o
extenso conjunto de siglas que compõem a tributação da atividade de
locação de equipamentos pode se tornar um problema sem a ajuda de
um especialista. Com um bom planejamento, porém, é possível
minimizar perdas e até potencializar os lucros
A
s empresas brasileiras gastam,
em média, 2.600 horas por ano,
o equivalente a 108 dias, para calcular e pagar seus impostos. Esses números, resultantes do estudo Paying
Taxes, elaborado pelo Banco Mundial e pela PwC em 2012, situavam o
Brasil no primeiro lugar no ranking
da burocracia em uma lista de 183
países. Para se ter uma ideia, a média
mundial era de 277 horas despendidas com essa atividade.
24
APELMAT - SELEMAT
Eurimilson Daniel,
da Sobratema
“É preciso ter um contador que
entenda, que faça
um balanço bem-feito”
De lá pra cá, uma ferramenta entrou em cena na tentativa de
descomplicar toda a papelada e burocracia: o chamado Sistema
Público de Escrituração Digital (Sped). No entanto, boa parte das
pequenas e médias companhias ainda sofre para lidar com tanta
informação. “Poucas têm, dentro da empresa, um contador que possa
buscar alternativas”, lamenta Eurimilson Daniel, vice-presidente da
Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração
(Sobratema).
Janeiro/Fevereiro 2015
Reportagem de Capa
A árdua tarefa de se manter em dia com o Fisco
pode levar a incorreções muito onerosas ao locador.
Portanto, procurar por uma boa orientação é
fundamental para saber de que forma sua empresa
pode ser mais bem enquadrada entre as diferentes
sistemáticas de recolhimento de tributos. “O negócio
é muito mais sério do que as pessoas pensam. Por
isso, é preciso ter um contador que entenda, que faça
um balanço bem-feito”, orienta Daniel.
Segundo o vice-presidente da Sobratema, a tarefa a
ser realizada por esse profissional é bastante
analítica, uma vez que a atividade de locação
envolve situações que podem variar drasticamente
mês a mês. “Cada empresa deve conversar com o seu
especialista, seu contador, e identificar a melhor
atividade para se estar localizado. É preciso assumir
a posição que você mais ocupa de fato, mas nem
sempre ela será a de melhor tributo”, observa.
Modelos de tributação
Para que se faça uma opção tributária mais
vantajosa, é necessário conhecer os modelos de
tributação possíveis. Antes disso, porém, vale a pena
diferenciá-los em suas esferas federal, estadual e
municipal. Segundo Luiz Fernando Martins
Macedo, sócio-fundador do escritório Martins
Macedo e Advogados Associados e advogado da
Apelmat, eles podem ser organizados da seguinte
forma:
 Federal: tributos sobre a renda (IR/CSLL),
produtos industrializados (IPI), importação (II),
operações financeiras e crédito (IOF) e propriedade
territorial rural (ITR)
 Estadual: circulação de mercadorias (ICMS),
propriedade de veículos automotores (IPVA) e
transmissão causa mortis ou doações (ITCMD)
 Municipal: serviços (ISS), propriedade territorial
urbana (IPTU) e transmissão de bens imóveis /
intervivos (ITBI)
Macedo lembra ainda que a Constituição Federal
dotou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
de competência tributária para arrecadar as
contribuições sociais referentes às relações de
vínculo empregatício (INSS sobre a folha e mais
recentemente sobre a “receita bruta”). “Também não
podemos nos esquecer do Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço, FGTS, que incide à alíquota de
8% sobre o salário dos empregados com vínculo
registrado”, acrescenta.
Segundo o advogado da Apelmat, especificamente
com relação à atividade de locação de equipamentos
(incluindo os de terraplenagem), os impostos e
contribuições variam de acordo com a situação fiscal
da empresa. “A legislação federal que regulamenta o
imposto de renda das pessoas jurídicas estabelece
modalidades diferentes de tributação que vão gerar
efeitos nas demais esferas de competência”, explica.
Impostos sobre a renda
Especificamente para recolhimento do Imposto de
Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ), foram criadas, em
1996, diferentes sistemáticas: Lucro Real, Lucro por
Estimativa (balancete de suspensão) e Lucro
Presumido. “Posteriormente, foi introduzida a
sistemática de apuração simplificada, denominada
Simples e, mais recentemente, o Super Simples”,
atualiza Macedo. “A principal distinção entre essas
sistemáticas diz respeito à definição da base de
cálculo sobre a qual incidirão as alíquotas, iguais
para todos, de 15% de IRPJ e 9% de Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido, CSLL.”
www.apelmat.org.br
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
25
Reportagem de Capa
Segundo Macedo, as empresas que faturam acima
de R$ 48 milhões/ano somente podem optar pela
sistemática do Lucro Real ou por Estimativa. “No
primeiro caso, o imposto deve ser recolhido após a
regular apuração contábil das demonstrações
financeiras, em bases mensais (Lucro Real mensal)
ou trimestrais (Lucro Real trimestral)”, explica. “Na
segunda opção, a empresa utiliza a média de
apuração do exercício fiscal imediatamente anterior
para recolher o IRPJ e a CSLL no ano em curso,
obrigando-se a trimestralmente fazer balancetes de
suspensão para verificar se recolheu a mais ou a
menos do que seria devido no Lucro Real e, por
conseguinte, recolher a diferença ou compensar o
que foi pago a mais.”
Luiz Fernando Martins Macedo,
da Martins Macedo e Advogados Associados
“Com relação ao ISS, existe uma enorme confusão doutrinária
e jurisprudencial sobre a incidência desse tributo nos
contratos de locação de máquinas e equipamentos”
Na sistemática do Lucro Presumido, é estabelecido
um percentual de apuração da receita bruta como
sendo a base de cálculos do IRPJ e da CSLL, de
acordo com a atividade preponderante da empresa.
“Por exemplo: indústria, 8%; serviços, exceto hospitalares e de construção civil, 32% etc. Sobre essa
base presumida, aplica-se a mesma alíquota de 15%
do IRPJ e 9% da CSLL”, contextualiza Macedo.
26
APELMAT - SELEMAT
Finalmente, há o Simples, destinado exclusivamente às microempresas e empresas de pequeno
porte. Neste caso, é usada uma regra simplificada de
apuração. “Aplica-se uma alíquota única sobre a
receita bruta para quitar todos as obrigações
tributárias da empresa, inclusive aquelas devidas aos
Estados, municípios e INSS”, descreve o advogado.
Imposto sobre serviços
Se há um tributo que realmente tira o sono do
locador de equipamentos da linha amarela, trata-se
do ISS, o famoso Imposto sobre Serviços. Na
a v a l i a ç ã o d o s e t o r, e l e g e r a p e r d a d e
competitividade. “Com relação ao ISS, existe uma
enorme confusão doutrinária e jurisprudencial sobre
a incidência desse tributo nos contratos de locação de
máquinas e equipamentos, mormente quando
envolvem a figura do 'operador'”, comenta Macedo.
O advogado da Apelmat explica que o ISS, via de
regra, é calculado à razão de 5% sobre a receita da
prestação de serviços. “No entanto, o Supremo
Tribunal Federal definiu que a locação de
equipamentos 'pura e simples' não constitui fator
gerador do ISS. Por não haver contraprestação, não
há serviço e, consequentemente, não há o que pagar”,
descreve. Em outras palavras, o equipamento
alugado fica disponível ao locatário por um
determinado período de tempo, mediante um preço
estabelecido em contrato. “Se este for ou não
utilizado, ou caso o resultado seja ou não atingido, o
preço deverá ser pago de qualquer forma”,
acrescenta.
Entretanto, muitos contratos de locação de
máquinas levam em conta a quantidade de horas
trabalhadas (medição e leitura de horímetro),
enquanto outros estabelecem patamares mínimos de
horas para efeitos de cobrança. Na opinião de
Macedo, essa questão “não modifica nem exclui a
aplicação do entendimento do STF de que a locação é
isenta de ISS”.
Janeiro/Fevereiro 2015
O operador
As divergências de interpretação começam quando a máquina
é locada com operador. Segundo Macedo, algumas locadoras de
grande porte solucionaram essa questão estabelecendo como
“regra geral” que a locação é sempre sem operador, mas que o
locatário “é obrigado” a contratar um operador específico,
indicado pela locadora mas sem vínculo empregatício com esta,
por meio de um contrato de cessão de mão de obra. “Desse
modo, descaracteriza-se a figura da 'locação com operador' e
fica garantida a não incidência do ISS”, observa.
No entanto, a realidade das empresas de menor porte é
diferente. “Sabemos que elas não têm essa mesma condição e
acabam se curvando às exigências do locatário no sentido de
firmar um único contrato de locação com operador. Isso acaba
gerando uma interpretação dúbia, de que não se trata de uma
locação 'pura e simples', e sim de um contrato de prestação de
serviços”, relata.
Macedo, porém, discorda dessa posição e cita um exemplo.
“Em uma obra de terraplenagem em que determinada empresa
loca uma motoniveladora para movimentação de terra com
operador, a locatária e seu corpo técnico de engenheiros é que
irão definir o trabalho a ser realizado”, detalha. Em sua opinião,
serão esses técnicos os responsáveis pelo resultado final do
serviço, e não a locadora, que apenas disponibilizou um
operador para atender às determinações e comandos da
locatária. “A meu ver, isso descaracteriza a figura da prestação
de serviços, na medida em que não há uma contraprestação, pois
a responsabilidade pelo resultado final é da locatária”, conclui.
Veja +
A simplificação dos tributos é defendida pelo setor de locação
de máquinas da linha amarela, representado pela Apelmat e
também por outras entidades. Leia mais no portal de notícias da
associação (www.apelmat.org.br).
www.apelmat.org.br
Gestão e Negócios
Mais conhecimento,
menos problemas
Além de ser um importante item na prevenção de acidentes de
trabalho, a certificação dos operadores garante produtividade ao
processo e pode também ter um caráter motivacional para os
funcionários
U
m investimento relativamente
baixo que só traz benefícios
para todos os envolvidos. Hoje é
possível dizer que há um consenso
sobre a importância da certificação
dos operadores de máquinas da linha
amarela. No entanto, alguns
cuidados como a escolha de uma
instituição bem conceituada, ajustes
no conteúdo ou na duração e até
mudanças na periodicidade podem
fazer com que os resultados sejam
ainda melhores.
28
APELMAT - SELEMAT
Bernardo Uliana,
do Grupo Tracbel
A falta de perícia no manejo
do equipamento pode levar a
operações malfeitas, lentas e com
alto consumo de combustível
Para Bernardo Uliana, engenheiro de aplicação corporativo do
Grupo Tracbel – empresa parceira da Apelmat em treinamentos que a
associação irá oferecer ao longo deste ano –, na hora de avaliar a
necessidade de certificar a mão de obra, os empresários do segmento
devem considerar vários aspectos.
Janeiro/Fevereiro 2015
Gestão e Negócios
No caso específico dos locadores de máquinas da linha
amarela, é primordial, por exemplo, garantir ao locatário que
os equipamentos estarão sendo operados de forma correta e
dentro dos limites, evitando maiores custos com reparos
consequentes da utilização incorreta. “Com isso, o serviço
oferecido também passa a ser de melhor qualidade e eficiência,
o que o torna mais competitivo no mercado”, opina. Além
disso, a inclusão de temas de segurança (NR 12 e 18) ajuda na
prevenção de acidentes durante a operação, e o treinamento em
si pode se converter em um fator que motiva o operador do
equipamento a querer trabalhar na empresa.
O melhor caminho para uma boa capacitação é a escolha de
uma instituição que ofereça treinamento dentro das normas
regulamentadoras, tais como as NR 12 e 18, e que possua
estrutura e ferramental suficientes para assegurar a completa
absorção do conteúdo pelo aluno/operador. O ideal é procurar
um curso que ofereça, além do treinamento em sala de aula,
simulação e prática.
Simulador de escavadeiras John Deere
Apresenta situações do mundo real, perigos do local de trabalho,
violações de segurança, sinais de mão e os controles da máquina
Uma pessoa sem informação sobre os cuidados na operação
do equipamento, além de não tirar o melhor proveito dele,
corre o risco de provocar acidentes. A falta de perícia ainda
pode desmotivar o operador e danificar a máquina. Podem
ocorrer quebras prematuras, manutenções desnecessárias e
desgaste acelerado de componentes. “Além disso, o serviço é
malfeito ou tem acabamento ruim, e a operação torna-se lenta e
com alto consumo de combustível”, salienta Uliana.
Outro aspecto importante da certificação, lembrado por
Wilson de Mello Jr., diretor de certificação e desenvolvimento
humano da Associação Brasileira de Tecnologia para
Construção e Mineração (Sobratema), é a seleção adequada
dos profissionais que irão trabalhar com determinados
equipamentos.
www.apelmat.org.br
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
33
Gestão e Negócios
“Um operador de escavadeira, por exemplo, tem
que realizar dois movimentos simultâneos durante a
operação de carga de um caminhão. Alguém avaliou
se esse profissional tem a destreza necessária? Se ele
tem agilidade em caso de emergência? Se é
hipertenso ou dependente químico?”, questiona
Mello Jr.
O treinamento ideal
Fabio Carmona, gerente de vendas da Veneza
Equipamentos, distribuidora das máquinas do
segmento de construção da John Deere, acredita que
a Apelmat fez um bom investimento ao adquirir um
simulador de escavadeiras John Deere para os
treinamentos práticos – ainda sem data de início
definida.
operador de máquinas e equipamentos para
construção civil (máquinas para terraplenagem).
Oswaldo dos Santos Jr., técnico de segurança no
trabalho que há 12 anos atua na associação como
coordenador de cursos, conta que o conteúdo
programático inclui a descrição e a identificação dos
riscos relacionados com cada equipamento e
informações sobre as proteções específicas para a
operação de cada máquina. Além disso, o
participante adquire conhecimento sobre como
evitar riscos mecânicos e elétricos e como bloquear o
funcionamento de um equipamento quando
necessário.
Para que estejam qualificados antes de operarem
máquinas automotrizes ou autopropelidas, os
candidatos a operador devem também adquirir
noções sobre legislação de trânsito e legislação de
segurança e saúde no trabalho, acidentes e doenças
decorrentes da exposição aos riscos envolvidos na
atividade, conhecer medidas de controle (EPCs e
EPIs) e aprender sobre procedimentos em situação
de emergência e primeiros socorros.
Wilson de Mello Jr., da Sobratema
A seleção adequada dos profissionais
que irão trabalhar com determinados
equipamentos é muito importante
“É a maneira mais segura, eficiente e econômica
para treinar novos operadores em um ambiente livre
de riscos. O simulador da John Deere dispõe de
situações do mundo real, simulando os perigos do
local de trabalho, violações de segurança, sinais de
mão e os controles da máquina”, descreve Carmona.
Além disso, há economia com custos de combustível
e o fato de o simulador prevenir danos ao
equipamento e riscos para o pessoal, além de evitar
tempo de máquina parada.
Para que os associados estejam cientes das normas
regulamentadoras, e por exigência do Ministério do
Trabalho, a Apelmat já oferece uma certificação de
30
APELMAT - SELEMAT
Oswaldo dos Santos Jr., da Apelmat
“Todo treinamento oferecido pela Apelmat tem como objetivos a
segurança e a manutenção da integridade física do trabalhador”
“Todo treinamento oferecido pela Apelmat tem
como objetivos a segurança e a manutenção da
integridade física do trabalhador. O momento mais
adequado para o treinamento é o primeiro dia antes
do início das atividades do funcionário dentro da
empresa”, recomenda Santos Jr.
Janeiro/Fevereiro 2015
Obras
São Paulo em obras
Em nome do crescimento econômico e da melhoria da qualidade de
vida da população, o Estado encabeça alguns dos empreendimentos
de infraestrutura mais importantes do Brasil
E
stado que sempre se orgulhou
de ostentar o título de “locomotiva do País”, hoje responsável por
gerar cerca de um terço de toda a
riqueza produzida pelo Brasil, São
Paulo sempre mantém grandes
canteiros de obras em seu território.
Apoiados principalmente em
parcerias público-privadas, as
chamadas PPPs, importantes
empreendimentos que estão sendo
conduzidos nessa região são
considerados estratégicos para a
economia brasileira e podem
representar oportunidades para o
setor de locação de equipamentos
para terraplenagem, por exemplo.
“Uma parte do que foi contratado
envolve as áreas de transportes
urbanos, habitação e energia. São
projetos que levam de quatro a seis
anos para serem concluídos e, nesse
período, o Estado deve contratar e
utilizar máquinas”, opina Mauricio
Endo, sócio da empresa de auditoria
e consultoria KPMG e líder da área
de governo e infraestrutura.
32
APELMAT - SELEMAT
Orlando Morando, deputado estadual
“Nos próximos quatro anos, o governador irá inaugurar uma nova estação por mês”
Endo foi o coordenador de um trabalho, feito em parceria com a
Revista Exame, que elencou os 15 projetos de infraestrutura mais
importantes para o Brasil. Para determinar quais seriam eles, uma
lista foi avaliada por um time de especialistas, que utilizou como critério nove megatendências que deverão impactar os programas governamentais futuramente (veja mais detalhes no site da Apelmat).
“Foram analisados 1.566 projetos concluídos ou em andamento no
País, divididos nos segmentos de energia, petróleo e gás, transporte,
saneamento, telecomunicações, infraestrutura social e mobilidade
urbana”, explicou o sócio da KPMG.
Janeiro/Fevereiro 2015
Obras
Da relação de 15 projetos, cinco encontram-se no
Estado de São Paulo. São eles: concessão do
Aeroporto Internacional de Viracopos, PPP da Linha
6 do Metrô de São Paulo, PPP para tratamento e
abastecimento de água do Sistema São Lourenço,
PPP para habitações de interesse social e o Tramo
Norte do Ferroanel de São Paulo.
De toda a lista, devido ao seu grande potencial
econômico, a concessão do Aeroporto Internacional
de Viracopos, em Campinas (SP), foi considerada a
mais importante das obras. “Ele tem potencial para
se tornar o maior aeroporto de cargas e passageiros
da América Latina em um horizonte de 20 a 30 anos”,
avalia Endo.
Um novo terminal de passageiros, que fez parte da
primeira fase do projeto, começou a operar
oficialmente em outubro de 2014, após cinco meses
da data prevista. De acordo com a assessoria de
imprensa da concessionária Aeroportos Brasil
Viracopos, toda a operação será transferida até
março de 2015, quando as companhias aéreas
deverão ter migrado, desativando o terminal atual.
Neste primeiro ciclo, a Aeroportos Brasil investiu
aproximadamente R$ 2,5 bilhões e a capacidade de
Viracopos foi ampliada de 9,3 milhões (2013) para
14 milhões de passageiros/ano.
O segundo ciclo da obra, com início previsto para
2021, contemplará a construção de uma segunda
pista quando o total de passageiros atingir 22
milhões/ano. Sucessivamente, o terceiro ciclo (para
construção de nova pista) terá início quando o total
alcançar 45 milhões/ano e o quarto (para quarta
pista), aos 65 milhões. Estes dois últimos têm seus
starts programados para 2032 e 2039,
respectivamente. Quando for superada a marca dos
80 milhões de passageiros/ano, será dado início ao
quinto ciclo (em 2042). Para essas etapas vindouras
deverão ser empregados cerca de R$ 7,2 bilhões,
segundo a concessionária.
A consagração das PPPs
Segundo dados estimados pela consultoria
McKinsey, o Brasil precisa investir R$ 5 trilhões em
20 anos para resolver os problemas de infraestrutura.
E deve se preocupar com isso, uma vez que, sem esse
investimento, o crescimento do produto interno
bruto (PIB) fica comprometido. Segundo o Anuário
Exame de Infraestrutura 2013-2014, de 2004 a 2013,
o número de empreendimentos nessa área passou de
400 para mais de 1.500. Ainda de acordo com o
www.apelmat.org.br
trabalho realizado pela publicação, a maior parte
dessas obras está localizada no Rio de Janeiro,
enquanto o Estado de São Paulo aparece em segundo
lugar.
O financiamento desses grandes projetos,
entretanto, é o ponto que vem sendo considerado
mais delicado para a concretização das obras. Nesse
quesito, pelo menos no Estado de São Paulo, as
parcerias público-privadas têm se mostrado um
modelo bem-sucedido. “Das 15 obras que
escolhemos, 12 são PPPs. Isso é a constatação de que
os projetos mais complexos e impactantes passaram
a ser feitos por esse tipo de contrato, que desonera o
orçamento público e coloca o empreendimento em
operação em prazo mais curto”, observa Endo.
Mauricio Endo, da KPMG
“Uma obra pública precisa de quatro a seis licitações
para que um projeto possa ser colocado em prática”
As PPPs são responsáveis por três das obras de
grande impacto em São Paulo: Linha 6 do Metrô de
São Paulo, tratamento e abastecimento de água do
Sistema São Lourenço (Sabesp) e habitações de
interesse social em São Paulo. “Uma obra pública
precisa de quatro a seis licitações para que um
projeto possa ser colocado em prática, em um
processo que pode levar dez anos. Por meio de uma
PPP, a Linha 6, que foi contratada agora, vai ter que
entrar em operação em 2019, pois o governo controla
o prazo e a execução”, explica o sócio da KPMG.
Em novembro de 2013, foi anunciado o consórcio
Move como vencedor da licitação da PPP da Linha 6.
Em meados de 2014, a prefeitura de São Paulo
entregou ao governo do Estado um terreno na
esquina da Avenida Marginal do Tietê com a Rua
Santa Marina, no bairro do Limão, onde as obras
tiveram início. Segundo o governador Geraldo
Alckmin, nesse local irão entrar os dois “tatuzões”
(shields) que serão utilizados na obra – um do centro
em direção à Brasilândia e outro no sentido oposto.
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
33
Obras
Em 11 de setembro último, o Ministério das
Cidades aprovou o enquadramento do projeto de
execução no Regime Especial de Incentivos para o
Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi). Ainda de
acordo com o governo do Estado de São Paulo, as
desapropriações já estão em curso, mas não há
informações detalhadas sobre o andamento desse
processo no site do Metrô. Estima-se que as Estações
Brasilândia e Água Branca sejam as primeiras a ser
entregues, em um prazo aproximado de quatro anos.
Segundo informações oficiais, “a Linha 6 se
estenderá da Brasilândia, na Zona Norte da cidade de
São Paulo, até a Estação São Joaquim, na região
central. Ao todo são 15,9 quilômetros, contando com
pátio de manutenção e 15 estações. A estimativa é
atender 634 mil passageiros por dia”.
O valor do empreendimento é de R$ 9,6 bilhões,
sendo que R$ 8,9 bilhões são divididos entre o
governo do Estado (50%) e o consórcio (50%). Os
outros R$ 700 milhões se referem às desapropriações
que serão executadas pelo Estado. A Linha 6 será a
primeira PPP integral do metrô, ou seja, totalmente
construída e operada pela iniciativa privada.
Mais transporte público
No início de 2014, o governo do Estado de São
Paulo havia anunciado obras para 55 quilômetros de
trilhos e 51 novas estações. Esses novos trechos,
resultantes de quatro frentes de trabalho diferentes,
incluíam as Estações Adolfo Pinheiro (Linha 5 –
Lilás) e duas estações do monotrilho, Vila Prudente e
Oratório, que foram entregues ano passado.
Segundo o deputado estadual Orlando Morando,
atualmente o governo realiza obras simultaneamente
em seis linhas do metrô. “Para se ter uma ideia dos
investimentos, nos próximos quatro anos o
governador irá inaugurar uma nova estação por
mês”, resume. “Estão em curso o prolongamento da
Linha 5 – Lilás, entre o Largo Treze e a Chácara
Klabin; a implantação da Linha 6 – Laranja, entre a
São Joaquim até a Vila Brasilândia; a implantação da
Linha 15 – Prata, em monotrilho, da Vila Prudente
até Cidade Tiradentes; a segunda fase da Linha 4 –
Amarela (Vila Sônia-Luz); a implantação da Linha
17 – Ouro (Jabaquara-Congonhas); e a Linha 18 –
Bronze, a primeira a sair da capital, passando por
Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano
do Sul.”
34
APELMAT - SELEMAT
Além das obras do metrô, Morando relaciona
outros empreendimentos voltados para melhorar a
mobilidade. Seriam eles a Linha 13 – Jade, da
Companhia Paulista de Trens Metropolitanos
(CPTM), que ligará São Paulo ao Aeroporto
Internacional de Cumbica, em Guarulhos; obras na
Rodovia dos Tamoios e na Raposo Tavares; o Trecho
Leste do Rodoanel, que está em fase de conclusão; e
a implantação do Trecho Norte.
Menor dependência do Sistema Cantareira
Além dos problemas cotidianos com a mobilidade,
a população paulista tem vivido outro drama: a falta
d'água. A atual crise hídrica revelou, entre outras
questões graves, a relação de dependência
estabelecida com o Sistema Cantareira para o
abastecimento da região metropolitana. Assim, com
a esperança de “aliviar” esse e os demais
reservatórios, tiveram início em abril de 2014 as
obras para a implantação do Sistema Produtor São
Lourenço, no Vale do Ribeira, que haviam sido
licitadas em 2013.
Também formatada no modelo PPP, a obra está
sendo conduzida pela empresa Sistema Produtor São
Lourenço S.A., uma parceria entre as construtoras
Andrade Gutierrez e Camargo Correa, que vai
custear integralmente todo o investimento de R$
2,21 bilhões. Estima-se a criação de 2 mil empregos
diretos e indiretos, com o início da operação previsto
para 2018.
Segundo a Companhia de Saneamento Básico do
Estado de São Paulo (Sabesp), quando concluído, o
novo sistema ampliará a capacidade de
abastecimento em 4.700 litros por segundo,
beneficiando 1,5 milhão de pessoas que moram em
Barueri, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira,
Santana de Parnaíba e Vargem Grande Paulista, onde
a obra foi iniciada. Atualmente a Sabesp tem
capacidade instalada para produzir 73 mil litros de
água tratada por segundo.
A obra, considerada grande e complexa, consiste
na captação da água na Represa Cachoeira do França
(Ibiúna), que é formada pelo Rio Juquiá, e no
transporte por 83 quilômetros de adutoras (grandes
tubulações). Um dos grandes desafios será o
bombeamento da água para superar o desnível de 300
metros da Serra de Paranapiacaba. Além disso, a
tubulação que levará a água até as residências inclui
Janeiro/Fevereiro 2015
Obras
Vitrine
um túnel de 1.100 metros pela serra e uma passagem
por baixo da Rodovia Raposo Tavares por meio de
método não destrutivo. Em alguns trechos do trajeto,
os tubos chegam a ter 2,1 metros de diâmetro. As
obras preveem também a construção de reservatórios
para armazenar 110 milhões de litros de água.
Habitação e trens: ainda no papel
Outra PPP que poderá amenizar um problema
crítico é a da habitação de interesse social na capital
paulistana. Após o processo licitatório, que recebeu
propostas até 14 de novembro último, a empresa
Canopus Holding foi a vencedora e será responsável
pela construção do primeiro lote, na região da Barra
Funda, que terá um total de 3.683 moradias. Dessas,
2.260 unidades são destinadas a habitações de
interesse social (para famílias com renda entre um
piso salarial do Estado de São Paulo até seis salários
mínimos) e 1.423 habitações são de mercado popular
(para famílias com renda entre seis e dez pisos
salariais).
O projeto todo prevê quatro lotes para a construção
de um total de 14.124 unidades habitacionais em
bairros centrais como Bom Retiro, Santa Cecília,
Brás, Pari e Belém, e está orçado em R$ 3,5 bilhões.
O intuito é aproximar a moradia do local de trabalho
da população, o que pode melhorar
significativamente a qualidade de vida. De acordo
com o departamento de comunicação da Secretaria
de Habitação, “para os outros três lotes, não houve
manifestação de interesse e será feita avaliação sobre
a condução das próximas etapas do processo”.
Também de grande importância, o Tramo Norte do
Ferroanel de São Paulo é considerado fundamental
para o transporte de cargas no Estado: com a sua
efetivação, esse trajeto será feito por fora da cidade
rumo ao Porto de Santos. “A ferrovia existe e cruza a
cidade de São Paulo para chegar a Santos. A ideia é
fazer o anel para que toda a carga possa chegar mais
rápido sem entrar em conflito com o transporte de
passageiros”, explica Endo, da KPMG. Segundo ele,
houve tentativa de fazer uma PPP, que ainda não deu
certo. “Alguma solução será dada nos próximos dois
anos”, acredita.
Viracopos
Projeto São Lourenço
Metrô
Habitação
Veja +
Saiba mais sobre as megatendências que deverão nortear os próximos empreendimentos governamentais
no portal de notícias da Apelmat (www.apelmat.org.br).
www.apelmat.org.br
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
35
Selemat
Responsabilidade
objetiva do
agente poluidor
Por Luiz Fernando Martins Macedo*
“A responsabilidade objetiva do poluidor
por danos ao meio ambiente é fundada no
simples risco ou no simples fato da atividade”
T
ema que tem assumido significativo relevo no cenário empresarial do setor, bem como em toda a
sociedade brasileira, diz respeito ao
impacto ambiental das atividades
ligadas à construção civil – engenharia, terraplenagem, movimentação
de terra, obras de saneamento e
outras.
Importa salientar que as ações
desenvolvidas pelo setor impactam
profundamente o meio ambiente, e a
legislação brasileira prevê que essa é
uma das modalidades de responsabilidade objetiva existentes no nosso
ordenamento jurídico.
Em recente artigo publicado na
Revista do Advogado, da Associação
dos Advogados de São Paulo, o professor Pedro Estevam Alves Pinto
Serrano, em “Coletânea de Pareceres
sobre a Lei Anticorrupção”, assunto
já debatido na edição 157 da Revista
Apelmat/Selemat, com precisão
definiu a questão:
36
APELMAT - SELEMAT
“A responsabilidade objetiva do poluidor por danos ao meio
ambiente é fundada no simples risco ou no simples fato da atividade,
independentemente da culpa do agente ou mesmo da intenção ou dos
atos praticados. Portanto, para a responsabilização civil, basta a
demonstração do dano ambiental, da atividade degradadora e do
nexo causal entre o dano e a atividade. É irrelevante a análise da culpa
do agente. A responsabilidade objetiva sem culpa do agente poluidor
possui por fundamento a equidade no ônus da atividade, isto é,
realizar a justa distribuição do ônus da atividade econômica
explorada. Ou seja, a ideia é promover a recomposição do patrimônio
coletivo em face do ônus ocasionado por uma atividade privada, da
qual somente esse particular beneficia-se.”
Assim, se o indivíduo realiza uma atividade econômica que gera
um ônus social, deve arcar com isso segundo os primados da
razoabilidade, em conjunto com o da equidade, igualando todos,
poluidores e sociedade, em um mesmo patamar. Trata-se de um
encargo da atividade econômica desenvolvida pela empresa,
restando a ele, empresário, reparar o dano. Aqui, vale ressaltar que é
um ônus do empresário e de seus sócios e precisa ser diagnosticado
com a devida antecedência de forma a prevenir contingências. Tratase da “análise de risco”.
Janeiro/Fevereiro 2015
Selemat
Por outro lado, o fundamento da responsabilidade
civil objetiva por dano ao meio ambiente também foi
analisado sob a perspectiva da teoria econômica.
Em “The Problem of Social Cost”, Ronald Coase
(1960, p. 1-44) sustenta que o problema dos custos
sociais, visto a partir da análise dos que estão
atrelados ao desempenho de atividade econômica no
contexto do capitalismo contemporâneo, é o
resultado da inexistência de mercados, já que a
titularidade do direito e os direitos de propriedade
não são claramente definidos e os custos de transação
(acordos) são proibitivos.
As economias mais “evoluídas” já estão
precificando os custos ambientais (sociais). Dentro
de um processo produtivo que prejudica o meio
ambiente, no qual o poluidor deve suportar o
prejuízo ambiental que causa, o custo privado deverá
adicioná-lo aos custos de capital, trabalho, matériasprimas e energias necessários para produzir um
determinado produto. Por essa razão, fala-se em
custo social, o que inclui o privado e o externo,
referente ao prejuízo ambiental (BESANKO;
BRAEUTIGAM, 2004, p. 501), isto é, o custo do
prejuízo que a poluição representa para o meio
ambiente.
Uma das formas de corrigir as falhas é, por um
lado, incentivar a redução de emissões e de
atividades que impactem o meio ambiente e, por
outro, desestimular determinadas condutas por meio
de processos e procedimentos fiscalizatórios e
regulatórios mais eficazes e coercitivos.
Todas as atividades empresariais que de alguma
forma utilizarem ou danificarem o meio ambiente
geram custos ou benefícios aos demais, ou seja, são
exteriorizados custos ou benefícios socialmente. A
poluição ou exploração de recursos naturais
esgotáveis são sempre consideradas como
externalidades negativas, dado que o caráter público
dos recursos naturais impede a internalização. Por
essa razão, um dos papéis da responsabilidade civil
objetiva por dano ao meio ambiente é o de induzir a
internalização da externalidade.
Desta forma, o poluidor deve arcar com os custos
necessários à diminuição, eliminação ou
neutralização do dano. Em outras palavras, essa
atividade econômica, ao mesmo tempo que gera um
custo social, também gera lucro. Não é razoável,
portanto, distribuir o ônus para toda a sociedade.
Ainda segundo o professor Serrano, “o
fundamento da responsabilidade civil objetiva por
dano ao meio ambiente está na oneração pelo
www.selemat.org.br
desempenho de uma atividade nociva ao meio
ambiente, já que não é equânime nem razoável
onerar a coletividade pelo desempenho de uma
atividade econômica fundada exclusivamente no
lucro. Não se fala, portanto, em culpa do agente,
bastando a demonstração do dano ambiental, da
atividade degradadora e do nexo causal entre ambos.
As pessoas no ambiente privado só podem ser
condenadas por reparação de ilicitudes ocasionadas
por culpa ou dolo, uma vez que no âmbito privado
não faz sentido falar em justiça distributiva, salvo
quando para reparar o ônus do custo social que o
interesse público demande. A partir do momento em
que se retira a necessidade de aferição de culpa,
esvazia-se a ideia do due process of law, uma vez que
a defesa da pessoa jurídica está limitada a provar a
ausência do nexo de causalidade ou da materialidade
do fato”.
Por fim, cumpre destacar que a responsabilidade
objetiva do poluidor por danos ao meio ambiente
aplica-se solidariamente às empresas consorciadas
responsáveis por violações, danos ou condutas
nocivas ao meio ambiente no âmbito do respectivo
contrato, restringindo-se tal responsabilidade à
obrigação de pagamento de multa e reparação
integral do dano causado.
Verifica-se, por conseguinte, a aplicação da regra
geral de responsabilidade solidária dos consorciados
em relação à licitação e à execução do contrato
disposta pelo art. 33 da Lei das Licitações e
Contratos Públicos:
“Art. 33 - Quando permitida na licitação a participação de empresas em consórcio, observar-se-ão
as seguintes normas:
[...] V - responsabilidade solidária dos integrantes
pelos atos praticados em consórcio, tanto na fase de
licitação quanto na de execução do contrato”.
Diante do exposto, entendemos que no cenário
atual torna-se imprescindível a adoção de políticas
internas nas empresas consistentes na aplicação de
uma rigorosa análise de risco de todas as atividades
desenvolvidas direta ou indiretamente, seja na forma
de consórcio, parceria, sociedade de propósitos
específicos ou qualquer forma de associação que
envolva a possibilidade de impacto ambiental, ainda
que o objeto da contratação seja a pura e simples
locação de equipamento, sob pena de a empresa se
ver responsabilizada civilmente e amargar uma
indenização ambiental pesada.
*Luiz Fernando Martins Macedo é sócio-fundador do
escritório Martins Macedo e Advogados Associados
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
37
Entrevista
Cada coisa em
seu lugar
Em negócios familiares, a pressão do dia a dia pode arruinar os
laços pessoais com mais facilidade do que em outras empresas.
Saber separar a convivência nos dois ambientes, extrair
aprendizado e transmitir conhecimento para as futuras gerações são
boas dicas para enfrentar crises sem muitos traumas nem conflitos
P
ara o bem e para o mal, em empresas
familiares, as relações profissionais e
pessoais acabam se entrelaçando. Negócios
dessa natureza podem nascer por variados
fatores, mas são pautados pela afinidade e,
principalmente, pela confiança que se costuma
ter naqueles de “mesmo sangue”.
Frequentemente na lista das mais bemsucedidas, principalmente no Brasil, esse tipo
de organização pode ser seriamente abalado
quando o cotidiano do ambiente corporativo
começa a azedar a convivência dentro de casa.
Sócia da Höft – Bernhoeft & Teixeira –
Transição de Gerações, Renata Bernhoeft atua
como consultora para estruturação de
protocolos societários e familiares e
implantação de estruturas de governança para
38
APELMAT - SELEMAT
Renata Bernhoeft, da Höft – Bernhoeft & Teixeira
“Os familiares deveriam debater e elaborar um código de condutas”
Janeiro/Fevereiro 2015
Entrevista
sociedades empresariais. Na entrevista concedida à
Revista Apelmat/Selemat, a especialista aconselha
o estabelecimento de fronteiras como a melhor
atitude a ser tomada, ou seja, cada conversa deve ter
o ambiente certo para acontecer. Além disso,
reflexões sobre a adequação dos papéis que estão
sendo assumidos em cada momento podem ser dicas
preciosas para que a qualidade das relações seja
mantida.
Veja a íntegra da conversa a seguir. Nela, Renata
discorre sobre esses e outros temas relativos aos
principais desafios das empresas familiares.
Revista Apelmat/Selemat Muitas vezes, quando o
profissional vivencia um período de muita pressão
no trabalho, acaba trazendo o estresse para dentro
de casa, para a vida pessoal. Como isso acontece
quando a família está presente nos dois ambientes,
como é o caso dos negócios familiares? Isso é
amplificado?
Renata Bernhoeft Sim, essa situação se amplifica
quando estamos no contexto de uma empresa
familiar, porque as relações tendem a se sobrepor. A
principal recomendação nesses casos é o que
chamamos de criar fronteiras. Isso significa ter as
conversas em ambientes certos. Os familiares
deveriam debater e elaborar um código de condutas
para evitar as misturas de ambiente. Por exemplo:
deixar combinado que, nos eventos de família ou no
ambiente onde estão relaxando, não vão colocar
temas de negócio, e o contrário também, ou seja,
debater os temas de família quando estiverem em
casa, e não na empresa. A definição de espaços
físicos para cada conversa pode ajudar todos a se
localizarem e também a não exporem suas questões
em ambientes inadequados.
RAS Há alguma orientação para que a relação
interpessoal não seja afetada?
RB O exercício mais complexo é a reflexão sobre o
papel em que estamos atuando. Cada pessoa precisa
refletir: em que papel estou me colocando? Neste
momento, sobre este assunto, estou me portando
como familiar? Como sócio? Ou como executivo? E
a partir disso utilizar o diálogo para estabelecer
práticas e condutas combinadas.
40
APELMAT - SELEMAT
RAS Que tipo de aprendizado um gestor pode tirar
dos momentos de crise e transferir para seus
sucessores?
RB Os aprendizados de momentos de crise são
muitos. Talvez o principal que um líder possa
transmitir às gerações seguintes seja o sabor da
conquista. Quando pensamos na próxima geração,
precisamos aprender a deixar que eles enfrentem os
problemas e busquem sua forma de resolver. Esse
desafio requer não solucionar por eles e, ainda que se
saiba o que fazer, deixar que aprendam, buscando
transferir algumas responsabilidades durante a crise,
monitorando e sabendo dar conselhos quando
solicitado.
RAS Por outro lado, como fazer para que os
sucessores não se sintam desmotivados a continuar
no negócio da família quando vivenciam uma
situação desfavorável na empresa?
RB A vida empresarial é bastante desafiadora, e os
pais precisam aceitar que não poderão fazê-la mais
fácil porque os sucessores são seus filhos. O que
precisa ser transferido é a garra, a vontade de
continuar, o desejo de trabalhar, se dedicar. Nesse
aspecto, será muito mais importante oferecer tarefas
e desafios do que obras prontas. Uma boa maneira de
formar um líder é deixar que ele conduza um projeto,
implemente algo e aprenda com seus erros também,
para que possa desfrutar do sucesso.
RAS Na sua opinião, como os gestores devem
incentivar seus herdeiros a ingressarem nos
negócios da família sem que isso seja uma imposição
que possa, consequentemente, levar a conflitos
pessoais?
RB O tema de ingresso na empresa precisa ser
debatido em família desde a infância, com o cuidado
dos pais em não passar mensagens implícitas,
positivas ou negativas, que possam resultar em
pressões futuras. Exemplo: o pai reclama muito de
seu trabalho, e tal comportamento pode afastar os
filhos do negócio. Ou, ainda, aquele para quem só
tem valor quem trabalha na empresa ou na mesma
profissão que ele pode estar inibindo potenciais
talentos para outras carreiras. A empresa pode ser
uma opção, não uma imposição. A principal pergunta
Janeiro/Fevereiro 2015
é: como se preparar para entrar na empresa da família? A
resposta: deveríamos seguir os mesmos processos e critérios
exigidos pelo mercado. Se o herdeiro tiver padrões
compatíveis com o mercado, com certeza será bom para a
empresa, assim como alguém que não seja da família.
RAS Recentemente, uma pesquisa da PricewaterhouseCoopers (PwC) mostrou que o desempenho de empresas
familiares no Brasil supera a média internacional. Enquanto
79% das brasileiras cresceram em 2014 e 76% esperam
manter esses resultados pelos próximos cinco anos, nos outros
países, esses índices são de 65% e 85%, respectivamente. O
que pode explicar esses resultados?
“A vida empresarial é bastante
desafiadora, e os pais precisam aceitar
que não poderão fazê-la mais fácil
porque os sucessores são seus filhos”
RB As empresas familiares foram historicamente vistas pelo
mundo da administração como menos competitivas. Esse
quadro tem mudado, e bastante. Mais e mais empresas
familiares buscam estruturar-se seguindo padrões de mercado
e desenvolver mecanismos de governança que gerem maior
credibilidade. Esse crescimento superior é motivado por
fatores específicos como preocupação com a sustentabilidade,
decisões com foco em longo prazo e valorização das pessoas.
RAS De modo geral, o perfil brasileiro se adapta melhor ao
formato das empresas familiares? A combinação entre
negócios e família está mais presente em nossa cultura?
RB O Brasil é um dos países com as maiores taxas de
empreendedorismo do mundo. Com certeza, esse é um fator
que favorece as empresas familiares, pois o DNA
empreendedor é essencial para a construção da continuidade.
Já os aspectos latinos das raízes familiares brasileiras agregam
um desafio, pois o padrão latino tende a ser de maior proteção
aos filhos, o que muitas vezes gera um incentivo à acomodação
das próximas gerações. Cabe a nós cultivar os desafios para
que a próxima geração continue desenvolvendo o
empreendedorismo ao longo de muitas outras gerações.
www.apelmat.org.br
Lançamento
Espargidores de cimento
em nova versão
Os equipamentos contam com 10 e 16 metros cúbicos de
armazenamento de cimento e versões rebocadas e embutidas
A
Ciber Equipamentos Rodoviários está comercializando no
Brasil quatro novos modelos de
espargidores de cimento
Streumaster: SW 10 TA, SW 10 TC,
SW 16 TC e SW 16 MC. Os três
primeiros são rebocados por
caminhão, enquanto o MC vem
acoplado a um caminhão truck.
“Eles aplicam cimento em uma
quantidade predeterminada e têm
como foco obras de estabilização de
solos e reciclagem asfáltica, onde o
asfalto deteriorado, a camada
granular abaixo e o cimento são
misturados e homogeneizados na
passagem da recicladora”, explica
Juliano Gewehr, especialista de
produtos da empresa.
Obras no Sudeste e Sul do País já
operam com os novos modelos.
Entre elas, destaque para as realizadas pela Tecnopav Engenharia em
Joaçaba (SC) e Passos (MG), que
contou com o SW 16 MC.
“Tem cliente nosso que exige que
seja Streumaster por ter precisão,
calibragem, confiabilidade no traço
e rapidez na execução superiores aos
demais”, destaca Vinícius Franco,
gerente de contratos da Tecnopav
Engenharia.
42
APELMAT - SELEMAT
SW 10 TA (Streumaster Wirtgen 10 Towed Auger) Modelo
rebocado, com modo de distribuição através de caracol rotativo, com
capacidade de armazenamento de 10 m³ de cimento, e com
distribuição controlada manualmente pelo operador por meio de
potenciômetro, que aumenta ou diminui a quantidade aplicada.
SW 10 TC (Streumaster Wirtgen 10 Towed Cellular Wheel
Sluice) Modelo rebocado cuja capacidade também é de 10 m³, porém
a distribuição é controlada eletronicamente por um dispositivo que
garante exatidão por meio de uma válvula rotativa de dosagem.
SW 16 TC (Streumaster Wirtgen 16 Towed Cellular Wheel
Sluice) Difere do modelo SW 10 TC somente em sua capacidade de
armazenamento, que é maior (16 m³).
SW 16 MC (Streumaster Wirtgen 16 Mounted Cellular Wheel
Sluice) Possui capacidade de armazenamento de 16 m³ de cimento e
é embutido sobre um caminhão de três eixos, pelo qual é conduzido.
O painel de operação e controle do equipamento é instalado dentro da
cabine do caminhão.
Janeiro/Fevereiro 2015
Lançamento
Tecnologia em prol da
ergonomia e de resultados
Novos opcionais na retroescavadeira Case 580N aumentam o
conforto ergonômico e a produtividade por reduzirem o cansaço
do operador
P
roduzida na fábrica de Contagem (MG), a retroescavadeira
Case 580N agora possui os opcionais
de transmissão Powershift S-Type e
de controle do implemento traseiro
Pilot Control.
Disponível para retroescavadeiras
com tração 4x2 e 4x4, com quatro
opções de velocidades à frente e três
para ré, a nova transmissão é indicada para trabalhos com deslocamento
e uso do implemento frontal.
Os maiores benefícios estão relacionados à ergonomia e segurança da
operação. Um controlador eletrônico
desenvolvido exclusivamente para
as retroescavadeiras garante melhor
funcionamento e agrega funções de
segurança, como a limitação da
redução de marchas em situação de
velocidade elevada.
Com essa transmissão, o operador
seleciona a marcha ao girar uma alavanca na coluna de direção, eliminando a mudança manual de troca.
Segundo Gabriel Freitas, especialista de retroescavadeira da empresa,
outra função importante da transmissão é o ajuste da sensibilidade da
modulação F/N/R (frente/neutro/ré),
cuja seleção é facilmente realizada
com dois botões e um display digital
no painel de instrumentos.
O Pilot Control, tipo joystick, oferece o maior número de
adaptações entre as retroescavadeiras do mercado, garantindo
ergonomia. “Qualquer operador, de qualquer estatura, vai conseguir
a posição mais agradável para trabalhar”, segundo Freitas.
O conforto da máquina é assegurado também pelo levantamento
dos estabilizadores com acionamento do tipo one touch, ou seja, o
operador dá um simples toque nos botões e os braços estabilizadores
sobem automaticamente até o fim de curso. Enquanto isso, ele pode
girar o banco, erguer a caçamba dianteira e iniciar a movimentação
da máquina, ganhando tempo na operação.
“O controle pilotado exige menor esforço do operador, sendo
indicado para aplicações em que o uso do implemento traseiro
predomina, como no saneamento e na escavação de valas para
irrigação”, aponta o especialista.
Veja +
Confira mais detalhes da Case 580N no site da Apelmat (www.apelmat.org.br).
44
APELMAT - SELEMAT
Janeiro/Fevereiro 2015
Opinião
Pratique o autocoaching para
concretizar seus planos em 2015
Por Vivian Rio Stella*
O
início de ano é um momento
em que muitas pessoas refletem sobre o que desejam realizar. Ler
mais, praticar esporte, ter um tempo
maior com a família e com os
amigos, viajar, aprender algo novo,
ter melhor qualidade de vida, atingir
metas, conquistar um outro
emprego, implementar um projeto
na empresa, organizar melhor a
agenda de trabalho, aprimorar as
relações interpessoais. Enfim, são
inúmeras as promessas para que o
ano que se segue seja mais instigante
e promissor do que foi o anterior.
Para ajudar a organizar tantas
ações e para que se tornem
efetivamente planos e sejam
concretizadas, propomos que você
pratique o autocoaching seguindo o
roteiro abaixo.
1) Para começar, escolha uma
forma para registrar esse exercício:
papel e caneta, um novo arquivo em
Word ou o gravador de voz do seu
smartphone.
2) Reserve de 20 a 30 minutos para
responder às perguntas a seguir,
focando na sua vida pessoal e/ou
profissional:
 Qual foi sua principal realização
em 2014?
 O que você deixou de realizar? O
que o impediu?
 Quais são seus cinco planos para
2015?
Dica: procure especificar, para
garantir maior eficácia do exercício.
 Qual é a ordem de prioridade deles?
 Qual foi o critério para a escolha dessa priorização?
 Que ações você precisa tomar para realizar cada um desses planos?
Dica: liste de forma específica os caminhos para concretizar esses
planos.
 Quais ações só dependem de você?
 Qual é o seu nível de energia para efetivamente pôr em prática essas
ações que dependem de você?
 Quais dependem de outras pessoas (colaboradores, fornecedores,
clientes, colegas, familiares)?
 Quão disposto você está para delegar as atividades que não
dependem apenas de você?
 Qual o prazo para concretizar cada um desses planos? E cada uma
das atividades?
 Quais são seus pontos fortes, que o ajudarão a realizar o planejado?
 Quais são os pontos cegos, que você ainda precisa desenvolver em
si mesmo ou precisa delegar para quem poderá executar?
 O que você fará ao longo do ano para minimizar os impactos desses
pontos cegos?
 O que você espera comemorar ao fim de 2015?
3) Guarde ou salve as respostas, para retomá-las no fim deste ano.
Agora começa a parte mais desafiadora e prazerosa: pôr em prática
essas ações. Você tem o ano todo para, pouco a pouco, transformar
seus planos em realidade.
Esse tipo de “planejamento” é fundamental para nortear suas ações
(e a de seus colaboradores) e para ajudar a “mensurar” seu sucesso
considerando o que você se propôs a realizar.
Essa prática ajuda também a evitar que você passe o ano novo
apagando incêndios diariamente, em vez de pensar e agir
estrategicamente, seguindo as prioridades preestabelecidas.
Reserve um tempo para fazer esse valioso exercício de autocoaching e colha os frutos desse planejamento ao longo de todo o ano.
Que este seja um ano repleto de sucesso e equilíbrio a todos!
*Vivian Rio Stella é professora, pesquisadora e sócia fundadora da VRS Cursos, Palestras e Coaching.
46
APELMAT - SELEMAT
Janeiro/Fevereiro 2015
Internacional
Assim vai a Europa...
Por Nuno Antunes Ferreira*
O
mundo continua sendo fascinante. Raramente pensamos no
planeta que habitamos como sendo
um ser vivo – que o é – e que faz
coisas em uma escala que ultrapassa
a nossa pequenez humana. Mas é
essa a realidade.
Gerir uma empresa, que também é
um ser vivo, requer determinação,
vontade de vencer e ainda o talento
necessário à criação de plataformas
de entendimento capazes de
acomodar diferentes visões e formas
de estar. Qualidade menos frequente
do que seria desejável.
E que qualidades serão necessárias
para gerir países num mundo em
permanente transformação? Basicamente as mesmas, com doses
acrescidas de bom senso!
Na Europa, o bom senso não se tem
evidenciado. Isso se traduz em ausência de crescimento econômico ou
em aumentos pífios. Esse fato, somado ao inverno que tem sido rigoroso,
resulta num adormecimento das
obras e da construção.
Mas o Velho Continente precisa de
mais obras? Claro que sim. Todo
mundo está esperando que o inverno
dê trégua e reza para que as medidas
recém-anunciadas pelo Banco
Central Europeu, bem como o
chamado Plano Juncker, façam
chegar dinheiro na economia e haja
algum investimento público e
privado.
Pode ser que então deslanchem as obras relacionadas, por
exemplo, ao setor energético,
campo no qual as preocupações
europeias são enormes.
Adicionalmente, as vias de
comunicação, quer se trate de
obras de manutenção e/ou
extensão de portos e aeroportos,
quer alargamento ou condicionamento de rodovias, solicitarão investimentos, os quais
espera-se sejam capazes de reanimar um dos mais importantes
setores de dinamização das
economias.
Enquanto isso não acontece, melhoramentos vários vão tendo
lugar em pontos diversos da Europa, em áreas capazes de
incrementar a eficiência e a produtividade do setor.
Tal como em tantos outros lugares do globo, na Europa continuam
sendo roubadas máquinas em grande quantidade. Porém, está
extremamente desenvolvido um sistema de identificação único de
equipamentos que muito facilita a localização e a recuperação pelas
autoridades.
Merece também destaque o BIM – Building Information
Modelling, ou Modulação de Informação de Construção. O BIM
vem se tornando muito popular, uma vez que permite a representação
digital de características físicas e funcionais, bem como a interação
dos intervenientes em grandes projetos de construção e
infraestruturas. O BIM pretende facilitar e acelerar os processos de
decisão sobre determinada obra.
Por fim, algumas curiosidades. A Suíça continua sendo o país onde
a construção é a mais cara do mundo. E o bilionário mexicano Carlos
Slim adquiriu 25,6% da construtora espanhola FCC. Será que ele está
descobrindo negócios também ao alcance das empresas brasileiras?
Um bom ano para todos e um excelente 2015 para o nosso Brasil!
*Nuno Antunes Ferreira, correspondente internacional da Revista Apelmat/Selemat, é especialista em marketing, vendas e negócios internacionais.
48
APELMAT - SELEMAT
Janeiro/Fevereiro 2015
Apelmat 30 Anos
Primeiros passos
Empreiteiros unem forças em torno de um objetivo:
conquistar melhorias
V
inte e seis corajosos empresários uniram forças e criaram a
Apelmat. Era uma quarta-feira, 29 de
maio de 1985, e um dos jornais à
época, O Estado de S. Paulo, destacava na página principal as divergentes opiniões em relação à
proposta de reforma agrária do
governo Sarney, mas também
repercutia um cenário econômico
um tanto delicado: a possibilidade de
aumento de impostos, alta nas taxas
de telefone, correio e trens, além do
congelamento do preço dos
combustíveis até julho.
O Brasil experimentou um crescimento econômico significativo no
fim dos anos 60 e início dos 70,
durante a ditadura militar, que gerou
investimento público em infraestrutura e apoio ao processo de
industrialização. Além dos investimentos diretos do Estado, a economia brasileira recebia financiamento
externo privado. Não à toa, muitas
obras estavam a pleno vapor.
“Havia muita demanda. Era a
famosa oferta e procura”, lembra
José Dias, da Gonçalves & Dias, um
dos fundadores da Apelmat. “Era
uma correria, com muitas obras e
pouca gente que trabalhava com
terraplenagem, diferentemente de
hoje. Naquele tempo, você saía na
rua e te seguravam para fazer uma
obra aqui e outra obra ali. Era um
mercado muito promissor.”
50
APELMAT - SELEMAT
Com mais investimento privado do que público, segundo Dias,
havia muito serviço de escavação para a construção de prédios, além
de muitos loteamentos. A pouca burocracia e a falta das atuais
exigências que contemplam questões ambientais davam velocidade
aos projetos.
“Tinha muita obra, mas não havia critério para cobrar”, lembra
Dias. E esse foi um dos fatores que motivaram a criação da Apelmat.
“Estávamos entre companheiros, que trabalhavam no mesmo ramo,
sem ter um posicionamento sobre como funcionavam as coisas e,
então, achamos por bem criar a associação”, afirma.
Por exemplo, não havia um entendimento sobre como cobrar pelo
trabalho. O preço, geralmente, era 20% abaixo do valor da areia.
“Isso não era uma coisa normal, porque cada um sabia do seu custo e
tinha que cobrar em função do seu custo”, fala Dias.
O grupo de fundadores da associação já se conhecia de várias
obras, e as primeiras conversas sobre a entidade aconteceram na Rua
Professor Vahia de Abreu, travessa da Avenida Santo Amaro, Zona
Sul da cidade de São Paulo. Depois o grupo passou a se reunir no
salão localizado em cima do Restaurante Gouvea, na Santo Amaro.
Janeiro/Fevereiro 2015
Apelmat 30 Anos
Portugueses em sua maioria, os empreiteiros
tinham uma mentalidade empresarial diferente da
atual, que é mais profissional. “Naquele tempo, o
pessoal queria trabalhar, ganhar dinheiro”, conta.
Mas os ventos que sopravam sobre a economia
brasileira mudaram de direção na década de 80.
“Nesse período, o País viveu estagnação econômica,
inflação descontrolada e pressão das dívidas”,
pontua o professor Luis Alberto Machado, vicediretor da Faculdade de Economia da Fundação
Armando Alvares Penteado (Faap). “Esse é o retrato
do Brasil, principalmente na segunda metade desse
período, porque a primeira metade ainda vivenciou o
resultado do bom desempenho dos anos 70.”
Considerados a década perdida, os anos 80
marcam o fim do ciclo de expansão que o Brasil
experimentou no chamado Milagre Econômico.
Também é um período que registrou queda da
produção industrial e da economia, com altas taxas
de desemprego e inflação.
Os consecutivos planos econômicos foram
malsucedidos em atacar a inflação, que crescia e
voltava mais forte após cada investida. “As ações
não atingiam a raiz do problema”, comenta
Machado. Foi nesse contexto que a Apelmat nasceu.
“Os brasileiros tiveram que se acostumar às
mudanças constantes nas regras do jogo. Isso, para
qualquer corporação, é terrível. Muitas empresas não
conseguiram subsistir”, diz Machado.
O Estado de São Paulo viveu essa experiência em
escala máxima. “Acompanhei reuniões de grandes
organizações, da Fiesp, da Federação do Comércio e
de outras entidades, e era desesperador. Com a
inflação que tínhamos, com quatro dígitos, a visão
era de curtíssimo prazo. A questão era sobreviver. E
isso não ficava restrito aos donos de empresas, mas
estava presente até mesmo no convívio social. Cada
um estava preso ao seu umbigo.”
Talvez esse contexto explique, em parte, a
dificuldade em emplacar um dos projetos da
associação: levar adiante a ideia de que era preciso
trabalhar com uma margem de lucro que
considerasse os custos operacionais e fazer ações
que contribuíssem para que algumas dessas despesas
fossem reduzidas.
“Quando fizemos a Apelmat, queríamos que o
nosso custo baixasse. O pensamento era fazer uma
compra maior de itens como pneus para caminhão,
óleo de motor etc. e repassar o material entre os
www.apelmat.org.br
participantes do negócio pelo preço do custo que
tivesse sido negociado”, explica Dias. Mas a ideia
não saiu do papel.
Houve algumas tentativas de levantar entre as
empresas associadas quais eram os itens de que elas
mais precisavam e quanto gastavam por mês. Foi
elaborada uma planilha na qual os empreiteiros
poderiam indicar, por exemplo, quanto consumiam
de óleo lubrificante por mês e qual o gasto que
tinham. “Não devolviam a pesquisa. E nós sempre
colocávamos na mesa: precisamos levantar o que
comprar. Mas o pessoal saía fora.”
Quanto custa?
A fim de estabelecer um parâmetro para o preço
dos serviços, a associação, começou a discutir quais
custos impactavam o valor final cobrado dos
clientes. “Hoje os custos de uma empresa servem de
referência, mas naquele tempo não”, lembra Dias.
Por quatro anos o tema foi debatido entre os
associados, até o dia em que um consultor foi
contratado para apontar a real despesa que uma
empresa tinha. “Montamos uma tabela, num quadronegro, para mostrar quanto custava o equipamento, a
parte rodante dele, o operador, o combustível etc.”,
conta o fundador da associação.
Mesmo assim, depois de tudo bem explicadinho,
mas diante do período de crise, com a escassez de
obras, o grande ponto entre os empreiteiros era
conseguir trabalhar, mesmo com margens reduzidas.
“Afinal, muita gente tinha comprado caminhões e
máquinas de forma financiada e tinha que pagar as
contas”, fala Dias. “E ainda achavam que a
associação tinha que arrumar serviço para eles – e
essa não era nem obrigação nem o objetivo da
Apelmat. Estávamos ali para orientar.”
O objetivo inicial da Apelmat foi alcançado: reunir
empresários do setor. “No começo, um monte de
portugueses se uniu, começou a se ajudar e, a partir
daí, outras pessoas apareceram porque viram que as
coisas iam bem”, diz Dias. “A minha gestão como
presidente da associação foi para aglutinar o pessoal
e fazer alguma coisa em benefício do empreiteiro.”
Uma delas foi o consórcio de caminhões e de
caçambas para caminhão.
Dias afirma, sem titubear, que se tivesse de fazer
tudo de novo, faria. Mesmo não tendo levado a cabo
tudo o que foi planejado, o saldo é positivo. “Disso
não tenho dúvida. Afinal, você não faz nada
sozinho”, completa.
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
51
Social
52
APELMAT - SELEMAT
Festa de confraternização da Apelmat/Selemat 2014
Janeiro/Fevereiro 2015
Festa de confraternização da Apelmat/Selemat 2014
www.apelmat.org.br
Social
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
53
Social
Festa de confraternização da Apelmat/Selemat 2014
Cota Master
54
APELMAT - SELEMAT
Cota Ouro
Cota Prata
Janeiro/Fevereiro 2015
Natal Solidário
www.apelmat.org.br
Social
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
55
Social
Natal Solidário
Em números
Apoio Institucional
- 110 famílias atendidas, totalizando 500 pessoas
- 500 lanches distribuídos
- 190 crianças presenteadas com brinquedos adequados
para sua faixa etária
- 110 cestas de Natal
Associação Brasileira dos Sindicatos e Associações
Representantes dos Locadores de Máquinas,
Equipamentos e Ferramentas
Colaboradores
MONTENA
DICA
LM
LASWEB
LC MONTELI
56
SILT
NEWPAV
PIO
AMPLYTUDE
OZAKI
METRAGEM
MAXXITERRA
VGM
BR ROAD
LOMATER
APELMAT - SELEMAT
SEIXO
TECNOTERRA
NOVA ORLEANS
CALUSI
H2LIFE
DALTERRA
BAUTO
A MONTE VERDE
ROMANA
DIVEPE
TRACBEL
TRANSTER
GETEFER
BMC
EVERTON
GONÇALVES E DIAS
AFONSO
DR. LUIZ FERNANDO
PELEGRINA
MEGA MÁQUINAS
ENTERSA
MRT TRATORES
SOTREQ
RANGEL PARK
WANDY RENTAL
Janeiro/Fevereiro 2015
www.apelmat.org.br
Evento da Caterpillar
Social
Evento da Sotreq
Social
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
57
Linha Direta Apelmat
PATROCINADOR
EMPRESA
Contato
E-mail / Site
Telefone
Página
Caoa
Romac
Divepe
Sotreq
Ciber
Shark
Veneza
Link-Belt
Auxter
Bobcat
Romanelli
Komatsu
Maxter
Atlas Copco
Apelmat
Feira Brazil Road 2015
Feira M&T 2015
Concrete Show
BW Expo
Gerson
Gerente Michel
Claudio Terciano
Paulo Rogério
Reciclotec
Andrea Zomignani
Fabio Carmona
Kurt
Roberto Mazzutti
Alberto Rivera
-xBauko Geraldo
Sergio
Fernando Groba
Marcos Dechechi
-x-xCassiano Facchinetti
Renato Grampa
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
_
(11) 3837-3000
(11) 94303-4300
(11) 3504-8600
(11) 3718-5044
(11 ) 2605-2269
(11 ) 2159-9000
(11) 3198-2053
(15) 3325-6402
(11) 3602-6000
(11) 2505-6181
(43) 3174-9000
(11) 3693-9336
(11) 3173-1010
(11) 3478 8966
(11) 99915-9713
(11) 3893-1306
(11) 3662-4159
(11) 4878-5901
(11) 4304-5255
2ª contracapa
3ª contracapa
4ª contracapa
05
07
09
11
13
15
17
19
23
27/29/41
25
39
43
45
47
49
www.sharkmaquinas.com.br
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
www.romanelli.com.br
www.komatsu.com.br
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
CLASSIFICADOS
EMPRESA
Contato
E-mail / Site
Telefone
ITR
Ecoplan
Everton
Sevilha
Metragem
Luna
Loctrator
Montena
AF
Monte Verde
Seixo
Romana
Dalterra
SAT
Saluter
Abevak
Fogaça Máquinas
Rodalink
Monteli
Martins Macedo
Celso
Roberto Cardia
Euler
Valdir
César Madureira
José Spinassé
Mauricio ou Rafael
Eduardo
Afonso
Marcus Welbi
Paulo ou Eduardo
Chacrinha
Adalto
Miltom Gazano
Vanderlei Cristiano
Sra. Alcenir
Telma
Leandro
-x-x-
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
www.montena.com.br
[email protected]
[email protected]
www.seixo.com.br
_
(11) 3340-7555
(51) 3041-9100
(11) 3525-8700
(11) 2141-1700
(11) 3782-7474
(11) 2952-8752
(11) 3686-6000
(11) 2413-3139
(11) 5513-4681
(11) 5061-7028
(11) 2409-4344
(11) 3621-4190
(11) 7846 2358
(11) 3621-3844
(11) 3776-7480
(11) 5641-0376
(11) 3609-6591
(11) 4448-1891
(11) 5666-8211
(11) 3079-8506
www.dalterra.com.br
www.terraplanagemsantoamerico.com.br
[email protected]
[email protected]
www.fogacamaquinas.com.br
[email protected]
[email protected]
[email protected]
Peças
58
APELMAT - SELEMAT
Locação e Terraplenagem
Página
63
64/65
66/67/68
69
70
70
71
72
73
73
74
74
75
75
76
76
77
78
79
79
Serviços
Janeiro/Fevereiro 2015
Agenda Apelmat
Expo Apelmat
MARÇO Sotreq
10
JULHO
7
OUTUBRO
6
ABRIL
Peças e
Serviços
7
JULHO
Disponível
Disponível
21
NOVEMBRO
3
MAIO
Disponível
Disponível
Disponível
MAIO
Disponível
5
AGOSTO
Disponível
4
NOVEMBRO
17
19
AGOSTO
18
Disponível
Disponível
JUNHO
2
SETEMBRO
1
Disponível
Disponível
JUNHO
16
SETEMBRO
15
Disponível
Disponível
Disponível
Rodada de Negócios
MARÇO Abevak e
17
AGOSTO
11
ABRIL Rekom
Pró Eletro
Peças e Serviços
Disponível
MAIO
Divepe Serviços
Peças e Serviços
14
SETEMBRO
8
12
OUTUBRO
Disponível
13
Disponível
Disponível
JULHO
14
NOVEMBRO
10
Disponível
Disponível
Palestras
MARÇO Auxter
31
JULHO
28
ABRIL Web Pesados
Tendências de Mercado
Roberto Mazzutti
28
SETEMBRO
Disponível
MAIO
Renovação da Frota
OUTUBRO
Disponível
22
26
JUNHO
Disponível
27
Disponível
Disponível
23
NOVEMBRO
24
Disponível
Reunião de Diretoria
JANEIRO
FEVEREIRO
MARÇO
ABRIL
MAIO
JUNHO
AGOSTO
SETEMBRO
OUTUBRO
NOVEMBRO
DEZEMBRO
31
11
12
30
14
18
13
10
8
5
3
Cursos
60
Operador de Máquinas - com Oswaldo dos Santos Junior
JANEIRO
JANEIRO
JANEIRO
JANEIRO
FEVEREIRO
FEVEREIRO
FEVEREIRO
FEVEREIRO
FEVEREIRO
8
15
22
29
5
12
19
26
28
MARÇO
MARÇO
MARÇO
MARÇO
MARÇO
ABRIL
ABRIL
ABRIL
ABRIL
5
12
19
26
28
2
9
16
23
ABRIL
ABRIL
MAIO
MAIO
MAIO
MAIO
MAIO
JUNHO
JUNHO
25
30
7
14
21
28
30
11
18
JUNHO
JUNHO
JULHO
JULHO
JULHO
JULHO
JULHO
AGOSTO
AGOSTO
25
27
2
16
23
25
30
6
13
AGOSTO
AGOSTO
AGOSTO
SETEMBRO
SETEMBRO
SETEMBRO
SETEMBRO
SETEMBRO
20
27
29
3
10
17
24
26
APELMAT - SELEMAT
Janeiro/Fevereiro 2015
Agenda do Setor
Feiras
MARÇO
24 a 26
Feira
Brazil Road
Expo 2015
JUNHO
9 a 13
Feira
M&T
Expo 2015
AGOSTO
26 a 28
Feira
Concreteshow
2015
OUTUBRO
26 a 28
Feira
BW
Expo 2015
Analoc
MARÇO Visita à Analoc
JANEIRO Regularização
5
da entidade
estatuto
2
com Palestra
Sindileq - RJ
MARÇO Posse do novo
JUNHO Congresso
26
11
Presidente do
Sindileq-MG
na feira
M&T Expo
Sobratema
ABRIL Workshop
8
2015
JUNHO Feira
9
M&T
Expo 2015
JULHO
10 a 12
M&T Expo
Congresso
2015
JUNHO Feira
13
M&T
Expo 2015
ABRIL Tendências de
8
Mercado da
Construção
Fecomercio
FEVEREIRO Reunião Conselho de FEVEREIRO Reunião Plenária
9
Serviços Fecomercio
(eleição)
23
Fecomercio
MARÇO Reunião Conselho
16
de Serviços
Fecomercio
MARÇO Reunião Plenária
23
Fecomercio
ABRIL Reunião Conselho
ABRIL Reunião Plenária
MAIO Reunião Conselho
MAIO Reunião Plenária
28
13
27
18
25
de Serviços
Fecomercio
Fecomercio
de Serviços
Fecomercio
Fecomercio
JUNHO Reunião Conselho
JUNHO Reunião Plenária
AGOSTO Reunião Conselho
AGOSTO Reunião Plenária
15
29
17
24
de Serviços
Fecomercio
SETEMBRO Reunião Conselho
14
de Serviços
Fecomercio
NOVEMBRO Reunião Conselho
16
de Serviços
Fecomercio
Fecomercio
SETEMBRO Reunião Plenária
28
Fecomercio
DEZEMBRO Reunião Plenária
7
Fecomercio
de Serviços
Fecomercio
OUTUBRO Reunião Conselho
19
de Serviços
Fecomercio
Fecomercio
OUTUBRO Reunião Plenária
26
Fecomercio
DEZEMBRO Reunião Plenária
14
Fecomercio
(coquetel)
Datas sujeitas a alterações.
Confirme pelo site www.apelmat.org.br
ou telefone (11) 3722-5022 ramal 4
www.apelmat.org.br
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
61
Classificados
Setor de Peças
Empresa
ITR
Página
63
Ecoplan
64/65
Everton
66/67/68
Sevilha
69
Setor de Locação e Terraplenagem
Empresa
Página
Faça sua
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departamento!
Metragem
70
Luna
70
Loctrator
71
Montena
72
AF
73
Monte Verde
73
Seixo
74
Romana
74
Dalterra
75
SAT
75
Celular Marcos Dechechi
Saluter
76
(11)
(11)
3722-5022
99915-9713
Setor de Serviços
Empresa
62
Página
Abevak
76
Fogaça Máquinas
77
Rodalink
78
Monteli Seguros
79
Martins Macedo
79
APELMAT - SELEMAT
Janeiro/Fevereiro 2015
PEÇAS
www.apelmat.org.br
Classificados
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
63
Classificados
64
APELMAT - SELEMAT
PEÇAS
Janeiro/Fevereiro 2015
PEÇAS
Classificados
Rua dos Nauticos, 116
Vila Guilherme
São Paulo - SP - Brasil
Cep: 02066-040
E-mail: [email protected]
www.apelmat.org.br
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
65
Classificados
66
APELMAT - SELEMAT
PEÇAS
Janeiro/Fevereiro 2015
PEÇAS
www.apelmat.org.br
Classificados
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
67
Classificados
68
APELMAT - SELEMAT
PEÇAS
Janeiro/Fevereiro 2015
PEÇAS
www.apelmat.org.br
Classificados
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
69
Classificados
70
APELMAT - SELEMAT
LOCAÇÃO E TERRAPLENAGEM
Janeiro/Fevereiro 2015
LOCAÇÃO E TERRAPLENAGEM
www.apelmat.org.br
Classificados
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
71
Classificados
72
APELMAT - SELEMAT
LOCAÇÃO E TERRAPLENAGEM
Janeiro/Fevereiro 2015
LOCAÇÃO E TERRAPLENAGEM
www.apelmat.org.br
Classificados
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
73
Classificados
LOCAÇÃO E TERRAPLENAGEM
Rua Cachoeira do Sul 412, Vila Jaguara - São Paulo / SP
(11) 3621-4190 / (11) 3621-5283 / (11) 99904-4052 (Chacrinha)
74
APELMAT - SELEMAT
Janeiro/Fevereiro 2015
LOCAÇÃO E TERRAPLENAGEM
www.apelmat.org.br
Classificados
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
75
Classificados
LOCAÇÃO E TERRAPLENAGEM
Classificados
SERVIÇOS
76
APELMAT - SELEMAT
Janeiro/Fevereiro 2015
SERVIÇOS
www.apelmat.org.br
Classificados
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
77
Classificados
78
APELMAT - SELEMAT
SERVIÇOS
Janeiro/Fevereiro 2015
SERVIÇOS
www.apelmat.org.br
Classificados
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
79