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Edição 162 - Março/Abril 2015
www.apelmat.org.br
Qual é a receita
da sobrevivência?
Especialistas falam sobre como
enfrentar os próximos meses
Gestão e negócios
Manutenção e mercado
A força dos compactos
no cenário atual
Confiança: o alicerce para
conquistar clientes novos e
manter fiéis os de longa data
Edição 162 - Março/Abril 2015
PÁGINA
6
Editorial
Ameaça ou oportunidade?
PÁGINA
8
PÁGINA
16
Manutenção
e Mercado
PÁGINA
22
Obras
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32
Especialistas advertem para dificuldades neste ano.
Cautela e prevenção são indispensáveis para a sobrevivência
O transporte de equipamentos de terraplenagem deve seguir
normas e observar regras principalmente quanto à amarração
Gestão e
Negócios
PÁGINA
35
Máquinas compactas são cada vez mais usadas por conta da
versatilidade que apresentam ao assumir ampla gama de funções
Reportagem
de Capa
PÁGINA
28
Destaques em terraplenagem, construção civil,
infraestrutura, obras públicas e gestão
Cenário
Selemat
Fidelizar a clientela vai além de descobrir suas necessidades
e atendê-las. Confira as dicas de especialistas
Seac-SP obtém decisão que exclui a incidência
do ISS na base de cálculo do PIS/Cofins
PÁGINA
36
PÁGINA
38
Os desafios da indústria da construção pesada paulista
diante do cenário macroeconômico brasileiro
Opinião
Entrevista
Marcio Cardoso, da JLG, fala sobre os 15 anos de atuação
da companhia no Brasil e a evolução do mercado no período
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40
PÁGINA
42
De conceitos à realidade
Internacional
Lançamento
Caterpillar e Case Construction Equipment
lançam dois novos equipamentos cada uma
PÁGINA
46
PÁGINA
50
Qual é o melhor momento para trocar um equipamento?
Para saber com precisão, é preciso fazer um cálculo matemático
Frota
Apelmat
30 Anos
1986: a festa de fim de ano acontece pela primeira vez e
reúne as famílias dos associados em evento de gala
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52
PÁGINA
60
Confira os eventos dos últimos meses
Social
Agenda
Apelmat
Acompanhe a programação da associação para este ano
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62
Classificados
PÁGINA
80
Tabela
As melhores ofertas de serviços e equipamentos
Preços de locação e prestação de serviços de terraplenagem
Expediente
APELMAT
Composição da Diretoria da Apelmat 2014/2018
Presidente - Marcus Welbi Monte Verde
Vice-Presidente - Flávio Figueiredo Filho
Vice-Presidente - José Antonio Spinassé
Vice-Presidente - Wanderley Cursino Correia
Vice-Presidente - Alex Sandro Martins Piro
Vice-Presidente - Rubens Pelegrina Filho
Vice-Presidente - Luis Carlos Gomes Leão
Vice-Presidente - Hilário José de Sena
Secretário - César Augusto Madureira
Tesoureiro - Milton Gazzano
Diretor Executivo - Vanderlei Cristiano V. Rodrigues
Diretor Executivo - Paulo da Cruz Alcaide
Diretor Executivo - Afonso Manuel Vieira da Silva
Conselheiro Fiscal - José Abrahão Neto
Conselheiro Fiscal - Gilberto Santana
Conselheiro Fiscal - Ademir Geraldo Bauto
Conselheiro Fiscal - Vicente de Paula Enedino
Suplente de Conselho Fiscal - Luiz Gonzaga de Brito
Diretoria Adjunta da Apelmat 2014/2018
Diretor Adjunto - José Doniseti Luiz
Diretor Adjunto - Luiz Carlos Vieira da Silva
Diretor Adjunto - José Eduardo Busnelo
Diretor Adjunto - Emerson Dias Correia
Diretor Adjunto - Ivomario Netto Pereira
Conselho Consultivo da Apelmat 2014/2018
Presidente do Conselho - Marcus Welbi Monte Verde
Conselheiro - Silas Piro
Conselheiro - Sergio dos Santos Gonçalves
Conselheiro - Edmilson Antonio Daniel
Conselheiro - Antonio Augusto Ratão
Conselheiro - Marco Antonio C. F. de Freitas
Conselheiro Consultivo - José Dias da Silva
Conselheiro Consultivo - Armando Sales dos Santos
Conselheiro Consultivo - Jovair José Marcos Merlo
Conselheiro Consultivo - Elvecio Bernardes da Silva
Conselheiro Consultivo - Wilson Lopes Moço
Conselheiro Consultivo - Artur Madureira Carpinteiro
Conselheiro Consultivo - Flavio Fernandes de Freitas Faria
Conselheiro Consultivo - Maurício Briard
Conselheiro Consultivo - Manuel da Cruz Alcaide
SELEMAT
Composição da Diretoria do Selemat 2014/2018
Presidente - Marcus Welbi Monte Verde
Vice-Presidente - Flávio Figueiredo Filho
Secretário - César Augusto Madureira
Tesoureiro - Milton Gazzano
Suplente de Diretoria - Wanderley Cursino Correia
Suplente de Diretoria - Alex Sandro Martins Piro
Suplente de Diretoria - José Ayres
Suplente de Diretoria - Ricardo Bezerra Topal
Conselheiro Fiscal - Manuel da Cruz Alcaide
Conselheiro Fiscal - Luiz Gonzaga do Nascimento
Conselheiro Fiscal - Fernando Rubio Mazza
Suplente de Conselho Fiscal - Fabio Lourenço de Paulo Lima
Suplente de Conselho Fiscal - Jamerson Jaklen Silva Pio
Suplente de Conselho Fiscal - Adalto Feitosa Alencar
Delegado Efetivo - Marcus Welbi Monte Verde
Delegado Efetivo - Manuel da Cruz Alcaide
Delegado Suplente - Maurício Briard
Delegado Suplente - Flavio Figueiredo Filho
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APELMAT - SELEMAT
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A Revista Apelmat/Selemat é uma publicação da Associação Paulista dos Empreiteiros e Locadores de Máquinas de
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Empresas Locadoras de Equipamentos e Máquinas de
Terraplenagem do Estado de São Paulo.
Os artigos assinados não refletem necessariamente a
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Março/Abril 2015
Editorial
Boa leitura!
César Augusto Madureira
Tesoureiro da Apelmat e do Selemat
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APELMAT - SELEMAT
Março/Abril 2015
Cenário
Foto: Elio Sales/SAC
Brazil Road Expo 2015
O Brasil ainda é grande dependente de rodovias para o
escoamento de sua produção e, por causa disso, a qualidade
dessas vias é assunto relevante para o País em termos de
competitividade. Diante desse cenário, a quinta edição da
Brazil Road Expo apresentou as principais novidades de
fabricantes e distribuidores de equipamentos e produtos para
construção e manutenção de estradas e vias urbanas, pontes,
viadutos e túneis, pavimentação em asfalto e concreto,
soluções para drenagem, contenção de encostas, segurança,
sinalização e gestão de vias e rodovias.
Concessões de aeroportos
previstas para 2016
O ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha,
afirmou que os aeroportos de Porto Alegre,
Salvador e Florianópolis serão concedidos à
iniciativa privada no primeiro semestre do ano
que vem. Ao participar de evento sobre gestão
aeroportuária, Padilha destacou, no entanto,
que os aeroportos de Manaus, Congonhas e
Santos Dumont não serão repassados à
iniciativa privada.
Entre 24 e 26 de março, o evento reuniu profissionais que
atuam em regionais de órgãos ligados ao Ministério dos
Transportes (Dnit, ANTT, EPL etc.), além de DERs,
concessionárias de rodovias, prefeituras, locadoras de
equipamentos, empreiteiras, engenheiros e projetistas, entre
outros.
Leia a cobertura completa do evento na próxima edição da
Revista Apelmat/Selemat.
De acordo com Padilha, a intenção do
governo é licitar os três aeroportos juntos,
mesmo considerando que a elaboração do
edital referente ao Aeroporto Salgado Filho,
em Porto Alegre, seja mais complexa. “A ideia
é licitar todos juntos, no primeiro semestre do
ano que vem, porque lá (em Porto Alegre)
teremos a construção de um novo aeroporto.
Faremos a concessão do já existente (Salgado
Filho) com a obrigação de o concessionário
construir um novo”, ressaltou.
O novo terminal, que deve ficar a cerca de 20
quilômetros do aeroporto da capital gaúcha,
tem previsão de estar pronto em 2029. “Atualmente o Salgado Filho está em obras. E vão
começar (a serem construídos) um hotel e uma
extensão de pista. Ele está sendo adequado
para atender ao Rio Grande do Sul até 2029.
Até lá, o outro vai estar pronto”, informou.
Cartas na mesa
A primeira Rodada de Negócios Apelmat ocorreu em março, na sede da entidade. A Pró Eletro e a Abevak
levaram aos associados propostas que incluíam descontos, melhor atendimento e atenção personalizada.
Alex Teixeira Veneranto, superintendente comercial da Pró Eletro, apresentou os produtos da companhia e toda
a tecnologia envolvida. O associado da Apelmat que adquirisse produtos a partir do valor apresentado na palestra
também poderia escolher uma viagem para o Sul ou para o litoral como bonificação.
Roberto Teixeira, gerente da Abevak Mangueiras, destacou o serviço exclusivo de “leva e traz” oferecido pela
companhia, além de descontos aos associados e a possibilidade de atendimento sob medida.
A segunda Rodada de Negócios será realizada em 14 de abril, com a Divepe e a Rekom.
Errata
Na edição 161, na matéria “Braços direitos dos operadores”, a foto publicada na página 21, na coluna esquerda, é
de Thiago Cibim, gerente de suporte ao produto C&F (Construção e Florestal) da John Deere, diferentemente do
que é citado na legenda que a acompanha.
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APELMAT - SELEMAT
Março/Abril 2015
Cenário
Obras confirmadas em Marília
O Ministério das Cidades autorizou o início de duas obras
de reservação e abastecimento de água no município de
Marília, em São Paulo. O investimento é de R$ 4,243
milhões.
As obras são de ampliação da reserva de abastecimento de
água da área de distribuição do distrito de Padre Nóbrega em
500 metros cúbicos e Jardim Riviera em 200 metros cúbicos.
Nos dois reservatórios estão projetadas ainda interligações
hidráulicas com a rede existente e implantação de sistema de
macromedição de vazão e nível.
Além disso, está previsto aumento no abastecimento de
água da área de distribuição do reservatório em 2 mil metros
cúbicos e da Estação de Tratamento de Água (ETA) Peixe
em mil metros cúbicos. Esta última obra será em concreto e
enterrada.
Também estão incluídas no orçamento as interligações
hidráulicas entre os reservatórios existentes e os novos, bem
como dispositivos medidores de vazão e monitoramento de
vazão e pressão.
Abertura solene
A Auto Sueco São Paulo, rede exclusiva de
caminhões e ônibus da Volvo, recebeu toda a
diretoria da Volvo e do Grupo Nors, além de
clientes, na inauguração oficial da unidade de
Barueri, a nona do grupo no Estado.
Durante a cerimônia, o presidente do Grupo
Nors, Tomás Jervell, reafirmou o compromisso
com os investimentos no Brasil. “Nossas
operações aqui já duram oito anos, sendo cinco
só com a Auto Sueco São Paulo. Nesse período,
investimos cerca de R$ 100 milhões na
ampliação da rede de concessionárias em 50%,
além de modernizar as unidades já existentes.
Momentos de dificuldades econômicas, como
o que temos visto atualmente no Brasil, servem
como oportunidade para nos estruturarmos e
seguirmos o ritmo de crescimento registrado
desde 2010”, afirmou.
A nova concessionária fica no km 22 da
Rodovia Castelo Branco, no sentido do
interior, e dispõe de uma área total de 25 mil
metros quadrados.
M&T Expo 2015 cria expectativas otimistas no mercado
De 9 a 13 de junho, ocorre a M&T Expo 2015 – 9ª Feira e Congresso Internacionais de Equipamentos para Construção e a 7ª Feira e Congresso Internacionais de Equipamentos para Mineração, no São Paulo Expo Exhibition &
Convention Center, nova denominação do Centro de Exposições Imigrantes, localizado em São Paulo (SP).
Segundo a Associação Brasileira de Tecnologia para
Construção e Mineração (Sobratema), organizadora e
promotora do evento, a feira já está com mais de 95% de
área vendida e os principais fabricantes confirmaram participação. A expectativa é contar, em uma área de 110 mil
metros quadrados, com mais de 500 expositores nacionais
e internacionais, e receber cerca de 54 mil visitantes.
O M&T Expo Congresso será realizado de 10 a 12 de
junho e contará com seminários e eventos especiais, como
o 3º Congresso Nacional de Valorização do Rental, realizado pela Associação Brasileira dos Sindicatos, Associações
e Representantes dos Locadores de Equipamentos,
Máquinas e Ferramentas (Analoc).
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APELMAT - SELEMAT
Março/Abril 2015
Cenário
Estratégias para a sucessão familiar
A HSM Educação Executiva trouxe para o Brasil um dos maiores especialistas em gestão de empresas
familiares: Ivan Lasberg, autor do best-seller De Geração para Geração. Durante o Seminário HSM Family
Business, realizado em março, Lasberg falou sobre a importância do planejamento e alertou para alguns riscos.
“É necessário pelo menos cinco anos para que a pessoa que irá suceder possa estar por dentro de tudo o que
ocorre na empresa. Tentar precipitar a sucessão pode significar o fracasso da companhia”, disse Lasberg, que
acrescentou seis pontos cruciais para os empresários que estudam qual a melhor escolha para comandar a
empresa no futuro. Confira:
1 - Identificar os desafios internos e traçar uma estratégia. Fazer um
relatório imparcial com alguns nomes cotados para assumir o cargo de
presidência da empresa, contendo os pontos fortes e os que precisam
ser melhorados de cada candidato ou grupo cotado para assumir
(irmãos, primos). É importante ter mais de uma opção para fazer a
escolha, e é um diferencial quando a pessoa já atuou em alguma outra
empresa que não seja da família.
2 - Os valores da companhia têm de estar em primeiro plano. Se o
sucessor vier de fora do círculo familiar, é necessário que ele tenha
valores semelhantes aos da empresa.
3 - Capacitar os candidatos exige paciência. É necessário
desenvolver as habilidades de cada um aos poucos e aplicar testes
circunstanciais. Momentos de crise são grandes oportunidades.
4 - É importante que a decisão de escolha do sucessor não seja feita
apenas por uma pessoa. O ideal é que um grupo possa analisar e
avaliar o trabalho das pessoas cotadas.
5 - É necessário se reinventar todo dia. Não é porque o negócio deu
certo há alguns anos que esse mesmo modelo terá continuidade. Por
isso, um perfil de empreendedor ágil, que arrisque e procure inovar
nas ações, faz a diferença.
6 - É importante que o candidato reúna algumas características: capacidade de conquistar a confiança dos
funcionários; ser um líder que dê exemplo e que cumpra o que prometeu com consistência; capacidade de se
comunicar com diferentes públicos e de se colocar no lugar dos outros funcionários em situações complicadas.
Veja +
Confira a cobertura completa no site da Apelmat.
New Holland Construction aposta na Agrishow 2015
O crescimento significativo das vendas de máquinas e equipamentos de construção para o segmento da
agricultura nos últimos anos faz da Agrishow um momento fundamental no fomento de negócios para a New
Holland Construction. Nesta edição da feira agrícola, que será realizada entre 27 de abril de 1º de maio em
Ribeirão Preto (PR), a marca levará alguns de seus lançamentos de 2015 no Brasil: o trator de esteiras D180C e a
escavadeira E215C.
Essas e outras máquinas estarão expostas no estande da
marca para mostrar a força e versatilidade dos equipamentos
de construção no campo. “Com o equipamento de construção
adequado, é mais fácil padronizar o tamanho dos talhões, a
largura dos carreadores, as áreas de carregamento e os
modelos de curva de nível a serem adotados”, afirma Marcos
Rocha, gerente de marketing de produto da New Holland
Construction.
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APELMAT - SELEMAT
Março/Abril 2015
Cenário
Para secretário estadual de Transportes,
a desaceleração das obras foi necessária
O secretário estadual de Logística e Transportes, Antonio
Duarte Nogueira, afirmou que o governo do Estado de São
Paulo tem como uma de suas prioridades deixar as rodovias
paulistas nas melhores condições possíveis. Ao mesmo
tempo, reconheceu que, por conta da queda na arrecadação, a
situação dos pagamentos das obras executadas está em
atraso. Nogueira fez questão de anunciar que o governo
estadual prevê investimentos de R$ 10 bilhões para o DER,
entretanto, não especificou o prazo de aplicação do
montante.
As declarações foram
feitas durante encontro
realizado em março no
Sindicato da Indústria da
Construção Pesada de São
Paulo (Sinicesp) que reuniu
dirigentes de empresas do
setor. Na reunião, Nogueira
esteve acompanhado do
secretário adjunto de
Logística e Transportes,
Alberto José Macedo
Filho, e do superintendente
do DER, Armando Costa
Ferreira.
Na avaliação do secretário, a alteração dos cronogramas de obras, que passaram a ter um ritmo de
desaceleração, foi uma medida necessária para que, ao
contrário do que vem ocorrendo em outros Estados, não seja
imprescindível a paralisação efetiva das obras.
BMC amplia parceria
com XCMG
O ano de 2015 começou com novidades para
a Brasil Máquinas de Construção (BMC). A
empresa ampliou a parceria com a XCMG
iniciada em 2008 com a comercialização de
motoniveladoras, passando a distribuir os rolos
compactadores da marca.
O carro-chefe é o XS122, com um cilindro
liso e 12 toneladas de peso operacional. “Esse
equipamento é o primeiro que distribuiremos
da família porque representa a faixa e o tipo de
rolo compactador mais utilizados nas obras
rodoviárias brasileiras”, diz Felipe Cavalieri,
presidente da BMC.
Segundo o executivo, além da tecnologia
embarcada, o rolo terá o diferencial do
financiamento via Finame, do BNDES, pois
será produzido no Brasil.
Veja +
Confira os detalhes do XS122 no site da
Apelmat.
Casa nova
Maior distribuidora da John Deere Construção e com forte atuação no Nordeste do País, a Veneza
Equipamentos expandiu os negócios com a inauguração da unidade matriz para o Estado de São Paulo, onde
foram centralizadas todas as operações do segmento de construção.
Localizada em Indaiatuba, a estrutura conta com 25 mil metros quadrados e comporta máquinas de até 90
toneladas. Ela está estrategicamente instalada a apenas 10 quilômetros das fábricas da John Deere e a 5
quilômetros do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas.
A unidade comercializa todo o portfólio para os segmentos de construção e oferece serviços de pós-venda,
pintura, implementação e customização das máquinas.
“Com a nova unidade, buscamos alcançar um grande destaque no mercado nos próximos anos”, afirma Marcos
Hacker Melo, diretor executivo da Veneza Equipamentos.
Veja +
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APELMAT - SELEMAT
Março/Abril 2015
Manutenção e Mercado
Compactos
mostram força
Contrariando as estimativas de queda para os equipamentos da linha
amarela, equipamentos de menor porte, como miniescavadeiras, podem
ter crescido 6% em 2014. O momento favorável impulsiona
investimentos no Brasil por parte das fabricantes desse tipo de máquina,
que vem desbravando aplicações em novos mercados
O
ferecer serviços e máquinas
diferenciadas pode ser uma
estratégia interessante para driblar a
crise. Com essa aposta, os chamados
equipamentos compactos têm descoberto novos nichos de aplicação,
evitando, assim, a dependência do
setor de construção. Os resultados
são animadores a ponto de fabricantes fazerem planos de expansão
da atividade no País.
Para o locador de máquinas, a
aquisição de exemplares com essa
configuração de menor porte
também pode oferecer uma série de
vantagens. “O locador é um
prestador de serviços e, como tal, um
fornecedor de soluções. Alugar
aquilo que o cliente quer significa
entrar numa 'vala comum' em que o
16
APELMAT - SELEMAT
Mário Neves, da
Wacker Neuson Brasil
“Projetamos para este
ano um crescimento ao
redor de 30% nas vendas”
diferencial será somente o preço. O que gera um bom faturamento é
oferecer soluções novas, muitas vezes utilizando equipamentos
diferentes daqueles que os clientes conhecem e resolvendo
problemas que eles nem lembram que têm”, opina Mário Neves,
especialista em equipamentos compactos da Wacker Neuson Brasil.
Março/Abril 2015
Manutenção e Mercado
Máquinas como pás-carregadeiras compactas,
manipuladores telescópicos compactos, miniescavadeiras, minicarregadeiras e dumpers são cada vez
mais utilizadas no Brasil principalmente pela
versatilidade que apresentam ao assumir uma ampla
gama de funções. Elas podem ser empregadas em
ornamentação e jardinagem, paisagismo, limpeza de
aviários em granjas, transporte de materiais em
espaços confinados, indústria de pré-moldados,
movimentação de estruturas metálicas, materiais de
construção, compostagem, empresas de reciclagem,
fábricas de rações, indústrias de fertilizantes,
movimentação de cavacos de madeira, entre outras
utilizações. Além disso, podem ser usadas em obras
rodoviárias, nas quais oferecem a vantagem de evitar
que se faça interdição nas faixas de trânsito, por
exemplo.
Apesar dos mais de 40 anos de atuação no Brasil, a
Wacker Neuson não tinha distribuidores. “Nossas
vendas eram feitas basicamente para 20 grandes
locadores, que possuíam sua própria assistência
técnica”, explica Neves. No ano passado, porém, a
empresa nomeou distribuidores, promoveu
treinamentos para a área de pós-venda, nacionalizou
alguns componentes e deu o pontapé inicial da
fábrica do grupo em Itatiba (SP). “Foram mais de
300 máquinas de pequeno porte vendidas e
projetamos para este ano um crescimento ao redor de
30% nas vendas, em função da atuação dos novos
distribuidores e da consolidação dos antigos”, diz.
Segundo um estudo apresentado recentemente
pela Associação Brasileira de Tecnologia para
Construção e Mineração (Sobratema), em 2013
foram vendidas 915 unidades de miniescavadeiras,
registrando um crescimento em torno de 5% sobre o
volume do ano anterior. Para 2014, a previsão era que
seriam vendidas no Brasil 970 unidades, um salto de
6%, e as perspectivas para este ano são de um
aumento ainda maior.
Nos próximos dois anos, a Wacker Neuson lançará
13 modelos novos de minicarregadeiras. Além delas,
Neves aposta na linha de dumpers e nos
manipuladores e carregadeiras compactos por sua
capacidade de trabalhar como empilhadeiras por
18
APELMAT - SELEMAT
todo o terreno. “Essas máquinas têm facilidade de
acesso a lugares com pé-direto baixo e, por isso, são
produtos com mercado garantido”, destaca.
Outras vantagens
Célio Neto Ribeiro, diretor da Maxter Máquinas,
concessionária de equipamentos de pequeno porte
das marcas Wacker Neuson, Carmix, All Work,
M&B Crusher e Simex, também aposta em um
futuro promissor no segmento dos compactos.
Ribeiro conta que, em 2014, as vendas de
compactos da empresa cresceram em relação ao ano
anterior em torno de 50%, o que representa um
aumento muito acima da realidade do mercado. “Um
fator que nos ajudou a obter um desempenho muito
maior foi o aumento do leque de nossos produtos e o
nosso empenho em atender o pequeno e o
microusuário, aquele que tem uma ou duas máquinas
tanto para locar quanto para prestar serviços”,
analisa.
Célio Neto Ribeiro, da Maxter Máquinas
“Os custos dos compactos com combustível,
manutenção preventiva e corretiva são inferiores”
Dentro do mix de produtos, Ribeiro conta com
miniescavadeiras de 1 a 5,5 toneladas; minicarregadeiras, pás-carregadeiras compactas, manipuladores
telescópicos compactos, rolos compactadores
compactos, caçambas trituradoras, peneiras
rotativas, rompedores hidráulicos, fresadoras,
escarificadoras rotativas e autoconcreteiras. “Eu
diria que cada uma tem a sua relevância e é importante para o nosso sucesso. Neste ano, introduziremos mais produtos, que deveremos lançar na
M&T Expo”, antecipa.
Março/Abril 2015
Manutenção e Mercado
Além da versatilidade de aplicações, o diretor da
Maxter destaca outras vantagens dos compactos, que
podem ser especialmente interessantes no cenário
econômico atual. “Elas começam pelo volume de
investimento e passam pelas facilidades de
transporte, custo de manutenção e de operação e
desempenho”, enumera. “Também os custos de
consumo dos compactos com combustível,
manutenção preventiva e corretiva são infinitamente
inferiores; não há como comparar.”
Mesmo considerando o período atual pouco
favorável aos investimentos para a compra de
máquinas, Ribeiro acredita que, devido ao alto custo
da mão de obra de qualidade, os equipamentos de
menor porte começam a ser vistos como uma
excelente alternativa – principalmente para os
pequenos e médios usuários e locadores. “A
utilização do compacto correto no canteiro de obras
é, com certeza, a garantia de ganho de produtividade
e rentabilidade, e esse caminho é irreversível.”
Ribeiro considera que oferecer produtos
inovadores agrega um alto valor. “As empresas que
confiaram na mecanização do canteiro de obras,
utilizando novos conceitos e inovando na oferta de
produtos e serviços, se destacaram no mercado por
haverem conseguido ofertar aos clientes soluções
com um custo-benefício muito maior do que a
maioria dos locadores ou prestadores de serviços que
têm uma visão conservadora”, avalia.
Mudança de paradigma
Para Roberto Mazzutti, consultor da área de
vendas da Auxter, concessionária da marca JCB no
Estado de São Paulo, o cliente começa a visualizar
todas as vantagens dos compactos, mas ainda é um
pouco resistente. “Estamos tentando catequizar e
levar para o caminho correto, de forma técnica,
porque são usos e aplicações diferentes. O locador,
por exemplo, vai poder alugar a máquina pequena
por um valor mais alto que a grande, pois é um
modelo diferenciado”, explica.
Com o intuito de levar mais informações sobre esse
tipo de máquina ao mercado, Mazzutti ministra uma
palestra na Apelmat em março. Em sua apresentação,
trará, principalmente, dados de mercado que
mostram, por exemplo, que houve um salto de 108%
www.apelmat.org.br
na demanda por minipás-carregadeiras de 2009 para
2010. “E esse valor continuou crescendo. Houve
uma queda em 2012, mas em 2015 o patamar deverá
ser praticamente o mesmo de 2010”, revela.
Para este ano, a Auxter projeta um crescimento de
15% a 20% nas vendas da minirretroescavadeira
1CX, da marca JCB – um equipamento “dois em
um”, que pode ser utilizado como minicarregadeira
ou como miniescavadeira.
Roberto Mazzutti, da Auxter
“A solução de determinado problema pode
ser mais fácil e rápida do que se imagina”
Para que as previsões positivas se concretizem,
Mazzutti aposta na expansão em segmentos como
paisagismo e urbanismo. “No Brasil, esse setor é
atraente, principalmente com o aumento da
construção de condomínios, que trazem uma gama
de fornecedores de plantas, arbustos, transplantes de
árvores, ornamentação e jardinagem, entre outros.
Para se ter ideia, nos Estados Unidos esse segmento é
responsável pelo consumo de 60% das máquinas de
pequeno porte”, diz.
Mazzutti define os equipamentos compactos como
porta-ferramentas, capazes de receber grande
variedade de implementos para trabalhar em muitas
funções. “Se você tirar a caçamba de uma
carregadeira compacta e acoplar garfos para pallets,
a máquina se transforma em empilhadeira. Se tirar os
garfos pallets e acoplar uma caçamba em um
manipulador telescópico, ele se transforma numa
carregadeira de longo alcance”, explica. “A solução
de determinado problema pode ser mais fácil e rápida
do que se imagina.”
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
19
Reportagem de Capa
Saúde nos
negócios
O sinal vermelho acendeu há algum tempo, e os especialistas continuam
advertindo para dificuldades nos meses vindouros. Neste momento,
sanar as “doenças” é prioridade, mas cautela e prevenção ainda são
indispensáveis para a sobrevivência
Q
uando a previsão do tempo
alerta para a chegada de uma
frente fria e já se está resfriado, vale a
pena pegar um casaco a mais para
enfrentar as baixas temperaturas ao
sair ou é melhor ficar em casa, tomar
um remédio, fortalecer a imunidade
e evitar que a gripe se torne uma
pneumonia? Com a perspectiva de
baixíssimo ou de nenhum
crescimento na economia, inflação
em alta e câmbio instável, ainda
assim é recomendável renovar a
frota ou é melhor priorizar a “saúde”
dos negócios?
22
APELMAT - SELEMAT
Davi Jerônimo,
do Sebrae-SP
“É como um jogo de xadrez:
é preciso se movimentar
e calcular os riscos”
A melhor atitude, sem dúvida, depende basicamente dos cuidados e
da prevenção realizados no passado e do diagnóstico atual dos
“sinais vitais” de cada empresa. No entanto, os especialistas são
unânimes ao detectar que o período exige muita cautela. “Não há
competitividade se a empresa não tem saúde”, afirma Eurimilson
Daniel, vice-presidente da Associação Brasileira de Tecnologia para
Construção e Mineração (Sobratema).
Março/Abril 2015
Reportagem de Capa
Segundo a pesquisa Principais Investimentos em
Infraestrutura no Brasil até 2019, encomendada pela
Sobratema à consultoria Criactive e divulgada no
ano passado, estavam previstos aportes financeiros
públicos e privados da ordem de R$ 1,17 trilhão
durante esse período. No entanto, o quadro que se vê
hoje é de muitas obras paralisadas. “Esse mercado é
muito dinâmico. No passado, quem trabalhava com
óleo e gás, por exemplo, estava em uma situação
melhor”, cita.
Para se manter competitivo atualmente, uma das
principais atitudes a tomar é a redução de custos. No
entanto, ela tem suas limitações. “Se a empresa troca
um funcionário por outro de menor salário, perde
qualificação”, relembra. Porém, outras ações
pontuais podem auxiliar a empresa a se reestruturar,
tais como, primeiramente, a análise do faturamento
atual; a negociação de dívidas com os bancos; o
recondicionamento de peças ao invés da compra de
novas; e, mais drasticamente, o corte de benefícios
mais simples. Em último caso, se está com máquinas
paradas na frota, pode ser mais interessante vendê-..las e colocar o dinheiro no caixa para quitar dívidas.
O vice-presidente da Sobratema avalia que o
mercado está “áspero” e ele ainda não consegue
enxergar uma melhora para o segundo semestre.
“Infelizmente haverá queda de preço, mudanças
contratuais, desvalorização junto ao cliente. Nesse
cenário, não existe fidelização e há falta de
capacidade de investir em novas máquinas”, fala.
24
APELMAT - SELEMAT
Essa situação é mais dramática para as empresas
que não fizeram um planejamento no passado e que,
por isso, não tiveram como se posicionar para
enfrentar esta fase mais delicada da economia. As
companhias de menor porte, que não têm condições
de locar com preços mais baixos, sofrem ainda mais.
“As grandes compram melhor e conseguem locar
mais barato. Se as pequenas fazem isso para
competir, sofrem prejuízo e quebram”, pontua
Daniel.
Enxergar as oportunidades
Apesar das perspectivas negativas para o setor no
curto prazo, baseado em estudos realizados pela
Sobratema, Daniel acredita ser possível ver uma luz
no fim do túnel no médio e longo prazo. O
levantamento do ano passado mostrou, entre outros
dados, que o segmento de locação deve contabilizar
mais de 35 mil máquinas, com pelo menos 50%
(cerca de 17 mil) em operação. Há oito anos, esse
número não passava de 5 mil.
Estima-se que o parque de máquinas com até dez
anos de uso deverá crescer a uma taxa de 6% a 7%
nos próximos quatro anos. Para os exemplares com
menos de quatro anos de atividade, a previsão é de
retração até 2016 e retomada em 2017. Caso os
clientes finais realmente deixem de adquirir equipamentos, essa pode ser uma oportunidade para os
locadores. “Se os juros do banco aumentarem, os
clientes finais vão alugar mais e comprar menos”,
lembra.
Considerando-se que muitos locadores adquiriram
máquinas em 2010 – alguns ainda estão pagando por
elas –, a tendência é de um envelhecimento progressivo da frota. Apesar disso, são poucas as empresas
que pensam em investimentos para renovação.
Entretanto, há casos em que o alinhamento pode
ser uma alternativa: identificar a vocação da
companhia, a capacidade de mão de obra e técnica, e
oferecer aquilo que o mercado pede para alcançar a
melhor rentabilidade.
Março/Abril 2015
Reportagem de Capa
Em outra situação, a inovação da frota disponível
pode ser uma exigência do mercado. Em tempos de
vacas magras, o usuário final vai buscar um
equipamento que proporcione maior produtividade,
e o locador que tem uma frota antiga não poderá
proporcionar esse resultado. Nesse contexto, ressalta
Daniel, quem dispõe de máquinas com tecnologia
embarcada deve valorizar sua locação.
Outro ponto crítico a ser levado em conta é o
próprio ciclo de vida da máquina. Depois de cinco
anos de operação, invariavelmente o custo de
manutenção aumenta. Vale a pena arcar com ele? “É
hora de pensar em renovar, porque senão o locador
pode pecar pelo resultado que o equipamento vai
trazer”, observa.
Daniel acredita que reuniões e fóruns de discussão
sobre o tema dentro das associações são a melhor
forma de pensar coletivamente e chegar às ações que
devem ser tomadas neste momento.
Eficiência na gestão
Analista de bens de capital da Tendências
Consultoria, Bruno Rezende procura não ser
alarmista, mas considera que decisões políticas
equivocadas culminarão em um ano ruim como um
todo e pior para o segmento de construção civil.
“Ainda mais se considerarmos a iminência do
racionamento de água e energia, bem como a
situação da Petrobras e das construtoras”, fala.
Além disso, as análises feitas pela consultoria
apontam para um ano de recessão, com o produto
interno bruno (PIB) em queda de 1,2%.
“Infelizmente, não há nenhuma perspectiva de que
haja uma melhora no segundo semestre.”
Especificamente para a construção civil, as
projeções não são animadoras: queda de 6,5%.
“Resultante principalmente da retração da Petrobras
e dos atrasos nos cronogramas das obras de
infraestrutura”, explica. Tudo isso contribui para que
o nível de confiança se mantenha baixo, assim como
no ano passado.
www.apelmat.org.br
Rezende avalia que, apesar de o segmento
imobiliário estar um pouco melhor que o de
infraestrutura, a decisão de compra de imóvel por
uma família, por exemplo, poderá ser adiada por
conta das incertezas econômicas. Além disso, há um
“estoque” de imóveis que foram finalizados e
entregues em 2014, mas que ainda não foram
ocupados. “A reação de vendas será a de enxugar
esses estoques”, aposta.
Bruno Rezende,
da Tendências
Consultoria
“Não há nenhuma
perspectiva de que
haja uma melhora no
segundo semestre”
Apesar do cenário desanimador, o consultor chama
a atenção para o fato de que, neste momento,
máquinas e equipamentos apresentam uma pressão
de custo muito menor. “Está abaixo da inflação,
devido à pouca demanda”, esclarece. Essa pode ser
uma oportunidade interessante para quem está
capitalizado e tem condições de fazer aquisições de
maquinário no curtíssimo prazo. “No médio prazo,
talvez não valha a pena.”
Vale lembrar, no entanto, que os ajustes fiscais
conduzidos pelo ministro da Fazenda, Joaquim
Levy, reforçam ainda mais o contexto negativo. “São
medidas contracionistas. Acredito que haverá um
crescimento mais saudável em meados de 2016”,
calcula.
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
25
Reportagem de Capa
Paralelamente à cautela para aquisição de
empréstimos e para a adoção de medidas de redução
de custos – cuidados importantes também citados
pelo vice-presidente da Sobratema –, Rezende
aconselha a implantação de medidas que visem a
otimizar os processos internos, baseadas na
manufatura enxuta (lean manufacturing), por
exemplo. “Essas melhorias operacionais são
movimentos sadios que seguem a conduta defensiva
adequada para o momento”, justifica. Ações focadas
no aperfeiçoamento da gestão da empresa também
podem conduzir à descoberta de novos nichos e
mercados.
Para atravessar a tempestade atual sem maiores
danos, é fundamental fazer uma projeção realista de
vendas. “Não apenas no curtíssimo prazo. É preciso
estar ciente de que as condições pioraram e devem
agravar-se”, ressalta. Porém, se a decisão de compra
já foi tomada, é melhor efetuá-la quanto antes.
“Daqui a seis meses, a situação poderá estar pior.”
Como driblar
Davi Jerônimo, consultor de administração do
Sebrae-SP, concorda com Rezende em relação à
procura por novos nichos e mercados. “Este é um
setor viciado. Quando algum cliente final corta os
pedidos, não se sabe para onde correr. É preciso
aumentar o leque e buscar a diversificação”, analisa.
Ao contrário do analista da Tendências, Jerônimo
acredita que 2015 não vai ser fácil para nenhum
setor, mas que a construção civil tem viés de alta,
conseguindo superar algumas crises graças às obras
do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), por
exemplo. “O governo não vai deixar de cumprir
esses compromissos.”
Para Jerônimo, a busca por novos mercados deve
estar aliada, assim como os outros especialistas já
citaram, a uma revisão do planejamento e de
planilhas de custos, com a consciência de que as
vendas não irão crescer. “Por isso, quaisquer
investimentos devem ser pontuais”, orienta.
Ao que parece, algumas empresas já estão
seguindo alguns passos recomendados pelos
analistas de mercado. Uma pesquisa feita pela
Fundação Dom Cabral, da qual alguns dados foram
extraídos para matéria de capa da revista Exame,
apontou as estratégias que os presidentes das
companhias vêm adotando para enfrentar as
dificuldades de 2015.
Segundo o trabalho, existe um percentual
significativo de empresas que desejam entrar em
novos segmentos de mercado no Brasil (7% entre as
grandes e 10% entre as médias) e há até aquelas que
planejam explorar o exterior (5% das grandes e
também das médias).
Surpreendentemente, um número ainda maior de
companhias (principalmente de médio porte)
pretende desenvolver e lançar novos produtos (21%
das médias e 7% das grandes), o que pode comprovar
a teoria dos especialistas de que a crise inspira a
inovação. E, apesar das dificuldades no horizonte
próximo, 70% entre as 130 empresas consultadas
pela revista Exame conseguem prever uma elevação
em suas receitas.
Ainda sustentando o otimismo, porém seguindo
uma cartilha mais tradicional, há 38% das grandes
companhias e 36% das médias apostando no
aumento da participação nos mercados em que
atuam. Além disso, 38% das grandes e 26% das
médias já estão tomando cuidados para diminuir
custos e, com isso, aumentar a eficiência da
operação.
Para Jerônimo, o mais importante é buscar
alternativas extras e investir nos diferenciais da
empresa. “Neste momento, são poucos os gestores
que conseguirão enxergar, mas, certamente, haverá
aqueles que se darão bem”, afirma. “É como um jogo
de xadrez: é preciso se movimentar e calcular os
riscos.”
Veja +
Veja, no site da Apelmat, como evitar armadilhas financeiras.
26
APELMAT - SELEMAT
Março/Abril 2015
Obras
Carga pesada
O transporte de equipamentos de terraplenagem até o local da obra deve
seguir normas e observar as regras principalmente quanto à amarração.
Qualquer acidente no percurso pode trazer sérias consequências
E
studiosos de probabilidades e
prevenção de acidentes costumam repetir a máxima de que quanto
maior a complexidade do sistema,
mais elementos interagem entre si e
as chances de acidente tornam-se
maiores. No transporte de equipamentos de terraplenagem, muitas
variáveis podem estar envolvidas e,
portanto, todo cuidado é pouco. Na
opinião de José Antônio Spinassé,
diretor da Luna Transportes, os
profissionais hoje estão mais bem
informados. “Mas é sempre bom
lembrar que os valores dos equipamentos são muito altos para se arriscar com um transporte barato. Por
isso, a escolha deve seguir critérios
de segurança e qualidade”, orienta.
28
APELMAT - SELEMAT
José Antônio Spinassé,
da Luna Transportes
“É sempre bom lembrar que os
valores dos equipamentos são
muito altos para se arriscar
com um transporte barato”
Spinassé explica que, primeiramente, devem ser obtidas licenças
de autorização especial de trânsito (AET), exigidas quando as
dimensões do conjunto transportador ultrapassarem 18,60 metros de
comprimento, 4,40 metros de altura e 2,60 metros de largura, vazio
ou carregado. “Elas existem nas esferas municipal, estadual e
federal, e também há uma licença para peso bruto total (PBT) acima
de 45 toneladas”, relaciona.
Março/Abril 2015
Gestão e Negócios
O diretor da Luna alerta também para o fato de que não existe
licença para transportar duas máquinas de grande porte em uma
única viagem. “Além da tonelagem de balança por eixo, não se
pode nunca ultrapassar o peso técnico do eixo. No caso de
acidente, se o seguro pegar um erro de excesso de peso técnico,
não pagará o sinistro” explica.
O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) de São
Paulo, em sua AET, considera que, para toda carga que
ultrapassar 45 toneladas, deve ser recolhida a tarifa de peso
(TAP). “Ela é calculada por cada tonelada que ultrapassa esse
valor e pelo número de praças de pedágio”, descreve Spinassé.
“Para isso, a empresa deve mandar a nota ou ficha técnica que
comprove o peso do equipamento. Por exemplo: 'tara do
conjunto transportador com 23 toneladas e equipamento com 32
toneladas, totalizando 55 toneladas'.” Nesse caso, o cálculo será
para as 10 toneladas que ultrapassam o limite de 45 toneladas.
“Essa legislação é válida para o transportador de cargas
indivisíveis”, ressalta.
No caso da contratação de uma empresa transportadora, ela
terá de oferecer seguro de risco de acidente e de roubo de carga
para o traslado. “Isso vale do embarque ao desembarque. Caso o
equipamento já conte com seguro, fica facultativo ao tomador
exigir ou não o de roubo.” A sinalização da carreta também é
obrigatória e apresenta formato e dimensões definidas pelo
Conselho Nacional de Trânsito (Contran). “E quando a largura
ultrapassar 3,20 metros, é obrigatório o acompanhamento de
escolta credenciada”, acrescenta.
Para Spinassé, consultar especialistas do ramo com
experiência comprovada e procurar manuais de distribuição de
cargas e amarrações são as melhores formas de realizar esse
transporte adequadamente. Além disso, os motoristas do setor,
pela nova legislação, deverão passar por um curso de 50 horas
sobre carga indivisível, cuja certificação deverá constar em suas
carteiras nacionais de habilitação (CNHs).
Nova legislação
O conhecimento de normas da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT) envolvidas na inspeção de materiais
voltados para movimentação, amarração e elevação de cargas e
a atenção aos prazos estipulados pelas normas reguladoras
(NRs) e normas técnicas (NBRs) devem andar paralelamente
com a realização de inspeções periódicas nos materiais. Afinal
de contas, os profissionais que atuam na área respondem
legalmente por quaisquer acidentes e não podem alegar
desconhecimento dessas regulamentações.
Atuando como consultora de projetos de movimentação para
clientes como Gerdau, Caterpillar, Metso e Tecsis, entre outras,
a Rigging Brasil relaciona algumas das principais NRs e NBRs
sobre a inspeção desses materiais. São elas: NR 11 (inspeção
www.apelmat.org.br
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
33
Obras
permanente de cabos de aço, cintas, correntes,
roldanas e ganchos e substituição das partes
defeituosas) e NR 12 (inspeção e manutenção
preventiva e corretiva de máquinas e equipamentos,
conforme determinação da fabricante e normas
técnicas oficiais).
Também há normas técnicas específicas para a
inspeção de materiais utilizados na amarração, como
laços de cabo de aço (NBR 13541/13543), cintas
têxteis (NBR 15637), correntes e lingas de corrente
(NBR 15516-2). “A obrigatoriedade da amarração e
os requisitos mínimos estão previstos nas normas do
Contran, porém não se tem uma resolução específica
para máquinas e equipamentos. A amarração de
carga é um item obrigatório e deve ser realizada em
100% dos transportes de cargas indivisíveis”, observa Gustavo Cassiolato, diretor da Rigging Brasil.
Fernando Fuertes, especialista
“Infelizmente ainda presenciamos muitos acidentes envolvendo
o transporte de máquinas empregadas na terraplenagem”
O executivo reforça que, até julho de 2015, os
condutores devem obrigatoriamente passar por um
curso específico para o transporte de cargas indivisíveis. “Nele serão abordados assuntos referentes à
prática de amarração de carga”, comenta. “O
treinamento é obrigatório e está previsto Resolução
168 do Contran.”
Cassiolato acredita, porém, que a fiscalização é
ineficiente principalmente devido à falta de
conhecimento específico sobre amarração de carga
por parte dos agentes rodoviários. “E como não
temos resoluções específicas para o transporte de
equipamentos, eles podem apenas orientar em caso
de insegurança na operação, exigindo que o
transportador refaça a amarração até verificar que
não ofereça risco no transporte”, explica.
30
APELMAT - SELEMAT
De acordo com o diretor da Rigging, a multa só
pode ser gerada nos casos em que a carga cair no leito
da via, conforme artigo 231, incisos I e II do Código
de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97). “Mas, a partir
de julho de 2015, os agentes poderão multar os
condutores de veículos desse tipo de carga que não
tiverem realizado o treinamento obrigatório.”
Cassiolato observa que as empresas só dão valor a
esse tipo de serviço quando vivenciam algum
acidente. “Poucas estão preocupadas em proceder de
forma adequada, realizando projetos de amarração
de carga com estudos corretos, transportando os
equipamentos em carrocerias apropriadas,
promovendo treinamentos específicos aos
caminhoneiros com orientações específicas, entre
outras medidas”, lamenta.
O que deve ser feito
Fernando Fuertes, engenheiro especialista em
elevação e amarração de cargas, concorda com
Cassiolato e ressalta que não há espaço para o
amadorismo e para o improviso nessa área, pois
altíssimos valores de força entram em ação durante
as frenagens, curvas e acelerações, e todos os
equipamentos usados para a amarração devem estar
em perfeito estado. “Infelizmente ainda presenciamos muitos acidentes envolvendo o transporte de
máquinas empregadas na terraplenagem. São
equipamentos de grandes dimensões, muito pesados
e que se deslocam na plataforma de transporte como
se fossem uma folha de papel”, aponta.
Com experiência de 15 anos na área e cursos de
especialização realizados no Brasil e no exterior,
Fuertes é responsável pela empresa de consultoria e
treinamento Amarração Serviços e Consultoria
Técnica. Ele ensina que, para uma correta amarração
da carga, é necessário dimensionar e calcular as
forças máximas que atuarão no sistema durante o
transporte. “Uma vez feito isso, o usuário deverá
definir os equipamentos de contenção normatizados
a serem utilizados – e nunca misturá-los”, enfatiza.
Entre as opções estão cintas têxteis com catraca
tensionadora e ganchos com trava de segurança nas
extremidades; correntes com catraca tensionadora,
encurtadores e ganchos com travas nas
extremidades; cabos de aço com dispositivos
tensionadores (esticadores, guinchos de alavanca); e
ganchos com trava de segurança nas extremidades.
Março/Abril 2015
Fuertes explica que a amarração da carga ao veículo de transporte
sempre deverá ser calculada, dimensionada e especificada de acordo
com a norma vigente, e ainda muito desconhecida, da ABNT: a NBR
15883-1. Já o emprego e a especificação dos equipamentos de
amarração deverão estar em conformidade com a norma ABNT NBR
15883-2 (amarração com cintas têxteis). “Como referência
estrangeira para o uso de cabos de aço e correntes, sugerimos as
normas europeias EN 12195-3 (amarração com correntes grau 8) e a
EN 12195-4 (amarração com cabos de aço) enquanto não temos as
normas da ABNT para esses itens”, orienta.
Na ausência
desses e de outros itens obrigatórios, o transportador pode
infringir o artigo
230 e algum de
seus incisos. Como, por exemplo, o inciso IX –
CTB (conduzir o
veículo com
equipamento
Gustavo Cassiolato, da Rigging Brasil
obrigatório ine“A amarração de carga é um item obrigatório e deve ser
ficiente/inoperealizada em 100% dos transportes de cargas indivisíveis”
rante.
Na opinião do especialista, a preocupação e a busca por
informações e pela elaboração de manuais têm crescido. “Seja por
meta interna de redução de avarias e acidentes, seja pela
recomendação e persistência das companhias seguradoras”, observa.
“A solução é a busca contínua pela especialização, pela capacitação
técnica e pela criação de procedimentos operacionais, além da
atualização e do treinamento dos envolvidos no transporte desse tipo
de carga.”
Veja +
Entre as fornecedoras de equipamentos para as obras da Usina
Hidrelétrica de Belo Monte, a BMC-Hyundai encarou uma série de
desafios para percorrer os mais de 3 mil quilômetros que separam
Itatiaia (RJ) e Belém (PA). Leia os detalhes dessa operação logística
no site da Apelmat.
Confira também um exemplo de amarração ineficaz de escavadeira
e outro de procedimento mais adequado.
www.apelmat.org.br
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
31
Gestão e Negócios
Como se fosse
a primeira vez
Uma “conquista” constante é o que clientes novos e antigos esperam
de uma empresa ou prestadora de serviços. Segundo especialistas,
fidelizar a clientela vai além de descobrir suas necessidades e
atendê-las: boa abordagem, postura adequada e atenção contínua
ajudam na manutenção dos negócios mesmo em momentos de crise
P
arceiros que conseguem se reconquistar e se surpreender
mutuamente a cada dia geralmente
estão associados a relacionamentos
amorosos duradouros, como muitas
comédias românticas produzidas em
Hollywood já retrataram. Em uma
relação empresa-cliente, curiosamente, a fórmula do sucesso parece
ser a mesma, com a diferença de que
ligando as duas partes está o
produto/serviço oferecido. Ainda
seguindo a metáfora, é muito fácil
perceber, todavia, que não se trata de
uma relação monogâmica. Muito
pelo contrário.
Enquanto mantém “companheiros” fiéis de longa data, uma empresa está sempre em busca de novos,
em um importante trabalho para
ampliar cada vez mais seu círculo e,
consequentemente, seus negócios.
32
APELMAT - SELEMAT
Myrian Mourão, da Mhaya Consultoria e Treinamentos
“O profissional deve conquistar
a confiança mostrando que seu interesse não é vender,
e sim, em primeiro lugar, conhecer onde pode ser útil”
Mas como manter todo esse jogo em perfeita harmonia sem que
ninguém se sinta insatisfeito, principalmente em momentos de crise?
“Se o profissional se conscientizar de que a prospecção é contínua e o
resultado é a fidelização do cliente, não vai ter que se dividir entre um
e outro”, opina Myrian Mourão, da Mhaya Consultoria e
Treinamentos, especialista na sondagem de clientes em períodos
adversos.
Março/Abril 2015
Uma das principais “armas de sedução” nos negócios é, sem
dúvida, oferecer a solução que o cliente está procurando (e da
qual, muitas vezes, nem se deu conta). Trata-se do famoso “foco
na necessidade”, que está presente na cartilha de todo bom
vendedor. Não é uma tarefa muito fácil de ser realizada, ainda
mais quando o alvo é alguém que mal se conhece. Para Myrian,
porém, o maior problema está no fato de que pouquíssimas
empresas realmente abordam o público-alvo visando às
necessidades dele, e não às suas próprias. “Na verdade, os
vendedores que fazem prospecção estão focados em vender, em
fechar as metas, e é esse sentimento que vem à tona quando
pegam o telefone ou ao fazer contato por e-mail e redes sociais”,
observa.
“As vendas chamadas inspiracionais tomam o
lugar das consultivas. E a confiança
é o nome que representa o alicerce de tudo”
Segundo a especialista, para evitar que essa intenção
transpareça, é fundamental, entre outras coisas, evitar o
discurso decorado. “O profissional deve conquistar a confiança
mostrando que seu interesse não é vender, e sim, em primeiro
lugar, conhecer onde pode ser útil e como a empresa dele poderá
tornar o cliente mais produtivo”, recomenda. Para ela, esse
comportamento pode levar à descoberta de informações
surpreendentes. Além disso, o fato de abrir o diálogo livrará o
vendedor do estereótipo de ser alguém que precisa fechar uma
transação comercial a qualquer custo.
O mau momento nos negócios, assim como em um
casamento, tende a ser menos doloroso quando a relação entre
as duas partes está fortalecida. Afinal de contas, justamente em
períodos de crise as empresas buscam saídas para continuar
competitivas. “Elas negociam com os fornecedores e, em
último caso, quando não existe acordo ou interesse em soluções,
é hora de sair da zona de conforto, analisar friamente e com mais
atenção outras opções. Se você tem algum diferencial ou pode
negociar, é o tempo certo para isso”, orienta Myrian.
Informação como recurso
De acordo com a consultora, a procura por informações de
qualidade sobre os potenciais clientes – considerada uma
ferramenta valiosa – vem sendo negligenciada pelas empresas.
“Muitas prospectam sem uma qualificação criteriosa. Às vezes
compram cadastros, recebem indicação e nem observam
atentamente o site da empresa, as notícias, o blog etc.”,
exemplifica.
Como principais fontes de pesquisa, Myrian sugere revistas
do segmento, portais e até mesmo as redes sociais destinadas a
profissionais, como o LinkedIn, para obter informações sobre
os decisores. Ela também destaca a importância de se manter
www.apelmat.org.br
Gestão e Negócios
informado sobre o que acontece no mercado em re- melhor maneira de se destacar diante da competição
lação a novos empreendimentos, como implantações acirrada, principalmente em tempos de crise, é
de novas fábricas, abertura de filiais e incorporações. “inspirar clientes e pessoas, e atuar com poder
“Alguns dados como esses poderão ser obtidos no carismático”. “É preciso ser agradável, atraente,
portal Areaguas (www.areaguas.com)”, indica.
simpático, generoso, leal, fiel e sustentável com
Além de estar municiado com elementos tudo, incluindo as relações humanas. E também
relevantes sobre clientes antigos e em potencial, o investir no jovem, nas escolas, nas faculdades e, se
empresário precisa inteirar-se sobre seus possível, divulgar sua imagem para as crianças desde
concorrentes. Por se tratar de um processo o período das escolas fundamentais.”
desgastante na opinião da
Segundo o professor, para que
maioria dos compradores, a troca
um líder empresarial seja
de fornecedores costuma ser
forjado, é necessário ter
evitada ou adiada ao máximo e,
consciência sobre a evolução nas
por isso, trazer novos clientes
relações. “O mundo, o período
para a carteira pode ser uma
em que vivemos e a tecnologia
tarefa mais árdua em certas
mudaram, e é preciso trabalhar
ocasiões. “Conhecer
no comando do tempo, não a
profundamente as outras
reboque dele. E, claro, tudo isso
empresas que competem com
exige coragem, que, muito mais
você no setor, analisar os pontos
do que a motivação, é a alavanca
fortes e fracos deles e,
central de toda e qualquer
principalmente, saber quais são
superação.”
os seus próprios pontos fortes e
Tejon acrescenta que hoje em
fracos é essencial. Antes de
dia não basta “desvendar” o que o
prospectar em uma empresa,
cliente carece. “Entendemos por
questione: 'Qual é o atual
necessidades descobrir o que ele
José Luiz Tejon, da ESPM
f o r n e c e d o r d e s s e c l i e n t e “É preciso ser agradável,
atraente, simpático,
já sabe precisar. Agora, muito
generoso, leal, fiel e sustentável com tudo,
potencial? Onde eu posso
mais do que isso, é fundamental
incluindo as relações humanas”
superá-lo? Onde ele pode me
inspirá-lo para percepções ainda
suplantar?'”
não imaginadas por ele e que, ao se transformar em
Para José Luiz Tejon, coordenador do MBA em percebidas e exequíveis, alteram totalmente suas
agronegócio da Escola Superior de Propaganda e estratégias de sucesso no futuro. Por isso, as vendas
Marketing (ESPM) e que atualmente leciona no chamadas inspiracionais tomam o lugar das
novo MBA internacional da faculdade com a consultivas. E a confiança é o nome que representa o
Audencia Nantes École de Management, em Paris, a alicerce de tudo”, conclui.
Veja +
Um primeiro contato malsucedido ou comportamentos inadequados podem arruinar quaisquer
perspectivas de negócios. Por isso, a maneira certa de se portar ao telefone ou a roupa mais indicada
para uma reunião ou evento corporativo merecem atenção principalmente dos profissionais de vendas
ou daqueles que lidam diretamente com os clientes. Confira dicas sobre como se sair bem nessas
situações no site da Apelmat.
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APELMAT - SELEMAT
Março/Abril 2015
Selemat
Seac-SP obtém decisão que exclui
a incidência do ISS na base de
cálculo do PIS/Cofins
R
ecente decisão do Tribunal Regional Federal
(TRF) da 3ª Região beneficiou as 1,8 mil
empresas filiadas ao Sindicato das Empresas de
Asseio e Conservação no Estado de São Paulo (SeacSP) ao reconhecer a inconstitucionalidade da
inclusão do Imposto Sobre Serviços de Qualquer
Natureza (ISS) na base de cálculo do PIS e da Cofins.
Ainda que o tema esteja pendente de julgamento no
Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo
Tribunal Federal (STF), em um recurso
extraordinário e uma ação declaratória de
constitucionalidade (ADC) que discutem a
incidência do ICMS na base de cálculo das
contribuições, a 6ª Turma do TRF, à semelhança de
outros tribunais, voltou a julgar o assunto.
Segundo a relatora, desembargadora Regina
Helena Costa, hoje ministra da 1ª Turma do STJ, a
mesma tese do ICMS se aplicaria ao ISS, “quer
porque as empresas não faturam impostos, quer
porque tal imposição fiscal constitui receita de
terceiro – município ou Distrito Federal”. A mesma
turma do TRF já proferiu outras decisões no mesmo
sentido, relativas à exclusão do imposto da base de
cálculo das contribuições.
O ministro Marco Aurélio Mello, do STF, já se
manifestou favoravelmente, entendendo que o
faturamento, na redação dada pela Constituição,
seria a riqueza obtida pelo contribuinte no exercício
de sua atividade empresarial e seria “inadmissível a
inclusão de receitas de terceiros ou que não
importem, direta ou indiretamente, ingresso
financeiro”. O julgamento, na época, foi
interrompido por um pedido de vista do ministro
Gilmar Mendes.
As empresas interessadas em discutir a tese,
baseadas na decisão do TRF e do STF, devem
provisionar os valores que venham a deixar de ser
recolhidos até a posição definitiva do Supremo, uma
vez que, embora o precedente seja muito importante
e dificilmente será alterado, ainda não há um
julgamento definitivo sobre o tema.
Portanto, é perfeitamente possível obter, por meio
de demanda judicial específica, a suspensão do
pagamento, bem como a restituição/compensação
dos valores recolhidos.
“...é perfeitamente possível obter, por
meio de demanda judicial específica, a
suspensão do pagamento, bem como
a restituição/compensação dos
valores recolhidos”
Lembramos que o prazo prescricional é de cinco
anos, o que significa que as empresas têm direito à
restituição dos valores recolhidos a esse título desde
2010, representando cerca de 0,5% do faturamento
bruto das companhias optantes pelo Lucro Real e
0,2% do faturamento bruto no caso das empresas
com Lucro Presumido. Já as companhias que adotam
o Simples estão isentas do recolhimento de
PIS/Cofins e, portanto, nada a têm a restituir.
Para que se tenha a perfeita comprovação do
crédito a que fazem jus os contribuintes (empresas),
é aconselhável a elaboração de laudo técnico
preliminar para apurar os valores arrecadados
indevidamente.
Por fim, ressaltamos que a discussão sobre essa
matéria se arrasta por mais de uma década nos
tribunais e não há qualquer sinal de que venha a ser
definida ainda neste ano, razão pela qual quanto
antes as companhias exercerem seu direito à
restituição, menor quantidade de parcelas estarão
sujeitas à prescrição.
*Luiz Fernando Martins Macedo é sócio-fundador do escritório Martins Macedo e Advogados Associados
www.selemat.org.br
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
35
Opinião
Os desafios da indústria
da construção pesada
paulista diante do cenário
macroeconômico brasileiro
Por Sílvio Ciampaglia
T
odas as ações governamentais
surtem efeitos para a população
à medida que a execução das
atividades vai se sobressaindo ao
discurso. O dia a dia do desenvolvimento, seja na indústria, seja no
comércio ou na prestação de
serviços, está diretamente ligado às
condições econômico-financeiras
proporcionadas pelas autoridades
públicas.
36
APELMAT - SELEMAT
O setor da construção pesada do Estado de São Paulo há muito
tempo vem enfrentando dificuldades que estão “minando” a
capacidade das empresas de cumprir com suas responsabilidades.
Apesar disso, o segmento resiste como pode e busca desempenhar o
seu papel como agente promotor do desenvolvimento nacional. Essa
situação adversa é resultado de uma junção de fatores econômicos,
financeiros e políticos que retratam bem o contexto conturbado pelo
qual passa o País.
Março/Abril 2015
PRODUTOS
Na construção pesada, houve nova queda no nível de emprego
de 1,6%, em fevereiro. No acumulado de 12 meses, a baixa é de
11,39%. Foram 15.515 demissões nos últimos dez meses. O
segmento não tem índices positivos – mais contratações do que
fechamento de postos de trabalho – desde maio de 2014.
Em fevereiro de 2015, as empresas do setor empregavam
102.978 trabalhadores. No mesmo período do ano passado, o
número de vagas ocupadas chegou a 116.215.
Vivemos uma das piores crises da construção pesada.
Registramos atrasos de pagamentos em São Paulo, e obras
licitadas no Estado não tiveram seus contratos assinados. Além
disso, não são colocadas na praça novas licitações desde 2014.
Em São Paulo, as companhias da construção pesada mantêm
permanente diálogo com as autoridades contratantes de obras
públicas, evitando que, a exemplo do que já ocorre em outros
Estados, os projetos de infraestrutura rodoviária paulistas sejam
paralisados. Entre as saídas adotadas está o alongamento dos
cronogramas de obras, conforme sugestão do governo paulista.
A opção impacta diretamente na capacidade instalada dos
canteiros que, formatados para uma obra específica,
operacionalmente não podem ser “desacelerados”.
No âmbito federal, são inúmeros os fatores que estão
ajudando a agravar a crise e a aumentar o clima de preocupação.
Os atrasos de pagamento às empresas de construção pesada e de
construção civil, iniciados em abril de 2014, permanecem até
agora, motivados pelo ajuste fiscal promovido pelo governo
federal para atingir a meta de superávit primário.
A atual onda de demissões é resultado de muitas variáveis,
entre elas a decisão de alterar as regras anteriormente
estabelecidas para a desoneração das companhias, insistindo na
aprovação do projeto de lei que eleva em até 125% as alíquotas
de contribuição que incidem sobre o faturamento. A nova
proposta, se aprovada, aumenta as alíquotas de recolhimento do
regime de desoneração da folha de salários de 2% para 4,5%
para o setor da construção.
O Sinicesp, entidade que agrega as empresas do setor da
construção pesada, sempre soube superar, com a ajuda de seus
associados, os momentos difíceis que o País enfrentou. Desta
vez não será diferente, e para isso conta com o empenho do
governo federal e de São Paulo, com a certeza de que as ações
serão superiores às promessas.
*Sílvio Ciampaglia é presidente do Sindicato da Indústria
da Construção Pesada do Estado de São Paulo (Sinicesp)
www.apelmat.org.br
Revista Digital
e Impressa
Cursos
Apelmat
Rodada de
Negócios
Expo
Apelmat
Ilha
Apelmat
Palestras e
Conferências
Em 2015 a revista APELMAT tem
o objetivo de aumentar nossa
visibilidade no SETOR em esfera
nacional e internacional.
O conteúdo digital conta com um
SITE moderno, apresentando
toda a programação de atividades
do ANO e também com um
aplicativo responsivo disponível
nas plataformas Apple e Android.
Curso de Operador de Máquinas:
Com o Docente
Oswaldo dos Santos Junior
REG MTB SP/006609-5
A rodada de negócios é um novo
produto Apelmat, direcionado
especialmente para as empresas
prestadoras de serviços, com
o objetivo de melhorar o
network e de trazer melhores
condições de pagamentos,
maiores descontos, etc.
Os tradicionais eventos da
Apelmat, agora chamados
de Expo Apelmat não mudaram
apenas de nome.
Organização, tecnologia e novas
oportunidades agora andam
lado a lado, com o objetivo de
trazer novos negócios para
seus associados.
As ilhas apelmat vão acontecer
nas principais feiras do setor
contando com o apoio de
grandes e importantes
patrocinadores
Com temas atuais e de interesse
do setor a Apelmat traz para
seus associados assuntos
primordiais para seu negócio.
Entrevista
Para o alto e avante
Com 15 anos recém-completados de atuação no Brasil, a JLG
acompanhou o amadurecimento do mercado de locação de máquinas no
País e contribuiu com tecnologias que mudaram definitivamente a forma
de trabalho em altura
N
ovas tecnologias têm o poder
de mudar para sempre a forma
como se realiza uma tarefa. Em muitos casos, são evoluções irreversíveis que tornam atividades cotidianas muito mais fáceis de serem
executadas e fazem parte daquilo
que é chamado inovação disruptiva.
Foi esse o conceito usado por Marcio
Cardoso, vice-presidente de vendas
e pós-vendas da JLG para a América
do Sul, para descrever o “antes e
depois” das plataformas de acesso,
que passaram a integrar os equipamentos presentes nos canteiros de
obras. “Elas mudaram a perspectiva
de como se trabalha em altura, algo
que não volta atrás.”
O fato de ser uma das primeiras
fabricantes a trazer esses produtos ao
País é considerado pela empresa uma
de suas principais realizações. Além
disso, a JLG acredita que os
treinamentos são a melhor forma de
garantir o retorno sobre o
investimento aos clientes.
Revista Apelmat/Selemat De que
forma os equipamentos de acesso
mudaram a dinâmica da construção
civil no Brasil?
38
APELMAT - SELEMAT
Marcio Cardoso, da JLG
“Nosso foco principal é o
locador, que responde por
95% dos nossos negócios”
Marcio Cardoso Fiz uma apresentação para a Federação
Internacional de Plataformas Aéreas (Ipaf) na qual citei o conceito de
inovação disruptiva: ideias que mudam a forma como se vive e se
trabalha, como o celular e o cinto de segurança. Com as plataformas,
foi a mesma coisa. Elas mudaram a perspectiva de como se trabalha
em altura, algo que não volta atrás. Depois desse conceito, não se
veem mais guindastes com gaiolas e cestas para o trabalho em altura,
pois se sabe que existe uma forma correta. Nesse ponto, a JLG foi
uma das pioneiras. Por meio de uma joint venture com a Mills, em
1996, criou a necessidade dessa tecnologia no Brasil.
Março/Abril 2015
Entrevista
RAS Há 15 anos, o que motivou a decisão de vir
para cá?
MC Uma das coisas que motivaram a nossa vinda
foi usar os Estados Unidos como exemplo. Lá o
mercado hoje é bem maduro e despertou na JLG a
ideia de empreendedorismo, de trazer eficiência
produtiva e segurança para cá. Também houve um
ganho muito grande de produtividade. Antes, para
efetuar uma pintura a 15 metros de altura em uma
extensão de 40 metros, por exemplo, você precisaria
de 1 tonelada de andaimes e vários caminhões, três
dias de montagem, três turnos completos, sem contar
a mão de obra e a sujeira; hoje, com uma plataforma e
um caminhão, essa tarefa pode ser feita em minutos.
A agilidade é muito maior, sem falar na limpeza, que
também é muito importante.
Além disso, há a questão da segurança. Naquela
época, a mão de obra era mais barata e não existia
norma regulamentadora. Hoje existem normas
específicas como a NR-18 (plataforma aérea) e a
NR-35 (trabalho em altura).
RAS Como a empresa evoluiu desde então em
relação a número de clientes, funcionários,
colaboradores e treinamentos?
MC A JLG começou com quatro pessoas. Hoje tem
um quadro de aproximadamente 60 pessoas. Com
relação aos clientes, nosso foco principal é o locador,
que responde por 95% dos nossos negócios, outros
são corporativos e grandes frotistas.
Nossa parceira Mills começou em 1996 com um
único cliente. Desde então, o leque aumentou muito e
o segmento amadureceu. Hoje, temos uma carteira
com mais de 170 clientes, entre pequenos, médios e
grandes.
O treinamento é a expertise da JLG. É importante
que o investimento na máquina se justifique e, para
isso, um técnico bem treinado é fundamental. Ele
melhora o retorno sobre o investimento; afinal,
máquina parada é dinheiro perdido. Temos cinco
diferentes treinamentos técnicos e ministramos dois
deles por mês.
RAS Eles fazem parte da JLG University?
MC Sim. São treinamentos padronizados para os
nossos clientes, focados principalmente na NR-18,
que normaliza a operação da plataforma e tem uma
revisão esperada para este ano. Abordamos não
apenas a operação, mas também a segurança no
carregamento e descarregamento, a visualização do
local e a conscientização do operador.
www.apelmat.org.br
RAS Houve alguma ação especial para
comemorar os 15 anos de atuação no Brasil?
MC Fizemos uma celebração interna, mas estamos
planejando uma comemoração na M&T Expo com
os clientes.
RAS Como foi o ano de 2014 para a empresa?
MC Fechamos muito bem. Nosso ano fiscal se
encerrou em 31 de setembro e, apesar de o último
semestre ter sofrido uma retração – (efeito pósCopa) –, tivemos bons resultados. No ano passado,
por exemplo, “explodiram” os pedidos por tesouras
pantográficas. Elas têm 12 metros de altura de
trabalho e podem ser usadas em construção,
expansão fabril ou manutenção predial. Podem ser
consideradas como investimentos baixos; são
modelos de entrada para o locador que esteja
começando no negócio.
RAS Há algum segmento em que apostam
especialmente?
MC O locador, independentemente do tamanho,
não é um cliente pontual, é constante. Temos um
relacionamento contínuo e estamos sempre em
contato. É o nosso foco principal.
RAS O investimento em inovação é uma
preocupação?
MC Trata-se de um mercado recente, no qual a
inovação é constante. Na última Conexpo, todo
nosso estande era composto por lançamentos, em um
total de dez diferentes modelos. Em alguns casos,
foram apenas melhorias, mas houve também novas
tecnologias. Para a M&T Expo, deve chegar ao
Brasil a maior plataforma aérea do mundo, a 1850 SJ.
Ela foi lançada em março de 2014 nos Estados
Unidos e nenhum dos nossos concorrentes tem. São
185 pés (56,4 metros) de altura de trabalho.
Além dela, destaco o Telehandler RS, lançado no
mesmo período no mercado norte-americano. É um
manipulador telescópico desenvolvido especificamente para os mercados emergentes e que tem
especificações voltadas para o locador, como o baixo
custo de manutenção. Ele tem também um pino de
fixação do braço mais baixo, o que
reduz a quantidade de
componentes e, consequentemente, a intervenção
na manutenção
.torna-se menor.
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
39
Internacional
De conceitos
à realidade
N
ão faz muito tempo, Philip
Kotler, o grande mestre do
marketing, afirmou que o futuro não
estava à nossa frente. De fato,
concluiu ele, o futuro já estava
acontecendo, embora distribuído de
forma desigual entre as empresas, as
indústrias e as nações.
A percepção comum sobre o
marketing, segundo Kotler, é de que
ele seria a arte de vender produtos.
Embora a sabedoria popular diga que
o que parece de fato é real, Peter
Drucker, o “pai” do management,
ensinava que o objetivo último do
marketing consiste em fazer com que
vender venha a se tornar supérfluo.
O conhecimento relativo ao
comprador e às suas necessidades
deve ser tal que o produto ou serviço
resultante desse conhecimento lhe
sirva na totalidade e se venda por si.
40
APELMAT - SELEMAT
Por Nuno Antunes Ferreira*
Segmentações, targets, posicionamentos e marketplaces à parte, na
Europa se discute muito a evolução conceitual do marketing.
Tenho tido o privilégio de, com um pequeno grupo de membros da
Academia, participar na elaboração e desenvolvimento de um
trabalho sobre as mais recentes teorias do marketing, assentes na
lógica do serviço-dominante, que será apresentado no 1º Encontro
Científico da I2ES, no mês de maio.
Março/Abril 2015
Esse novo raciocínio “implica que o marketing é uma série
contínua de processos sociais e econômicos” (Vargos & Lusch,
2004), passando dos bens tangíveis para aspetos intangíveis
como competências, informação e conhecimento.
A unidade de análise deixará de ser o bem transacionável e
passará a ser o conjunto formado por idoneidade, competência,
conhecimento e habilidade, que é colocado à disposição do
comprador.
Estaremos, assim, em presença de uma cocriação de valor
cuja chave é o envolvimento dos consumidores no
desenvolvimento de novos produtos e serviços e na gestão de
clientes como parceiros no processo.
Ainda de forma, talvez, não muito sofisticada na indústria de
máquinas, é nesse sentido que caminham as empresas que vão
se assumindo como capazes de cobrir todo o eventual espetro de
procura por parte dos seus clientes.
“Estudos da Comissão Europeia indicam
que a necessidade de desenvolvimento
de infraestruturas exigirá investimento
de cerca de 700 bilhões de euros”
Para essas empresas, sendo a qualidade dos equipamentos que
vendem um dado adquirido, a própria imagem, reputação e
assistência técnica irrepreensível são os fatores que
verdadeiramente contam para os compradores.
Enquanto isso, na Europa
O barômetro europeu da construção revelou, em fevereiro,
uma tendência positiva.
Se é certo que um reduzido número de empresas sentiu um
ligeiro abrandamento da sua atividade, quando comparada com
janeiro, a verdade é que a atividade global se encontra em
terreno bem mais positivo do que no último trimestre de 2014. E
não deixa de ser interessante notar que 29,6% das companhias
que constituem o barômetro aberto pensam estar mais ativas
dentro de um ano.
Vai ter lugar em Paris, de 20 a 25 de abril, a Intermat. Trata-se
da maior feira europeia de construção, realizada a cada três
anos. Neste ano, pela primeira vez a feira terá uma seção
especial com o título “Mundo do Concreto Europa”.
Os países do Velho Continente estão fazendo um esforço para
que a Rede Transeuropeia de Transporte fique completa até
2030. Os estudos da Comissão Europeia indicam que a
necessidade de desenvolvimento de infraestruturas exigirá
investimento de cerca de 700 bilhões de euros.
A Rede Transeuropeia de Transporte é constituída por nove
corredores que deverão otimizar e integrar soluções de
transporte inteligentes e “limpas” e gerenciamento eficiente.
*Nuno Antunes Ferreira, correspondente internacional da Revista Apelmat/Selemat,
é especialista em marketing, vendas e negócios internacionais
www.apelmat.org.br
Lançamento
Em dose dupla
Caterpillar apresenta nova escavadeira hidráulica e novo trator de esteiras.
Os lançamentos trazem inovações em máquinas já conhecidas do mercado
A
escavadeira hidráulica 318D2 L
é uma atualização da Cat 315D
L, importada. O novo modelo, agora
fabricado no Brasil, tem as mesmas
17,2 toneladas de peso de operação.
Suas dimensões permitem o deslocamento rápido, sem necessidade de
transporte especial.
O menor consumo de combustível
é seu diferencial – há diminuição
média de 4% na comparação com o
modelo anterior. A redução pode
chegar a 15% em aplicações leves
com o modo econômico ativado. “O
cliente consegue essa margem de
acordo com a aplicação do equipamento, as técnicas de carregamento
utilizadas, as condições das ferramentas de penetração e o modo como
a máquina é operada”, explica
Maurício Briones, especialista do
produto e aplicação da Caterpillar.
Indicado para quem precisa
realizar operações de pequeno e
médio porte no segmento de
construção geral, o modelo pode vir
com caçamba de 0,88 até 1,00 metro
cúbico.
Além disso, é possível equipá-lo
com acessórios para trabalhos com
ferramentas estáticas e hidráulicas
(como martelos, garras e placas
compactadoras) e prepará-lo para
receber os sistemas de precisão de
escavação.
O sistema mecânico de injeção de
combustível e o motor tornam a
máquina mais robusta para operar em
regiões onde o combustível é de
baixa qualidade. O processo de
filtragem passou a contar com apenas
dois filtros em vez de quatro. Um
deles tem corpo reutilizável e os dois
ganharam o dobro de vida útil, sendo
trocados apenas com 500 horas.
42
APELMAT - SELEMAT
Escavadeira hidráulica 318D2 L
O menor consumo de combustível é seu diferencial
Trator de esteiras D6K2
Conta com o recurso eletrônico de controle de lâmina
estável, que proporciona nível de acabamento superior
Melhorias
Também fabricado no Brasil, o novo modelo do trator de esteiras é
uma evolução do D6K. Denominado D6K2, ele pode ser utilizado em
diversas aplicações, desde obras urbanas e construção de rodovias até
trabalhos de apoio e corte de material.
O motor Cat C7.1 ACERTTM, com gerenciamento eletrônico, tem
97 kW (128 HP) de potência líquida constante. O sistema de injeção
de combustível foi redesenhado e conta com novo modelo de
filtragem. Além disso, atende às normas de emissões de escape
equivalentes ao Tier 3 do órgão de proteção ambiental dos Estados
Unidos e do Estágio IIIA da União Europeia.
O trator vem equipado com dois modos econômicos inteligentes,
que proporcionam economia de combustível de até 18%. E a lâmina
VPAT foi ampliada. Combinada ao novo motor, eleva em 8% a
produtividade na comparação com o modelo anterior.
O especialista do produto e aplicação da Caterpillar João Zalla
acrescenta que o D6K2 é o primeiro trator a trazer o recurso eletrônico
de controle de lâmina estável. “Ele proporciona nível de acabamento
superior, tanto para operadores iniciantes quanto experientes”,
explica. O recurso detecta as condições do solo para complementar a
entrada do operador e gera acabamento mais liso, com menos esforço.
Março/Abril 2015
Lançamento
Boas combinações
Pá-carregadeira reduz custo operacional, e escavadeira hidráulica
se destaca por versatilidade e conforto
A
Case Construction Equipment
apresentou um novo modelo de
escavadeira hidráulica. Entre as
inovações da CX220C, destacam-se
a cabine confortável, silenciosa e segura, os comandos leves e precisos, o
motor de 145 HP Tier 3 com a função
Eco e um sistema hidráulicoeletrônico mais bem dimensionado
para garantir maior desempenho
mesmo em condições severas.
Desenvolvida no Brasil, a máquina
é equipada com um motor de 145 HP,
que, juntamente com as melhorias no
sistema hidráulico, garante mais
eficiência em relação ao antecessor.
O novo motor tem certificação Tier
3, com baixa emissão de poluentes, e
oferece o modo de trabalho denominado Eco. “Na prática, ele proporciona economia e versatilidade.
Quando a tarefa é pesada, o motor
aumenta a rotação e ajusta a vazão do
sistema hidráulico, utilizando-o
integralmente. Quando a tarefa é
cotidiana e o ciclo de trabalho é
normal, o motor baixa a rotação e o
sistema hidráulico reduz a pressão
do óleo, garantindo a mesma
eficiência no trabalho, mas com
economia de combustível”, explica
Carlos França, gerente de marketing
da companhia.
O conjunto de opcionais da
CX220C inclui alguns recursos
como a câmera de ré. “Nos carros de
passeio, esse mecanismo é utilizado
para facilitar manobras. Na escavadeira, além desse aspecto, é um item
de segurança, uma vez que
possibilita que o operador tenha uma
visão clara de obstáculos ou pessoas
na parte traseira do equipamento”,
diz França.
44
APELMAT - SELEMAT
Escavadeira hidráulica CX220C
Motor de 145 HP Tier 3 com a função Eco e sistema hidráulico-eletrônico
que garante maior desempenho mesmo em condições severas
Pá-carregadeira 721E XR
Une peso operacional e potência de motor com braço estendido em 40 centímetros
Economia e desempenho
A versão XR da pá-carregadeira 721E une peso operacional (14,2
toneladas) e potência de motor (183 HP) com braço estendido em 40
centímetros. Essa combinação oferece uma altura de descarga de
4,374 metros, enquanto a versão standard tem 3,977 metros. Além
disso, proporciona um alcance adequado para o carregamento de
caminhões ou vagões a partir do solo, sem o uso de rampas metálicas
ou de terra, que dificultam o trabalho e comprometem o rendimento,
e sem a necessidade de aquisição de um equipamento de maior porte.
Na comparação com um equipamento maior, de 18 toneladas, a
nova versão da 721E faz ciclos 20% mais rápidos e leva a uma
economia de combustível de cerca de 15%.
De acordo com França, as únicas modificações implantadas no XR
são o tamanho do braço e o cilindro da caçamba, pois as outras
características são as mesmas do modelo standard.
A Case também disponibiliza a 721E nas versões Canavieira (para
trabalhos em usinas ou outros locais onde há presença de partículas
suspensas) e Fertilizante (para lidar com materiais corrosivos).
Março/Abril 2015
Frota
Renovação de frota:
lápis e papel na mão!
Para determinar qual é a melhor ocasião para fazer a substituição de um
equipamento, é preciso realizar um exercício matemático
N
o setor de construção pesada e
mineração, constantemente
ocorre uma ampliação do uso do
maquinário. Ele cresce em quantidade e intensidade com a frequente
incorporação de novos modelos e
tipos de equipamentos.
Como primeira consequência, há o
aumento dos gastos envolvidos com
esse segmento dentro das empresas.
Dada a representatividade desses
valores, identificamos de imediato a
necessidade de melhorar seu
gerenciamento e, desse modo,
alcançar a redução dos custos
operacionais e de manutenção a
níveis aceitáveis.
Quanto à gestão do maquinário,
temos de considerar os seguintes
aspectos: a adequada seleção dos
modelos e de sua produtividade, seu
dimensionamento e sua programação de uso, pois são questões que
fatalmente influem nos custos
globais.
46
APELMAT - SELEMAT
Para a adequada escolha de um equipamento, devem-se analisar
detalhes técnicos, econômicos, financeiros e administrativos. E ao se
substituir uma máquina por outra, essas mesmas considerações
devem ser observadas.
Com um correto monitoramento, a determinação do momento
adequado para a troca é de suma importância, visto que esse fato tem
total implicação no custo do projeto.
Quanto à durabilidade de um equipamento, é preciso considerar
tanto o ponto de vista físico como o econômico, visto que a vida de
uma máquina pode ser prolongada por uma manutenção constante,
mas seus gastos podem superar as despesas de aquisição de uma nova.
Ao prolongarmos a vida útil, via de regra, geramos um custo de
manutenção mais elevado. Isso ocorre devido à falência dos sistemas
mecânicos, elétricos e eletrônicos, à corrosão da chaparia, à
deterioração e à quebra de acessórios etc. Esses gastos obedecem a
uma função matemática crescente e podem atingir situações
proibitivas, isto é, valores maiores que os aceitáveis pelo mercado.
Além disso, esses equipamentos passam a apresentar uma baixa e
inaceitável produtividade.
Março/Abril 2015
Frota
Podemos concluir que para cada máquina existe
um período de uso que determina a melhor ocasião
para que ela seja substituída ou, em outras palavras,
renovada. Para essa determinação, faz-se necessário
efetuar um exercício matemático.
A literatura de engenharia econômica apresenta
cerca de sete métodos. No atual trabalho, utilizamos
o processo denominado Caue – Custo Anual
Uniforme Equivalente (ou custo uniforme
anualizado equivalente). Convém adaptar essa
fórmula considerando o Custo da Indisponibilidade
de Manutenção.
Desse modo, associado ao ponto de renovação,
deve-se analisar o conceito de disponibilidade de
manutenção, sendo que tal índice mede a
percentagem do tempo em que o equipamento
permanece disponível para o trabalho.
Já a indisponibilidade mecânica é o indicador
complementar (percentagem do período em que o
equipamento permanece em manutenção em relação
ao período em análise).
A eficiência da máquina diminui com o aumento da
vida útil, obrigando a que, para realizar o mesmo
serviço, tenhamos que aumentar o tempo de trabalho
com um possível incremento da frota.
Em termos matemáticos, observamos a eficiência
de indisponibilidade e disponibilidade mecânica:
IM =
PRM
PA
e DM = 100 - IM
Onde:
IM = Índice de indisponibilidade mecânica (%)
DM = Índice de disponibilidade mecânica (%)
PRM = Período em que o equipamento sofreu manutenção (horas)
PA = Período em análise (horas)
Temos de considerar que a indisponibilidade
mecânica implica custos para os detentores dessa
frota. Por exemplo: se para realizar uma operação é
necessário o uso de cinco equipamentos em
determinado período e esses, em média, apresentam
uma eficiência mecânica de 80%, na realidade,
teremos que nos valer de seis equipamentos, pois o
equipamento acrescido à frota estará sendo utilizado
para complementar a deficiência.
Retornando à análise, podemos dizer que
determinar a vida útil econômica é designar o ponto
em que as despesas do equipamento a ser renovado
(velho) – o que inclui manutenção, depreciação e
indisponibilidade mecânica – superam os gastos de
48
APELMAT - SELEMAT
aquisição de um novo, somados à manutenção que
irá demandar (que deve ser menor).
A tabela abaixo mostra a evolução das parcelas de
gastos de uma máquina em função de sua vida:
Fonte: Assiste – Engenharia de Software Técnico
Para quantificarmos com precisão esses valores,
devemos determinar a curva dos custos com
manutenção e a curva das despesas anuais em razão
da depreciação. Essas duas funções requerem
históricos de informações referentes ao assunto. Para
quem não as possui e deseja efetuar essa análise,
recomendamos que utilizem empresas especializadas no mercado que operam com essa tecnologia.
No exemplo a seguir, de uma análise de renovação
de uma escavadeira hidráulica (476 CV), o processo
requer as seguintes etapas:
1. Levantamento do custo com manutenção e seu
uso real durante esse período (recomendamos a
análise anual).
2. Acúmulo dos gastos com manutenção (R$) e da
vida (total de horas trabalhadas).
3. Determinação da curva de tendência de gastos
com manutenção acumulados (R$) versus a vida em
horas (h), isto é, o equacionamento do gasto
acumulado em função da vida (equação parabólica
ou potencial). Veja a figura 1.
4. Derivação da equação gerando o CRM (custo
com reparo e manutenção em função da vida do
equipamento). Veja a figura 2.
5. O equacionamento do percentual do tempo
parado em manutenção permite determinar o custo
da máquina parada e ao longo dos anos de uso. Veja a
figura 3
6. Simulação do CRM (R$/h) ano a ano contra o
valor de aquisição de um equipamento novo e sua
manutenção.
7. Quando (ano) o custo do novo equipamento for
inferior ao do velho, temos o momento de renovação
da frota. Veja as figuras 4 e 5.
Março/Abril 2015
Frota
Renovação de uma escavadeira
hidráulica (476 CV)
Para uma consideração mais detalhada, devemos
levar em conta no custo de manutenção as despesas
do equipamento parado (indisponibilidade de
manutenção).
Resultado
Na análise da escavadeira hidráulica, obteve-se
como ponto de renovação 3,5 anos com 7.023 horas
de uso, onde o custo de aquisição com a manutenção
prevista para a nova máquina coincide com os custos
da antiga (depreciação, manutenção e indisponibilidade).
O momento adequado para efetuar a troca é dado
pelo parâmetro Caue – função parabólica crescente –
e o ponto de renovação é determinado pelo início do
crescimento da função (inflexão da curva). Veja
figuras 4 e 5.
O uso do modelo como ferramenta para determinar
a vida útil dos equipamentos nas frotas nacionais
permite considerar:
1. Significativo percentual da frota ativa encontra-. se fora do período econômico, o que tem acarretado
expressivas perdas, na maioria das vezes não
mensuradas e provavelmente desconhecidas pelos
proprietários.
2. A aplicação dessa ferramenta requer sólida base
de dados, pois informações incorretas ou pouco
confiáveis podem implicar resultados errôneos e
com significativa perda financeira.
3. Curvas-padrão de custo com reparos e
manutenção (CRM) para cada classe/tipo/modelo
têm mostrado que podem ser utilizadas como base no
histórico do mesmo segmento e atividades, caso a
empresa em análise não as possua.
3. Informes, como período de uso anual (horas ou
quilômetros) e taxa de juros, têm considerável
influência nos resultados.
4. O estudo para avaliação do ponto de renovação
da frota deve ser aplicado individualmente, visto que
existem parâmetros específicos para cada empresa.
Dentre esses fatores, podemos citar o uso anual
(horas ou quilômetros), pois interferem em todo o
processo e na curva de depreciação.
Colaboraram para esta reportagem: Ângelo Domingos Banchi, engenheiro
agrícola e diretor da Assiste; José Roberto Lopes, administrador de
empresas e diretor da Assiste; Luis Guilherme A. Favarin, engenheiro
agrícola da Assiste; Valter Ap. Castro Ferreira, consultor da Assiste
Figura 1
Curvas de reparo e manutenção em função da vida
Figura 2
Curvas de reparo e manutenção em função da vida (R$/h)
Figura 3
Equação da disponibilidade de manutenção em função da vida
Figura 4
Análise descritiva do ponto de renovação do equipamento
Figura 5
Análise gráfica do ponto de renovação do equipamento
Fonte: Assiste – Engenharia de Software Técnico
www.apelmat.org.br
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
49
Apelmat 30 Anos
Noite de gala
A tradicional festa de fim de ano da Apelmat surgiu com a proposta de
envolver a família dos associados
O
início da Apelmat foi marcado
pela adesão de novos empresários. Como afirma José Dias, da
Gonçalves & Dias, um dos
fundadores da associação, “no
começo, um monte de portugueses
se uniu, começou a se ajudar e, a
partir daí, outras pessoas apareceram
porque viram que as coisas iam
bem”.
Para somar forças e agrupar os
empreendedores que pensavam em
formar a entidade, não bastava,
porém, marcar uma reunião. O peixe
seria “fisgado” pelo estômago.
“Quando começamos a montar
esse grupo, fazíamos uma espécie de
coquetel para juntar o pessoal. Se
não tivesse algo pra comer e beber,
não vinham”, conta. Era a esposa de
Dias, junto com a mulher de seu ex..sócio,
quem preparava todos os
salgados servidos.
O coquetel deu lugar ao churrasco
quando, já com a entidade fundada,
novos empresários entraram para o
grupo. Porém, no segundo e no
terceiro churrascos, discussões
acenderam a luz amarela. “A
preocupação era que houvesse uma
divisão na Apelmat”, lembra. “Na
época, era difícil porque ganhava-se
dinheiro – e não como hoje. Com os
bolsos cheios, tinha gente que
achava que era dono do mundo.”
50
APELMAT - SELEMAT
A gota d'água foi uma briga. “Tomamos uma decisão: dali em
diante, não faríamos mais o churrasco. Passaríamos a ter nossas
reuniões para cuidar do nosso patrimônio.”
A mudança surtiu efeito e nasceu a ideia de criar um evento com um
tom mais familiar, para os empresários e suas esposas. Até então,
somente os homens participavam dos encontros.
Dress code: social
Em dezembro de 1986, o Buffet Torres foi palco da primeira festa de
fim de ano da Apelmat. O convite feito aos associados exigia que
todos fossem a caráter, em traje social. “Falamos pra todo mundo ir
como a um casamento, de terno e gravata.”
Os “briguentos”, que queriam ser melhores que os outros,
questionaram se tinha de ser assim. A resposta foi um sonoro “sim”.
Se alguém não estivesse com a devida roupa, não entrava no jantar
dançante. “Esse é um caso interessante. Eles entraram no salão como
vão os padrinhos e a noiva para o altar da igreja. Pareciam uns anjos”,
conta Dias em meio a risadas.
Cerca de 250 pessoas participaram da primeira noite de gala, que
contou com sorteio de mimos para os convidados e foi patrocinada
pelos próprios empreiteiros.
“Quando envolvemos a família, tudo mudou. Aí, estávamos no
paraíso”, lembra Dias. “Era como é atualmente. Tudo bem
organizado, com banda, um jantar dançante que acabava à 4 ou 5
horas da manhã. Ninguém queria ir embora e não faziam nada de
errado.”
Além de proporcionar um tempo agradável, entre brindes, risadas,
música e boa comida, a iniciativa beneficiou a Apelmat. “Colocamos
a família junto com a empresa”, resume Dias. “O convite era para o
marido, para a esposa e para os filhos. E isso elevou o conceito da
associação”, completa. No ano seguinte, a festa contou com
patrocinadores externos e reuniu 400 pessoas.
O evento, que entrou definitivamente na agenda de programação da
Apelmat, é um momento agradável de confraternização que continua
a reunir empreiteiros, empresários do ramo de terraplenagem e
construção e parceiros importantes.
Março/Abril 2015
Social
52
APELMAT - SELEMAT
Evento Sotreq Peças e Serviços
Março/Abril 2015
Inauguração Fàbrica da LiuGong
www.apelmat.org.br
Social
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
53
Social
Palestra de Roberto Mazzutti Tendências de mercado
Social
Solenidade de posse do presidente e diretoria da Associação Comercial
54
APELMAT - SELEMAT
Março/Abril 2015
Rodada de Negócios Pró Eletro e Abevak
www.apelmat.org.br
Social
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
55
Social
56
APELMAT - SELEMAT
Evento de oportunidades Brazil Road Expo 2015
Março/Abril 2015
Evento de oportunidades Brazil Road Expo 2015
www.apelmat.org.br
Social
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
57
Linha Direta Apelmat
PATROCINADOR
EMPRESA
Contato
E-mail / Site
Telefone
Página
Caoa
Pró Eletro
Romanelli
Ciber
Shark
John Deere
Link-Belt
Auxter
Liu Gong
Komatsu
Sotreq
Atlas Copco
Bobcat
Maxter
Machbert
Apelmat
Feira M&T 2015
Concrete Show
BW Expo
Gerson
Ricardo Fonseca
[email protected]
[email protected]
www.romanelli.com.br
_
(11) 3837-3000
(11) 7808-5610
(43) 3174-9000
(11 ) 2605-2269
(11 ) 2159-9000
(11) 97662-7833
(15) 3325-6402
(11) 3602-6000
(11) 2152-8880
(11) 3693-9336
(11) 3718-5026
(11) 3478 8966
(11) 2505-6181
(11) 3173-1010
(11) 3225-4466
(11) 99915-9713
(11) 3662-4159
(11) 4878-5901
(11) 4304-5255
2ª contracapa
3ª contracapa
4ª contracapa
05
07
09
11
13
15
17
20 e 21
25
17
29/33/41
31
37/51/55/59
45
47
49
Reciclotec
Andrea Zomignani
Fabio Carmona
Kurt
Roberto Mazzutti
BHM
Bauko Geraldo
Paulo Rogério
Fernando Groba
Alberto Rivera
Sergio
Alberto Moreira
Marcos Dechechi
Cassiano Facchinetti
Renato Grampa
www.sharkmaquinas.com.br
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
www.komatsu.com.br
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
CLASSIFICADOS
EMPRESA
Contato
E-mail / Site
Telefone
ITR
Ecoplan
Everton
Sevilha
Metragem
Luna
Loctrator
Montena
AF
Monte Verde
Seixo
Romana
Dalterra
SAT
Saluter
Novak Gouveia
Fogaça Máquinas
Rodalink
Monteli
Martins Macedo
Celso
Roberto Cardia
Euler
Valdir
César Madureira
José Spinassé
Mauricio ou Rafael
Eduardo
Afonso
Marcus Welbi
Paulo ou Eduardo
Chacrinha
Adalto
Emília Gazzano
Vanderlei Cristiano
Simone
Telma
Leandro
Luiz Monteli
Dr. Luiz Fernando
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
www.montena.com.br
[email protected]
[email protected]
www.seixo.com.br
_
(11) 3340-7555
(51) 3041-9100
(11) 3525-8700
(11) 2141-1700
(11) 3782-7474
(11) 2952-8752
(11) 3686-6000
(11) 2413-3139
(11) 5513-4681
(11) 5061-7028
(11) 2409-4344
(11) 3621-4190
(11) 7846 2358
(11) 3621-3844
(11) 3776-7480
(11) 3977-4030
(11) 3609-6591
(11) 4448-1891
(11) 5666-8211
(11) 3079-8506
www.dalterra.com.br
www.terraplanagemsantoamerico.com.br
[email protected]
[email protected]
www.fogacamaquinas.com.br
[email protected]
[email protected]
[email protected]
Peças
58
APELMAT - SELEMAT
Locação e Terraplenagem
Página
63
64/65
66/67/68
69
70
70
71
72
73
73
74
74
75
75
76
78
77
78
79
79
Serviços
Março/Abril 2015
Agenda Apelmat
Expo Apelmat
MARÇO Sotreq
10
JULHO
7
OUTUBRO
6
ABRIL
Peças e
Serviços
7
JULHO
Disponível
Disponível
21
NOVEMBRO
3
MAIO
Disponível
Disponível
Disponível
MAIO
Disponível
5
AGOSTO
Disponível
4
NOVEMBRO
17
19
AGOSTO
18
Disponível
Disponível
JUNHO
Disponível
2
SETEMBRO
1
Disponível
JUNHO
16
SETEMBRO
15
Disponível
Disponível
Disponível
Rodada de Negócios
MARÇO Abevak e
17
AGOSTO
11
ABRIL Rekom
Pró Eletro
Peças e Serviços
Disponível
14
SETEMBRO
8
Chicago Pneumatic
e Sage Oil Vac
Peças e Serviços
MAIO
Divepe Serviços
Peças e Serviços
12
OUTUBRO
Disponível
13
Disponível
JULHO
14
NOVEMBRO
10
Disponível
Disponível
Palestras
MARÇO Auxter
31
JULHO
28
ABRIL Web Pesados
Tendências de Mercado
Roberto Mazzutti
28
SETEMBRO
Disponível
MAIO
Renovação da Frota
OUTUBRO
Disponível
22
26
JUNHO
Disponível
27
Disponível
Disponível
23
NOVEMBRO
24
Disponível
Reunião de Diretoria
JANEIRO
FEVEREIRO
MARÇO
ABRIL
MAIO
JUNHO
AGOSTO
SETEMBRO
OUTUBRO
NOVEMBRO
DEZEMBRO
31
11
12
30
14
18
13
10
8
5
3
Cursos
60
Operador de Máquinas - com Oswaldo dos Santos Junior
JANEIRO
JANEIRO
JANEIRO
JANEIRO
FEVEREIRO
FEVEREIRO
FEVEREIRO
FEVEREIRO
FEVEREIRO
8
15
22
29
5
12
19
26
28
MARÇO
MARÇO
MARÇO
MARÇO
MARÇO
ABRIL
ABRIL
ABRIL
ABRIL
5
12
19
26
28
2
9
16
23
ABRIL
ABRIL
MAIO
MAIO
MAIO
MAIO
MAIO
JUNHO
JUNHO
25
30
7
14
21
28
30
11
18
JUNHO
JUNHO
JULHO
JULHO
JULHO
JULHO
JULHO
AGOSTO
AGOSTO
25
27
2
16
23
25
30
6
13
AGOSTO
AGOSTO
AGOSTO
SETEMBRO
SETEMBRO
SETEMBRO
SETEMBRO
SETEMBRO
20
27
29
3
10
17
24
26
APELMAT - SELEMAT
Março/Abril 2015
Agenda do Setor
Feiras
MARÇO
24 a 26
Feira
Brazil Road
Expo 2015
JUNHO
9 a 13
Feira
M&T
Expo 2015
AGOSTO
26 a 28
Feira
Concreteshow
2015
OUTUBRO
26 a 28
Feira
BW
Expo 2015
Analoc
MARÇO Visita à Analoc
JANEIRO Regularização
5
da entidade
estatuto
2
com palestra
Sindileq-RJ
MARÇO Posse do novo
JUNHO Congresso
26
11
presidente do
Sindileq-MG
na feira
M&T Expo
Sobratema
ABRIL Workshop
8
2015
JUNHO Feira
9
M&T
Expo 2015
JULHO
10 a 12
M&T Expo
Congresso
2015
JUNHO Feira
13
M&T
Expo 2015
ABRIL Tendências de
8
Mercado da
Construção
Fecomercio
FEVEREIRO Reunião Conselho de FEVEREIRO Reunião Plenária
9
Serviços Fecomercio
(eleição)
23
Fecomercio
MARÇO Reunião Conselho
16
de Serviços
Fecomercio
MARÇO Reunião Plenária
23
Fecomercio
ABRIL Reunião Conselho
ABRIL Reunião Plenária
MAIO Reunião Conselho
MAIO Reunião Plenária
28
13
27
18
25
de Serviços
Fecomercio
Fecomercio
de Serviços
Fecomercio
Fecomercio
JUNHO Reunião Conselho
JUNHO Reunião Plenária
AGOSTO Reunião Conselho
AGOSTO Reunião Plenária
15
29
17
24
de Serviços
Fecomercio
SETEMBRO Reunião Conselho
14
de Serviços
Fecomercio
NOVEMBRO Reunião Conselho
16
de Serviços
Fecomercio
Fecomercio
SETEMBRO Reunião Plenária
28
Fecomercio
DEZEMBRO Reunião Plenária
7
Fecomercio
de Serviços
Fecomercio
OUTUBRO Reunião Conselho
19
de Serviços
Fecomercio
Fecomercio
OUTUBRO Reunião Plenária
26
Fecomercio
DEZEMBRO Reunião Plenária
14
Fecomercio
(coquetel)
Datas sujeitas a alterações.
Confirme pelo site www.apelmat.org.br
ou telefone (11) 3722-5022 ramal 4
www.apelmat.org.br
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
61
Classificados
Setor de Peças
Empresa
ITR
Página
63
Ecoplan
64/65
Everton
66/67/68
Sevilha
69
Setor de Locação e Terraplenagem
Empresa
Página
Faça sua
reserva
com nosso
departamento!
Metragem
70
Luna
70
Loctrator
71
Montena
72
AF
73
Monte Verde
73
Seixo
74
Romana
74
Dalterra
75
SAT
75
Celular Marcos Dechechi
Saluter
76
(11)
(11)
3722-5022
99915-9713
Setor de Serviços
Empresa
62
Página
Novak Gouveia
76
Fogaça Máquinas
77
Rodalink
78
Monteli Seguros
79
Martins Macedo
79
APELMAT - SELEMAT
Março/Abril 2015
PEÇAS
www.apelmat.org.br
Classificados
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
63
Classificados
64
APELMAT - SELEMAT
PEÇAS
Março/Abril 2015
PEÇAS
Classificados
Rua dos Nauticos, 116
Vila Guilherme
São Paulo - SP - Brasil
Cep: 02066-040
E-mail: [email protected]
www.apelmat.org.br
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
65
Classificados
66
APELMAT - SELEMAT
PEÇAS
Março/Abril 2015
PEÇAS
www.apelmat.org.br
Classificados
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
67
Classificados
68
APELMAT - SELEMAT
PEÇAS
Março/Abril 2015
PEÇAS
www.apelmat.org.br
Classificados
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
69
Classificados
70
APELMAT - SELEMAT
LOCAÇÃO E TERRAPLENAGEM
Março/Abril 2015
LOCAÇÃO E TERRAPLENAGEM
www.apelmat.org.br
Classificados
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
71
Classificados
72
APELMAT - SELEMAT
LOCAÇÃO E TERRAPLENAGEM
Março/Abril 2015
LOCAÇÃO E TERRAPLENAGEM
www.apelmat.org.br
Classificados
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
73
Classificados
LOCAÇÃO E TERRAPLENAGEM
Rua Cachoeira do Sul 412, Vila Jaguara - São Paulo / SP
(11) 3621-4190 / (11) 3621-5283 / (11) 99904-4052 (Chacrinha)
74
APELMAT - SELEMAT
Março/Abril 2015
LOCAÇÃO E TERRAPLENAGEM
www.apelmat.org.br
Classificados
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
75
Classificados
LOCAÇÃO E TERRAPLENAGEM
Classificados
SERVIÇOS
76
APELMAT - SELEMAT
Março/Abril 2015
SERVIÇOS
www.apelmat.org.br
Classificados
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
77
Classificados
78
APELMAT - SELEMAT
SERVIÇOS
Março/Abril 2015
SERVIÇOS
www.apelmat.org.br
Classificados
Janeiro/Fevereiro
2015
APELMAT - SELEMAT
79
Março/Abril 2015
Março/Abril 2015