ANEXOS - Repositório da UTAD

ANEXOS
ANEXO I
(Questionário)
Questionário
Neste questionário vais encontrar perguntas sobre a tua vida na escola. Não deves
pôr o teu nome. Ninguém, excepto o investigador, lerá estes questionários. Mas é
importante que respondas com toda a verdade e com sinceridade. Se tens perguntas
põe a mão no ar.
Há várias respostas depois de cada pergunta. Cada resposta tem em frente uma letra.
Para a maior parte das perguntas, responderás fazendo um círculo na letra
correspondente à tua resposta.
1. És rapaz ou rapariga? _______________________
Idade: ______
SOBRE SER MALTRATADO POR OUTROS NA ESCOLA
2. Onde foste maltratado na escola? Podes assinalar uma ou mais respostas.
H. Não fui maltratado na escola desde o ano passado.
I. Na minha turma.
J. Nos corredores ou saídas da escola.
K. No recreio.
L. Na casa de banho.
M. Nas aulas de Educação Física.
N. Em outro lugar da escola. Por favor escreve qual:
__________________________
SOBRE SER MALTRATADO POR OUTROS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
3. Com que frequência tens sido maltratado nas aulas de Educação Física?
Assinala com um círculo apenas uma resposta.
F. Não fui maltratado nas aulas de Educação Física.
G. Só 1 ou 2 vezes.
H. De 3 a 6 vezes.
I. Uma vez por semana.
J. Em todas as aulas de Educação Física.
4. De que maneira tens sido maltratado nas aulas de Educação Física?
Podes assinalar uma ou mais respostas.
J. Não fui maltratado nas aulas de Educação Física.
K. Deram-me murros, pontapés.
L. Deram-me empurrões.
M. Fizeram-me rasteiras.
N. Fui ameaçado.
O. Chamaram-me nomes e insultaram-me por causa da minha cor ou raça.
P. Chamaram-me nomes, insultaram-me ou gozaram comigo.
Q. Gritaram comigo.
R. Não me deixaram fazer parte do seu grupo/equipa.
S. Chatearam-me.
T. Outras. Diz como:
_______________________________________________________________
5. Costumas ser maltratado por um ou por vários colegas, nas aulas de
Educação Física? Assinala apenas uma resposta.
G. Não fui maltratado nas aulas de Educação Física.
H. Principalmente por um colega.
I. Por 2 a 3 colegas.
J. Por 4 a 9 colegas.
K. Por mais de 9 colegas.
L. Não posso dizer quantos.
6. Costumas ser maltratado por rapazes ou raparigas, nas aulas de
Educação Física? Assinala apenas uma resposta.
G. Não fui maltratado nas aulas de educação Física.
H. Só por rapazes.
I. Principalmente por rapazes.
J. Tanto por rapazes como por raparigas.
K. Principalmente por raparigas.
L. Só por raparigas.
7. O que é que habitualmente fizeste quando foste maltratado nas aulas de
Educação Física? Assinala uma ou mais respostas.
J. Não fui maltratado nas aulas de Educação Física.
K. Chorei.
L. Fugi.
M. Ignorei-os.
N. Disse-lhes que parassem.
O. Pedi ajuda aos meus companheiros.
P. Pedi ajuda a um adulto (Professor, funcionários, etc.).
Q. Defendi-me.
R. Isolei-me.
S. Outras. Por favor diz como:
_____________________________________________________________
8. Nas aulas de Educação Física, em que atividades(s) costumas ser
maltratado? Assinala uma ou mais respostas.
A. Não fui maltratado nas aulas de Educação Física.
B. Na organização das atividades.
C. Na circulação livre pelo espaço realizando exercícios com materiais.
D. Na circulação livre pelo espaço realizando exercícios sem materiais.
E. Nas atividades realizadas no local com material.
F. Nas atividades realizadas no local sem material.
G. Nas atividades/Jogos de pares com material.
H. Nas atividades/Jogos de pares sem material.
I.
Nas estafetas.
J. Nos jogos de equipa (Jogo do mata, bola ao capitão…).
K. Outras atividades. Por favor diz quais:
___________________________________________________________
SOBRE MALTRATAR OUTROS COMPANHEIROS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
9. Quantas vezes ajudaste a maltratar outros nas aulas de Educação Física?
Assinala apenas uma resposta.
F. Eu não ajudei a maltratar outros colegas nas aulas de Educação Física.
G. Só uma ou 2 vezes.
H. 3 ou 6 vezes.
I. Uma vez por semana.
J. Sempre.
10. Quando maltrataste outros colegas, normalmente fizeste-o sozinho ou
com outros colegas? Assinala apenas uma resposta.
F. Não maltratei os meus colegas nas aulas de Educação Física.
G. Normalmente fi-lo sozinho.
H. Normalmente fi-lo com 1-2 colegas.
I. Normalmente fi-lo com 3-8 colegas.
J. Normalmente fi-lo com mais de 8 colegas.
11. Maltrataste outro(s) colega(s) na(s) aula(s) de Educação Física, de alguma
das seguintes formas? Podes assinalar uma ou mais respostas.
J. Não maltratei os meus colegas nas aulas de Educação Física.
K. Bati, dei pontapés.
L. Empurrei.
M. Ameacei.
N. Chamei-lhes nomes por causa da sua cor ou raça.
O. Chamei-lhes nomes ou gozei com ele/ela de outras maneiras.
P. Gritei.
Q. Pus de parte alguns colegas de propósito, afastando-os do meu
grupo/equipa.
R. Chateei.
S. Fiz outras coisas. Por favor, diz o quê:
____________________________________________________________
MUITO OBRIGADO POR RESPONDERES A ESTE QUESTIONÁRIO.
ANEXO II
(Outputs)
Output 1.1
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\1.Onde Foste\P2_Q10_A_A-V.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P2_Agregada * Escolas
Missing
Percent
229
N
Total
Percent
100,0%
0
N
0,0%
Percent
229
100,0%
P2_Agregada * Escolas Crosstabulation
Escolas
TEIP
Count
1
128a
46a
174
131,4
42,6
174,0
45a
10a
55
Expected Count
Count
41,6
173
13,4
56
55,0
229
Expected Count
173,0
56,0
229,0
Expected Count
P2_Agregada
Count
2
Total
Total
Particular
Each subscript letter denotes a subset of Escolas categories whose column proportions do not
differ significantly from each other at the ,05 level.
c
Chi-Square Tests
Value
df
a
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
1,542
1,127
1,615
Asymp. Sig. (2sided)
1
1
1
Exact Sig. (2sided)
,214
,288
,204
Exact Sig. (1sided)
,280
,144
,218
,280
,144
,144
229
a. 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 13,45.
b. Computed only for a 2x2 table
c. For 2x2 crosstabulation, exact results are provided instead of Monte Carlo results.
Anexo 1.2
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\1.Onde Foste\P2_Q10_A_RG-V.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P2_Agregada * Escolas
Missing
Percent
432
N
Total
Percent
100,0%
0
N
0,0%
Percent
432
P2_Agregada * Escolas Crosstabulation
Escolas
Ens. Regular
1
P2_Agregada
2
Total
Count
Total
Particular
289a
46a
335
291,6
43,4
335,0
87a
10a
97
Expected Count
Count
84,4
376
12,6
56
97,0
432
Expected Count
376,0
56,0
432,0
Expected Count
Count
100,0%
Each subscript letter denotes a subset of Escolas categories whose column proportions do not differ
significantly from each other at the ,05 level.
c
Chi-Square Tests
Value
df
a
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
,781
,507
,817
Asymp. Sig. (2-sided)
1
1
1
Exact Sig. (2-sided)
,377
,476
,366
Exact Sig. (1-sided)
,400
,242
,400
,492
,242
,242
432
a. 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 12,57.
b. Computed only for a 2x2 table
c. For 2x2 crosstabulation, exact results are provided instead of Monte Carlo results.
Output 1.3
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\1.Onde Foste\P2_Q10_A_A-RG.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P2_Agregada * Escolas
Missing
Percent
549
N
Total
Percent
100,0%
0
N
0,0%
Percent
549
100,0%
P2_Agregada * Escolas Crosstabulation
Escolas
TEIP
1
P2_Agregada
2
Total
Ens. Regular
Count
Expected Count
Total
128a
289a
417
131,4
285,6
417,0
Count
45a
87a
132
Expected Count
Count
41,6
173
90,4
376
132,0
549
Expected Count
173,0
376,0
549,0
Each subscript letter denotes a subset of Escolas categories whose column proportions do not differ
significantly from each other at the ,05 level.
c
Chi-Square Tests
Value
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
df
a
,536
,390
,531
Asymp. Sig. (2-sided)
1
1
1
Exact Sig. (2-sided)
,464
,532
,466
549
a. 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 41,60.
b. Computed only for a 2x2 table
c. For 2x2 crosstabulation, exact results are provided instead of Monte Carlo results.
Exact Sig. (1-sided)
,519
,265
,519
,519
,265
,265
Output 1.4
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Meu\Data_Ag_NAg.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
Missing
N
P2_Ag_NAg * Escolas
Percent
605
N
Total
Percent
100,0%
0
N
0,0%
Percent
605
100,0%
P2_Ag_NAg * Escolas Crosstabulation
Escolas
TEIP
Count
Não fui Agredido
128a
289a
46a
463
287,7
42,9
463,0
45a
87a
10a
142
Expected Count
Count
40,6
173
88,3
376
13,1
56
142,0
605
Expected Count
173,0
376,0
56,0
605,0
Count
Fui agredido
Total
Particular
132,4
Expected Count
P2_Ag_NAg
Total
Ens. Regular
Each subscript letter denotes a subset of Escolas categories whose column proportions do not differ significantly from
each other at the ,05 level.
Chi-Square Tests
Value
df
a
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
N of Valid Cases
1,627
1,676
605
Asymp. Sig. (2sided)
2
2
,443
,433
a. 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected
count is 13,14.
Output 2.1
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\1.Onde Foste\P2_so_ag_Alf_Ver.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P2 * Escolas
Missing
Percent
83
100,0%
N
Total
Percent
0
0,0%
N
Percent
83
100,0%
P2 * Escolas Crosstabulation
Escolas
TEIP
2
Count
Expected Count
3
4
P2
5
6
7
Total
Particular
24a
0b
24
20,5
3,5
24,0
2a
3b
5
4,3
,7
5,0
Count
Expected Count
Count
Expected Count
31a
6a
37
31,7
5,3
37,0
Count
Expected Count
Total
5a
0a
5
4,3
,7
5,0
Count
4a
1a
5
4,3
,7
5,0
5a
2a
7
Expected Count
Count
6,0
71
1,0
12
7,0
83
Expected Count
71,0
12,0
83,0
Expected Count
Count
Each subscript letter denotes a subset of Escolas categories whose column proportions do not differ
significantly from each other at the ,05 level.
Chi-Square Tests
Value
df
Asymp. Sig. (2sided)
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
a
14,631
15,680
13,294
83
5
5
,012
,008
b
,014
b
,008
b
,008
Upper Bound
,011
,006
,006
,017
,011
,010
a. 8 cells (66,7%) have expected count less than 5. The minimum expected count is ,72.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 2000000.
Output 2.2
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\1.Onde Foste\P2_so_ag_RG_Ver.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P2 * Escolas
Missing
Percent
132
100,0%
N
Total
Percent
0
0,0%
N
Percent
132
100,0%
P2 * Escolas Crosstabulation
Escolas
Ens. Regular
2
3
4
P2
5
6
7
Total
Count
Expected Count
Count
Expected Count
Count
Expected Count
Count
Total
Particular
34a
0b
34
30,9
3,1
34,0
5a
3b
8
7,3
,7
8,0
58a
6a
64
58,2
5,8
64,0
4a
0a
4
4,0
Expected Count
3,6
,4
Count
10a
1a
11
10,0
1,0
11,0
Expected Count
Count
9a
2a
11
Expected Count
Count
10,0
120
1,0
12
11,0
132
Expected Count
120,0
12,0
132,0
Each subscript letter denotes a subset of Escolas categories whose column proportions do
not differ significantly from each other at the ,05 level.
Chi-Square Tests
Value
df
Asymp. Sig. (2sided)
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
99% Confidence Interval
Lower
Bound
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
a
12,719
12,881
11,269
132
5
5
,026
,025
b
,032
b
,019
b
,022
Upper Bound
,027
,016
,018
,036
,023
,025
a. 6 cells (50,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is ,36.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 2000000.
Output 2.3
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\1.Onde Foste\P2_so_ag_Alf_RG.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P2 * Escolas
Missing
Percent
191
100,0%
N
Total
Percent
0
0,0%
N
Percent
191
100,0%
P2 * Escolas Crosstabulation
Escolas
TEIP
Count
2
Expected Count
24a
34a
58
21,6
36,4
58,0
Count
3
Expected Count
Count
4
Expected Count
P2
2a
5a
7
2,6
4,4
7,0
31a
58a
89
33,1
55,9
89,0
Count
5
5a
4a
9
3,3
5,7
9,0
4a
10a
14
5,2
8,8
14,0
5a
9a
14
Expected Count
Count
5,2
71
8,8
120
14,0
191
Expected Count
71,0
120,0
191,0
Expected Count
Count
6
Expected Count
Count
7
Total
Total
Ens. Regular
Each subscript letter denotes a subset of Escolas categories whose column proportions do not
differ significantly from each other at the ,05 level.
Chi-Square Tests
Value
df
Asymp. Sig. (2sided)
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
a
2,629
2,597
2,623
191
5
5
b
,757
,762
,767
b
,781
b
,771
Upper Bound
,757
,770
,760
,778
,791
,781
a. 3 cells (25,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 2,60.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 1314643744.
Output 3.1
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\1.Onde Foste\P2_Q10_C.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
So_AGr * Escolas
Missing
Percent
191
N
Total
Percent
100,0%
0
N
0,0%
So_AGr * Escolas Crosstabulation
Escolas
TEIP
1
So_AGr
2
Total
Count
Total
Ens. Regular
67a
110a
177
65,8
111,2
177,0
4a
10a
14
Expected Count
Count
5,2
71
8,8
120
14,0
191
Expected Count
71,0
120,0
191,0
Expected Count
Count
Percent
191
Each subscript letter denotes a subset of Escolas categories whose column proportions do not
differ significantly from each other at the ,05 level.
100,0%
c
Chi-Square Tests
Value
df
a
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
,479
,164
,496
Asymp. Sig. (2sided)
1
1
1
Exact Sig. (2-sided)
,489
,686
,481
Exact Sig. (1sided)
,576
,350
,576
,576
,350
,350
191
a. 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 5,20.
b. Computed only for a 2x2 table
c. For 2x2 crosstabulation, exact results are provided instead of Monte Carlo results.
Output 3.2
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\1.Onde Foste\P2_Q10_C.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
So_AGr *
Escolas
Missing
Percent
83
N
100,0%
Total
Percent
0
N
Percent
0,0%
83
100,0%
So_AGr * Escolas Crosstabulation
Escolas
TEIP
1
So_AGr
2
Total
Count
Expected Count
Count
Total
Particular
67a
11a
78
66,7
11,3
78,0
4a
1a
5
Expected Count
Count
4,3
71
,7
12
5,0
83
Expected Count
71,0
12,0
83,0
Each subscript letter denotes a subset of Escolas categories whose column proportions do not
differ significantly from each other at the ,05 level.
c
Chi-Square Tests
Value
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
df
a
,132
,000
,121
Asymp. Sig. (2-sided)
1
1
1
Exact Sig. (2-sided)
,716
1,000
,728
83
a. 2 cells (50,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is ,72.
b. Computed only for a 2x2 table
c. For 2x2 crosstabulation, exact results are provided instead of Monte Carlo results.
Exact Sig. (1-sided)
1,000
,552
1,000
,552
,552
,552
Output 3.3
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\1.Onde Foste\P2_Q10_C.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
Missing
N
Percent
So_AGr * Escolas
132
N
Total
Percent
100,0%
0
N
0,0%
Percent
132
100,0%
So_AGr * Escolas Crosstabulation
Escolas
Ens. Regular
1
So_AGr
2
Total
Count
Total
Particular
110a
11a
121
110,0
11,0
121,0
10a
1a
11
Expected Count
Count
10,0
120
1,0
12
11,0
132
Expected Count
120,0
12,0
132,0
Expected Count
Count
Each subscript letter denotes a subset of Escolas categories whose column proportions do not
differ significantly from each other at the ,05 level.
c
Chi-Square Tests
Value
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
df
a
,000
,000
,000
1
1
1
Asymp. Sig. (2-sided)
Exact Sig. (2-sided)
1,000
1,000
1,000
1,000
,738
1,000
1,000
,738
,738
132
a. 1 cells (25,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 1,00.
b. Computed only for a 2x2 table
c. For 2x2 crosstabulation, exact results are provided instead of Monte Carlo results.
Output 4.1
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\1.Onde Foste\P2_Q10_C.sav
Exact Sig. (1-sided)
Output 5.1
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\1.Onde Foste\P2_Q10_C.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
Missing
Percent
P1 sexo * Escolas
14
N
Total
Percent
100,0%
0
N
0,0%
Percent
14
100,0%
P1 sexo * Escolas Crosstabulation
Count
Escolas
TEIP
P1 sexo
Total
Ens. Regular
Fem
2a
6a
8
Mas
2a
4
4a
10
6
14
Total
Each subscript letter denotes a subset of Escolas categories whose
column proportions do not differ significantly from each other at the ,05
level.
c
Chi-Square Tests
Value
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
df
a
,117
,000
,116
Asymp. Sig. (2-sided)
1
1
1
Exact Sig. (2-sided)
,733
1,000
,733
14
a. 3 cells (75,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 1,71.
b. Computed only for a 2x2 table
c. For 2x2 crosstabulation, exact results are provided instead of Monte Carlo results.
Output 5.2
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\1.Onde Foste\P2_Q10_C.sav
Exact Sig. (1-sided)
1,000
,594
1,000
1,000
,594
,594
Output 5.3
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\1.Onde Foste\P2_Q10_C.sav
Output 5.4
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\1.Onde Foste\P2_Q10_C.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
Missing
Percent
ciclo * Escolas
14
N
Total
Percent
100,0%
0
N
Percent
0,0%
14
100,0%
ciclo * Escolas Crosstabulation
Escolas
TEIP
2.º Ciclo
ciclo
3.º Ciclo
Total
Count
Total
Ens. Regular
3a
6a
9
2,6
6,4
9,0
1a
4a
5
Expected Count
Count
1,4
4
3,6
10
5,0
14
Expected Count
4,0
10,0
14,0
Expected Count
Count
Each subscript letter denotes a subset of Escolas categories whose column proportions do not
differ significantly from each other at the ,05 level.
c
Chi-Square Tests
Value
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
df
a
,280
,000
,290
Asymp. Sig. (2sided)
1
1
1
Exact Sig. (2-sided)
,597
1,000
,590
14
a. 3 cells (75,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 1,43.
b. Computed only for a 2x2 table
c. For 2x2 crosstabulation, exact results are provided instead of Monte Carlo results.
Exact Sig. (1-sided)
1,000
,545
1,000
1,000
,545
,545
Output 6.1
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\2.Caracterização Vítimas\P10.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
Missing
Percent
P10_Ag_NAg * Escolas
549
N
Total
Percent
100,0%
0
N
0,0%
Percent
549
100,0%
P10_Ag_NAg * Escolas Crosstabulation
Escolas
TEIP
Count
Não Maltratei...
P10_Ag_NAg
Total
Ens. Regular
159a
340a
499
Expected Count
157,2
341,8
499,0
% within Escolas
91,9%
90,4%
90,9%
Count
Outra situação
Total
14a
36a
50
Expected Count
15,8
34,2
50,0
% within Escolas
Count
8,1%
173
9,6%
376
9,1%
549
Expected Count
% within Escolas
173,0
376,0
549,0
100,0%
100,0%
100,0%
Each subscript letter denotes a subset of Escolas categories whose column proportions do not differ significantly from
each other at the ,05 level.
Chi-Square Tests
Value
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
df
a
,314
,161
,321
Asymp. Sig. (2-sided)
1
1
1
Exact Sig. (2-sided)
Exact Sig. (1-sided)
,575
,688
,571
,635
549
a. 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 15,76.
b. Computed only for a 2x2 table
Output 6.2
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\2.Caracterização Vítimas\P10_Q_13_A.sav
,349
Output 6.3
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\2.Caracterização Vítimas\P10_Q_13_A.sav
Output 6.4
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\2.Caracterização Vítimas\P10_Q_13_A.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
Missing
Percent
ciclo * Escolas
50
N
Total
Percent
100,0%
0
N
Percent
0,0%
50
100,0%
ciclo * Escolas Crosstabulation
Escolas
TEIP
2.º Ciclo
ciclo
3.º Ciclo
Total
Count
Expected Count
Count
Total
Ens. Regular
6a
23a
29
8,1
20,9
29,0
8a
13a
21
Expected Count
Count
5,9
14
15,1
36
21,0
50
Expected Count
14,0
36,0
50,0
Each subscript letter denotes a subset of Escolas categories whose column proportions do not
differ significantly from each other at the ,05 level.
c
Chi-Square Tests
Value
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
df
a
1,830
1,069
1,816
Asymp. Sig. (2-sided)
1
1
1
Exact Sig. (2-sided)
,176
,301
,178
50
a. 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 5,88.
b. Computed only for a 2x2 table
c. For 2x2 crosstabulation, exact results are provided instead of Monte Carlo results.
Exact Sig. (1-sided)
,213
,151
,213
,213
,151
,151
Output 6.5
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\2.Caracterização Vítimas\P10_Q_13_A.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P1 sexo * Escolas
Missing
Percent
50
N
Total
Percent
100,0%
0
N
0,0%
Percent
50
100,0%
P1 sexo * Escolas Crosstabulation
Escolas
TEIP
Fem
P1 sexo
Mas
Total
Total
Ens. Regular
Count
Expected Count
Count
5a
15a
20
5,6
14,4
20,0
9a
21a
30
Expected Count
Count
8,4
14
21,6
36
30,0
50
Expected Count
14,0
36,0
50,0
Each subscript letter denotes a subset of Escolas categories whose column proportions do not
differ significantly from each other at the ,05 level.
c
Chi-Square Tests
Value
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
df
a
,149
,004
,150
Asymp. Sig. (2-sided)
Exact Sig. (2-sided)
Exact Sig. (1-sided)
,700
,949
,698
,758
,478
,758
,758
,478
,478
1
1
1
50
a. 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 5,60.
b. Computed only for a 2x2 table
c. For 2x2 crosstabulation, exact results are provided instead of Monte Carlo results.
Output 6.6
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\2.Caracterização Vítimas\P10_Q_13_A.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
Missing
Percent
P1 sexo * ciclo
50
N
Total
Percent
100,0%
0
N
0,0%
P1 sexo * ciclo Crosstabulation
ciclo
2.º Ciclo
Fem
P1 sexo
Mas
Total
Count
Total
3.º Ciclo
9a
20
11,6
8,4
20,0
18a
12a
30
Expected Count
Count
17,4
29
12,6
21
30,0
50
Expected Count
29,0
21,0
50,0
Expected Count
Count
11a
Percent
50
100,0%
Each subscript letter denotes a subset of ciclo categories whose column proportions do not differ
significantly from each other at the ,05 level.
c
Chi-Square Tests
Value
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
df
a
,123
,003
,123
Asymp. Sig. (2-sided)
1
1
1
Exact Sig. (2-sided)
,726
,953
,726
Exact Sig. (1-sided)
,776
,475
,776
,776
,475
,475
50
a. 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 8,40.
b. Computed only for a 2x2 table
c. For 2x2 crosstabulation, exact results are provided instead of Monte Carlo results.
Output 7
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\2.Sexo_agressores\P6.sav
Chi-Square Tests
Value
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
N of Valid Cases
df
a
3,563
3,387
549
Asymp. Sig. (2sided)
5
5
,614
,641
a. 4 cells (33,3%) have expected count less than 5. The minimum expected count is
2,52.
Output 8.1
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\2.Caracterização Vítimas\P6_Genero_GAM.sav
Output 8.2
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\2.Caracterização Vítimas\P6_Genero_Alf.sav
Output 9.1
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\2.Caracterização Vítimas\P6_Genero.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
Missing
Percent
P1 sexo * P6_Agregada
48
N
Total
Percent
100,0%
0
N
0,0%
Percent
48
100,0%
P1 sexo * P6_Agregada Crosstabulation
P6_Agregada
1
Count
Fem
Expected Count
% of Total
P1 sexo
Count
Mas
Expected Count
% of Total
Count
Total
Expected Count
% of Total
Total
2
22a
7a
29
24,2
4,8
29,0
45,8%
14,6%
60,4%
18a
1a
19
15,8
3,2
19,0
37,5%
40
2,1%
8
39,6%
48
40,0
8,0
48,0
83,3%
16,7%
100,0%
Each subscript letter denotes a subset of P6_Agregada categories whose column proportions do
not differ significantly from each other at the ,05 level.
Chi-Square Tests
Value
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
df
a
6,028
4,685
6,825
Asymp. Sig. (2-sided)
1
1
1
Exact Sig. (2-sided)
Exact Sig. (1-sided)
,014
,030
,009
,019
48
a. 2 cells (,20%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 3,2.
b. Computed only for a 2x2 table
,012
Anexo 9.2
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\2.Caracterização Vítimas\P6_Genero_Alf.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
Missing
Percent
P1 sexo * P6_Agregada
24
N
Total
Percent
100,0%
0
N
0,0%
Percent
24
100,0%
P1 sexo * P6_Agregada Crosstabulation
P6_Agregada
1
Fem
P1 sexo
Mas
Total
Total
2
Count
Expected Count
Count
8a
7a
15
10,0
5,0
15,0
8a
1a
9
Expected Count
Count
6,0
16
3,0
8
9,0
24
Expected Count
16,0
8,0
24,0
Each subscript letter denotes a subset of P6_Agregada categories whose column proportions do
not differ significantly from each other at the ,05 level.
Chi-Square Tests
Value
df
a
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
6,028
4,685
6,825
Asymp. Sig. (2-sided)
1
1
1
Exact Sig. (2-sided)
Exact Sig. (1-sided)
,030
,030
,009
,032
,021
24
a. 1 cells (,011%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 3,0.
b. Computed only for a 2x2 table
Output 10
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\3.Numero_Agressores\P3.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P3 * Escolas
Missing
Percent
78
100,0%
N
Total
Percent
0
0,0%
N
Percent
78
100,0%
P3 * Escolas Crosstabulation
Escolas
TEIP
Count
2
Expected Count
% within Escolas
19a
43a
62
19,1
42,9
62,0
79,2%
79,6%
79,5%
2a
7a
9
Count
3
Expected Count
% within Escolas
P3
4
2,8
6,2
9,0
8,3%
13,0%
11,5%
Count
3a
0b
3
Expected Count
,9
2,1
3,0
12,5%
0,0%
3,8%
0a
4a
4
1,2
2,8
4,0
% within Escolas
Count
0,0%
24
7,4%
54
5,1%
78
Expected Count
24,0
54,0
78,0
100,0%
100,0%
100,0%
% within Escolas
Count
5
Total
Total
Ens. Regular
Expected Count
% within Escolas
Each subscript letter denotes a subset of Escolas categories whose column proportions do not
differ significantly from each other at the ,05 level.
Chi-Square Tests
Value
df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
a
8,837
10,342
7,153
78
3
3
,032
,016
b
,025
b
,021
b
,040
Upper Bound
,021
,018
,035
a. 5 cells (62,5%) have expected count less than 5. The minimum expected count is ,92.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 112562564.
Output 11
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\3.Numero_Agressores\P3_Alf_Masc.sav
,029
,025
,045
Output 12.1
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\3.Numero_Agressores\P3_Alf_2ºC.sav
Output 12.2
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\3.Numero_Agressores\P3_Alf_3ºC.sav
Output 12.3
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\3.Numero_Agressores\P3_Alf.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P3 * ciclo
Missing
Percent
24
N
Total
Percent
100,0%
0
N
Percent
0,0%
24
P3 * ciclo Crosstabulation
ciclo
2.º
2
P3
3
4
Total
Count
Expected Count
Count
Expected Count
Count
Total
3.º
13a
6a
19
13,5
5,5
19,0
1a
1a
2
1,4
,6
2,0
3a
0a
3
Expected Count
Count
2,1
17
,9
7
3,0
24
Expected Count
17,0
7,0
24,0
Each subscript letter denotes a subset of ciclo categories whose column proportions do not
differ significantly from each other at the ,05 level.
100,0%
Chi-Square Tests
Value
df
Asymp. Sig. (2sided)
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
a
1,709
2,503
1,626
24
2
2
,426
,286
b
,562
b
,562
b
,562
Upper Bound
,549
,549
,549
a. 4 cells (66,7%) have expected count less than 5. The minimum expected count is ,58.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 2000000.
Output 13.1
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\3.Numero_Agressores\P3_RG_Fem.sav
Output 13.2
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\3.Numero_Agressores\P3_RG_Masc.sav
,575
,575
,575
Output 13.3
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\3.Numero_Agressores\P3_RG_Gen.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P3 * P1 sexo
Missing
Percent
54
N
100,0%
Total
Percent
0
N
0,0%
Percent
54
100,0%
P3 * P1 sexo Crosstabulation
P1 sexo
Fem
2
P3
3
5
Total
Total
Mas
Count
28a
15a
43
26,3
16,7
43,0
3a
4a
7
4,3
2,7
7,0
2a
2a
4
Expected Count
Count
2,4
33
1,6
21
4,0
54
Expected Count
33,0
21,0
54,0
Expected Count
Count
Expected Count
Count
Each subscript letter denotes a subset of P1 sexo categories whose column proportions do
not differ significantly from each other at the ,05 level.
Chi-Square Tests
Value
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
df
a
1,479
1,447
1,682
54
Asymp.
Sig. (2sided)
2
2
,477
,485
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
b
,508
b
,508
b
,508
Upper Bound
,496
,496
,496
a. 4 cells (66,7%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 1,56.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 2000000.
Output 13.4
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\3.Numero_Agressores\P3_RG_2ºC.sav
,521
,521
,521
Output 13.5
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\3.Numero_Agressores\P3_RG_3ºC.sav
Output 13.6
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\3.Numero_Agressores\P3_RG_Ciclo.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P3 * ciclo
Missing
Percent
54
N
Total
Percent
100,0%
0
N
Percent
0,0%
54
100,0%
P3 * ciclo Crosstabulation
ciclo
2.º Ciclo
2
P3
3
5
Total
Count
Expected Count
Count
Expected Count
Count
Total
3.º Ciclo
27a
16a
43
27,1
15,9
43,0
5a
2a
7
4,4
2,6
7,0
2a
2a
4
Expected Count
Count
2,5
34
1,5
20
4,0
54
Expected Count
34,0
20,0
54,0
Each subscript letter denotes a subset of ciclo categories whose column proportions do not
differ significantly from each other at the ,05 level.
Chi-Square Tests
Value
df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
a
,504
,502
,659
54
2
2
,777
,778
b
,785
b
,785
b
,773
a. 4 cells (66,7%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 1,48.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 2000000.
,774
,774
,762
Upper Bound
,795
,795
,783
Output 14.1
Nonparametric Tests
[DataSet3] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P4_So_Agredidos.sav
Output 14.2
Nonparametric Tests
[DataSet3] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P4_So_Agredidos.sav
Output 14.3
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P4_So_Agredidos.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P4 * Escolas
Missing
Percent
220
100,0%
N
Total
Percent
0
0,0%
N
Percent
220
100,0%
P4 * Escolas Crosstabulation
Escolas
TEIP
10
11
2
3
4
P4
5
6
7
8
9
Total
Count
Expected Count
Total
Ens. Regular
13a
28a
41
18,5
22,6
41,0
Count
0a
2a
2
Expected Count
,9
1,1
2,0
Count
Expected Count
Count
Expected Count
Count
Expected Count
Count
Expected Count
Count
7a
5a
12
5,4
6,6
12,0
16a
12a
28
12,6
15,4
28,0
14a
15a
29
13,0
16,0
29,0
6a
4a
10
4,5
5,5
10,0
7a
2b
9
9,0
Expected Count
4,1
5,0
Count
18a
36b
54
24,3
29,7
54,0
Expected Count
Count
Expected Count
Count
9a
6a
15
6,7
8,3
15,0
9a
11a
20
Expected Count
Count
9,0
99
11,0
121
20,0
220
Expected Count
99,0
121,0
220,0
Each subscript letter denotes a subset of Escolas categories whose column
proportions do not differ significantly from each other at the ,05 level.
Chi-Square Tests
Value
df
Asymp. Sig. (2sided)
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
a
16,369
17,394
15,881
220
9
9
,060
,043
b
,051
b
,056
b
,057
a. 5 cells (25,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is ,90.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 2000000.
Output 15.1
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P4_So_Agredidos.sav
,046
,050
,051
Upper Bound
,057
,062
,063
Output 15.2
Nonparametric Tests
[DataSet2] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P4_So_Agredidos_A.sav
Output 15.3
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P4_So_Agredidos.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
p4_agredido * Escolas
Missing
Percent
220
N
Total
Percent
100,0%
0
N
0,0%
Percent
220
100,0%
p4_agredido * Escolas Crosstabulation
Escolas
TEIP
1
p4_agredido
2
Total
Count
Total
Ens. Regular
37a
32a
69
31,1
38,0
69,0
62a
89a
151
Expected Count
Count
68,0
99
83,1
121
151,0
220
Expected Count
99,0
121,0
220,0
Expected Count
Count
Each subscript letter denotes a subset of Escolas categories whose column proportions do not differ
significantly from each other at the ,05 level.
c
Chi-Square Tests
Value
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
df
a
3,020
2,534
3,013
Asymp. Sig. (2sided)
1
1
1
Exact Sig. (2sided)
,082
,111
,083
220
a. 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 31,05.
b. Computed only for a 2x2 table
c. For 2x2 crosstabulation, exact results are provided instead of Monte Carlo results.
SORT CASES BY Escolas (A).
Exact Sig. (1sided)
,108
,056
,108
,108
,056
,056
Output 16.1
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P4_So_Agredidos_A.sav
Output 16.2
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P4_So_Agredidos_A.sav
Output 16.3
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P4_So_Agredidos_RG.sav
Output 16.4
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P4_So_Agredidos_RG.sav
Output 16.5
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P4_So_Agredidos_A.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P4_Agregada * P1 sexo
Missing
Percent
99
N
Total
Percent
100,0%
0
N
Percent
0,0%
99
100,0%
P4_Agregada * P1 sexo Crosstabulation
P1 sexo
Fem
1
P4_Agregada
2
Total
Count
Expected Count
Count
Total
Mas
24a
17a
37
25,8
18,8
37,0
45a
13a
62
Expected Count
Count
43,2
69
11,2
30
62,0
99
Expected Count
69,0
30,0
99,0
Each subscript letter denotes a subset of P1 sexo categories whose column proportions do not differ
significantly from each other at the ,05 level.
Chi-Square Tests
Value
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
df
a
,653
,339
,647
Asymp. Sig. (2-sided)
1
1
1
Exact Sig. (2-sided)
Exact Sig. (1-sided)
,419
,560
,421
,499
99
a. 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 11,21.
b. Computed only for a 2x2 table
,279
Output 16.6
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P4_So_Agredidos_RG.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P4_Agregada * P1 sexo
Missing
Percent
121
N
Total
Percent
100,0%
0
N
0,0%
Percent
121
100,0%
P4_Agregada * P1 sexo Crosstabulation
P1 sexo
Fem
Count
1
20a
12a
32
20,1
11,9
32,0
56a
33a
89
Expected Count
Count
55,9
76
33,1
45
89,0
121
Expected Count
76,0
45,0
121,0
Expected Count
P4_Agregada
Count
2
Total
Total
Mas
Each subscript letter denotes a subset of P1 sexo categories whose column proportions do not differ
significantly from each other at the ,05 level.
c
Chi-Square Tests
Value
df
a
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
,002
,000
,002
Asymp. Sig. (2sided)
1
1
1
Exact Sig. (2-sided)
Exact Sig. (1-sided)
1,000
,564
1,000
1,000
,564
,564
,966
1,000
,966
121
a. 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 11,90.
b. Computed only for a 2x2 table
c. For 2x2 crosstabulation, exact results are provided instead of Monte Carlo results.
Output 16.7
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P4_So_Agredidos.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
p4_A * Escolas
Missing
Percent
75
100,0%
N
Total
Percent
0
0,0%
N
Percent
75
100,0%
p4_A * Escolas Crosstabulation
Escolas
TEIP
1
p4_A
2
Total
Count
Expected Count
Count
Total
Ens. Regular
13a
12a
25
10,0
15,0
25,0
17a
33a
50
Expected Count
Count
20,0
30
30,0
45
50,0
75
Expected Count
30,0
45,0
75,0
Each subscript letter denotes a subset of Escolas categories whose column proportions do not
differ significantly from each other at the ,05 level.
c
Chi-Square Tests
Value
df
a
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
2,250
1,563
2,231
Asymp. Sig. (2-sided)
1
1
1
Exact Sig. (2-sided)
,134
,211
,135
Exact Sig. (1-sided)
,211
,106
,211
,144
,106
,106
75
a. 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 10,00.
b. Computed only for a 2x2 table
c. For 2x2 crosstabulation, exact results are provided instead of Monte Carlo results.
Output 16.8
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P4_So_Agredidos.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
p4_A * Escolas
Missing
Percent
145
N
Total
Percent
100,0%
0
N
0,0%
Percent
145
100,0%
p4_A * Escolas Crosstabulation
Escolas
TEIP
1
p4_A
2
Total
Count
Expected Count
Count
Total
Ens. Regular
24a
20a
44
20,9
23,1
44,0
45a
56a
101
Expected Count
Count
48,1
69
52,9
76
101,0
145
Expected Count
69,0
76,0
145,0
Each subscript letter denotes a subset of Escolas categories whose column proportions do not
differ significantly from each other at the ,05 level.
c
Chi-Square Tests
Value
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
df
a
1,227
,859
1,226
Asymp. Sig. (2-sided)
1
1
1
Exact Sig. (2-sided)
,268
,354
,268
145
a. 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 20,94.
b. Computed only for a 2x2 table
c. For 2x2 crosstabulation, exact results are provided instead of Monte Carlo results.
Exact Sig. (1-sided)
,284
,177
,284
,284
,177
,177
Output 17.1
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P4_So_Agredidos_A.sav
Output 17.2
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P4_So_Agredidos_A.sav
Output 17.3
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P4_So_Agredidos_RG.sav
Output 17.4
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P4_So_Agredidos_RG.sav
Output 17.5
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P4_So_Agredidos_A.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
Missing
Percent
P4_Agregada * ciclo
99
N
Total
Percent
100,0%
0
N
Percent
0,0%
99
100,0%
P4_Agregada * ciclo Crosstabulation
ciclo
2.º
1
P4_Agregada
2
Total
Count
Total
3.º
29a
8a
37
28,4
8,6
37,0
47a
15a
62
Expected Count
Count
47,6
76
14,4
23
62,0
99
Expected Count
76,0
23,0
99,0
Expected Count
Count
Each subscript letter denotes a subset of ciclo categories whose column proportions do not differ
significantly from each other at the ,05 level.
c
Chi-Square Tests
Value
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
df
a
,086
,002
,087
Asymp. Sig. (2-sided)
1
1
1
Exact Sig. (2-sided)
,769
,962
,769
99
a. 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 8,60.
b. Computed only for a 2x2 table
c. For 2x2 crosstabulation, exact results are provided instead of Monte Carlo results.
Exact Sig. (1-sided)
,811
,486
,811
,811
,486
,486
Output 17.6
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P4_So_Agredidos_RG.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P4_Agregada * ciclo
Missing
Percent
121
N
Total
Percent
100,0%
0
N
0,0%
Percent
121
100,0%
P4_Agregada * ciclo Crosstabulation
ciclo
2.º Ciclo
Count
1
23a
9a
32
19,0
13,0
32,0
49a
40a
89
Expected Count
Count
53,0
72
36,0
49
89,0
121
Expected Count
72,0
49,0
121,0
Expected Count
P4_Agregada
Count
2
Total
Total
3.º Ciclo
Each subscript letter denotes a subset of ciclo categories whose column proportions do not differ
significantly from each other at the ,05 level.
c
Chi-Square Tests
Value
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
df
a
2,763
2,109
2,850
Asymp. Sig. (2-sided)
1
1
1
Exact Sig. (2-sided)
,096
,146
,091
Exact Sig. (1-sided)
,141
,072
,101
,141
,072
,072
121
a. 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 12,96.
b. Computed only for a 2x2 table
c. For 2x2 crosstabulation, exact results are provided instead of Monte Carlo results.
Output 17.7
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P4_So_Agredidos.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
p4_A * Escolas
Missing
Percent
72
100,0%
N
Total
Percent
0
0,0%
N
Percent
72
100,0%
p4_A * Escolas Crosstabulation
Escolas
TEIP
1
p4_A
2
Total
Count
Expected Count
Count
Total
Ens. Regular
8a
9a
17
5,4
11,6
17,0
15a
40a
55
Expected Count
Count
17,6
23
37,4
49
55,0
72
Expected Count
23,0
49,0
72,0
Each subscript letter denotes a subset of Escolas categories whose column proportions do not
differ significantly from each other at the ,05 level.
c
Chi-Square Tests
Value
df
a
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
2,339
1,517
2,246
Asymp. Sig. (2-sided)
1
1
1
Exact Sig. (2-sided)
,126
,218
,134
Exact Sig. (1-sided)
,146
,110
,234
,146
,110
,110
72
a. 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 5,43.
b. Computed only for a 2x2 table
c. For 2x2 crosstabulation, exact results are provided instead of Monte Carlo results.
Output 17.8
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\3.Numero_Agressores\P5_So_agredidos_Agregados.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P5_Ag * Escolas
Missing
Percent
81
N
Total
Percent
100,0%
0
N
0,0%
P5_Ag * Escolas Crosstabulation
Escolas
TEIP
1
P5_Ag
2
3
Total
Count
Expected Count
Count
Expected Count
Count
Percent
81
Total
Ens. Regular
11a
20a
31
11,1
19,9
31,0
13a
23a
36
12,9
23,1
36,0
5a
9a
14
Expected Count
Count
5,0
29
9,0
52
14,0
81
Expected Count
29,0
52,0
81,0
Each subscript letter denotes a subset of Escolas categories whose column proportions do not
differ significantly from each other at the ,05 level.
100,0%
Chi-Square Tests
Value
df
Asymp. Sig. (2sided)
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
a
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
,003
,003
,068
81
2
2
b
,999
,999
1,000
b
1,000
b
1,000
Upper Bound
1,000
1,000
1,000
1,000
1,000
1,000
a. 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 5,01.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 2000000.
Output 18
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\3.Numero_Agressores\P5_So_agredidos.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P5 * Escolas
Missing
Percent
81
N
Total
Percent
100,0%
0
N
Percent
0,0%
81
100,0%
P5 * Escolas Crosstabulation
Escolas
TEIP
2
3
P5
5
6
Total
Count
Expected Count
Count
Total
Ens. Regular
11a
20a
31
11,1
19,9
31,0
13a
23a
36
12,9
23,1
36,0
0a
2a
2
Expected Count
,7
1,3
2,0
Count
5a
7a
12
Expected Count
Count
4,3
29
7,7
52
12,0
81
Expected Count
29,0
52,0
81,0
Expected Count
Count
Each subscript letter denotes a subset of Escolas categories whose column proportions do
not differ significantly from each other at the ,05 level.
Chi-Square Tests
Value
df
Asymp. Sig. (2sided)
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
a
1,298
1,951
1,016
81
3
3
,730
,583
b
,795
b
,708
b
,854
a. 3 cells (37,5%) have expected count less than 5. The minimum expected count is ,72.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 2000000.
,784
,696
,845
Upper Bound
,805
,720
,863
Output 19.1
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\3.Numero_Agressores\P5_So_agredidos_Agregados.sav
Output 19.2
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\3.Numero_Agressores\P5_So_agredidos_Agregados.sav
Output 19.3
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\3.Numero_Agressores\P5_So_agredidos_Agregados.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P5_Ag * Escolas
Missing
Percent
81
N
Total
Percent
100,0%
0
N
0,0%
P5_Ag * Escolas Crosstabulation
Escolas
TEIP
1
P5_Ag
2
3
Total
Count
Expected Count
Count
Expected Count
Count
Percent
81
Total
Ens. Regular
11a
20a
31
11,1
19,9
31,0
13a
23a
36
12,9
23,1
36,0
5a
9a
14
Expected Count
Count
5,0
29
9,0
52
14,0
81
Expected Count
29,0
52,0
81,0
Each subscript letter denotes a subset of Escolas categories whose column proportions do not
differ significantly from each other at the ,05 level.
100,0%
Chi-Square Tests
Value
df
Asymp. Sig. (2sided)
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
a
,003
,003
,068
81
2
2
,999
,999
b
1,000
b
1,000
b
1,000
a. 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 5,01.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 2000000.
Output 20.1
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Quiquadrado\3.Numero_Agressores\P5_So_agredidos_Agregados_Masc_Alf.sa
Output 20.2
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Quiquadrado\3.Numero_Agressores\P5_So_agredidos_Agregados_Fem_Alf.sav
1,000
1,000
1,000
Upper Bound
1,000
1,000
1,000
Output 20.3
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Quiquadrado\3.Numero_Agressores\P5_So_agredidos_Agregados_RG.sav
Output 20.4
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Quiquadrado\3.Numero_Agressores\P5_So_agredidos_Agregados_RG.sav
Output 20.5
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Quiquadrado\3.Numero_Agressores\P5_So_agredidos_Agregados_2.º_Alf.sav
Output 20.6
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Quiquadrado\3.Numero_Agressores\P5_So_agredidos_Agregados_3ºAlf.sav
Output 20.7
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Quiquadrado\3.Numero_Agressores\P5_So_agredidos_Agregados_RG.sav
*Nonparametric Tests: One Sample.
NPTESTS
/ONESAMPLE TEST (P5_Ag)
/MISSING SCOPE=ANALYSIS USERMISSING=EXCLUDE
/CRITERIA ALPHA=0.05 CILEVEL=95.
Output 20.8
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Quiquadrado\3.Numero_Agressores\P5_So_agredidos_Agregados_RG.sav
Output 20.9
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Quiquadrado\3.Numero_Agressores\P5_So_agredidos_Agregados_Alf.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
Missing
Percent
P5_Ag * P1 sexo
29
N
Total
Percent
100,0%
0
N
0,0%
Percent
29
100,0%
P5_Ag * P1 sexo Crosstabulation
P1 sexo
Fem
1
P5_Ag
2
3
Total
Count
Total
Mas
6a
5a
11
7,2
3,8
11,0
9a
4a
13
8,5
4,5
13,0
4a
1a
5
Expected Count
Count
3,3
19
1,7
10
5,0
29
Expected Count
19,0
10,0
29,0
Expected Count
Count
Expected Count
Count
Each subscript letter denotes a subset of P1 sexo categories whose column proportions do not
differ significantly from each other at the ,05 level.
Chi-Square Tests
Value
df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
a
1,130
1,152
1,085
29
2
2
,568
,562
b
,680
b
,680
b
,680
a. 4 cells (66,7%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 1,72.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 1314643744.
,668
,668
,668
Upper Bound
,692
,692
,692
Output 20.10
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Quiquadrado\3.Numero_Agressores\P5_So_agredidos_Agregados_RG.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P5_Ag * P1 sexo
Missing
Percent
52
N
Total
Percent
100,0%
0
N
Percent
0,0%
52
100,0%
P5_Ag * P1 sexo Crosstabulation
P1 sexo
Fem
1
P5_Ag
2
3
Total
Count
Expected Count
16a
4b
20
12,3
7,7
20,0
12a
11a
23
14,2
8,8
23,0
Count
Expected Count
Total
Mas
Count
4a
5a
9
Expected Count
Count
5,5
32
3,5
20
9,0
52
Expected Count
32,0
20,0
52,0
Each subscript letter denotes a subset of P1 sexo categories whose column proportions do
not differ significantly from each other at the ,05 level.
Chi-Square Tests
Value
df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
a
4,843
5,070
4,885
52
2
2
b
,089
,079
,091
b
,099
b
,091
Upper Bound
,084
,092
,084
,099
,107
,099
a. 1 cells (16,7%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 3,46.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 2000000.
Output 20.11
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Quiquadrado\3.Numero_Agressores\P5_So_agredidos_Agregados_Alf.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P5_Ag * ciclo
Missing
Percent
29
100,0%
N
Total
Percent
0
0,0%
N
Percent
29
100,0%
P5_Ag * ciclo Crosstabulation
ciclo
Total
2.º
1
P5_Ag
2
3
Total
3.º
Count
10a
1a
11
Expected Count
9,1
1,9
11,0
Count
Expected Count
Count
9a
4a
13
10,8
2,2
13,0
5a
0a
5
Expected Count
Count
4,1
24
,9
5
5,0
29
Expected Count
24,0
5,0
29,0
Each subscript letter denotes a subset of ciclo categories whose column proportions do not
differ significantly from each other at the ,05 level.
Chi-Square Tests
Value
df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
a
3,221
3,912
2,443
29
2
2
b
,200
,141
,224
b
,224
b
,284
Upper Bound
,213
,213
,272
,234
,234
,296
a. 4 cells (66,7%) have expected count less than 5. The minimum expected count is ,86.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 2000000.
Output 20.12
Crosstabs
[DataSe2] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Quiquadrado\3.Numero_Agressores\P5_So_agredidos_Agregados_RG.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P5_Ag * ciclo
Missing
Percent
52
N
Total
Percent
100,0%
0
N
Percent
0,0%
52
P5_Ag * ciclo Crosstabulation
ciclo
2.º Ciclo
1
P5_Ag
2
3
Total
Count
Expected Count
Count
Expected Count
Count
Total
3.º Ciclo
13a
7a
20
12,3
7,7
20,0
14a
9a
23
14,2
8,8
23,0
5a
4a
9
Expected Count
Count
5,5
32
3,5
20
9,0
52
Expected Count
32,0
20,0
52,0
Each subscript letter denotes a subset of ciclo categories whose column proportions do not
differ significantly from each other at the ,05 level.
100,0%
Chi-Square Tests
Value
df
Asymp. Sig. (2sided)
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
a
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
,242
,241
,347
52
2
2
b
,886
,887
,933
b
,933
b
,933
Upper Bound
,926
,926
,926
,939
,939
,939
a. 1 cells (16,7%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 3,46.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 1314643744.
Output 21
Crosstabs
[DataSet2] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P9_So_Agressores.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P9 * Escolas
Missing
Percent
47
N
Total
Percent
100,0%
0
N
Percent
0,0%
47
100,0%
P9 * Escolas Crosstabulation
Escolas
TEIP
2
3
P9
4
5
Total
Count
Expected Count
Count
Total
Ens. Regular
8a
29a
37
9,4
27,6
37,0
2a
4a
6
1,5
4,5
6,0
0a
2a
2
Expected Count
,5
1,5
2,0
Count
2a
0b
2
Expected Count
Count
,5
12
1,5
35
2,0
47
Expected Count
12,0
35,0
47,0
Expected Count
Count
Each subscript letter denotes a subset of Escolas categories whose column proportions do not
differ significantly from each other at the ,05 level.
Chi-Square Tests
Value
df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
a
7,009
7,130
5,532
47
3
3
,072
,068
b
,117
b
,078
b
,117
a. 6 cells (75,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is ,51.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 2000000.
,109
,071
,109
Upper Bound
,126
,084
,126
Output 22.1
Crosstabs
[DataSet2] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P9_So_Agressores.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P9 * P1 sexo
Missing
Percent
47
N
Total
Percent
100,0%
0
N
Percent
0,0%
47
100,0%
P9 * P1 sexo Crosstabulation
Count
P1 sexo
Fem
P9
Total
Mas
1 ou 2
15
22
37
3a6
1
5
6
1 p/ semana
2
0
2
1
19
1
28
2
47
sempre
Total
Chi-Square Tests
Value
df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
a
4,430
5,282
4,075
47
3
3
,219
,152
b
,295
b
,295
b
,192
a. 6 cells (75,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is ,81.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 112562564.
Output 22.2
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Ratoo\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P9_So_Agressores.sav
,284
,284
,182
Upper Bound
,307
,307
,203
Output 23.1
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P9_So_Agressores.sav
Output 23.2
Nonparametric Tests
[DataSet13] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P9_So_Agressores.sav
Output 23.3
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P9_So_Agressores.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P9 * ciclo
Missing
Percent
47
N
100,0%
Total
Percent
0
N
0,0%
P9 * ciclo Crosstabulation
Count
ciclo
2.º Ciclo
P9
1 ou 2
21
16
37
3a6
4
2
6
1 p/ semana
2
0
2
1
28
1
19
2
47
sempre
Total
Total
3.º Ciclo
Percent
47
100,0%
Chi-Square Tests
Value
df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
a
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
1,681
2,396
1,605
47
3
3
,641
,494
b
,739
b
,664
b
,844
,727
,652
,835
a. 6 cells (75,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is ,81.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 92208573.
Output 24.1
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P11_So_Agressores - Alf.sav
Output 24.2
NPar Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P11_So_Agressores - RG.sav
Descriptive Statistics
N
P11
Mean
54
Std. Deviation
6,61
Minimum
2,390
Maximum
2
10
Chi-Square Test
Frequencies
P11
Observed N
bati, dei pontapés
empurrei
ameacei
chamei nomes ou gozei de outras
maneiras
gritei
pus de parte de propósito
chateei
fiz outras coisas
Total
Expected N
Residual
2
9
2
6,8
6,8
6,8
-4,8
2,3
-4,8
13
6,8
6,3
3
8
15
2
54
6,8
6,8
6,8
6,8
-3,8
1,3
8,3
-4,8
Upper Bound
,750
,676
,853
Test Statistics
P11
Chi-Square
df
Asymp. Sig.
a
28,963
7
,000
a. 0 cells (,0%) have expected
frequencies less than 5. The
minimum expected cell frequency
is 6,8.
Output 24.3
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\11_So_Agressores.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P11 * Escolas
Missing
Percent
84
N
100,0%
Total
Percent
0
N
0,0%
Percent
84
100,0%
P11 * Escolas Crosstabulation
Escolas
TEIP
bati, dei pontapés
empurrei
Count
% within Escolas
6
3,7%
7,1%
7
9
16
23,3%
16,7%
19,0%
5
2
7
3,7%
8,3%
chamei nomes por causa da raça ou Count
cor
% within Escolas
2
0
2
6,7%
0,0%
2,4%
chamei nomes ou gozei de outras
maneiras
pus de parte de propósito
chateei
fiz outras coisas
Count
2
13,3%
16,7%
gritei
Total
% within Escolas
Ens. Regular
4
% within Escolas
ameacei
P11
Count
Total
Count
% within Escolas
Count
% within Escolas
Count
% within Escolas
Count
% within Escolas
Count
0
13
13
0,0%
24,1%
15,5%
6
3
9
20,0%
5,6%
10,7%
0
8
8
0,0%
14,8%
9,5%
3
15
18
10,0%
27,8%
21,4%
3
2
5
% within Escolas
Count
10,0%
30
3,7%
54
6,0%
84
% within Escolas
100,0%
100,0%
100,0%
Chi-Square Tests
Value
df
Asymp. Sig. (2sided)
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
a
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
29,994
37,144
30,575
84
8
8
b
,000
,000
,000
b
,000
b
,000
Upper Bound
,000
,000
,000
,000
,000
,000
a. 11 cells (61,1%) have expected count less than 5. The minimum expected count is ,71.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 2000000.
Output 25.1
NPar Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P11_So_Agressores - Alf.sav
Descriptive Statistics
N
tipo
Mean
30
Std. Deviation
1,60
Minimum
,498
Maximum
1
2
Binomial Test
Category
tipo
N
Observed
Prop.
Test
Prop.
Group 1
físico
12
Group 2
verbal / social
18
,60
30
1,00
Total
,40
Exact Sig. (2tailed)
,50
Exact Sig.
(2-tailed)
,362
a
,362
a. Exact Results are provided instead of Monte Carlo for this test.
Output 25.2
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P11_So_Agressores - RG.sav
Descriptive Statistics
N
tipo
Mean
54
Std. Deviation
1,78
Minimum
,420
Maximum
1
2
Binomial Test
Category
tipo
N
Observed
Prop.
Group 1
verbal / social
42
Group 2
físico
12
,22
54
1,00
Total
,78
a. Exact Results are provided instead of Monte Carlo for this test.
Test
Prop.
,50
Exact Sig. (2tailed)
Exact Sig.
(2-tailed)
,000
,000
a
Output 25.3
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P11_So_Agressores.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
Missing
Percent
tipo * Escolas
84
N
100,0%
Total
Percent
0
N
Percent
0,0%
84
100,0%
tipo * Escolas Crosstabulation
Count
Escolas
TEIP
tipo
Total
Ens. Regular
físico
12a
12a
24
verbal / social
18a
30
42a
54
60
84
Total
Each subscript letter denotes a subset of Escolas categories whose column
proportions do not differ significantly from each other at the ,05 level.
c
Chi-Square Tests
Value
df
a
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
2,987
2,179
2,920
Asymp. Sig. (2sided)
1
1
1
Exact Sig. (2-sided)
,084
,140
,087
Exact Sig. (1sided)
,129
,071
,129
,129
,071
,071
84
a. 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 8,57.
b. Computed only for a 2x2 table
c. For 2x2 crosstabulation, exact results are provided instead of Monte Carlo results.
Output 26.1
NPar Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P11_So_Agressores - Alf.sav
Descriptive Statistics
N
tipo
Mean
17
Std. Deviation
1,53
Minimum
,514
Maximum
1
2
Binomial Test
Category
tipo
Group 1
físico
Group 2
verbal / social
Total
N
Observed Prop.
8
Test Prop.
,47
9
,53
17
1,00
a. Exact Results are provided instead of Monte Carlo for this test.
,50
Exact Sig. (2-tailed)
Point Probability
a
1,000
a
,185
Output 26.2
NPar Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P11_So_Agressores - Alf.sav
Descriptive Statistics
N
tipo
Mean
13
Std. Deviation
1,69
Minimum
Maximum
,480
1
2
Binomial Test
Category
tipo
Group 1
verbal / social
Group 2
físico
N
Observed
Prop.
9
Total
Test Prop.
,69
4
,31
13
1,00
Exact Sig.
(2-tailed)
Point
Probability
a
,50
a
,267
,087
a. Exact Results are provided instead of Monte Carlo for this test.
Output 26.3
NPar Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P11_So_Agressores - RG.sav
Descriptive Statistics
N
tipo
Mean
30
Std. Deviation
1,77
Minimum
Maximum
,430
1
2
Binomial Test
Category
tipo
Group 1
físico
Group 2
verbal / social
N
Observed
Prop.
7
Total
Test
Prop.
,23
23
,77
30
1,00
Exact Sig. (2tailed)
,50
Exact Sig. (2tailed)
a
,005
,005
a. Exact Results are provided instead of Monte Carlo for this test.
Output 26.4
NPar Tests
[DataSet5] C:\Users\Pedro Cravo\Desktop\SPSS Teresa Godinho\SPSS\P11_So_Agressores - RG.sav
Descriptive Statistics
N
tipo
Mean
24
Std. Deviation
1,79
Minimum
Maximum
,415
1
2
Binomial Test
Category
Group 1
tipo Group 2
Total
verbal / social
físico
N
Observed Prop.
19
,79
5
,21
24
1,00
a. Exact Results are provided instead of Monte Carlo for this test.
Test Prop.
,50
Exact Sig. (2tailed)
Point Probability
a
,007
a
,003
Output 26.5
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P11_So_Agressores - Alf.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
tipo * P1 sexo
Missing
Percent
30
N
Total
Percent
100,0%
0
N
Percent
0,0%
30
100,0%
tipo * P1 sexo Crosstabulation
Count
P1 sexo
Fem
tipo
físico
verbal / social
Total
Total
Mas
4
8
12
9
13
9
17
18
30
c
Chi-Square Tests
Value
df
a
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
,814
,277
,824
Asymp. Sig. (2sided)
1
1
1
Exact Sig. (2sided)
,367
,599
,364
Exact Sig. (1sided)
,465
,301
,465
,465
,301
,301
30
a. 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 5,20.
b. Computed only for a 2x2 table
c. For 2x2 crosstabulation, exact results are provided instead of Monte Carlo results.
Output 26.6
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P11_So_Agressores - RG.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
tipo * P1 sexo
Missing
Percent
54
N
Total
Percent
100,0%
0
0,0%
tipo * P1 sexo Crosstabulation
Count
P1 sexo
Fem
tipo
Total
físico
verbal / social
Total
Mas
5
7
12
19
24
23
30
42
54
N
Percent
54
100,0%
c
Chi-Square Tests
Value
df
a
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
,048
,000
,048
Asymp. Sig. (2sided)
1
1
1
Exact Sig. (2sided)
Exact Sig. (1sided)
1,000
,546
1,000
1,000
,546
,546
,826
1,000
,826
54
a. 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 5,33.
b. Computed only for a 2x2 table
c. For 2x2 crosstabulation, exact results are provided instead of Monte Carlo results.
Output 26.7
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P11_So_Agressores.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
tipo * Escolas
Missing
Percent
47
N
Total
Percent
100,0%
0
N
0,0%
Percent
47
100,0%
tipo * Escolas Crosstabulation
Count
Escolas
TEIP
tipo
Ens. Regular
físico
verbal / social
Total
Total
8
7
15
9
17
23
30
32
47
c
Chi-Square Tests
Value
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
df
a
2,811
1,825
2,761
1
1
1
Asymp. Sig. (2-sided)
Exact Sig. (2-sided)
Exact Sig. (1-sided)
,094
,177
,097
,114
,089
,114
,114
,089
,089
47
a. 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 5,43.
b. Computed only for a 2x2 table
c. For 2x2 crosstabulation, exact results are provided instead of Monte Carlo results.
Output 26.8
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P11_So_Agressores.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
Missing
N
Percent
tipo * Escolas
37
N
Total
Percent
100,0%
0
N
Percent
0,0%
37
100,0%
tipo * Escolas Crosstabulation
Count
Escolas
TEIP
físico
tipo
verbal / social
Total
Total
Ens. Regular
4
5
9
9
13
19
24
28
37
c
Chi-Square Tests
Value
df
a
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
,452
,074
,443
Asymp. Sig. (2sided)
1
1
1
Exact Sig. (2sided)
,501
,786
,506
Exact Sig. (1sided)
,691
,386
,691
,691
,386
,386
37
a. 1 cells (25,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 3,16.
b. Computed only for a 2x2 table
c. For 2x2 crosstabulation, exact results are provided instead of Monte Carlo results.
Output 27.1
NPar Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P11_So_Agressores - Alf.sav
Descriptive Statistics
N
tipo
Mean
21
Std. Deviation
1,57
Minimum
,507
Maximum
1
2
Binomial Test
Category
Group 1
tipo Group 2
Total
físico
verbal / social
N
Observed Prop.
9
,43
12
,57
21
1,00
a. Exact Results are provided instead of Monte Carlo for this test.
Test Prop.
,50
Exact Sig. (2-tailed)
Point Probability
a
,140
,664
a
Output 27.2
NPar Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P11_So_Agressores - Alf.sav
Descriptive Statistics
N
tipo
Mean
9
Std. Deviation
1,67
Minimum
,500
Maximum
1
2
Binomial Test
Category
tipo
N
Observed Prop.
Group 1
físico
3
Group 2
verbal / social
6
,67
9
1,00
Total
Test Prop.
,33
Exact Sig. (2tailed)
Point
Probability
a
,50
,508
a
,164
a. Exact Results are provided instead of Monte Carlo for this test.
Output 27.3
NPar Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P11_So_Agressores - RG.sav
Descriptive Statistics
N
tipo
Mean
30
Std. Deviation
1,80
Minimum
,407
Maximum
1
2
Binomial Test
Category
tipo
Group 1
verbal / social
Group 2
físico
N
Observed
Prop.
24
Total
Test Prop.
,80
6
,20
30
1,00
Exact Sig. (2tailed)
Exact Sig. (2tailed)
,001
,001
,50
a
a. Exact Results are provided instead of Monte Carlo for this test.
Output 27.4
NPar Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P11_So_Agressores - RG.sav
Descriptive Statistics
N
tipo
Mean
24
Std. Deviation
1,75
Minimum
,442
Maximum
1
2
Binomial Test
Category
tipo
Group 1
físico
Group 2
verbal / social
Total
N
Observed Prop. Test Prop.
6
,25
18
,75
24
1,00
a. Exact Results are provided instead of Monte Carlo for this test.
,50
Exact Sig. (2tailed)
Point
Probability
a
,023
a
,008
Output 27.5
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P11_So_Agressores - Alf.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
tipo * ciclo
Missing
Percent
30
N
Total
Percent
100,0%
0
N
Percent
0,0%
30
100,0%
tipo * ciclo Crosstabulation
Count
ciclo
Total
2.º
tipo
3.º
físico
verbal / social
Total
9
3
12
12
21
6
9
18
30
c
Chi-Square Tests
Value
df
a
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
,238
,007
,241
Asymp. Sig. (2-sided)
Exact Sig. (2-sided)
Exact Sig. (1-sided)
,626
,935
,623
,704
,472
,704
,704
,472
,472
1
1
1
30
a. 1 cells (25,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 3,60.
b. Computed only for a 2x2 table
c. For 2x2 crosstabulation, exact results are provided instead of Monte Carlo results.
Output 27.6
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P11_So_Agressores - RG.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
tipo * ciclo
Missing
Percent
54
N
100,0%
Total
Percent
0
N
0,0%
tipo * ciclo Crosstabulation
Count
ciclo
2.º Ciclo
tipo
Total
físico
verbal / social
Total
3.º Ciclo
6
6
12
24
30
18
24
42
54
Percent
54
100,0%
c
Chi-Square Tests
Value
df
a
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
,193
,012
,192
Asymp. Sig. (2sided)
1
1
1
Exact Sig. (2sided)
,661
,913
,661
Exact Sig. (1sided)
,748
,454
,748
,748
,454
,454
54
a. 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 5,33.
b. Computed only for a 2x2 table
c. For 2x2 crosstabulation, exact results are provided instead of Monte Carlo results.
Output 27.7
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P11_So_Agressores.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
tipo * Escolas
Missing
Percent
51
N
Total
Percent
100,0%
0
N
0,0%
Percent
51
100,0%
tipo * Escolas Crosstabulation
Count
Escolas
TEIP
tipo
físico
verbal / social
Total
Total
Ens. Regular
9
6
15
12
21
24
30
36
51
c
Chi-Square Tests
Value
df
a
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
3,109
2,105
3,085
Asymp. Sig. (2sided)
1
1
1
Exact Sig. (2sided)
,078
,147
,079
Exact Sig. (1sided)
,119
,074
,119
,119
,074
,074
51
a. 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 6,18.
b. Computed only for a 2x2 table
c. For 2x2 crosstabulation, exact results are provided instead of Monte Carlo results.
Output 27.8
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P11_So_Agressores.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
tipo * Escolas
Missing
Percent
33
100,0%
N
Total
Percent
0
0,0%
N
Percent
33
100,0%
tipo * Escolas Crosstabulation
Count
Escolas
TEIP
tipo
Total
Ens. Regular
físico
3
6
9
verbal / social
6
9
18
24
24
33
Total
c
Chi-Square Tests
Value
df
a
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
,229
,002
,224
Asymp. Sig. (2sided)
1
1
1
Exact Sig. (2sided)
,632
,968
,636
Exact Sig. (1sided)
,677
,471
,677
,677
,471
,471
33
a. 1 cells (25,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 2,45.
b. Computed only for a 2x2 table
c. For 2x2 crosstabulation, exact results are provided instead of Monte Carlo results.
Output 28.1
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P10_So_Agressores.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P10 * Escolas
Missing
Percent
50
N
100,0%
Total
Percent
0
N
0,0%
Percent
50
100,0%
P10 * Escolas Crosstabulation
Count
Escolas
TEIP
P10
Total
Ens. Regular
sozinho
6
12
18
1 ou 2
5
22
27
3a8
2
2
4
1
14
0
36
1
50
mais de 8
Total
Chi-Square Tests
Value
df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
a
4,990
4,961
4,925
50
3
3
,173
,175
b
,165
b
,207
b
,121
a. 4 cells (50,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is ,28.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 2000000.
,156
,197
,112
Upper Bound
,175
,218
,129
Output 29.1
NPar Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P10_So_Agressores - Alf.sav
Descriptive Statistics
N
VAR00001
Mean
14
Std. Deviation
1,7857
Minimum
,80178
Maximum
1,00
3,00
Chi-Square Test
Frequencies
VAR00001
Observed N
sozinho
1 ou 2
3 ou mais
Total
Expected N
6
5
3
14
Residual
4,7
4,7
4,7
1,3
,3
-1,7
Test Statistics
VAR00001
a
Chi-Square
df
Asymp. Sig.
1,000
2
,607
b
,710
Sig.
Monte Carlo Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
,698
Upper Bound
,721
a. 3 cells (100,0%) have expected frequencies less than 5. The minimum expected cell frequency is
4,7.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 334431365.
Output 29.2
NPar Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P10_So_Agressores - RG.sav
Descriptive Statistics
N
VAR00001
Mean
36
Std. Deviation
1,7222
,56625
Chi-Square Test
Frequencies
VAR00001
Observed N
sozinho
1 ou 2
3 ou mais
Total
Expected N
12
22
2
36
12,0
12,0
12,0
Residual
,0
10,0
-10,0
Minimum
1,00
Maximum
3,00
Test Statistics
VAR00001
a
Chi-Square
df
Asymp. Sig.
16,667
2
,000
b
,000
Sig.
Monte Carlo Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
,000
Upper Bound
,001
a. 0 cells (,0%) have expected frequencies less than 5. The minimum expected cell frequency is
12,0.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 1502173562.
Output 29.3
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P10_So_Agressores.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
Missing
N
Percent
grupo * Escolas
50
N
Total
Percent
100,0%
0
N
0,0%
Percent
50
100,0%
grupo * Escolas Crosstabulation
Count
Escolas
TEIP
grupo
Total
Ens. Regular
sozinho
6
12
18
1 ou 2
5
22
27
3
14
2
36
5
50
3 ou mais
Total
Chi-Square Tests
Value
df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
a
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
3,998
3,776
3,916
50
2
2
,135
,151
b
,127
b
,184
b
,127
Upper Bound
,118
,174
,118
,136
,194
,136
a. 2 cells (33,3%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 1,40.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 329836257.
Output 30.1
NPar Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P10_So_Agressores - Alf.sav
Descriptive Statistics
N
VAR00001
Mean
9
1,7778
Std. Deviation
,83333
Minimum
1,00
Maximum
3,00
Chi-Square Test
Frequencies
VAR00001
Observed N
sozinho
1 ou 2
3 ou mais
Total
Expected N
4
3
2
9
Residual
3,0
3,0
3,0
1,0
,0
-1,0
Test Statistics
VAR00001
a
Chi-Square
df
Asymp. Sig.
,667
2
,717
b
,917
Sig.
Monte Carlo Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
,909
Upper Bound
,924
a. 3 cells (100,0%) have expected frequencies less than 5. The minimum expected cell frequency is
3,0.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 299883525.
Output 30.2
NPar Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P10_So_Agressores - Alf.sav
Descriptive Statistics
N
VAR00001
Mean
5
Std. Deviation
1,8000
Minimum
,83666
Maximum
1,00
3,00
Chi-Square Test
Frequencies
VAR00001
Observed N
sozinho
1 ou 2
3 ou mais
Total
Expected N
2
2
1
5
1,7
1,7
1,7
Residual
,3
,3
-,7
Test Statistics
VAR00001
a
Chi-Square
df
Asymp. Sig.
,400
2
,819
b
1,000
Sig.
Monte Carlo Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
1,000
Upper Bound
1,000
a. 3 cells (100,0%) have expected frequencies less than 5. The minimum expected cell frequency is
1,7.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 926214481.
Output 30.3
NPar Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P10_So_Agressores - RG.sav
Descriptive Statistics
N
VAR00001
Mean
21
Std. Deviation
1,5714
Minimum
,50709
Maximum
1,00
2,00
Chi-Square Test
Frequencies
VAR00001
Observed N
sozinho
1 ou 2
Total
Expected N
9
12
21
Residual
10,5
10,5
-1,5
1,5
Test Statistics
VAR00001
a
Chi-Square
df
Asymp. Sig.
,429
1
,513
b
,663
Sig.
Monte Carlo Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
,651
Upper Bound
,675
a. 0 cells (,0%) have expected frequencies less than 5. The minimum expected cell frequency is
10,5.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 1314643744.
Output 30.4
NPar Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P10_So_Agressores - RG.sav
Descriptive Statistics
N
VAR00001
Mean
15
Std. Deviation
1,9333
,59362
Chi-Square Test
Frequencies
VAR00001
Observed N
sozinho
1 ou 2
3 ou mais
Total
Expected N
3
10
2
15
5,0
5,0
5,0
Residual
-2,0
5,0
-3,0
Minimum
1,00
Maximum
3,00
Test Statistics
VAR00001
a
Chi-Square
df
Asymp. Sig.
7,600
2
,022
b
,029
Sig.
Monte Carlo Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
,025
Upper Bound
,034
a. 0 cells (,0%) have expected frequencies less than 5. The minimum expected cell frequency is 5,0.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 624387341.
Output 30.5
NPar Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P10_So_Agressores - Alf.sav
Descriptive Statistics
N
Mean
VAR00001
6
Std. Deviation
1,5000
Minimum
,54772
Maximum
1,00
2,00
Chi-Square Test
Frequencies
VAR00001
Observed N
sozinho
1 ou 2
Total
Expected N
3
3
6
Residual
3,0
3,0
,0
,0
Test Statistics
VAR00001
a
Chi-Square
df
Asymp. Sig.
,000
1
1,000
b
1,000
Sig.
Monte Carlo Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
1,000
Upper Bound
1,000
a. 2 cells (100,0%) have expected frequencies less than 5. The minimum expected cell frequency is
3,0.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 334431365.
Output 30.6
NPar Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P10_So_Agressores - Alf.sav
Descriptive Statistics
N
VAR00001
Mean
8
2,0000
Std. Deviation
,92582
Minimum
1,00
Maximum
3,00
Chi-Square Test
Frequencies
VAR00001
Observed N
sozinho
1 ou 2
3 ou mais
Total
Expected N
3
2
3
8
Residual
2,7
2,7
2,7
,3
-,7
,3
Test Statistics
VAR00001
a
Chi-Square
df
Asymp. Sig.
,250
2
,882
b
1,000
Sig.
Monte Carlo Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
1,000
Upper Bound
1,000
a. 3 cells (100,0%) have expected frequencies less than 5. The minimum expected cell frequency is
2,7.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 1502173562.
Output 30.7
NPar Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P10_So_Agressores - RG.sav
Descriptive Statistics
N
Mean
Std. Deviation
Minimum
Maximum
VAR00001
23
1,6087
,49901
1,00
2,00
Chi-Square Test
Frequencies
sozinho
1 ou 2
Total
VAR00001
Observed N
Expected N
9
11,5
14
11,5
23
Residual
-2,5
2,5
Test Statistics
VAR00001
Chi-Square
df
Asymp. Sig.
a
1,087
1
,297
b
Sig.
,397
Monte Carlo Sig.
Lower Bound
,385
99% Confidence Interval
Upper Bound
,410
a. 0 cells (,0%) have expected frequencies less than 5. The minimum expected cell frequency is
11,5.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 743671174.
Output 30.8
NPar Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P10_So_Agressores - RG.sav
Descriptive Statistics
N
VAR00001
Mean
13
Std. Deviation
1,9231
Minimum
,64051
Maximum
1,00
3,00
Chi-Square Test
Frequencies
VAR00001
Observed N
sozinho
1 ou 2
3 ou mais
Total
Expected N
3
8
2
13
Residual
4,3
4,3
4,3
-1,3
3,7
-2,3
Test Statistics
VAR00001
a
Chi-Square
df
Asymp. Sig.
4,769
2
,092
b
,113
Sig.
Monte Carlo Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
,104
Upper Bound
,121
a. 3 cells (100,0%) have expected frequencies less than 5. The minimum expected cell frequency is
4,3.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 957002199.
Output 30.9
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P10_So_Agressores - Alf.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
VAR00001 * P1 sexo
Missing
Percent
14
N
100,0%
Total
Percent
0
0,0%
VAR00001 * P1 sexo Crosstabulation
Count
P1 sexo
Fem
VAR00001
Total
Total
Mas
sozinho
2
4
6
1 ou 2
2
3
5
3 ou mais
1
5
2
9
3
14
N
Percent
14
100,0%
Chi-Square Tests
Value
df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
a
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
,062
,062
,392
14
2
2
b
,969
,970
1,000
b
1,000
b
1,000
Upper Bound
1,000
1,000
1,000
1,000
1,000
1,000
a. 6 cells (100,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 1,07.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 1314643744.
Output 30.10
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P10_So_Agressores - Alf.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
VAR00001 * ciclo
Missing
Percent
14
N
100,0%
Total
Percent
0
N
0,0%
Percent
14
100,0%
VAR00001 * ciclo Crosstabulation
Count
ciclo
2.º
VAR00001
Total
3.º
sozinho
3
3
6
1 ou 2
3
2
5
3 ou mais
0
6
3
8
3
14
Total
Chi-Square Tests
Value
df
Asymp. Sig. (2sided)
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
a
2,975
4,074
2,695
14
2
2
,226
,130
b
,326
b
,266
b
,326
a. 6 cells (100,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 1,29.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 1502173562.
,314
,255
,314
Upper Bound
,338
,278
,338
Output 30.11
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P10_So_Agressores - RG.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
Missing
N
Percent
VAR00001 * P1 sexo
36
N
Total
Percent
100,0%
0
N
Percent
0,0%
36
100,0%
VAR00001 * P1 sexo Crosstabulation
Count
P1 sexo
Fem
Mas
sozinho
VAR00001
Total
3
9
12
1 ou 2
10
12
22
3 ou mais
2
15
0
21
2
36
Total
Chi-Square Tests
Value
df
Asymp. Sig. (2sided)
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
a
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
4,301
5,089
3,802
36
2
2
b
,116
,078
,128
b
,099
b
,128
Upper Bound
,119
,091
,119
,136
,107
,136
a. 2 cells (33,3%) have expected count less than 5. The minimum expected count is ,83.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 112562564.
Output 30.12
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P10_So_Agressores - RG.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
VAR00001 * ciclo
Missing
Percent
36
N
100,0%
Total
Percent
0
0,0%
VAR00001 * ciclo Crosstabulation
Count
ciclo
2.º
sozinho
VAR00001
Total
Total
3.º
9
3
12
1 ou 2
14
8
22
3 ou mais
0
23
2
13
2
36
N
Percent
36
100,0%
Chi-Square Tests
Value
df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
a
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
4,181
4,755
3,556
36
2
2
b
,124
,093
,184
b
,163
b
,184
Upper Bound
,174
,154
,174
,194
,173
,194
a. 3 cells (50,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is ,72.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 92208573.
Output 31.1
Crosstabs
[DataSet0] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P7\P7_So_Agredidos_1.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P7 * Escolas
Missing
Percent
187
N
Total
Percent
100,0%
0
N
Percent
0,0%
187
P7 * Escolas Crosstabulation
Escolas
TEIP
10
2
3
4
P7
5
6
7
8
9
Total
Total
Ens. Regular
Count
1a
1a
2
Expected Count
,7
1,3
2,0
Count
Expected Count
Count
Expected Count
Count
Expected Count
Count
Expected Count
Count
Expected Count
Count
8a
10a
18
6,4
11,6
18,0
5a
3a
8
2,8
5,2
8,0
22a
38a
60
21,2
38,8
60,0
6a
20a
26
9,2
16,8
26,0
1a
3a
4
1,4
2,6
4,0
5a
13a
18
Expected Count
6,4
11,6
18,0
Count
15a
22a
37
13,1
23,9
37,0
3a
11a
14
Expected Count
Count
4,9
66
9,1
121
14,0
187
Expected Count
66,0
121,0
187,0
Expected Count
Count
Each subscript letter denotes a subset of Escolas categories whose column proportions do not
differ significantly from each other at the ,05 level.
100,0%
Chi-Square Tests
Value
df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
a
7,446
7,503
7,544
187
8
8
b
,489
,483
,505
b
,573
b
,469
Upper Bound
,492
,560
,456
,518
,585
,481
a. 6 cells (33,3%) have expected count less than 5. The minimum expected count is ,71.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 2000000.
Output 31.2
Nonparametric Tests
[DataSet2] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P7\P7_So_agredidos_Alf.sav
Output 31.3
Nonparametric Tests
[DataSet0] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P7\P7_So_Agredidos_1.sav
Output 32.1
Crosstabs
[DataSet2] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P7\P7_So_agredidos_RG.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P7_Agregada * ciclo
Missing
Percent
121
100,0%
N
Total
Percent
0
0,0%
N
Percent
121
100,0%
P7_Agregada * ciclo Crosstabulation
ciclo
2.º Ciclo
Count
1
Expected Count
P7_Agregada
Count
2
Total
Total
3.º Ciclo
50a
32a
82
50,8
31,2
82,0
25a
14a
39
Expected Count
Count
24,2
75
14,8
46
39,0
121
Expected Count
75,0
46,0
121,0
Each subscript letter denotes a subset of ciclo categories whose column proportions do not differ
significantly from each other at the ,05 level.
c
Chi-Square Tests
Value
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
df
a
,110
,017
,110
Asymp. Sig. (2-sided)
1
1
1
,741
,896
,740
Exact Sig. (2-sided)
Exact Sig. (1-sided)
,842
,450
,842
,842
,450
,450
121
a. 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 14,83.
b. Computed only for a 2x2 table
c. For 2x2 crosstabulation, exact results are provided instead of Monte Carlo results.
Output 32.2
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P7\P7_So_agredidos_Alf.sav
Output 32.3
Nonparametric Tests
[DataSet2] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P7\P7_So_agredidos_RG.sav
Output 33.1
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P7\P7_So_agredidos_Alf.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P7_Agregada * P1 sexo
Missing
Percent
66
N
100,0%
Total
Percent
0
N
0,0%
Percent
66
100,0%
P7_Agregada * P1 sexo Crosstabulation
P1 sexo
Fem
1
P7_Agregada
2
Total
Count
Total
Mas
30a
14a
44
30,0
14,0
44,0
15a
7a
22
Expected Count
Count
15,0
45
7,0
21
22,0
66
Expected Count
45,0
21,0
66,0
Expected Count
Count
Each subscript letter denotes a subset of P1 sexo categories whose column proportions do not differ
significantly from each other at the ,05 level.
c
Chi-Square Tests
Value
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
df
a
,000
,000
,000
Asymp. Sig. (2-sided)
1
1
1
Exact Sig. (2-sided)
1,000
1,000
1,000
66
a. 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 7,00.
b. Computed only for a 2x2 table
c. For 2x2 crosstabulation, exact results are provided instead of Monte Carlo results.
Output 33.2
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P7\P7_So_agredidos_Alf.sav
Exact Sig. (1-sided)
1,000
,614
1,000
1,000
,614
,614
Output 33.3
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P7\P7_So_agredidos_Alf.sav
Output 33.4
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P7\P7_So_agredidos_RG.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P7_Agregada * P1 sexo
Missing
Percent
121
N
Total
Percent
100,0%
0
N
0,0%
Percent
121
100,0%
P7_Agregada * P1 sexo Crosstabulation
P1 sexo
Fem
1
P7_Agregada
2
Total
Count
Total
Mas
56a
26a
82
54,9
27,1
82,0
25a
14a
39
Expected Count
Count
26,1
81
12,9
40
39,0
121
Expected Count
81,0
40,0
121,0
Expected Count
Count
Each subscript letter denotes a subset of P1 sexo categories whose column proportions do not differ
significantly from each other at the ,05 level.
c
Chi-Square Tests
Value
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
df
a
,210
,063
,208
Asymp. Sig. (2-sided)
1
1
1
Exact Sig. (2-sided)
,647
,802
,648
121
a. 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 12,89.
b. Computed only for a 2x2 table
c. For 2x2 crosstabulation, exact results are provided instead of Monte Carlo results.
Exact Sig. (1-sided)
,682
,398
,682
,682
,398
,398
Output 33.5
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P7\P7_So_agredidos_RG.sav
Output 33.6
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P7\P7_So_agredidos_RG.sav
Output 34.1
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P7\P7_So_agredidos_Alf.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P7_Agregada * ciclo
Missing
Percent
66
N
Total
Percent
100,0%
0
N
0,0%
66
P7_Agregada * ciclo Crosstabulation
ciclo
2.º
1
P7_Agregada
2
Total
Count
Expected Count
Count
Percent
Total
3.º
34a
10a
44
34,7
9,3
44,0
18a
4a
22
Expected Count
Count
17,3
52
4,7
14
22,0
66
Expected Count
52,0
14,0
66,0
Each subscript letter denotes a subset of ciclo categories whose column proportions do not differ
significantly from each other at the ,05 level.
100,0%
c
Chi-Square Tests
Value
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
df
Asymp. Sig. (2-sided)
a
,181
,011
,185
1
1
1
Exact Sig. (2-sided)
,670
,915
,667
Exact Sig. (1-sided)
,759
,466
,759
,759
,466
,466
66
a. 1 cells (25,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 4,67.
b. Computed only for a 2x2 table
c. For 2x2 crosstabulation, exact results are provided instead of Monte Carlo results.
Output 34.2
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P7\P7_So_agredidos_Alf.sav
Output 34.3
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P7\P7_So_agredidos_Alf.sav
Output 34.4
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P7\P7_So_agredidos_RG.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P7_Agregada * ciclo
Missing
Percent
121
100,0%
N
Total
Percent
0
0,0%
N
Percent
121
100,0%
P7_Agregada * ciclo Crosstabulation
ciclo
2.º Ciclo
1
P7_Agregada
2
Total
Count
Expected Count
Count
Total
3.º Ciclo
50a
32a
82
50,8
31,2
82,0
25a
14a
39
Expected Count
Count
24,2
75
14,8
46
39,0
121
Expected Count
75,0
46,0
121,0
Each subscript letter denotes a subset of ciclo categories whose column proportions do not differ
significantly from each other at the ,05 level.
c
Chi-Square Tests
Value
Pearson Chi-Square
b
Continuity Correction
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
df
a
,110
,017
,110
Asymp. Sig. (2-sided)
1
1
1
Exact Sig. (2-sided)
,741
,896
,740
Exact Sig. (1-sided)
,842
,450
,842
,842
,450
,450
121
a. 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 14,83.
b. Computed only for a 2x2 table
c. For 2x2 crosstabulation, exact results are provided instead of Monte Carlo results.
Output 34.5
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P7\P7_So_agredidos_RG.sav
Output 34.6
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P7\P7_So_agredidos_RG.sav
Output 35
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P7\Estudo das vítimas\P7_ID_Vitimas.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P7_Recodificada * Escolas
Missing
Percent
106
N
100,0%
Total
Percent
0
N
0,0%
Percent
106
100,0%
P7_Recodificada * Escolas Crosstabulation
Escolas
TEIP
Count
1
Expected Count
% within Escolas
P7_Recodificada
2
22a
33a
55
20,8
34,2
55,0
51,9%
55,0%
50,0%
Count
10a
12a
22
Expected Count
8,3
13,7
22,0
25,0%
18,2%
20,8%
8a
21a
29
10,9
18,1
29,0
20,0%
40
31,8%
66
27,4%
106
% within Escolas
Count
3
Expected Count
% within Escolas
Count
Total
Total
Ens. Regular
Expected Count
% within Escolas
40,0
66,0
106,0
100,0%
100,0%
100,0%
Each subscript letter denotes a subset of Escolas categories whose column proportions do not differ significantly
from each other at the ,05 level.
Chi-Square Tests
Value
df
Asymp. Sig. (2sided)
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
a
1,949
1,994
1,958
106
2
2
,377
,369
b
,399
b
,355
b
,386
a. 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 8,30.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 2000000.
,386
,343
,373
Upper Bound
,411
,368
,398
Output 36.1
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P7\Estudo das
vítimas\P7_So_Agredidos_id_sem3_Alf.sav
Output 36.2
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P7\Estudo das
vítimas\P7_So_Agredidos_id_sem3_Alf.sav
Output 36.3
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P7\Estudo das
vítimas\P7_So_Agredidos_id_sem3_RG.sav
Output 36.4
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P7\Estudo das
vítimas\P7_So_Agredidos_id_sem3_RG.sav
Output 37.1
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P7\Estudo das
vítimas\P7_So_Agredidos_id_sem3_Alf.sav
Output 37.2
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P7\Estudo das
vítimas\P7_So_Agredidos_id_sem3_Alf.sav
Output 37.3
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P7\Estudo das
vítimas\P7_So_Agredidos_id_sem3_RG.sav
Output 37.4
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P7\Estudo das
vítimas\P7_So_Agredidos_id_sem3_RG.sav
Output 38.1
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P7\Estudo das
vítimas\P7_So_Agredidos_id_sem3_Alf.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P7_Agregada * P1 sexo
Missing
Percent
32
100,0%
N
Total
Percent
0
N
0,0%
Percent
32
100,0%
P7_Agregada * P1 sexo Crosstabulation
P1 sexo
Fem
1
P7_Agregada
2
Total
Count
Expected Count
Count
Total
Mas
12a
10a
22
11,0
11,0
22,0
4a
6a
10
Expected Count
Count
5,0
16
5,0
16
10,0
32
Expected Count
16,0
16,0
32,0
Each subscript letter denotes a subset of P1 sexo categories whose column proportions do not differ
significantly from each other at the ,05 level.
Output 38.2
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P7\Estudo das
vítimas\P7_So_Agredidos_id_sem3_RG.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P7_Agregada * P1 sexo
Missing
Percent
45
N
Total
Percent
100,0%
0
N
0,0%
Percent
45
100,0%
P7_Agregada * P1 sexo Crosstabulation
Count
P1 sexo
Fem
P7_Agregada
Total
Mas
1
20a
13a
33
2
6a
26
6a
19
12
45
Total
Each subscript letter denotes a subset of P1 sexo categories whose column
proportions do not differ significantly from each other at the ,05 level.
Output 38.3
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P7\Estudo das
vítimas\P7_So_Agredidos_id_sem3_RG.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P7_Agregada * P1 sexo
Missing
Percent
45
N
100,0%
0
P7_Agregada * P1 sexo Crosstabulation
Count
P1 sexo
Fem
P7_Agregada
Total
Total
Mas
1
20a
13a
33
2
6a
26
6a
19
12
45
Each subscript letter denotes a subset of P1 sexo categories whose column
proportions do not differ significantly from each other at the ,05 level.
Total
Percent
0,0%
N
Percent
45
100,0%
Output 38.4
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P7\Estudo das
vítimas\P7_So_Agredidos_id_sem3_RG.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
Missing
Percent
P7_Agregada * ciclo
45
N
Total
Percent
100,0%
0
N
Percent
0,0%
45
100,0%
P7_Agregada * ciclo Crosstabulation
Count
ciclo
2.º Ciclo
P7_Agregada
Total
3.º Ciclo
1
20a
13a
33
2
7a
27
5a
18
12
45
Total
Each subscript letter denotes a subset of ciclo categories whose column
proportions do not differ significantly from each other at the ,05 level.
Output 39.1
Crosstabs
[DataSet2] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P7\P3_P7\P7_P3_sem3.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
Missing
Percent
P7_Recodificada * P3
53
N
79,1%
Total
Percent
14
N
20,9%
Percent
67
100,0%
P7_Recodificada * P3 Crosstabulation
P3
2
1
P7_Recodificada
2
Total
Count
Expected Count
Count
Total
3
4
32a
6a
2a
40
32,5
5,3
2,3
40,0
11a
1a
1a
13
Expected Count
Count
10,5
43
1,7
7
,7
3
13,0
53
Expected Count
43,0
7,0
3,0
53,0
Each subscript letter denotes a subset of P3 categories whose column proportions do not differ significantly from each other
at the ,05 level.
Chi-Square Tests
Value
df
Asymp.
Sig. (2sided)
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
99% Confidence
Interval
Lower
Bound
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Monte Carlo Sig. (1-sided)
Sig.
Upper
Bound
Lower
Bound
,548
,589
,744
a
2
2
,760
,745
,861
b
,861
b
1,000
b
,852
,852
1,000
,870
,870
1,000
c
1
,913
1,000
b
1,000
1,000
,012
99% Confidence
Interval
b
,592
Upper
Bound
,580
,605
53
a. 3 cells (50,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is ,74.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 624387341.
c. The standardized statistic is -,109.
Output 39.2
Crosstabs
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P7\P5_P7\P5_P7_So_Agredidos_id.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P7_Agregada * P5_Agregada
Missing
Percent
51
N
87,9%
Total
Percent
7
N
Percent
12,1%
58
100,0%
P7_Agregada * P5_Agregada Crosstabulation
P5_Agregada
1
Count
1
Expected Count
P7_Agregada
Count
2
Total
Total
2
3
15a
19a
6a
40
15,7
18,0
6,3
40,0
5a
4a
2a
11
Expected Count
Count
4,3
20
5,0
23
1,7
8
11,0
51
Expected Count
20,0
23,0
8,0
51,0
Each subscript letter denotes a subset of P5_Agregada categories whose column proportions do not differ significantly
from each other at the ,05 level.
Chi-Square Tests
Value
df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
,432
,438
,633
a
2
2
,806
,803
c
1
,843
,039
Monte Carlo Sig. (1-sided)
99% Confidence
Interval
99% Confidence
Interval
Upper
Bound
,905
b
,905
b
,737
b
,897
,897
,726
,913
,913
,748
b
1,000
1,000
1,000
Sig.
51
a. 3 cells (50,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 1,73.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 2000000.
c. The standardized statistic is -,198.
Lower
Bound
b
,518
,505
Upper
Bound
,530
Output 40.1
Nonparametric Tests
[DataSet2] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P8_So_agredidos.sav
Output 40.2
Nonparametric Tests
[DataSet2] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P8_So_agredidos.sav
Output 40.3
[DataSet2] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Qui-quadrado\P8_So_agredidos.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid
N
P8 * Escolas
Missing
Percent
145
100,0%
N
Total
Percent
0
0,0%
N
Percent
145
100,0%
P8 * Escolas Crosstabulation
Escolas
TEIP
2
3
4
5
P8
6
7
8
9
10
Total
Total
Ens. Regular
Count
Expected Count
Count
Expected Count
Count
Expected Count
Count
Expected Count
Count
Expected Count
Count
Expected Count
Count
Expected Count
Count
Expected Count
Count
8a
15a
23
7,6
15,4
23,0
5a
13a
18
6,0
12,0
18,0
1a
9a
10
3,3
6,7
10,0
6a
8a
14
4,6
9,4
14,0
0a
4a
4
1,3
2,7
4,0
6a
14a
20
6,6
13,4
20,0
3a
7a
10
3,3
6,7
10,0
1a
4a
5
1,7
3,3
5,0
18a
23a
41
Expected Count
Count
13,6
48
27,4
97
41,0
145
Expected Count
48,0
97,0
145,0
Each subscript letter denotes a subset of Escolas categories whose column proportions do not
differ significantly from each other at the ,05 level.
Chi-Square Tests
Value
df
Asymp. Sig.
(2-sided)
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
99% Confidence Interval
Lower Bound
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
N of Valid Cases
a
7,928
9,627
7,246
145
8
8
,441
,292
b
,448
b
,363
b
,508
,435
,350
,495
a. 7 cells (38,9%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 1,32.
b. Based on 10000 sampled tables with starting seed 1314643744.
Output 41.1
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Coerencia_P2_P8.sav
Upper Bound
,461
,375
,520
Output 41.2
Nonparametric Tests
[DataSet1] C:\Users\Filipe Rato\Desktop\Tese\Coerencia_P9_P11.sav
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO
DOURO
BULLYING NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Dissertação de Mestrado em Ensino da Educação Física
nos Ensinos Básico e Secundário de:
Filipe Dias Rato
Orientador:
Professor Doutor Francisco Gonçalves
Vila Real, 2013
UNIVERSIDADE DE TRÁS OS MONTES E ALTO DOURO
Bullying nas aulas de Educação Física
Dissertação apresentada à UTAD, no DEP – ECHS, como
requisito para a obtenção do grau de Mestre em Ensino de
Educação
Física
dos
Ensino
Básico
e
Secundário,
cumprindo o estipulado na alínea b) do artigo 6º do
regulamento dos Cursos de 2ºs Ciclos de Estudo em Ensino
da UTAD, sob a orientação do Professor Doutor Francisco
Gonçalves.
AGRADECIMENTOS
Esta investigação é o culminar do meu percurso na Universidade de Trás-Montes e
Alto Douro, marcando o final de um ciclo muito importante na minha vida.
Na realização desta investigação várias foram as pessoas e/ou entidades importantes
que contribuíram de diversas formas para o estudo sobre o bullying nas aulas de
Educação Física.
Assim sendo, gostaria de endereçar-lhes um agradecimento.

Em primeiro lugar ao meu orientador Professor Doutor Francisco Gonçalves,
pela disponibilidade e apoio prestado.

À minha esposa pela ajuda e apoio que me deu ao longo de todo o processo.

À Professora Doutora Maria Teresa Godinho pela ajuda que me deu no
tratamento estatístico.

À Mestre Dulce Carvalho pelas correções, apoio, conselhos e partilha do seu
saber.

Aos Diretores das Escolas e Docentes onde realizei os estudos, pela
disponibilidade e abertura das suas escolas.
ii
RESUMO
Bullying é um ato de violência física ou psicológica realizado de forma repetitiva, por um ou
vários indivíduos. Tem como objetivo manter um desequilíbrio de poder, sentindo o agressor
prazer em magoar a vítima. É uma das maiores preocupações dos alunos, dado que uma
elevada percentagem já esteve envolvida em situações de violência. No caso da Educação
Física, a ocorrência de agressões e, mesmo, de bullying podem verificar-se, devido à
competitividade e vontade de ganhar por parte dos alunos. Neste estudo foram inquiridos 605
alunos de ambos os sexos do 2º e 3º ciclos de três escolas com características diferentes, do
concelho da Amadora. O tratamento estatístico desta informação permitiu verificar a existência
de níveis de agressividade nos alunos das três escolas e analisar a agressividade nas aulas de
Educação Física (sua importância, sua caraterização quanto à frequência e forma e ao número
de agressores, a caraterização dos agentes envolvidos, os momentos da aula em que ocorreu).
Esta análise conduziu à identificação de atos de bullying e à tipificação dos episódios
registados.
Palavras-chave: Agressão; Agressividade; Agressor; Bullies; Bullying; Educação Física.
iii
ABSTRACT
Bullying is an act of physical or psychological violence done repeatedly, by one or more
individuals. It aims to maintain an imbalance of power that provides pleasure to the aggressor
by hurting the victim. It is a major concern for students, since a high percentage of them as
been involved in violent situations. In the case of Physical Education the occurrence of
aggressions and even bullying may occur due to the competitiveness and desire to win by the
students. In this study 605 students, of both genders, in the 2nd and 3rd cycles of three schools,
with different characteristics, in the municipality of Amadora, were questioned. The statistical
analysis of this information demonstrated the existence of levels of aggressiveness in the
students of the three schools and allowed to analyze the aggressiveness in the physical
education classes (its importance, its characterization in frequency and in the way and number
of aggressors, the characterization of the factors involved, and the moments in the classroom in
which these events occurred). This analysis led to the identification of bullying actions and to
the typification of the recorded episodes.
Keywords: Aggression; Aggressiveness; Aggressor; Bullies; Bullying; Physical Education.
iv
ÍNDICE GERAL
Agradecimentos ............................................................................................................ ii
Resumo ........................................................................................................................iii
Abstract ....................................................................................................................... iv
Índice Geral .................................................................................................................. v
Índice de Quadros........................................................................................................vii
1
Capítulo I - Introdução ........................................................................................... 1
2
Capítulo II – Revisão da literatura .......................................................................... 3
2.1
Definição de Bullying ...................................................................................... 3
2.2
Intervenientes ................................................................................................. 4
2.2.1
Agressores – sua caraterização............................................................... 4
2.2.2
VÍtimas – sua caraterização ..................................................................... 7
2.2.3
Espetadores – sua caraterização............................................................. 9
2.3
Bullying na Escola e suas consequências....................................................... 9
2.4
Bullying nas aulas de Educação Física ......................................................... 11
2.4.1
3
Estudos realizados ................................................................................ 13
Capítulo III – Metodologia .................................................................................... 15
3.1
Objetivos do estudo ...................................................................................... 15
3.2
Recolha e processamento dos dados ........................................................... 16
3.2.1
3.3
Descrição do questionário ..................................................................... 16
Caraterização da amostra ............................................................................. 17
3.3.1
Escola TEIP ........................................................................................... 18
3.3.2
Escola de Ensino Regular...................................................................... 19
3.3.3
Escola Particular.................................................................................... 20
3.3.4
Amostra ................................................................................................. 20
3.3.5
Aplicação dos inquéritos ........................................................................ 22
3.3.6
Processamento dos dados .................................................................... 23
v
4
Capitulo IV - Apresentação e discussão dos resultados....................................... 25
4.1
Verificação da existência de diferentes níveis de agressividade e identificação
dos locais onde acorrem as agressões, na escola. Peso relativo das agressões nas
aulas de Educação Física ....................................................................................... 27
4.2
Caraterização das vítimas e dos agressores por escola, género e ciclo ....... 32
4.3
Caraterização das agressões às vítimas quanto à frequência e forma, e
quanto ao número de agressores ............................................................................ 39
4.3.1
Ponto de vista da vítima......................................................................... 39
4.3.2
Ponto de vista do agressor .................................................................... 53
4.3.3
Comparação dos pontos de vista da vítima e do agressor ..................... 66
4.4
Caraterização das reações das vítimas às agressões .................................. 67
4.5
Identificação dos momentos da aula em que ocorrem as agressões ............ 74
4.6
Verificação da existência de bullying nas aulas de Educação Física e
tipificação dos episódios registados ........................................................................ 79
4.6.1
As vítimas de bullying ............................................................................ 80
4.6.2
Os agressores ou bullies ....................................................................... 85
4.7
Verificação da coerência das respostas apresentadas ................................. 88
5
Capítulo V - Conclusões ...................................................................................... 90
6
Bibliografia ............................................................... Erro! Marcador não definido.
vi
ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 1 – Alunos da Escola TEIP ............................................................................. 18
Quadro 2 – Amostra da Escola TEIP .......................................................................... 19
Quadro 3 – Alunos da Escola de Ensino Regular ....................................................... 19
Quadro 4 – Amostra da Escola de Ensino Regular ..................................................... 20
Quadro 5 – Alunos da Escola Particular...................................................................... 20
Quadro 6 – Amostra vs. Escola (totais) ....................................................................... 21
Quadro 7 – Amostra vs. Escola (análise por género) .................................................. 21
Quadro 8 – Amostra vs. Escola (análise por ciclo) ...................................................... 21
Quadro 10 – Níveis de vitimização nas 3 escolas ....................................................... 27
Quadro 10A – Níveis de vitimização nas 3 escolas ..................................................... 28
Quadro 10B – Local de ocorrência da agressão ........................................................ 29
Quadro 10C – Agressões nas aulas de Educação Física............................................ 30
Quadro 11 – Género das vítimas de agressão nas aulas de Educação Física ............ 32
Quadro 12 – Ciclo das vítimas de agressão nas aulas de Educação Física ................ 33
Quadro 13 – Admissão da prática de ações de agressão nas aulas de Educação Física
................................................................................................................................... 34
Quadro 13A – Género dos agressores nas aulas de Educação Física........................ 35
Quadro 13B – Ciclo frequentado pelos agressores nas aulas de Educação Física ..... 35
Quadro 14 – Género do agressor, segundo a vítima................................................... 36
Quadro 14A – Agressões perpetradas por cada um dos géneros, segundo a vítima .. 37
Quadro 15 – Quem agride e é agredido nas aulas de Educação Física na Escola TEIP
................................................................................................................................... 38
Quadro 16 – Quem agride e é agredido nas aulas de Educação Física Escola de
Ensino Regular ........................................................................................................... 38
Quadro 17 – Com que frequência tens sido maltratado nas aulas de Educação Física?
................................................................................................................................... 39
vii
Quadro 17A – Frequência das agressões nas aulas de Educação Física, segundo a
vítima .......................................................................................................................... 40
Quadro 18A – Frequência das agressões em função do género da vítima na Escola
TEIP ........................................................................................................................... 41
Quadro 18B – Frequência das agressões em função do ciclo de estudos frequentado
pelo agredido na Escola TEIP ..................................................................................... 42
Quadro 19A – Frequência das agressões em função do género da vítima na Escola de
Ensino Regular ........................................................................................................... 43
Quadro 19B – Frequência das agressões em função do ciclo de estudos frequentado
pela vítima na Escola de Ensino Regular .................................................................... 43
Quadro 20 – De que maneira tens sido maltratado nas aulas de Educação Física? ... 44
Quadro 20A – Forma da agressão, segundo a vítima ................................................. 45
Quadro 21 – Peso relativo das agressões verbais/sociais e físicas, segundo a vítima 46
Quadro 21A – Peso relativo das agressões verbais/sociais e físicas, segundo o género
da vítima ..................................................................................................................... 47
Quadro 21B – Peso relativo das agressões verbais/sociais e físicas, segundo o ciclo
da vítima ..................................................................................................................... 48
Quadro 22 – Costumas ser maltratado por um ou por vários colegas, nas aulas de
Educação Física? ....................................................................................................... 50
Quadro 22A – Número de agressores nas aulas de Educação Física, segundo a vítima
................................................................................................................................... 50
Quadro 22B – Número de agressores nas aulas de Educação Física, segundo a vítima
(dados agregados) ...................................................................................................... 51
Quadro 23A – Número de agressores nas aulas de Educação Física, segundo o
género da vítima (dados agregados) .......................................................................... 52
Quadro 23B – Número de agressores nas aulas de Educação Física, segundo o ciclo
da vítima (dados agregados) ...................................................................................... 52
Quadro 24 – Quantas vezes ajudaste a maltratar os outros nas aulas de Educação
Física? ........................................................................................................................ 54
Quadro 24A – Frequência das agressões nas aulas de Educação Física, segundo o
agressor...................................................................................................................... 54
Quadro25A – Frequência das agressões em função do género do agressor .............. 55
Quadro25B – Frequência das agressões em função do ciclo frequentado pelo agressor
................................................................................................................................... 56
viii
Quadro 26 – Maltrataste outro(s) colega(s) na(s) aula(s) de Educação Física, de
alguma das seguintes formas? ................................................................................... 57
Quadro 26A – Forma da agressão, segundo o agressor ............................................. 58
Quadro 27 – Peso relativo das agressões verbais/sociais e físicas, segundo o agressor
................................................................................................................................... 59
Quadro 27A – Peso relativo das agressões verbais/sociais e físicas, segundo o género
do agressor................................................................................................................. 60
Quadro 27B – Peso relativo das agressões verbais/sociais e físicas, segundo o ciclo
do agressor................................................................................................................. 61
Quadro 28 – Quando maltrataste outros colegas, normalmente fizeste-o sozinho ou
com outros colegas? ................................................................................................... 62
Quadro 28A – Número de agressores nas aulas de Educação Física, segundo o
agressor...................................................................................................................... 63
Quadro 29 – Número de agressores nas aulas de Educação Física, segundo o
agressor (dados agregados) ....................................................................................... 63
Quadro 29A – Número de agressores nas aulas de Educação Física, segundo o
género do agressor (dados agregados) ...................................................................... 64
Quadro 29B – Número de agressores nas aulas de Educação Física, segundo o ciclo
do agressor (dados agregados) .................................................................................. 65
Quadro 30 – O que é que habitualmente fizeste quando foste maltratado nas aulas de
Educação Física? ....................................................................................................... 67
Quadro 30A – Reações das vítimas à agressão nas aulas de Educação Física ......... 68
Quadro 31 – Reações das vítimas à agressão nas aulas de Educação Física ............ 69
Quadro31A – Reações à agressão nas aulas de Educação Física, segundo o género
da vítima (dados agregados) ...................................................................................... 70
Quadro 31B – Reações à agressão nas aulas de Educação Física, segundo o ciclo da
vítima (dados agregados) ........................................................................................... 70
Quadro 32 – Reações das vítimas à agressão nas aulas de Educação Física ............ 71
Quadro 32A – Reações à agressão nas aulas de Educação Física, segundo o género
da vítima (dados agregados) ...................................................................................... 72
Quadro 32B – Reações à agressão nas aulas de Educação Física, segundo o ciclo da
vítima (dados agregados) ........................................................................................... 72
Quadro 33 – Relação entre o tipo de vítima e a frequência das agressões ................. 73
ix
Quadro 34 – Relação entre o tipo de vítima e o número de agressores ...................... 73
Quadro 35 - Nas aulas de Educação Física, em que atividade(s) costumas ser
maltratado? ................................................................................................................. 75
Lista das atividades indicadas na categoria 11 e correspondência estabelecida ........ 76
Quadro 35A - Atividade(s) onde se registam maltratos nas aulas de Educação Física76
Quadro 36A – Atividades onde ocorrem as agressões, segundo o género ................. 77
Quadro 36B – Atividades onde ocorrem as agressões, segundo o ciclo ..................... 78
Quadro 37 – Vítimas de bullying nas aulas de Educação Física ................................. 81
Quadro 38 – Caraterização pelas vítimas de bullying do género do agressor, nas aulas
de Educação Física .................................................................................................... 82
Quadro 39 – Caraterização do tipo de maltrato sofrido pelas vítimas de bullying, nas
aulas de Educação Física ........................................................................................... 82
Quadro 40 – Indicação pelas vítimas de bullying do número de agressores nas aulas
de Educação Física .................................................................................................... 83
Quadro 41 – Caraterização da reação das vítimas de bullying ao maltrato, nas aulas
de Educação Física .................................................................................................... 84
Quadro 42 – Identificação da atividade onde ocorre a agressão às vítimas de bullying,
nas aulas de Educação Física .................................................................................... 84
Quadro 43 –Bullies nas aulas de Educação Física ..................................................... 86
Quadro 44 – Indicação do número de agressores pelos bullies .................................. 86
Quadro 45 – Caraterização do tipo de agressão pelos bullies .................................... 87
Quadro 46 – Verificação da coerência das respostas dos inquiridos .......................... 88
x
1 CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO
Os nossos dias são repletos de incertezas, de falta de perspetivas. Vive-se,
principalmente, uma crise de valores em que as pessoas têm dificuldade em distinguir
o bem do mal. Tentam obter os seus objetivos rapidamente, muitas das vezes sem
olhar a meios, fundamentando o individualismo, a competitividade, e a violência.
(Oliveira, 2000)
Os jovens, facilmente influenciados, tendem a tornar-se vítimas da sociedade e, como
tal, a escola não fica de fora dos problemas dos seus intervenientes.
A violência, que agora designamos bullying, não é um problema novo (Olweus, 1993).
Sempre existiu e, de certa forma, era aceite pela sociedade (Field, 1996), chegando a
ser vista como natural (Neto, 2005) e como um ritual de transição (Haber & Glatzer,
2007). No entanto, este fenómeno crescente no mundo inteiro, especialmente entre
crianças em idade escolar (Chalita, 2008), começando no jardim-de-infância, atingindo
o auge no 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico e declinando no Ensino Secundário
(Beane, 2011), tem vindo a agravar-se e a tomar dimensões preocupantes, sendo já
considerado um grave problema (Alexander, 2007). Casos ficaram para a história,
como o narrado pela banda Pearl Jam na música “Jeremy” que fala de um aluno de 15
anos que se suicidou em frente da turma com um tiro, como forma de chamar à
atenção por ser vítima de bullying, ou o massacre na escola Colombine, em Littleton
no Colorado em 1999 em que dois alunos mataram 12 colegas e um professor, ferindo
dezenas de outros (Fante & Pedra, 2008; Oliveira & Votre, 2006).
Em Portugal, segundo as estatísticas da Policia de Segurança Pública, as denúncias
de situações relacionadas com agressões nas escolas têm vindo a aumentar. Os
media têm contribuído para dar maior visibilidade a este problema, quer através de
notícias nos jornais, quer através de programas televisivos (Martins, 2005).
Quanto às aulas de Educação Física, disciplina apontada como uma forma de
combater a violência (Brazelton & Sparrow, 2006; Pereira et al. 2009), poucos são os
dados disponíveis que nos permitam verificar aí a existência, ou não, de bullying e, no
caso de existir, em que atividades ocorre.
1
Por isso, é pertinente estudar esta problemática, os seus intervenientes e as suas
consequências; saber se o bullying é, ou não, uma opção consciente e quais as
razões que levam os alunos nas escolas e nas aulas de Educação Física a agredirem
física e verbalmente colegas de forma repetida, expondo as vítimas a humilhações
constantes (Chalita, 2008).
Deste modo, o nosso estudo no âmbito da dissertação de Mestrado em Ensino da
Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário tem como finalidade verificar a
existência de bullying nas aulas de Educação Física e tipificá-lo.
Para tal, começámos por estudar, primeiro, a agressividade na escola (existência de
níveis de agressividade e locais onde se manifestam) e, em seguida, a agressividade
nas aulas de Educação Física: a importância das agressões e a sua caraterização
quanto à frequência, forma e número de agressores; os momentos da aula em que
ocorrem; a caraterização das vítimas e dos agressores por escola, género e ciclo; as
reações das vítimas.
Uma vez identificados atos de bullying nas aulas de Educação Física, caracterizámos
a sua incidência, os agentes envolvidos e como se materializaram.
O presente estudo está estruturado da seguinte maneira:
Capitulo I – Introdução;
Capitulo II – Revisão da literatura, para enquadramento do problema em estudo;
Capitulo III – Metodologia, onde são definidos os objetivos e os métodos utilizados;
Capitulo IV – Apresentação e discussão dos resultados, em que iremos responder aos
objetivos por nós traçados;
Capitulo V – Conclusão.
2
2 CAPÍTULO II – REVISÃO DA LITERATURA
2.1
DEFINIÇÃO DE BULLYING
Segundo Serrate (2009) a designação bullying foi utilizada pela primeira vez em 1978
pelo psicólogo norueguês, Dan Olwens, que usou este termo para referir a continuada
intimidação de uma criança sobre outra, sem esta ter a possibilidade de se defender.
Este problema, já considerado muito grave, afeta a vida de milhares de crianças
(Elliott, 2002). Os jovens entre os 10 e os 18 anos referem que o bullying é uma das
suas maiores preocupações, pois uma percentagem elevada deles, já esteve
envolvida em situações de violência (Campos, 2006). Estas situações podem verificarse no bairro, nos transportes públicos, mas principalmente na escola (Castro &
Barbazán 2007), onde as crianças passam mais tempo juntas e interagem (Beane,
2006), ocorrendo, normalmente, quando estão em grupo e sem a supervisão dos
adultos (Davis et al., 2007).
Para além destes locais o bullying também se pode manifestar em casa entre irmãos,
perto de casa com os amigos/vizinhos, na escola entre colegas e nos clubes
desportivos entre praticantes (Costa, 2008).
Segundo Alexander (2007) existem dois elementos essenciais para a definição de
bullying, que são o facto de ser realizado de forma persistente e com o objetivo
deliberado de magoar a pessoa visada.
Haber e Glatzer (2007) e Randal (1996) definem-no como um ato repetitivo ou crónico,
que tem como objetivo manter um desequilíbrio de poder, em que o agressor sente
prazer em magoar a vítima. Esse desequilíbrio, normalmente, é associado a uma
diferença de poder, autoridade, responsabilidade (Field, 1996), bem como a uma
diferença física, pois o agressor usa a sua superioridade física (Chalita, 2008) para
agredir e controlar o seu alvo (Haber & Glatzer, 2007). Segundo Neto (2005) esta é
uma situação desigual, pois a vítima não tem capacidade para se defender, visto ser
física, social e psicologicamente mais frágil.
Para Elliott (2002) o bullying tem diferentes vertentes, podendo ser físico: através de
agarrar, empurrar, bater, usar armas, ou então, verbal, emocional, racial ou sexual.
3
Campos define bullying como:
“(…)uma ação em que um ou mais indivíduos agridem física,
verbal ou emocionalmente outro. Não se trata de uma zanga entre
amigos, nem de uma cena de ciúmes, mas de um padrão repetido
de intimidação física e psicológica, cuja intenção é provocar malestar, ganhar controlo sobre o outro e demonstrar poder”.
(Campos 2007, p.8)
A mesma autora refere que o tipo de bullying usado varia de acordo com o género.
Segundo ela, as raparigas utilizam mais o bullying verbal/social, que se caracteriza por
ofensas, humilhação, rumores e ditos. Os rapazes, utilizam mais a provocação e a
violência física. Esta ideia é também defendida por Elliott (2002) que afirma serem os
rapazes mais dados à violência física, e as raparigas mais cruéis verbalmente.
2.2
INTERVENIENTES
Neste fenómeno de violência existem três intervenientes: os agressores/provocadores,
também designados por bullies, as vítimas e as testemunhas (Campos, 2006),
também designadas por espetadores ou seguidores (Beane, 2011).
2.2.1 AGRESSORES – SUA CARATERIZAÇÃO
Para Haber e Glatzer (2007) grande parte das crianças experimentam o bullying como
forma de testar o seu poder, mas rapidamente deixam de o fazer, ao contrário dos
verdadeiros agressores que continuam a praticar atos de violência durante meses ou
anos.
Sampaio (2009, p. 117) refere que o agressor “(…) tem mais poder porque é mais
velho, mais forte, de uma classe social diferente ou de outra etnia”. Agride as vítimas
de forma sistemática e com intenção, apresenta prazer em a magoar quer física, quer
psicologicamente. Já Serrate (2009, p.101) define o agressor como o “(…)agente
dominante que exercerá violência física ou verbal de forma continuada contra outro
aluno”.
4
Os agressores, tal como as vítimas, são “(…) produtos da nossa sociedade e são
reflexo da qualidade das nossas famílias, escolas e comunidades. Ambos são vítimas
e crianças em risco, e ambos precisam de ajuda” (Beane 2011, p.41). Os agressores
são crianças que apresentam problemas emocionais, de aprendizagem e que não
sabem como lidar com esses problemas, sendo normalmente vítimas de agressividade
dentro da sua própria família (Campos, 2007). Esta ideia é partilhada por Beane
(2006) para quem os bullies têm comportamentos de violência para com as suas
vítimas, porque são provenientes de ambientes familiares cheios de violência,
desentendimentos, falta de afetos.
Vários autores procuram caraterizar os agressores em diferentes vertentes,
nomeadamente na psicológica e física. Tognetta (2005) carateriza-os como tendo uma
personalidade hostil, desafiadora, chegando mesmo a desafiar e enfrentar os pais,
quer fisicamente, quer verbalmente, sendo bastante astuciosos e convincentes.
Campos (2007) refere-os como jovens que apresentam problemas emocionais ou de
aprendizagem, podendo ser inseguros e com baixa autoestima ou então, seguros,
mimados e habituados a conseguir tudo o que pedem.
Normalmente, caraterizam-se por serem fortes fisicamente (Oliveira & Votre, 2006).
Cunha (2005) acrescenta que apresentam tendências agressivas para com os adultos
e colegas da mesma idade, que são impulsivos e com uma opinião positiva sobre eles
mesmos.
Matos et al. (2009) ao caraterizar o agressor quanto ao seu perfil, refere que é
extrovertido, tem desejo de dominar e intimidar, tem atitudes tiranas e de delinquência,
desrespeita as regras e os outros, tem elevada auto-estima e demonstra pouco
interesse nas atividades escolares, o que se repercute num baixo rendimento escolar.
Serrate (2009) caracteriza, assim, os três perfis principais de agressores:
Agressor ativo - relaciona-se diretamente com a vítima e agride-a de forma
pessoal.
Agressor social indireto - dá instruções aos seus seguidores para estes
agredirem a vítima.
Agressor passivo - não participa diretamente nos atos de agressão, mas dá o
seu apoio ao agressor.
Já para Beane (2011, p.23) existem quatro tipos de agressores:
5
“Agressores agressivos” – normalmente fortes fisicamente impulsivos, têm um
temperamento irascível, são beligerantes, destemidos, coercivos, confiantes e não
possuem qualquer capacidade de sentir empatia.
“Agressores passivos” – inseguros, com pouca autoestima, com poucas
qualidades positivas e frequentemente têm uma vida familiar infeliz. Não são tão
populares como os anteriores.
“Agressores vítimas” - passam pelas duas situações, normalmente são vítimas
de bullying em casa ou na escola, mas também praticam atos de violência para com
colegas fisicamente mais fracos do que eles.
“Agressores puros” - aparentemente saudáveis, apreciam a escola, mas
utilizam o bullying como forma de prazer, pois gostam de agredir e humilhar os outros,
bem como de se mostrarem dominantes.
No entanto para Haber e Glatzer (2007) as caraterísticas dos agressores têm vindo a
mudar, pois consideram que antigamente eram pouco inteligentes, com excesso de
peso, de agressividade e mais fortes do que os outros usando a sua força física para
agredir as suas vítimas. Atualmente, para além de ainda existirem essas caraterísticas
em alguns agressores, outros apresentam caraterísticas diferentes, pois são
populares, espertos, sabem relacionar-se com os adultos e colegas, apesar do
relacionamento com os colegas se basear no medo.
Também é importante caraterizar os agressores quanto ao género. Existe a ideia de
que os atos de bullying são principalmente realizados por rapazes, pelo facto de serem
mais fáceis de observar (Beane, 2011) e porque os rapazes optam mais pela violência
física (Martins, 1997). No entanto, as raparigas também são agressoras, apesar de
praticarem um bullying mais social e relacional e de uma forma mais camuflada (Neto,
2005). Agridem, normalmente, vítimas do mesmo género, em grupo, tentando humilhar
e afetar psicologicamente os seus alvos, o que Neto (2005) chama de bullying indireto.
Os rapazes atacam vítimas inferiores fisicamente, preferem os confrontos físicos
através de empurrões e batendo. Além disso, utilizam ainda a extorsão e jogos
psicológicos através de comentários sobre a sua orientação sexual e família das
vítimas (Beane, 2011; Campos, 2007). Este tipo de bullying é caracterizado por Neto
(2005) como sendo bullying direto.
Apesar dos agressores terem popularidade (Elliott, 2002) e muitas vezes até lhes ser
dado algum valor por parte dos professores (Haber & Glatzer, 2007), os seus atos de
6
bullying também têm consequências futuras para eles, pois segundo um estudo
apresentado por Beane (2006), 25% das crianças referenciadas como bullies, têm
cadastro na idade adulta e apenas 5% dos que não foram considerados bullies, o têm.
Pereira (2002) confirma o anteriormente referido, dizendo que os agressores veem
como solução dos seus problemas o uso da força. Randall (1996) refere que eles têm
dificuldades em respeitar as leis e consequentemente apresentam mais probabilidades
de terem comportamentos anti-sociais e participarem em atos criminosos. Acrescenta
ainda os seus problemas de inserção social, relacionamento afetivo e autocontrolo.
2.2.2 VÍTIMAS – SUA CARATERIZAÇÃO
No que diz respeito às vítimas, normalmente, temos menos informações sobre elas,
apesar de nesta relação serem as mais afetadas. Isto acontece porque o agressor
gosta de se autopromover e de se fazer notar (Serrate, 2007). A vítima normalmente
não se assume como tal, nem expõe o problema, devido à sua timidez e ao medo
(Neto, 2005; Oliveira & Votre, 2006).
Neto (2005) define vítima como alguém sem capacidade para se defender que está
durante um determinado tempo sujeito a ações intencionais e repetidas por parte de
um ou mais alunos com o objetivo de o magoar.
Já para Serrate (2007, p.81) vítima é o aluno que de forma continuada é “(…) troçado,
insultado, humilhado e posto ao ridículo à frente de todos os seus companheiros que
partilham essa situação de forma tácita”.
As vítimas normalmente não reagem às agressões a que são sujeitas, por passividade
e não terem confiança nelas próprias (Zoega, M. & Rosim, M., 2009).
São escolhidas pelos agressores, por terem determinadas caraterísticas (Haber &
Glatzer, 2007; Serrate, 2009; Tognetta, 2005), servindo qualquer desculpa para os
agressores implicarem com elas. Basta usar óculos, aparelho, ser alta ou baixa, ser
gorda ou magra, ter um determinado corte de cabelo, ser de uma religião ou raça
diferente (Haber & Glatzer, 2007), ter poucas capacidades físicas - o que se reflete no
desporto (Botelho & Sousa, 2007) - ou intelectuais, bem como uma deficiência física
ou psíquica (Serrate, 2009).
7
Normalmente estas crianças passam muito tempo em casa, muito protegidas por parte
dos pais (Gómez, 2009), com os quais têm um relacionamento muito forte (Stevens,
Bourdeaudhuij & Oost, 2002) e, principalmente, pela mãe. Esta excessiva proteção e
tratamento infantilizado, comportamentos facilitadores de bullying segundo Neto
(2005), para além de não serem bem vistos pelos seus pares dificultam-lhes a
aquisição de mecanismos para enfrentarem os seus agressores. Em relação ao
género, Botelho e Sousa (2007) consideram os rapazes mais envolvidos no bullying
quer como vítimas, quer como agressores. No entanto, Serrate (2009) refere que não
existe um consenso nos estudos realizados, pois alguns apontam para que sejam os
rapazes o grupo mais afetado pelo bullying, enquanto outros referem que ambos os
géneros sofrem de forma igual.
Quanto aos comportamentos das vítimas, em resposta aos ataques a que são sujeitas,
podemos considerar três tipos:
Vítimas passivas - mais comuns, caraterizam-se por serem inseguras, frágeis,
tímidas, solitárias, com falta de autoconfiança e não respondem à violência praticada
pelos seus agressores. Devido à sua fragilidade emocional, facilmente choram ou
cedem às chantagens a que são sujeitas, sofrendo em silêncio (Gómez, 2009; Serrate,
2009).
Vítimas ativas ou provocativas – comportam-se de forma modesta, imatura e
inapropriada (Sullivan et al. 2005). São ansiosas e agressivas o que é utilizado pelo
agressor para justificar as suas ações violentas (Gómez, 2009). Apresentam
dificuldades em se concentrar e em se relacionar com os seus colegas, tendo como
principais amigos adolescentes irritáveis e violentos, sendo por vezes apontadas como
hiperativas (Serrate, 2009).
Bullies-vítimas - este grupo representa apenas uma pequena percentagem.
São crianças que passam pelas duas situações, pois são vítimas de agressões, mas
também praticam bullying sobre outras crianças que, normalmente, lhes são inferiores
fisicamente (Beane, 2011).
Beane (2006) no seu livro “A sala de aula sem bullying” acrescenta um outro grupo de
vítimas: as crianças talentosas ou populares. Os agressores consideram os alunos
com bons resultados académicos como “graxistas” pelo que os provocam e os
vitimizam, o que, segundo o autor, se pode dever a alguma inveja.
8
2.2.3 ESPETADORES – SUA CARATERIZAÇÃO
O grupo das testemunhas ou espetadores é constituído pela maioria dos alunos, pois
não são vítimas nem agressores (Carvalhosa, 2010).
As testemunhas, apesar de não poderem ser consideradas intervenientes diretas nas
ações de bullying Carvalhosa (2010), têm um comportamento que reforça os atos dos
agressores. O seu silêncio e a não atuação para terminar com os atos de violência
podem ser vistos pelos agressores como uma afirmação do seu poder (Neto, 2005).
No entanto, a falta de atuação das testemunhas deve-se frequentemente ao medo de
virem também a ser vítimas (Campos, 2006).
Existem ainda consequências negativas para as testemunhas. Devido à sua
incapacidade em intervirem e terminarem com as agressões, sentem-se muitas vezes
culpadas, desenvolvendo sintomas físicos, como por exemplo dores de cabeça e/ou
estômago (Campos, 2007), para além de tentarem evitar assistir às agressões (Beane,
2006). Isto acontece porque, muitas vezes, as testemunhas sentem empatia pelas
vítimas (Neto, 2005).
2.3
BULLYING NA ESCOLA E SUAS CONSEQUÊNCIAS
A violência escolar assola cada vez mais as nossas escolas (Cunha, 2005), até porque
as próprias vítimas de agressões, em muitos casos, não expõem as situações por que
passam devido a vergonha e medo de represálias (Neto, 2005; Oliveira & Votre, 2006).
As agressões com armas normalmente são relatadas, mas no caso das agressões
físicas diretas ou chantagem, uma quinta parte das vítimas opta pelo silêncio (Serrate,
2009). A preocupação sobre este tema tem aumentado (Pereira, 2002), quer por parte
da sociedade em geral, quer pela comunidade escolar (Campos, 2007).
No caso do bullying, este, cada vez mais, faz parte do dia-a-dia dos nossos alunos,
sendo uma das suas maiores preocupações (Campos, 2006). Estudos realizados
indicam que o bullying é praticado principalmente por rapazes que utilizam a agressão
física e ameaças verbais (Carvalhosa, 2010). No caso das raparigas, normalmente,
agridem e são agredidas por outras raparigas, sendo o bullying social o mais usado
(Olweus, 1993). Quando são agredidas por rapazes, apontam a agressão de cariz
sexual como a mais comum (Vale & Costa 1999). Verificou-se também que as
9
situações de bullying tendem a diminuir ao longo dos anos de escolaridade (Forero et
al, 1999; Matos et al. 2009; Olweus, 1993; Seixas, 2006).
Em Portugal, o Ministério da Educação, a partir de 2005 tornou obrigatória a sua
abordagem, considerada transversal a todos os anos de ensino básico e secundário,
em sessões curriculares e extracurriculares (Matos et al.,2009).
De acordo com Elliott (1997) e Campos (2006 e 2007) a violência escolar ocorre em
todo o tipo de escolas, desde colégios particulares às escolas inseridas em bairros
sociais. Serrate (2009) refere que existem muitas semelhanças entre as escolas
particulares e públicas. Para além disso, acrescenta que nas escolas privadas há mais
alunos a passar por situações de humilhação, e a aceitar difamar.
Beane (2011), Campos (2007), Costa (2008), Pereira (2002), Serrate (2009) e Silva
(2010) afirmam que o recreio, onde frequentemente falta o controle dos adultos, é o
local onde é mais frequente ocorrerem situações de violência. Beane (2011, p.27)
acrescenta que, para além dos recreios, “(…) as casas de banho, os corredores, as
cantinas, os vestiários, os ginásios, os parques de estacionamento, as escadas, as
zonas entre edifícios e até as salas de aula (…)” são locais de risco.
Campos (2007), Costa (2008) e Silva (2010) referem que os recreios deveriam ser
repensados e reinventados, e deveria haver mais vigilância para prevenir situações de
conflito. Para Pereira (2002) algumas das vítimas, por dificuldade de relacionamento
com os outros, isolam-se e procuram recantos dos recreios, ficando assim mais
vulneráveis aos ataques dos agressores. Acrescenta ainda que os alunos vítimas de
bullying procuram, muitas vezes, questionar o professor sobre a matéria dada ou
contam algo que se passou em casa, para desta forma estar perto do professor e
usufruir da sua proteção.
As crianças vítimas deste tipo de violência, como forma de se protegerem, vão
demonstrando alguns sinais que podem ser detetados pelos pais, professores ou
colegas. Têm medo de ir à escola, fingem estar doentes (Castro & Barbazán, 2007), o
que, normalmente, se nota ao domingo à noite ou na segunda-feira de manhã (Beane,
2011). Também segundo Beane (2011) as crianças vítimas de bullying estão mais
sujeitas aos problemas com drogas, álcool, a depressões, a tendências suicidas e a
fazerem parte de gangues e/ou de seitas. Para além disso, apresentam dificuldades
em se concentrar, o seu desempenho académico é afetado, as suas notas baixam,
aumenta o absentismo, o isolamento e falam em abandonar a escola (Barros, 2010).
10
Tognetta (2005) também considera que o bullying interfere no rendimento escolar. As
vítimas demonstram mais dificuldade em adquirir conhecimentos, apresentam notas
inferiores ao que era normal, o que faz com que a sua autoestima baixe. Outros
autores apresentam a mesma linha de pensamento referindo que a criança fica com a
sua capacidade de atenção e de estudo afetada, pois passa muito tempo a pensar nos
agressores e no que lhe está a acontecer, chegando, por vezes, “(…) a sentir
nervosismo, dores de estômago, de cabeça, ter pesadelos, discussões, negativismo,
timidez, fobias e medos à escola” (Castro & Barbazán, 2007, p. 17).
No entanto, não são só as vítimas a sofrer com as consequências. Segundo Randall
(1996) este fenómeno também tem consequências negativas para os agressores que,
de acordo com Campos (2007, p.9), “(…) apresentam tendência para a depressão e
para ataques de culpabilidade (…)”.
Para além das vítimas e dos agressores, os alunos que assistem às agressões,
designados
por
testemunhas,
também
sofrem
com
os
atos
de
violência,
culpabilizando-se por não terem ajudado os colegas, devido ao medo de se tornarem
eles próprios vítimas (Campos, 2006).
No entanto, o bullying não fica limitado ao tempo em que o aluno frequenta a escola.
Tem consequências no futuro, pois apesar de haver, segundo Beane (2006), um
declínio do bullying no Ensino Secundário e de pouco se ouvir falar deste tema no
Ensino Universitário, os comportamentos violentos não são facilmente abandonados, o
que vem de encontro a alguns estudos realizados e referidos pelo mesmo autor, para
quem os bullies têm maior probabilidade de no futuro terem problemas de
relacionamento e de convivência em sociedade.
2.4
BULLYING NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
A escola tem como objetivo proporcionar o bem-estar das crianças, bem como criar
cidadãos com valores (Martins, 1997).
A violência é uma realidade na sociedade, e no caso específico do bullying, este pode
acontecer dentro da escola, principalmente nos recreios, zonas entre edifícios, salas
de aulas, vestiários e ginásios (Beane, 2011). Segundo este autor, o meio envolvente
às aulas de Educação Física (vestiários e ginásios) são locais, onde podem ocorrer
com mais facilidade atos de bullying. Tal opinião é partilhada por Haber e Glatzer
11
(2007) ao afirmarem que se não houver supervisão por parte de um adulto, professor
ou funcionário, os balneários tornam-se espaços ideais para a prática deste tipo de
violência.
As aulas de Educação Física são consideradas enriquecedoras e fundamentais na
formação dos alunos e na sua socialização (Furtado & Morais, 2010), sendo sugeridas
atividades ligadas ao desporto escolar, por parte de Pereira et al. (2009), como forma
de prevenir e reduzir as situações de violência escolar. Para Haber e Glatzer (2007) a
prática desportiva, bem como as aulas de Educação Física são bastante construtivas,
mas também um local propício para abusos, devido à competição e vontade de
ganhar. Os melhores jogadores/praticantes normalmente não aceitam bem na equipa
jogadores com capacidades inferiores, pois os seus objetivos e/ou da equipa podem
ser prejudicados. Contudo, os bons alunos a Educação Física também podem ser
vítimas de bullying, sobretudo as raparigas que, pelas suas capacidades/caraterísticas
físicas e comportamentais, são muitas vezes consideradas pouco femininas pelas
suas colegas. Estas chegam mesmo a dar-lhes, por vezes, apelidos pejorativos
(Oliveira & Votre, 2006).
Neste equilíbrio entre os possíveis benefícios da prática desportiva e as
consequências que advêm de atos de bullying neste contexto, existe o professor que
tem um papel fundamental. Se for uma pessoa responsável, vai intervir e servir de
mentor e modelo. Caso contrário, pode mesmo contribuir para o bullying, ou por não
intervir para pôr termo à violência, ou por fundamentar comportamentos que levam
alguns alunos a ser violentos com os colegas (Beane, 2011). Duarte e Mourão (2007)
afirmam ainda que os Professores, por vezes, têm atitudes que fomentam a
descriminação, ou por género, pois alguns separam as raparigas dos rapazes, ou por
capacidades, formando equipas de alunos mais fortes e outras com alunos menos
fortes. Também acontece que alguns Professores permitem que os alunos façam as
equipas, escolhendo normalmente dois alunos dos mais capacitados (capitães) para
que estes selecionem, de forma alternada, os elementos que irão fazer parte da sua
equipa. O que se verifica, habitualmente, é que esses alunos vão optar pelos que
consideram mais fortes e pelos seus amigos, deixando para o fim os alunos com
menos capacidades, com excesso de peso, alguma deficiência ou descoordenação, o
que para Haber e Glatzer (2007), é uma forma de bullying.
As aulas de Educação Física, pela sua componente prática, proporcionam uma maior
exposição dos corpos dos alunos, tanto das suas caraterísticas estéticas como das
12
capacidades motoras que podem levar a comportamentos de rejeição (Duarte &
Mourão, 2007). As raparigas com pouca apetência para a prática desportiva e que
participam pouco nas aulas são alvo de comentários e, de certa forma, postas de lado,
vítimas de bullying por parte dos restantes alunos, quer sejam rapazes ou raparigas
(Duarte & Mourão, 2007). No entanto, tal como já foi referido, as raparigas com
capacidades semelhantes, ou mesmo superiores aos rapazes também podem ser
vítimas de bullying por parte das suas colegas por considerarem que elas têm
caraterísticas pouco femininas. Os rapazes também são vítimas quando apresentam
poucas capacidades para o desempenho desportivo, ou pouco interesse nesse tipo de
atividades (Oliveira & Votre, 2006).
2.4.1 ESTUDOS REALIZADOS
Apesar de já existirem vários estudos sobre o bullying nas escolas, são escassos os
que tentam analisar e caraterizar o bullying nas aulas de Educação Física.
Encontrámos, sobretudo, estudos realizados no Brasil e apenas um em Portugal. É
fulcral estudar esta problemática, uma vez que as aulas de Educação Física,
compostas por jogos e interações entre os alunos, são um local propício a conflitos
(Oliveira & Votre, 2006).
Os mesmos autores, referem no seu artigo “Bullying nas aulas de Educação Física”
um estudo realizado através de entrevistas a três rapazes e três raparigas da 4.ª série
do ensino fundamental público do município do Rio de Janeiro, com o objetivo de
verificar quais os tipos de violência e discriminação entre rapazes e raparigas nas
aulas mistas de Educação Física. Verificaram que as raparigas se queixavam da
violência física e verbal por parte dos rapazes.
Brito (2006) realizou um estudo sobre o bullying nas aulas de Educação Física. A
autora usou como amostra 81 alunos da escola EB1 de Almancil pertencentes ao 4.º
ano de escolaridade, com idades compreendidas entre os 8 e os 12 anos, com uma
média de 9,6 e em que as idades de 9 e 10 anos eram as mais frequentes. A amostra
era composta por 50,6% de rapazes e 49,4 de raparigas. Para a recolha de dados foi
utilizado um questionário sobre as aulas de Educação Física baseado no
Questionnaire on Bullying “ Projeto TMC 2000” (Ortiga, Mora – Merchan, Lera, Singer,
Pereira e Menesini, 1999), adaptado de Dan Olweus (1989) traduzido para a língua
portuguesa como questionário “Estudo da prevenção da violência na escola”.
13
Também, foram filmadas aulas, para posterior observação dos comportamentos dos
alunos. Este questionário e observação tinham como objetivo verificar se existiam
comportamentos de bullying nas aulas de Educação Física. Concluiu-se que as aulas
de Educação Física eram o segundo local da escola onde ocorreram mais episódios
de vitimização. Para além disso, o contexto desta disciplina era considerado, pelos
alunos, como o mais propício à manifestação de comportamentos inadequados, em
comparação com as outras disciplinas. De acordo com o questionário, 14,3% dos
alunos mais velhos (10,11 e 12 anos) e do género masculino eram vítimas
persistentes de colegas nas aulas de Educação Física. No que diz respeito aos
agressores verificou-se, também, serem os mais velhos e do género masculino a
praticarem mais atos associados ao bullying. Em relação às formas de agressão mais
utilizadas nas aulas de Educação Física, as vítimas mencionaram “insultar” e a
“agressão física” (empurrar). Quanto aos diferentes momentos da aula, a autora
verificou que ocorreram mais atos de bullying na “organização das atividades” e nos
“jogos” tendo notado que as formas de agressão mais comuns foram as agressões
físicas (bater e empurrar). Como síntese, a autora referiu que, de acordo com os
resultados obtidos neste estudo, o bullying está bem presente nas aulas de Educação
Física (Brito, 2006, p.142).
Botelho e Sousa em 2007, num estudo realizado no Brasil, descrevem alguns relatos
de alunos que, devido às suas caraterísticas físicas, vinham a ser vítimas de bullying
verbal (rejeição/exclusão e troça) nas aulas de Educação Física por parte dos colegas.
Duarte e Mourão (2007) também no Brasil, no estudo “Representações de
adolescentes femininas sobre os critérios de seleção utilizados para a participação em
aulas mistas de Educação Física”, referem que as meninas com menores capacidades
físicas para as aulas de Educação Física são vítimas de bullying, por parte dos
rapazes e raparigas com mais capacidades.
No mesmo país dos anteriores, Sabino (2010) aplicou uma questão que tinha como
objetivo verificar se os alunos sofriam agressões (física e/ou verbais) nas aulas de
Educação Física. Concluiu-se que, nestas aulas, 54% dos alunos não são vítimas. No
entanto, 28% dos alunos responderam que foram raramente vítimas de agressões, 8%
sofreram-nas várias vezes e 10% constantemente, o que perfaz 46% dos alunos
inquiridos.
14
3 CAPÍTULO III – METODOLOGIA
Tendo em conta o nosso objeto do estudo, a população alvo e a bibliografia
consultada, optámos por aplicar um inquérito por questionário. Esta forma de colheita
de dados, segundo Fortin (1999) apresenta algumas vantagens em relação a outros
métodos, nomeadamente porque pode ser aplicado a muitos sujeitos ao mesmo
tempo. Sendo anónimo e impessoal, o sujeito não se sente pressionado podendo
responder à vontade, sem receio de ser punido ou criticado, e permite obter respostas
mais pessoais e sinceras. Para além disso, é menos dispendioso e de fácil aplicação.
3.1
OBJETIVOS DO ESTUDO
Como refere Pereira (2002) o bullying tem sido alvo de vários estudos, principalmente
para diagnosticar a realidade escolar. No entanto, poucos têm sido realizados com o
intuito de verificar a sua existência nas aulas de Educação Física. Por isso,
considerámos importante realizar um estudo nesse âmbito. Daí que os dois principais
objetivos deste trabalho sejam:
1. Verificar a existência de bullying nas aulas de Educação Física;
2. Tipificar os episódios de bullying registados.
Assim, estudámos os comportamentos dos alunos de 3 escolas do 2.º e 3.º ciclos do
concelho da Amadora. Sendo nosso interesse analisar escolas de contextos
diferentes, decidimos englobar no estudo uma escola com a designação de Escola
TEIP (Territórios de Intervenção Prioritária) em que predominam alunos com carências
de vários níveis, uma Escola de Ensino Regular, com alunos de todos os extratos
sociais e, finalmente, uma escola de Ensino Particular, onde são selecionados.
Para alcançarmos os dois objetivos principais, acima enunciados, começámos por nos
debruçar sobre os seguintes objetivos secundários, delineados conjugando o nosso
interesse com a informação possível de extrair a partir das perguntas do inquérito por
questionário:
15
1. Verificar a existência de diferentes níveis de agressividade nos alunos, das três
escolas;
2. Identificar os locais onde ocorrem mais agressões;
3. Determinar a importância relativa das agressões nas aulas de Educação
Física;
4. Caraterizar por escola, género e ciclo os alunos que são vítimas de agressões;
5. Caraterizar por escola, género e ciclo os alunos que agridem;
6. Caraterizar as agressões às vítimas quanto à frequência e forma, e quanto ao
número de agressores;
7. Caraterizar as reações das vítimas às agressões;
8. Identificar os momentos da aula em que ocorrem as agressões.
Os três primeiros objetivos secundários acima enunciados visam o estudo da
agressividade na escola; os seguintes focam especificamente a agressividade nas
aulas de Educação Física.
3.2
RECOLHA E PROCESSAMENTO DOS DADOS
3.2.1 DESCRIÇÃO DO QUESTIONÁRIO
No nosso trabalho, recorremos ao questionário utilizado por Brito (2006), baseado no
Questionnare on Bullying “Projeto TMR 2000” (Ortega, Mora – Merchan, Lera, Singer,
Pereira e Menesini, 1999) – Adaptado de Dan Olweus (1989) traduzido para a Língua
Portuguesa como “Estudo da prevenção da violência na escola”. O referido
questionário está dividido em duas partes. A primeira debruça-se na violência na
escola e a segunda sobre a violência nas aulas de Educação Física. Assim, utilizámos
esta segunda parte do inquérito, porque cumpre duas condições: por um lado cobre o
nosso objeto de estudo e, por outro, está validado.
Brito (2006) utilizou-o para questionar alunos do 4.º ano do 1.º Ciclo do Ensino Básico.
Nós utilizá-lo-emos no âmbito do 2.º e 3.º ciclos.
16
O questionário (vide anexo I) é anónimo e composto por 11 perguntas.
A pergunta 1 pretende identificar e caraterizar a amostra, questionando os alunos
acerca do género e da idade.
A pergunta 2 debruça-se sobre a violência na escola em termos genéricos, inquirindo
os alunos sobre se foram ou não maltratados e, em caso afirmativo, em que local(ais)
ocorreram tais situações.
As perguntas 3 a 11 incidem sobre as aulas de Educação Física. Nas perguntas 3 a 8
ouvimos as vítimas no que diz respeito à frequência e tipo das agressões, bem como
às suas reações. Nas perguntas 9 a 11 ouvimos os agressores relativamente à
frequência e à forma como agridem.
Todas as respostas são de escolha múltipla. Nas questões números 3, 5, 6, 9 e 10 o
aluno escolhe uma única hipótese, nas questões números 2, 4, 7, 8 e 11 pode
escolher uma ou mais respostas. As questões são de resposta fechada, com exceção
das questões 2, 4, 7, 8 e 11 onde existe um espaço aberto para que o aluno possa
identificar situações não previstas.
3.3
CARATERIZAÇÃO DA AMOSTRA
O concelho da Amadora pertence ao distrito de Lisboa e está dividido em 11
freguesias. A sua área é de 23,77Km2 e, segundo os censos de 2011, tem 175.135
habitantes sendo a quarta cidade mais populosa de Portugal e o município com maior
densidade populacional. Como atividades económicas prevalecem os serviços e a
restauração.
A nível social é um concelho com uma vasta comunidade de imigrantes, tanto de
africanos como de países do Leste da Europa e que apresentam alguns problemas de
inserção. Um grande número destes imigrantes reside em bairros cujas casas têm
poucas condições de habitabilidade.
O estudo incidiu sobre 3 escolas do concelho da Amadora: uma Escola TEIP, uma
Escola de Ensino Regular e uma Escola de Ensino Particular.
17
Como refere Reis (1996) a maioria das vezes é impossível conhecer as caraterísticas
de todos os elementos que fazem parte de uma população, por isso é necessário
retirar uma amostra para se estudar.
Assim, definimos que se inquiririam um total de 605 alunos sendo 173 da escola TEIP,
376 da Escola de Ensino Regular e 56 da Escola Particular. Para a escolha da
amostra recorremos ao método de amostragem probabilística, através da amostragem
por clusters (Hill, 2005).
A seleção das turmas foi feita por ciclos, tendo havido o cuidado de controlar o número
de alunos, tanto por género como por ciclo, para que a amostra fosse representativa.
De seguida, caracterizamos com mais detalhe as escolas referenciadas e os alunos
inquiridos.
3.3.1 ESCOLA TEIP
A Escola TEIP está implantada na freguesia de Alfornelos. Esta designação data de
1996 por força do Despacho n.º 147 – B do Ministério da Educação.
Os seus alunos são provenientes de 3 freguesias: Alfornelos, Brandoa e Venda Nova.
Na sua maioria são descendentes de imigrantes de África, estando inseridos em
comunidades com graves problemas económicos, sociais e culturais. Muitos destes
alunos provêm de bairros sociais ou de antigos bairros que foram reorganizados, como
o da Azinhaga dos Besouros. As atividades económicas que predominam são os
serviços, a construção civil e a restauração.
A escola, no ano letivo 2011/12, foi frequentada por 516 alunos distribuídos da
seguinte forma:
Quadro 1 – Alunos da Escola TEIP
2.º Ciclo
3.º Ciclo
Total
n
%
n
%
n
%
Feminino
115
48,1%
142
51,3%
257
49,8%
Masculino
124
51,9%
135
48,7%
259
50,2%
Total
239
100,0%
277
100,0%
516
100,0%
18
Na Escola TEIP, dos 516 alunos que a frequentaram, fizeram parte da nossa amostra
173 (33,5%), distribuídos por género e ciclo de escolaridade da seguinte forma:
Quadro 2 – Amostra da Escola TEIP
2.º Ciclo
3.º Ciclo
Total
n
%
n
%
n
%
Feminino
39
48,8%
48
51,6%
87
50,3%
Masculino
41
51,3%
45
48,4%
86
49,7%
Total
80
100,0%
93
100,0%
173
100,0%
Como se pode verificar, comparando os quadros 1 e 2, as percentagens nos inquiridos
seguem os valores observados na escola.
3.3.2 ESCOLA DE ENSINO REGULAR
A Escola de Ensino Regular está situada no centro da freguesia da Reboleira. Nesta
escola predominam alunos de raça caucasiana, apesar de haver um elevado número
de alunos descendentes de imigrantes provenientes de África. Como atividade
económica, predominam os serviços.
A escola tem 1138 alunos divididos pelas turmas do 5.º ao 9.º ano de escolaridade
Quadro 3 – Alunos da Escola de Ensino Regular
2.º Ciclo
3.º Ciclo
Total
n
%
n
%
n
%
Feminino
231
46,1%
345
54,2%
576
50,6%
Masculino
270
53,9%
292
45,8%
562
49,4%
Total
501
100,0%
637
100,0%
1138
100,0%
Na Escola de Ensino Regular, o nosso universo era de 1138 alunos. Fizeram parte da
nossa amostra 376 (33%) repartidos por género e ciclo de escolaridade, como
podemos ver no quadro seguinte.
19
Quadro 4 – Amostra da Escola de Ensino Regular
2.º Ciclo
3.º Ciclo
Total
n
%
n
%
n
%
Feminino
83
49,1%
116
56,0%
199
52,9%
Masculino
86
50,9%
91
44,0%
177
47,1%
Total
169
100,0%
207
100,0%
376
100,0%
Nos quadros 3 e 4 verifica-se que as percentagens dos inquiridos são coerentes com
as observadas na escola.
3.3.3 ESCOLA PARTICULAR
A Escola Particular está inserida na freguesia da Mina. O acesso é restrito e os alunos
são selecionados. Tem baixa lotação, segundo a direção, por opção pedagógica.
A escola foi frequentada por 57 alunos no ano letivo 2011/12, estando estes
distribuídos por ciclos e género da seguinte forma:
Quadro 5 – Alunos da Escola Particular
2.º Ciclo
3.º Ciclo
Total
n
%
n
%
n
%
Feminino
9
34,6%
13
43,3%
22
39,3%
Masculino
17
65,4%
17
56,7%
34
60,7%
Total
26
100,0%
30
100,0%
56
100,0%
Como o universo é reduzido estudou-se toda a população.
No caso presente foram inquiridos 56 alunos, visto ter faltado um no dia da aplicação
do inquérito.
3.3.4 AMOSTRA
Os quadros seguintes sumariam as caraterísticas da amostra selecionada, permitindo
a comparação com a população em estudo. Relembramos que foram inquiridos 605
alunos (35,4%) de um total de 1711.
20
Quadro 6 – Amostra vs. Escola (totais)
Amostra
População
n
%
n
%
Escola TEIP
173
28,6%
516
30,2%
Escola Ensino Regular
376
62,1%
1138
66,5%
Escola Particular
56
9,3%
57
3,3%
Total
605
100,0%
1711
100,0%
Continuamos a observar coerência entre as proporções na amostra e na população.
Quadro 7 – Amostra vs. Escola (análise por género)
Amostra
Feminino
População
Masculino
Feminino
Masculino
n
%
n
%
n
%
n
%
Escola TEIP
87
28,3%
86
29,0%
257
30,0%
259
30,3%
Escola Ensino Regular
199
64,6%
177
59,6%
576
67,3%
562
65,7%
Escola Particular
22
7,1%
34
11,4%
23
2,7%
34
4,0%
Total
308
100,0%
297
100,0%
856
100,0%
855
100,0%
Quadro 8 – Amostra vs. Escola (análise por ciclo)
Amostra
2ºciclo
População
3ºciclo
2ºciclo
3ºciclo
n
%
n
%
n
%
n
%
Escola TEIP
80
29,1%
93
28,2%
239
31,2%
277
29,3%
Escola Ensino Regular
169
61,5%
207
62,7%
501
65,3%
637
67,5%
Escola Particular
26
9,4%
30
9,1%
27
3,5%
30
3,2%
Total
275
100,0%
330
100,0%
767
100,0%
944
100,0%
Em todos os quadros, continuou a observar-se coerência entre as proporções na
amostra e na população.
Não tendo sido possível ter acesso ao registo das idades de todos os inscritos nas
várias escolas, apresentamos apenas as idades dos inquiridos.
21
Quadro 9 – Idades dos alunos por ciclo
2.º Ciclo
3.º Ciclo
9-12 anos
> 12 anos
13-15 anos
> 15 anos
Escolas
n
%
n
%
n
%
n
%
Escola TEIP
69
86,2%
11
13,8%
88
94,6%
5
5,4%
162
95,9%
7
4,1%
200
96,6%
7
3,4%
Escola Particular
26
100,0%
0
0,0%
29
96,7%
1
3,3%
Total
257
93,5%
18
6,5%
317
96,1%
13
3,9%
Escola Ensino
Regular
O quadro 9 é referente às idades dos alunos. Verificámos que a maioria se encontra a
frequentar o ciclo correspondente à sua idade.
3.3.5 APLICAÇÃO DOS INQUÉRITOS
Definidos os objetivos do estudo e as escolas onde seria aplicado o questionário,
contactaram-se as direções das escolas para saber da sua recetividade quanto à
aplicação do referido questionário.
Nas duas escolas pertencentes ao Ministério da Educação não houve qualquer
entrave. No entanto, houve alguma dificuldade em encontrar uma escola particular que
aceitasse submeter os seus alunos a tal estudo.
Passados esses constrangimentos, foi feito um pedido de autorização aos
Encarregados de Educação para estes permitirem que os seus educandos
respondessem ao questionário.
Os questionários, por imposição dos Diretores das escolas, foram aplicados pelos
Professores das respetivas escolas, Professores de Educação Física ou Diretores de
Turma nas aulas de Formação Cívica e Educação Física. Os questionários foram
aplicados no 3.º Período do ano letivo 2011/2012 de forma anónima, a turmas do 2.º e
3.ºciclos, tendo havido uma breve explicação sobre as regras de preenchimento aos
alunos, por forma a facilitar a compreensão dos itens.
22
3.3.6 PROCESSAMENTO DOS DADOS
Após a recolha dos dados e sua codificação, passámos para a fase seguinte:
tratamento/processamento das respostas obtidas através do inquérito.
Assim, começámos por uma análise exploratória dos dados com recurso à Estatística
Descritiva. Para cada questão, apresentámos um quadro de frequências a partir das
quais analisámos as caraterísticas da variável em estudo, procurando identificar as
respostas (ou categorias) dominantes.
Para avaliar a existência de significado estatístico nas (eventuais) tendências
detetadas aplicámos um teste de aderência à distribuição Uniforme (repare-se que na
ausência de preferências se espera que cada resposta ocorra com igual
probabilidade). Nos casos em que as variáveis se constituíam em duas categorias
usámos o teste da Binomial, nos restantes casos recorremos ao teste do QuiQuadrado. Em ambos os casos, admitimos como hipótese nula a hipótese: “Na
variável em estudo, todas as categorias ocorrem com igual probabilidade”. Nalgumas
situações, o desnivelamento entre os valores das frequências relativas associadas a
cada uma das categorias torna evidente o resultado do teste, dispensando a sua
aplicação.
De seguida, realizámos uma análise comparativa das distribuições de frequência
associadas a cada variável por escola, ciclo e género. Para validar as hipóteses
construídas recorreremos, mais uma vez, à inferência estatística. Desta feita,
aplicámos o teste do Qui-quadrado para verificar se as distribuições de frequência
eram independentes da escola (ciclo/género) e o teste Z para identificar diferenças nas
frequências (proporções) associadas a cada categoria entre escolas (ciclos/géneros).
O teste Z permitiu acrescentar detalhe à informação obtida a partir do teste do Quiquadrado: enquanto o primeiro estudou a forma como as frequências se repartiam
pelas diferentes categorias, o segundo comparou os valores das frequências,
categoria a categoria. Assim, definimos como hipóteses nulas: “A distribuição de
frequências da variável em estudo é independente da escola (ciclo/género)” e: “O valor
da frequência da categoria em estudo é a mesma nas duas escolas (ciclos/géneros)”,
respetivamente.
Para a seleção dos testes a aplicar consultámos Fernandes (1999), Marôco e Bispo
(2005) e Marôco (2011). Nos casos em que não foi possível a utilização do teste do
23
Qui-quadrado por não serem cumpridas as suas condições de aplicabilidade 1,
recorremos ao teste de Fisher.
Para a análise e tratamento dos dados obtidos através do questionário, utilizámos um
programa específico de tratamento e análise de dados, o Statistical Package for the
Social Sciences (SPSS) 19.0 para Windows. Em todas as análises inferenciais
considerámos um nível de significância α=0,05. Desta forma, rejeitámos a hipótese
nula se o valor do p-value indicado no output produzido por aplicação dos testes for
inferior a 0,05. Para a interpretação do output produzido por aplicação do teste Z
seguimos Marôco2 (2011 p. 104)
Para a construção dos quadros apresentados foi usado o Microsoft Office Excel 2007
e o Microsoft Office Word 2007.
1
“… o teste do Qui-quadrado não pode ser aplicado com rigor (…) não se verificam todas as condições seguintes: (1)
n > 20; (2) todos os Eij sejam superiores a 1 e (3) que pelo menos 80% dos Eij sejam superiores ou iguais a 5.” Marôco,
(2011 p.104)
2
“…as letras em subscrito indicam a existência (ou não) de diferenças significativas entre as respetivas proporções…
letras iguais indicam a ausência de diferenças; letras diferentes indicam diferenças estatisticamente significativas entre
as proporções das colunas.”
24
4 CAPITULO IV - APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Neste capítulo vamos apresentar e discutir os dados obtidos através da aplicação do
questionário, tendo em conta a revisão da bibliografia, os objetivos do estudo e as
hipóteses formuladas apresentados nos capítulos anteriores. O capítulo está
organizado como se segue:
Na secção 4.1 procurámos dar resposta aos três primeiros objetivos secundários
indicados no capítulo III: verificar a existência de diferentes níveis de agressividade
nos alunos das três escolas; identificar os locais onde ocorrem mais agressões;
determinar a importância relativa das agressões nas aulas de Educação Física. Para
tal, apresentámos, um sumário das respostas dos inquiridos à pergunta nº 2: “Onde
foste maltratado na Escola?”. Com efeito, a análise das frequências associadas à
resposta “Não fui maltratado na escola desde o ano passado” permitiu-nos comparar
as escolas estudadas quanto ao nível de agressividade. A análise das frequências
associadas às restantes hipóteses de resposta permitiu-nos identificar o(s) local(is)
onde se deram a maioria das agressões perpetradas e, também, identificar o peso
relativo das agressões nas aulas de Educação Física, face às restantes. Estes pontos
foram analisados por escola e comparados entre escolas.
Nas secções 4.2 a 4.5 centrámos o nosso estudo nas agressões ocorridas nas aulas
de Educação Física. As conclusões desse estudo permitiram-nos alcançar os dois
objetivos principais: secção 4.6. Assim:
Na secção 4.2 dedicámo-nos aos quarto e quinto objetivos secundários: caraterizar
por escola, género e ciclo vítimas e agressores. Iniciámos a nossa análise pela
caraterização das vítimas: através das respostas à pergunta nº 2, averiguámos a
existência de diferenças nos níveis de vitimização registados por género e por ciclo.
De seguida, procurámos caraterizar os agressores quanto aos mesmos pontos: com
base nas respostas às perguntas nºs 6 (ponto de vista da vítima) e 10 (ponto de vista
do agressor) do inquérito estudámos a prevalência de um dos géneros e/ou de um dos
ciclos nos agressores. Nos dois casos, verificámos se as (eventuais) tendências
detetadas eram comuns às várias escolas.
25
Na secção 4.3 abordámos o sexto objetivo secundário: caraterizar as agressões às
vítimas quanto à frequência e forma, e quanto ao número de agressores. O
questionário foi organizado de modo a permitir a análise comparada dos pontos de
vista do agredido e agressor quanto a estas questões. Assim, subdividimos esta
secção em três subsecções (4.3.1; 4.3.2 e 4.3.3), consoante partimos do ponto de
vista da vítima (4.3.1), do agressor (4.3.2) e ainda uma terceira subsecção destinada à
comparação/cruzamento de ambos os pontos de vista (4.3.3). As respostas às
perguntas 3 e 9 permitiram caraterizar a frequência das agressões; as respostas às
perguntas 5 e 10 saber se os agressores atuavam sozinhos ou em grupo e as
respostas às perguntas 4 e 11 identificar as formas de agressão mais comuns. Tal
como nos casos anteriores, comparámos os resultados obtidos por escolas, géneros e
ciclos.
Na secção 4.4 debruçámo-nos sobre o sétimo objetivo secundário: caraterizar as
reações das vítimas às agressões. Procurámos identificar e tipificar as reações mais
frequentes, bem como avaliar a forma como reagiam à agressão os vários grupos
estudados. Verificámos, também, se a forma da agressão perpetrada condicionou a
resposta oferecida pela vítima.
Na secção 4.5 refletimos sobre o oitavo objetivo secundário: Identificar os momentos
da aula em que ocorrem as agressões. As atividades com maior número de
ocorrências foram identificadas, sendo avaliada a sua prevalência em cada um dos
grupos estudados.
Na secção 4.6 demos resposta aos dois objetivos principais: verificar a existência de
bullying nas aulas de Educação Física e tipificar os episódios de bullying registados.
Finalizámos o capítulo demonstrando, na secção 4.7, a coerência das respostas
através da análise à variabilidade da frequência associada às hipóteses “Não fui
maltratado nas aulas de Educação Física” e “Não maltratei os meus colegas nas aulas
de Educação Física”, presentes em todas as questões do inquérito. A validação da
hipótese de coerência permitiu comparar resultados associados a perguntas
diferentes.
26
4.1
VERIFICAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE DIFERENTES NÍVEIS DE AGRESSIVIDADE E
IDENTIFICAÇÃO DOS LOCAIS ONDE ACORREM AS AGRESSÕES, NA ESCOLA. PESO
RELATIVO DAS AGRESSÕES NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Nesta secção estudámos as respostas à questão nº2 do inquérito. A partir dos dados
recolhidos, analisámos os níveis de agressividade dos alunos, identificámos os locais
mais propícios à agressão dentro da escola e determinámos o peso relativo das
agressões perpetradas nas aulas de Educação Física, face às restantes. Em todos os
casos, analisámos a relação da tipologia da escola com a distribuição de frequências
observada.
No quadro 10 apresentamos um resumo da informação recolhida através das
respostas à pergunta nº 2:
Quadro 10 – Níveis de vitimização nas 3 escolas
Escola TEIP
Escola Ensino
Escola
Regular
Particular
Respostas
Total
n
%
n
%
n
%
n
%
128
64,4%
289
70,7%
46
79,4%
463
69,4%
24
12,0%
34
8,3%
0
0,0%
58
8,7%
2
1,0%
5
1,2%
3
5,2%
10
1,5%
No recreio
31
15,6%
58
14,2%
6
10,3%
95
14,3%
Na casa de banho
5
2,5%
4
1,0%
0
0,0%
9
1,4%
Nas aulas de Educação Física
4
2,0%
10
2,4%
1
1,7%
15
2,3%
5
2,5%
9
2,2%
2
3,4%
16
2,4%
199
100,0%
409
100,0%
58
100,0%
666
100,0 %
Não fui maltratado na escola
desde o ano passado
Na minha turma
Nos corredores ou saídas da
escola
Em outro lugar da escola. Por
favor escreve qual:
Total
Note-se que aquela pergunta admitia a seleção de mais de uma resposta por inquérito
(foram assinaladas, no total, 666 respostas). Desta forma, a frequência relativa da
resposta “Não fui maltratado na escola desde o ano passado” (calculada face ao
número total de respostas registadas) diferiu da percentagem de alunos não agredidos
em cada escola. Assim, para poder determinar e comparar as proporções de alunos
maltratados e não maltratados, agrupámos as respostas à pergunta 2 em duas
categorias: “Não fui maltratado na escola desde o ano passado” e “Sofri algum tipo de
maltrato na escola desde o ano passado”, tendo contabilizado na segunda categoria
27
todos os inquéritos onde foi assinalada pelo menos uma das hipóteses de I a N. O
quadro seguinte (quadro 10A) descreve os resultados obtidos:
Quadro 10A – Níveis de vitimização nas 3 escolas
Escola TEIP
Escola
Escola Ensino Regular
Total
Particular
Respostas
N
%
N
%
n
%
N
%
128
74,0%
289
76,7%
46
82,0%
463
76,5%
45
26,0%
87
23,3%
10
18,0%
142
23,5%
173
100,0%
376
100,0%
56
100,0%
605
100,0%
Não fui maltratado na
escola desde o ano
passado
Sofri algum tipo de
maltrato na escola
desde o ano passado
Total
Analisando os resultados obtidos verificamos que a percentagem de alunos que
sofreram algum tipo de maltrato variou entre 18% (Particular) e 26% (TEIP), o que
corresponde a afirmar que entre 1/5 e 1/4 dos alunos foram molestados durante o ano
transato.
Estes resultados encontram-se abaixo dos registados por Cunha (2005) – 55,8%,
Pereira et al. (2009) – 46,9%, mas no mesmo nível de grandeza de Pereira (2002) ao
verificar que 24,7% dos alunos eram vítimas de maus tratos pelos colegas.
Os resultados obtidos apontam para uma tendência crescente nos níveis de
conflitualidade quando comparamos a Escola Particular com a de Ensino Regular
(pública) e aquela com a TEIP. Para avaliar o significado estatístico das diferenças
observadas, aplicámos, a cada par de escolas, o teste do Qui-quadrado da
independência, com H0: “A probabilidade de não ser maltratado é independente da
escola”. Por observação dos outputs produzidos (ver anexos Output 1.1; 1.2 e 1.3),
verificámos que não foram cumpridas as condições de aplicabilidade do teste de Quiquadrado. Assim sendo, seguindo o procedimento descrito no capítulo 3, recorremos
ao teste de Fisher. Os valores obtidos para o p-value quando comparámos TEIP com
Particular (p=0,280), Ensino Regular com Particular (p=0,492) e TEIP e Ensino
Regular (p=0,519) não permitem a rejeição da hipótese nula. Desta forma, concluímos
que as diferenças encontradas não são significativas o suficiente para permitir
distinguir aquelas escolas entre si. Os resultados obtidos por aplicação do teste Z (ver
output 1.4) reforçaram esta conclusão.
28
Desta forma confirmou-se o que Campos (2006 e 2007), Elliott (1997) e Serrate
(2009), afirmam, pois segundo estes autores a violência escolar ocorre em todo o tipo
de escolas, desde escolas públicas, quer estejam ou não inseridas em bairros sociais,
aos colégios particulares, sendo indiferente a dimensão, a composição racial ou a sua
situação geográfica.
Estudámos, seguidamente, o local onde ocorreram as agressões no espaço escolar.
Para avaliar este tópico mostramos, no Quadro 10B, as frequências associadas a cada
categoria, quando considerámos apenas os casos onde ocorreu algum tipo de
maltrato:
Quadro 10B – Local de ocorrência da agressão
Escola TEIP
Escola Ensino
Escola
Regular
Particular
Respostas
Total
N
%
N
%
n
%
n
%
24
33,8%
34
28,3%
0
0,0%
58
28,6%
2
2,8%
5
4,2%
3
25,0%
10
4,9%
No recreio
31
43,8%
58
48,3%
6
50,0%
95
46,8%
Na casa de banho
5
7,0%
4
3,3%
0
0,0%
9
4,4%
Nas aulas de Educação Física
4
5,6%
10
8,3%
1
8,3%
15
7,4%
5
7,0%
9
7,6%
2
16,7%
16
7,9%
71
100,0%
120
100,0%
12
100,0%
203
100,0%
Na minha turma
Nos corredores ou saídas da
escola
Em outro lugar da escola. Por
favor escreve qual:
Total
O Quadro 10B indicia a prevalência das hipóteses “No recreio” e “Na minha turma” nas
escolas TEIP e Ensino Regular. Já na Escola Particular, as maiores frequências
surgem associadas às categorias “No recreio” e “Nos corredores ou saídas da escola”.
As observações anteriores apontaram para uma possível separação das escolas em
dois grupos: um constituído pelas TEIP e Ensino Regular e outro pela Particular.
Para validar esta afirmação recorremos ao teste do Qui-quadrado da independência,
que aplicámos a cada par de escolas. A hipótese nula, H 0, foi definida como: “A
distribuição do número de ocorrências no espaço escolar é independente da Escola”.
Os resultados dos testes3 (ver output 2.1, 2.2 e 2.3) confirmaram a tendência
3
Observamos que, tal como no caso anterior, não são cumpridas as condições de aplicabilidade do teste de Quiquadrado. Assim sendo, seguindo o procedimento descrito no capítulo III, recorremos ao teste de Fisher.
29
apontada. Os valores obtidos para o p-value implicam a rejeição da hipótese nula
quando comparamos Ensino Regular e TEIP com a Particular (p=0,008 e p=0,022,
respetivamente), mas não permitem a rejeição quando comparamos Ensino Regular
com TEIP (p=0,771). Desta forma, pudemos afirmar que existiam diferenças
significativas entre as duas escolas públicas e a Particular, mas que não conseguimos
distinguir entre elas.
Aplicámos, também, o teste Z aos dados. Este teste permitiu comparar as escolas
categoria a categoria e identificar os casos onde as diferenças nas correspondentes
proporções são significativas. Os casos detetados surgiram quando comparámos a
Escola Particular com as restantes escolas e estão associados à incidência de atos de
agressão perpetrados no recreio e nos corredores ou saídas da escola, (ver output
2.1, 2.2 e 2.3) confirmando as impressões surgidas após a leitura do Quadro 10B.
Verificámos, tal como Beane (2011), Campos (2007), Costa (2008), Cunha (2005),
Pereira (2002), Serrate (2009) e Silva (2010) que os recreios são os locais mais
propícios às agressões. Esta situação pode dever-se ao facto de haver pouco controle
sobre os alunos devido à dimensão e à existência de locais escondidos dos olhares
dos adultos.
Assim, conjugando os resultados dos dois testes, confirmámos a separação das
escolas dos dois grupos e localizámos a origem dessas diferenças.
Debruçámo-nos, de seguida, sobre o conjunto de respostas relativas à existência de
agressões nas aulas de Educação Física. Para o efeito, recodificámos todas as
respostas que indicavam agressão, com a exceção das que ocorriam nas aulas de
Educação Física, atribuindo-lhes a designação “Outro local”. No Quadro 10C
apresentamos os resultados obtidos.
Quadro 10C – Agressões nas aulas de Educação Física
Escola TEIP
Outro local
Nas aulas de Educação
Física
Total
Escola Ensino
Regular
Escola Particular
Total
N
%
N
%
n
%
N
%
67
94,4%
110
91,7%
11
91,7%
188
92,6%
4
5,6%
10
8,3%
1
8,3%
15
7,4%
71
100,0%
120
100,0%
12
100,0%
203
100,0%
30
A leitura do Quadro 10C mostra que dos 203 atos de agressão apontados pelos
alunos somente 15 ocorreram nas aulas de Educação Física.
Por aplicação do teste do Qui-quadrado da independência aos dados apresentados no
Quadro 10C obtivemos os outputs que se apresentam no anexo (ver output 3.1; 3.2 e
3.3) e que permitiram a comparação entre escolas. Sendo os valores do p-value 0,576,
0,552 e 1,00 não rejeitámos a hipótese nula: “O peso relativo do número de incidentes
ocorridos nas aulas de Educação Física é independente da Escola” quando
comparamos TEIP com Escola Ensino Regular, Escola Ensino Regular com a Escola
Particular e TEIP com Particular, respetivamente.
Por aplicação do teste Z concluímos que as diferenças entre as proporções
associadas a cada categoria não tinham significado estatístico.
Assim, os dados recolhidos no nosso estudo não permitiram relacionar o peso relativo
do número de incidentes ocorridos nas aulas de Educação Física e a tipologia da
escola.
Tendo em conta os resultados obtidos por Brito (2006), verificámos que através da
aplicação do mesmo questionário, a autora concluiu que 16,3% da amostra era vítima
de agressões nas aulas de Educação Física, mais do dobro da percentagem por nós
registada. Esta diferença pode dever-se à diferença de idades, visto que o estudo
incidiu sobre alunos do 1.º Ciclo e o nosso foi realizado com alunos do 2.º e 3.º ciclos
e, tal como referem Forero et al. (1999), Matos et al. (2009), Olweus (1993) e Seixas
(2006) as agressões vão diminuindo consoante vão aumentando os anos de
escolaridade.
Tendo em conta que na Escola Particular só um aluno admitiu ter sido agredido nas
aulas de Educação Física, excluímos esta escola do estudo que apresentamos de
seguida4.
Nas secções seguintes estudamos apenas as agressões nas aulas de Educação
Física.
4
Não é possível realizar um estudo quantitativo com base numa amostra de dimensão 1. Não obstante
referiremos, nas, conclusões, os resultados de uma entrevista com a diretora da Escola Particular.
31
4.2
CARATERIZAÇÃO DAS VÍTIMAS E DOS AGRESSORES POR ESCOLA, GÉNERO E
CICLO
Nesta secção procurámos caraterizar vítimas e agressores quanto à escola, género e
ciclo.
Numa primeira fase, começámos por caraterizar as vítimas quanto ao género. Para o
efeito, analisámos as respostas à pergunta nº 2, contabilizando o número de rapazes e
de raparigas que admitiram ter sido maltratados nas aulas de Educação Física. O
Quadro 11 resume os resultados obtidos.
Quadro 11 – Género das vítimas de agressão nas aulas de Educação Física
Escola TEIP
Escola Ensino
Total
Regular
Respostas
n
%
n
%
n
%
Feminino
2
50,0%
6
60,0%
8
57,3%
Masculino
2
50,0%
4
40,0%
6
42,7%
Total
4
100,0%
10
100,0%
14
100,0%
Os resultados apontam para uma maior vitimização das raparigas na Escola de Ensino
Regular. Na Escola TEIP não se detetaram diferenças entre os géneros. Para avaliar o
significado estatístico das diferenças registadas aplicámos o teste da Binomial,
definindo a Hipótese nula como: H0: “As categorias definidas por género (masculino e
feminino) ocorrem com igual probabilidade quando estudamos as vítimas de agressão
nas aulas de Educação Física”. O resultado obtido (ver output 4) mostrou um p-value
de 0,754 pelo que não é possível rejeitar H 0. Concluímos, então, que não há evidência
que mostre existir uma diferenciação quanto ao nível de vitimização em cada um dos
géneros.
A partir dos valores indicados no quadro, estudámos, também, a forma como a
distribuição de frequências nos géneros se relaciona com a tipologia das duas escolas.
Para tal, aplicámos o teste do Qui-quadrado da independência, definindo a hipótese
nula como: “O peso relativo do número de agressões perpetradas sobre cada um dos
géneros é independente da Escola ”. Os resultados (ver output 5.1) mostraram que
não eram verificadas as condições de aplicabilidade do teste pelo que recorremos ao
32
teste de Fisher. O valor do p-value obtido por aplicação daquele teste (1,00) mostrou
não ser possível rejeitar H0.
Os resultados obtidos por aplicação do teste Z (ver output 5.1) vieram reforçar esta
observação – não se registaram diferenças significativas quando comparámos as
categorias duas a duas (ou seja, quando comparámos Feminino na TEIP com
Feminino na Escola de Ensino Regular e Masculino na TEIP com Masculino na Escola
de Ensino Regular) pelo que concluímos que o nosso estudo não permitiu relacionar
os níveis de vitimização nas aulas de Educação Física com o género e que essa
conclusão é válida nas duas escolas analisadas.
As conclusões por nós verificadas, não estão em consonância com as apresentadas
por Cunha (2005) e Freire et al. (2006). Estas concluíram que os rapazes eram mais
agredidos do que as raparigas. No entanto, há que salientar que o estudo levado a
cabo pelas autoras supra citadas foi referente à violência na escola. Os nossos
resultados centraram-se exclusivamente nas aulas de Educação Física.
Por análise do Quadro 12 pudemos avaliar a incidência do número de vítimas de
agressão nas aulas de Educação Física em cada um dos dois conjuntos de alunos que
se obtiveram quando agrupámos os inquiridos segundo o ciclo de estudos que
frequentavam (designaremos cada um desses grupos por 2.º Ciclo e 3.º Ciclo):
Quadro 12 – Ciclo das vítimas de agressão nas aulas de Educação Física
Escola TEIP
Escola Ensino
Total
Regular
Respostas
n
%
n
%
n
%
2º Ciclo
3
75,0%
6
60,0%
9
64,3%
3º Ciclo
1
25,0%
4
40,0%
5
35,7%
Total
4
100,0%
10
100,0%
14
100,0%
Aplicámos o teste da Binomial aos dados recolhidos na TEIP e Escola de Ensino
Regular. Verificámos que a Hipótese nula definida como: H 0: “As categorias definidas
por ciclo (2.º Ciclo, 3.º Ciclo) ocorrem com igual probabilidade quando estudamos as
vítimas de agressão nas aulas de Educação Física” não foi rejeitada (ver Output 5.2 e
5.3). Isto significa, portanto, que não há, nem na TEIP nem na Escola de ensino
33
Regular, diferenças com significado estatístico quanto ao nível de vitimização em cada
um dos ciclos.
Neste caso, o teste do Qui-quadrado da independência, definindo a hipótese nula
como: “O peso relativo do número de incidentes perpetrados sobre os alunos de cada
um dos ciclos é independente da Escola ”, resultou na retenção da hipótese nula (pvalue=1,00, obtido por aplicação do teste de Fisher – ver output 5.4), o que foi
reforçado pelos resultados obtidos por aplicação do teste Z que não identificou
diferenças significativas em nenhuma das categorias.
Assim sendo, os resultados por nós apresentados quanto às aulas de Educação
Física, diferem dos apresentados por Freire et al. (2006) que referiu que a violência na
escola vai diminuindo com o avançar da escolaridade.
Relativamente ao agressor, optámos por caraterizá-lo a partir de dois pontos de vista:
o do próprio e o da vítima. Começámos pelo primeiro ponto que foi analisado por
tratamento dos dados relativos à pergunta 10 do inquérito. Assim, contabilizando a
frequência da resposta “Não maltratei os meus colegas nas aulas de Educação Física”
face ao conjunto das restantes respostas, obtivemos o Quadro 13, que apresentamos
de seguida:
Quadro 13 – Admissão da prática de ações de agressão nas aulas de Educação Física
Escola TEIP
Não maltratei os meus colegas
na aula de Educação Física
Escola Ensino
Total
Regular
n
%
n
%
N
%
159
91,9%
340
90,4%
499
90,9%
Outra situação
14
8,1%
36
9,6%
50
9,1%
Total
173
100,0%
376
100,0%
549
100,0%
Verificamos que perto de 10% dos alunos afirmaram ter cometido algum tipo de
agressão nas aulas de Educação Física.
De seguida, para comparar as escolas quanto ao tópico em estudo, aplicámos o teste
do Qui-quadrado da independência definindo a hipótese nula, H 0, como: “A admissão
da prática de ações de agressão nas aulas de Educação Física é independente da
34
escola”. Os resultados obtidos (p-value de 0,635 para o teste de Fisher) - ver output
6.1) indicam que não é possível rejeitar a hipótese nula, pelo que não se pode concluir
que a proporção de alunos agressores seja condicionada pela tipologia da escola.
Seguindo o tratamento usado aquando da caraterização da vítima, passámos à
caraterização, por género e por ciclo, do agressor. O Quadro 13A sumaria a
informação relevante para a análise quanto ao género:
Quadro 13A – Género dos agressores nas aulas de Educação Física
Escola TEIP
Escola Ensino
Total
Regular
n
%
n
%
n
%
Feminino
5
35,7%
15
41,7%
20
40,0%
Masculino
9
64,3%
21
58,3%
30
60,0%
Total
14
100,0%
36
100,0%
50
100,0%
e o Quadro 13B a informação relevante para a análise quanto ao ciclo frequentado:
Quadro 13B – Ciclo frequentado pelos agressores nas aulas de Educação Física
Escola TEIP
Escola Ensino
Total
Regular
n
%
n
%
n
%
2.º Ciclo
6
42,9%
23
63,9%
29
58,0%
3.º Ciclo
8
57,1%
13
36,1%
21
42,0%
Total
14
100,0%
36
100,0%
50
100,0%
Por aplicação do teste da Binomial aos dados apresentados concluímos não ser
possível atribuir significado às diferenças de comportamento entre os géneros e entre
os ciclos. Com efeito, a hipótese nula definida como: “As categorias definidas por
género (ciclo) ocorrem com igual probabilidade quando estudamos os alunos que
admitem ter praticado atos de agressão nas aulas de Educação Física” não foi
rejeitada em função dos valores obtidos para o p-value, a saber: 0,791 e 0,424 (TEIP)
e 0,134 e 0,405 (Escola de Ensino Regular), respetivamente (ver outputs 6.2 e 6.3).
De seguida, procurámos avaliar se as distribuições de frequências por género e por
ciclo dependiam da tipologia da escola e/ou do ciclo através da aplicação do teste do
35
Qui-quadrado da independência, definindo as hipóteses nulas como: ”A distribuição de
frequências por género (ciclo) dos alunos que admitem ter praticado atos de agressão
nas aulas de Educação Física é independente da tipologia da escola” e “A distribuição
de frequências por género dos alunos que admitem ter praticado atos de agressão nas
aulas de Educação Física é independente do ciclo frequentado”. Os valores obtidos
para o p-value (ver outputs 6.4; 6.5 e 6.6) não permitiram rejeitar a hipótese nula em
nenhum dos 3 testes realizados, como seria, aliás, de esperar, face aos resultados
anteriores.
Assim, em suma, verificámos que a informação obtida a partir da pergunta 10 não
permitiu diferenciar os agressores em função da tipologia da escola, do género ou
ciclo frequentado.
Propomo-nos, agora, caraterizar o agressor a partir do ponto de vista da vítima.
Observamos que a referida caraterização só é possível quanto ao género, pois, no
inquérito, não foi pedido às vítimas que apontassem o ciclo frequentado pelo seu
agressor. Assim, estudámos as repostas dadas pelos alunos à pergunta n.º 6:
“Costumas ser maltratado por rapazes ou por raparigas?”. A análise dos resultados
que apresentamos no Quadro 14, permitiu-nos atingir o propósito enunciado.
Quadro 14 – Género do agressor, segundo a vítima
Escola TEIP
Escola Ensino
Total
Regular
Respostas
n
%
n
%
n
%
143
82,7%
319
84,8%
462
84,1%
Só por rapazes
13
7,5%
30
8,0%
43
7,8%
Principalmente por rapazes
3
1,7%
10
2,6%
13
2,4%
Tanto por rapazes como por raparigas
6
3,5%
9
2,4%
15
2,7%
Principalmente por raparigas
4
2,3%
4
1,1%
8
1,5%
Só por raparigas
4
2,3%
4
1,1%
8
1,5%
Total
173
100,0%
376
100,0%
549
100,0%
Não fui maltratado nas aulas de
Educação Física
Em relação a esta questão, dos 549 alunos, 462 (84%) responderam “Não fui
maltratado nas aulas de Educação Física”. Os restantes 87 (16%) responderam terem
sido agredidos por colegas. Estes resultados contrastam com os obtidos por análise à
questão 2, pois o número de alunos que admitiu ter sido agredido foi, agora,
36
consideravelmente superior. Esta situação repetiu-se, como veremos, nas respostas
às perguntas 3, 4, 5 e 7 e permanece em aberto para estudos futuros.
Para avaliar a importância relativa de cada uma das categorias indicadas em cada
escola, aplicámos o teste do Qui-quadrado da independência definindo como hipótese
nula, H0: “Nas aulas de Educação Física, a prevalência do género dos agressores
(identificado pelos agredidos) é independente da escola”. Obtivemos um p-value de
p=0,614 (ver output 7), pelo que não foi possível rejeitar a hipótese nula, de onde
concluímos não existir evidência estatística de que a distribuição de frequências seja
diferente nas duas escolas. Mais uma vez, a aplicação do teste Z veio reforçar a
conclusão apresentada, indicando não haver diferenças significativas entre as duas
escolas, quando comparamos cada categoria.
Observamos, agora, que quanto aos agredidos, a resposta “Só por rapazes” foi a mais
indicada pelos alunos das 2 escolas com grande diferença para as restantes. Parece,
então, haver diferenças no nível de agressividade dos dois géneros.
Para melhor avaliar esta questão, agrupámos as respostas dadas pelos alunos em
duas categorias: na primeira (que designámos por “Rapazes”) incluímos as respostas
“Só por rapazes” e “Principalmente por rapazes”; na segunda (que designámos por
“Raparigas”) incluímos as respostas “Só por raparigas” e “Principalmente por
raparigas”. As respostas associadas à hipótese “Tanto por rapazes como por
raparigas” foram excluídas. Os resultados obtidos encontram-se no Quadro 14A:
Quadro 14A – Agressões perpetradas por cada um dos géneros, segundo a vítima
Escola TEIP
Escola Ensino
Total
Regular
Respostas
n
%
n
%
n
%
Rapazes
16
66,6%
40
83,3%
56
77,8%
Raparigas
8
33,4%
8
16,7%
16
22,2%
Total
24
100,0%
48
100,0%
72
100,0%
Os valores do p-value obtidos por aplicação do teste da Binomial permitiram a rejeição
da hipótese nula definida como H0: “Nas aulas de Educação Física, a agressão por
rapazes ou por raparigas ocorre com igual probabilidade” no caso da Escola de Ensino
Regular. No entanto, a aplicação do mesmo teste aos dados obtidos na TEIP resultou
na não rejeição da hipótese nula. Assim, a diferenciação dos géneros só se confirma
37
na Escola de Ensino Regular (valores do p-value, 0,008 e 0,307, respetivamente – ver
outputs 8.1 e 8.2).
Os resultados obtidos na Escola de Ensino Regular vão ao encontro dos apresentados
por Freire (2006) em que relatou que os alunos do género masculino foram quem mais
praticou atos de agressão na escola.
Fazemos notar a discrepância entre os resultados obtidos quanto a esta questão
quando a caraterização do agressor foi feita pelo próprio e pela vítima. Esclarecer este
tópico é um ponto importante a desenvolver em trabalho futuro.
A terminar esta secção procurámos relacionar os géneros do agressor e do agredido.
Para tal, cruzámos a informação apresentada no quadro anterior com o género do
inquirido. Os resultados obtidos encontram-se no Quadro 15 e no Quadro 16 (os
valores percentuais foram calculados face ao número total de agressões indicadas):
Quadro 15 – Quem agride e é agredido nas aulas de Educação Física na Escola TEIP
Agressores
Raparigas
Total
Rapazes
Vítimas
N
%
n
%
n
%
Raparigas
7
29,2%
8
33,3%
15
62,5%
Rapazes
1
4,2%
8
33,3%
9
37,5%
Total
8
33,4%
16
66,6%
24
100,0%
Quadro 16 – Quem agride e é agredido nas aulas de Educação Física Escola de Ensino
Regular
Agressores
Raparigas
Total
Rapazes
Vítimas
N
%
n
%
n
%
Raparigas
7
14,6%
22
45,8%
29
60,4%
Rapazes
1
2,1%
18
37,5%
19
39,6%
Total
8
16,7%
40
83,3%
48
100,0%
Os quadros anteriores indicam os rapazes como principais agressores quer doutros
rapazes, quer das raparigas. Os mesmos quadros indicam, também, ser raro registar
38
uma agressão de raparigas a rapazes. O teste do Qui-quadrado da independência
permitiu validar estas afirmações. Com efeito, os resultados obtidos (p-value de 0,019
e 0,032, obtidos por aplicação do teste de Fisher - ver outputs 9.1 e 9.2) permitiram
rejeitar a hipótese nula definida como H0: “Os géneros do agressor e agredido são
independentes”.
Mais uma vez os nossos resultados estão na mesma linha dos apresentados por
Cunha (2005) e Freire (2006) referentes à violência na escola.
4.3
CARATERIZAÇÃO DAS AGRESSÕES ÀS VÍTIMAS QUANTO À FREQUÊNCIA E FORMA,
E QUANTO AO NÚMERO DE AGRESSORES
Esta secção é dedicada à tipificação da agressão, quanto à frequência e forma, e
quanto ao número de agressores. Como já referimos, o questionário foi organizado de
modo a permitir a análise dos pontos de vista do agredido (subsecção 4.3.1) e do
agressor (subsecção 4.3.2). A comparação de ambos os pontos de vista foi feita na
subsecção 4.3.3.
4.3.1 PONTO DE VISTA DA VÍTIMA
Começámos a nossa análise por caraterizar a frequência/regularidade com que as
vítimas foram agredidas. Para tal, analisámos as respostas obtidas à questão nº 3
“Com que frequência tens sido maltratado nas aulas de Educação Física?” que
sumariamos no Quadro 17.
Quadro 17 – Com que frequência tens sido maltratado nas aulas de Educação Física?
Escola TEIP
Escola Ensino
Total
Regular
Respostas
n
%
n
%
n
%
149
86,1%
322
85,6%
471
85,8%
Só 1 ou 2 vezes
19
11,0%
43
11,4%
62
11,3%
De 3 a 6 vezes
2
1,2%
7
1,9%
9
1,7%
Uma vez por semana
3
1,7%
0
0,0%
3
0,5%
0
0,0%
4
1,1%
4
0,7%
173
100,0%
376
100,0%
549
100,0%
Não fui maltratado nas aulas
de Educação Física
Em todas as aulas de
Educação Física
Total
39
O Quadro 17 mostra uma forte discordância entre o número de inquiridos que admitem
ter sido vítimas de agressão nas aulas de Educação Física, quando comparamos as
respostas agora obtidas com as respostas apresentadas no Quadro 10C (pergunta 2)
da secção 4.1 (78 e 14 alunos, respetivamente). Por outro lado, é interessante notar
que a diferença registada entre as respostas às perguntas 3 e 6 (Quadro 14, secção
4.2) não tem significado estatístico (78 e 87 alunos, respetivamente). Como já
referenciámos na secção anterior, esta é uma questão em aberto e estudar a sua
origem pode ser um tema interessante para análise futura. Na secção 4.7 voltaremos a
este assunto.
Analisamos, agora, a distribuição de frequências associada às respostas que indicam
agressão (ver Quadro 17A):
Quadro 17A – Frequência das agressões nas aulas de Educação Física, segundo a vítima
Escola Ensino
Escola TEIP
Total
Regular
Respostas
n
%
n
%
n
%
Só 1 ou 2 vezes
19
79,2%
43
79,6%
62
79,5%
De 3 a 6 vezes
2
8,3%
7
13,0%
9
11,6%
Uma vez por semana
3
12,5%
0
0,0%
3
3,8%
0
0,0%
4
7,4%
4
5,1%
24
100,0%
54
100,0%
78
100,0%
Em todas as aulas de
Educação Física
Total
A leitura do Quadro 17A aponta para um claro domínio da hipótese “Só 1 ou 2 vezes”
em ambas as escolas, seguida da opção “3 a 6 vezes”. Por outro lado, parece haver
diferenças quanto à importância relativa das categorias “Uma vez por semana” e “Em
todas as aulas de Educação Física” em cada uma das escolas.
Para
avaliar
o
significado
estatístico
destas
afirmações
recorremos,
como
habitualmente, à inferência estatística. Para comparar as distribuições de frequências
entre escolas aplicámos o teste do Qui-quadrado da independência aos valores
apresentados, definindo a hipótese nula como: “A distribuição de frequências da
variável “Com que frequência tens sido agredido nas aulas de Educação Física” é
independente da tipologia da escola”. O output apresentado no anexo (ver output 10)
mostrou não serem cumpridas as condições de aplicabilidade do teste do Quiquadrado, pelo que recorremos ao teste de Fisher. Obtivemos um valor de 0,040 para
o p-value, o que implicou a rejeição da hipótese nula. Desta forma, validámos a
40
hipótese da existência de diferenças na distribuição de frequências associada a cada
escola.
Os nossos resultados estão em linha com os apresentados por Brito (2006).
Seguindo a metodologia usada nas secções anteriores, passámos ao modo como as
frequências se repartiam pelas várias categorias em cada um dos géneros e em cada
um dos ciclos de estudo. Neste estudo, e ao contrário dos casos anteriores,
estudámos as escolas em separado, visto termos detetado que a tipologia da mesma
influencia os resultados. Assim, apresentamos de seguida (ver Quadro 18A) o
resultado da análise por género relativo à Escola TEIP:
Quadro 18A – Frequência das agressões em função do género da vítima na Escola TEIP
Feminino
Total
Masculino
Respostas
n
%
n
%
n
%
Só 1 ou 2 vezes
14
100%
5
50,0%
19
79,2%
De 3 a 6 vezes
0
0,0%
2
20,0%
2
8,3%
Uma vez por semana
0
0,0%
3
30,0%
3
12,5%
0
0,0%
0
0,0%
0
0.0%
14
100%
10
100%
24
100%
Em todas as aulas de
Educação Física
Total
A leitura do Quadro 18A indicia a existência de diferenças nas observações
associadas a cada género: enquanto que nas raparigas a agressão é pontual (a
totalidade das respostas incide sobre a opção “Só 1 ou 2 vezes”), nos rapazes o peso
das agressões perpetradas com regularidade é elevado, sendo comparável ao peso
das agressões pontuais. Por aplicação do teste do Qui-quadrado de aderência à
Uniforme aos dados associados ao grupo dos rapazes, verificámos que, de facto, as
diferenças entre as proporções associadas às várias categorias não tinham significado
estatístico (o valor do p-value (0,497) não permitiu rejeitar a hipótese nula definida
como: “No grupo dos rapazes, as categorias da variável “com que frequência foste
agredido nas aulas de Educação Física” ocorrem com igual probabilidade” – ver output
11).
Quanto à análise por ciclo, obtivemos os resultados que se apresentam no quadro
seguinte (Quadro 18B):
41
Quadro 18B – Frequência das agressões em função do ciclo de estudos frequentado pelo agredido na Escola TEIP
2º Ciclo
Respostas
Total
3ºCiclo
n
%
n
%
n
%
Só 1 ou 2 vezes
13
76,5%
6
85,7%
19
79,2%
De 3 a 6 vezes
1
5,9%
1
14,3%
2
8,3%
Uma vez por semana
3
17,6%
0
0,0%
3
12,5%
0
0,0%
0
0,0%
0
0.0%
17
100,0%
7
100,0%
24
100,0%
Em todas as aulas de
Educação Física
Total
O Quadro 18B é de difícil leitura, não sendo clara nem a diferenciação da distribuição
Uniforme quando analisamos cada ciclo per si, nem a diferenciação nas distribuições
de frequências quando comparamos os dois ciclos.
Mais uma vez, recorremos ao teste do Qui-quadrado para clarificar as questões em
discussão. No primeiro caso definimos a hipótese nula como: “No 2.º (3.º) ciclo, as
categorias da variável “Com que frequência foste agredido nas aulas de Educação
Física” ocorrem com igual probabilidade” e no segundo caso como: “A distribuição de
frequências da variável “Com que frequência foste agredido nas aulas de Educação
Física” é independente do ciclo de estudos”.
Os resultados que apresentamos nos anexos implicaram a rejeição da primeira
hipótese (p-value de 0,000 e 0,003, respetivamente - ver output 12.1; 12.2) e não
rejeição da segunda (neste caso, com recurso ao teste de Fisher para obtenção de um
p-value de 0,562 – ver output 12.3). Assim, não podemos relacionar a
frequência/regularidade com que são agredidos os alunos da Escola TEIP nas aulas
de Educação Física com o ciclo frequentado. Verificamos um claro predomínio da
opção “1 ou 2 vezes”, seguida das categorias “3 a 6 vezes” e “uma vez por semana”
que ocorrem com igual importância.
Passamos ao estudo dos dados relativos à Escola de Ensino Regular. No Quadro 19A
apresentamos os resultados da análise por género:
42
Quadro 19A – Frequência das agressões em função do género da vítima na Escola de Ensino Regular
Respostas
Feminino
Total
Masculino
n
%
n
%
n
%
Só 1 ou 2 vezes
28
84,8%
15
71,5%
43
79,6%
De 3 a 6 vezes
3
9,1%
4
19,0%
7
13,0%
Uma vez por semana
0
0,0%
0
0,0%
0
0,0%
2
6,1%
2
9,5%
4
7,4%
33
100,0%
21
100,0%
54
100,0%
Em todas as aulas de
Educação Física
Total
e no Quadro 19B o resultado da análise por ciclo:
Quadro 19B – Frequência das agressões em função do ciclo de estudos frequentado pela vítima na Escola de
Ensino Regular
2º Ciclo
Total
3ºCiclo
Respostas
n
%
n
%
n
%
Só 1 ou 2 vezes
27
79,4%
16
80,0%
43
79,6%
De 3 a 6 vezes
5
14,7%
2
10,0%
7
13,0%
Uma vez por semana
0
0,0%
0
0,0%
0
0,0%
2
5,9%
2
10,0%
4
7,4%
34
100,0%
20
100,0%
54
100,0%
Em todas as aulas de
Educação Física
Total
A leitura dos quadros anteriores traz dúvidas semelhantes às que experienciámos
quando estudámos o Quadro 18B. Assim, aplicámos o teste do Qui-quadrado usando
o mesmo conjunto de hipóteses nulas (com as devidas adaptações). Os resultados
obtidos5 (ver outputs 13.1; 13.2; 13.3; 13.4; 13.5 e 13.6) apontaram para conclusões
também semelhantes: podemos assumir que existem diferenças na importância
relativa das diferentes categorias, mas não podemos assumir que existam diferenças
nas distribuições por género ou por ciclo. Desta forma, concluímos que a opção “1 ou
2 vezes” prevalece face às restantes e que as categorias “3 a 6 vezes” e “em todas as
aulas de Educação Física” ocorrem com probabilidade semelhante, quer quando
estudamos a frequência da agressão em função do género do agredido, quer quando
estudamos a frequência da agressão em função do ciclo frequentado pelo agredido,
na Escola de Ensino Regular.
5
Valores de p-value de 0,00; 0,02; 0,508; 0,00; 0,00; 0,773, respetivamente.
43
Em resumo, em relação à frequência das agressões registámos, em todos os grupos
estudados, um claro domínio da resposta “1 ou 2 vezes” (com frequências da ordem
dos 80%) indicando que a maioria das agressões tem carácter pontual. Todavia a
presença das respostas “3 a 6 vezes”, “1 vez por semana” e “Em todas as aulas de
Educação Física” não é negligenciável, indicando que há um número significativo de
alunos
que
referiram
ser
agredidos
com
regularidade.
Esta
conclusão
é
particularmente importante para o nosso estudo, pois mostra a existência de bullying
nas escolas estudadas (recorde-se que, de acordo com a definição apresentada no
capítulo II, existe bullying quando um conjunto de ações violentas são perpetradas
contra alguém de forma continuada). Na secção 4.7 voltaremos a este assunto.
No estudo de Brito (2006) em que foi aplicado este mesmo questionário, verificámos
também haver um claro predomínio da agressão pontual (só 1 ou 2 vezes).
Analisámos, seguidamente, as agressões quanto à forma. As respostas à pergunta nº
4 do inquérito “De que maneira tens sido maltratado nas aulas de Educação Física?”
permitiram tipificar tais agressões. O Quadro 20 sumaria os resultados obtidos
(fazemos notar que nesta questão se admitia a escolha de uma ou mais hipóteses de
resposta):
Quadro 20 – De que maneira tens sido maltratado nas aulas de Educação Física?
Escola TEIP
Escola Ensino
Total
Regular
Respostas
n
%
n
%
n
%
Não fui maltratado nas aulas de Educação Física
141
58,8%
311
72,0%
452
67,3%
Deram-me murros, pontapés
7
2,9%
5
1,2%
12
1,8%
Deram-me empurrões
16
6,7%
12
2,8%
28
4,2%
Fizeram-me rasteiras
14
5,8%
15
3,5%
29
4,3%
Fui ameaçado
6
2,5%
4
0,9%
10
1,5%
7
2,9%
2
0,5%
9
1,3%
18
7,4%
36
8,3%
54
8,0%
Gritaram comigo
9
3,8%
6
1,4%
15
2,2%
Não me deixaram fazer parte do seu grupo/equipa
9
3,8%
11
2,5%
20
3,0%
Chatearam-me
13
5,4%
28
6,4%
41
6,1%
Chamaram-me nomes e insultaram-me por causa
da minha cor ou raça
Chamaram-me nomes, insultaram-me ou gozaram
comigo
Outras. Diz como
0
0%
2
0,5%
2
0,3%
Total
240
100,0%
432
100,0%
672
100,0%
44
A leitura do Quadro 20 indica uma dispersão significativa nos valores das frequências
associadas às categorias e, também, não haver diferenças significativas entre as
distribuições de frequência observadas em cada escola. Para clarificar estes assuntos,
começamos por apresentar, no Quadro 20A a distribuição de frequências associada às
respostas positivas:
Quadro 20A – Forma da agressão, segundo a vítima
Respostas
Escola TEIP
Escola Ensino
Total
Regular
n
%
n
%
n
%
Deram-me murros, pontapés
7
7,1%
5
4,1%
12
5,5%
Deram-me empurrões
16
16,1%
12
9,9%
28
12,7%
Fizeram-me rasteiras
14
14,1%
15
12,4%
29
13,2%
Fui ameaçado
6
6,1%
4
3,3%
10
4,5%
7
7,1%
2
1,7%
9
4,1%
18
18,2%
36
29,8%
54
24,5%
9
9,1%
6
5,0%
15
6,8%
9
9,1%
11
9,1%
20
9,1%
Chatearam-me
13
13,1%
28
23,1%
41
18,7%
Outras. Diz como
0
0%
2
1,6%
2
0,9%
Total
99
100,0%
121
100,0%
220
100,0%
Chamaram-me nomes e insultaram-me por
causa da minha cor ou raça
Chamaram-me nomes, insultaram-me ou
gozaram comigo
Gritaram comigo
Não me deixaram fazer parte do seu
grupo/equipa
Definindo a hipótese nula, H0, como: “As categorias da variável “De que maneira tens
sido maltratado nas aulas de Educação Física?” ocorrem com igual probabilidade na
TEIP (Escola de Ensino Regular)” conseguimos, por aplicação do teste do Quiquadrado de aderência à distribuição Uniforme, validar a primeira observação.
Definindo a hipótese nula, H0, como: “A distribuição de frequências da variável “De que
maneira tens sido maltratado nas aulas de Educação Física?” é independente da
tipologia da escola” conseguimos, por aplicação do teste do Qui-quadrado da
independência, validar a segunda observação.
Os valores obtidos para o p-value apontaram em sentidos divergentes. Com efeito,
quando aplicámos o teste de aderência à distribuição Uniforme, concluímos pela não
rejeição de H0 quando analisámos a TEIP (p-value: 0,087 – ver output 14.1) e pela
rejeição de H0 quando analisámos a Escola de Ensino Regular (p-value: 0,000 – ver
45
output 14.2). Assim, concluímos que na Escola de Ensino Regular há diferenças
significativas nas proporções das diferentes categorias e que o mesmo não acontece
na TEIP. Este resultado indiciou a diferenciação das escolas. No entanto, quando
aplicámos o teste da independência obtivemos um p-value de 0,057 (por aplicação do
teste de Fisher - ver output 14.3) o que contradiz aquela indicação, ao não autorizar a
rejeição da hipótese nula. Por seu turno, o teste Z identificou duas categorias para as
quais se detetam diferenças com significado estatístico nas proporções associadas a
cada escola. Os resultados obtidos não são, portanto, conclusivos.
No capítulo II referimos ser usual categorizar as agressões como verbais/socias e
físicas. Com o intuito de determinar o peso relativo de cada uma destas formas de
agressão, agregámos as respostas dos inquiridos, classificando as respostas “Fui
ameaçado”, “Chamaram-me nomes e insultaram-me por causa da minha cor ou raça”,
“Chamaram-me nomes, insultaram-me ou gozaram comigo”, “Gritaram comigo”, “Não
me deixaram fazer parte do seu grupo/equipa” e “Chatearam-me” como verbais/sociais
e as restantes como físicas. As respostas “Outras. Diz como” foram classificadas caso
a caso. Apresentamos os resultados obtidos no Quadro 21:
Quadro 21 – Peso relativo das agressões verbais/sociais e físicas, segundo a vítima
Respostas
Escola TEIP
Escola Ensino Regular
Total
n
%
n
%
n
%
Verbais/sociais
62
62,6%
89
73,6%
151
68,6%
Físicas
37
37,4%
32
26,4%
69
31,4%
Total
99
100,0%
121
100,0%
220
100,0%
Desta feita, a leitura do quadro fornece indicações claras: o peso das agressões
verbais/sociais é muito superior ao peso das agressões físicas em ambas as escolas
(as agressões físicas representam cerca de 1/3 das agressões registadas).
Para confirmar a leitura apresentada, recorremos à inferência estatística. Aplicámos o
teste da Binomial para aferir a existência de diferenças significativas nas proporções
associadas a cada categoria, em cada escola, definindo a hipótese nula como:” As
agressões de tipo verbal/social e física ocorrem com igual probabilidade na TEIP
(Escola de Ensino Regular)” e aplicámos o teste do Qui-quadrado da independência
para aferir a existência de diferenças na importância relativa de cada categoria nas
46
duas escolas, definindo a hipótese nula como: “A distribuição de frequências da
variável em estudo é independente da escola”.
Os valores obtidos confirmaram as indicações acima apontadas: com efeito,
rejeitámos H0 quando aplicámos o teste da Binomial a cada escola (p-value de 0,000 e
0,016, respetivamente – ver outputs 15.1 e 15.2) e não rejeitámos a hipótese de
independência da distribuição de frequências face à tipologia da escola (p-value de
0,082 – ver output 15.3).
De seguida, analisámos o comportamento das distribuições de frequência por género
e por ciclo (Quadro 21A e Quadro 21B, respetivamente).
Quadro 21A – Peso relativo das agressões verbais/sociais e físicas, segundo o género da vítima
Respostas
Escola TEIP
Masculino
Escola Ensino Regular
Feminino
Masculino
Feminino
Total
Masculino
Feminino
n
%
n
%
n
%
n
%
n
%
N
%
Verbais/sociais
13
43,3%
45
65,2%
33
73,3%
56
73,7%
50
66,7%
101
69,7%
Físicas
17
56,7%
24
34,8%
12
26,7%
20
26,3%
25
33,3%
44
30,3%
Total
30
100,0%
69
100,0%
45
100,0%
76
100,0%
75
100,0%
145
100,0%
O Quadro 21A permitiu-nos analisar o modo como as duas formas de agressão se
distribuem pelos dois géneros e o modo como essa distribuição se relaciona com a
tipologia da escola.
Numa primeira análise, constatamos que as agressões de tipo verbal/social têm maior
peso em todas as categorias, exceto quando se analisa o grupo dos rapazes na TEIP.
Para verificar se as diferenças observadas são significativas o suficiente para que se
possa validar a afirmação anterior, aplicámos o teste da Binomial a cada um dos
grupos definidos pelos pares género-escola, definindo a hipótese nula como: ”As
agressões de tipo verbal/social e física ocorrem com igual probabilidade no grupo dos
rapazes (raparigas) na TEIP (Escola de Ensino Regular)”. Os valores obtidos para o pvalue confirmaram a indicação dada: o único caso que não permitiu a rejeição da
hipótese nula foi o grupo dos rapazes da TEIP (ver outputs 16.1; 16.2; 16.3 e 16.4).
Assim, temos um predomínio das agressões verbais/sociais em todos os grupos
estudados, com exceção do grupo dos rapazes da TEIP, onde a diferença detetada
não tem significado.
47
Comparámos, também, os dois géneros quanto à forma como as frequências se
distribuíam pelas duas categorias, em cada escola. Para o efeito, recorremos ao teste
do Qui-quadrado da independência, definindo H 0 como: ”Na TEIP (Escola de Ensino
Regular), a distribuição de frequências da variável em estudo é independente do
género”. Os resultados (ver outputs 16.5 e 16.6) implicaram a não rejeição de H0 em
ambas as situações.
Finalmente, comparámos as duas escolas quanto à forma como as frequências se
distribuíam pelas duas categorias em cada género. Para o efeito recorremos, mais
uma vez, ao teste do Qui-quadrado da independência, definindo H0 como: ”No grupo
dos rapazes (raparigas), a distribuição de frequências da variável em estudo é
independente da escola”. Os resultados (ver outputs 16.7 e 16.8) implicaram, também,
a rejeição de H0 em ambas as situações.
Replicando a análise anterior de modo a comparar os níveis de vitimização nos dois
ciclos, obtivemos o Quadro 21B
Quadro 21B – Peso relativo das agressões verbais/sociais e físicas, segundo o ciclo da vítima
Respostas
Escola TEIP
2ºCiclo
Escola Ensino Regular
3º Ciclo
2ºCiclo
Total
3º Ciclo
2ºCiclo
3º Ciclo
n
%
n
%
n
%
n
%
n
%
n
%
Verbais/sociais
47
61,8%
15
65,2%
49
68,1%
40
81,6%
96
64,9%
55
76,3%
Físicas
29
38,2%
8
34,8%
23
31,9%
9
18,4%
52
35,1%
17
23,7%
Total
76
100,0%
23
100,0%
72
100,0%
49
100,0%
148
100,0%
72
100,0%
Por análise do Quadro 21B podemos avaliar o modo como as duas formas de
agressão se distribuem pelos dois ciclos.
Observamos um maior peso das agressões de tipo verbal/social em todas as
categorias. No entanto, os resultados do teste da Binomial que aplicámos a cada um
dos grupos definidos pelos pares ciclo-escola, definindo a hipótese nula como: ”As
agressões de tipo verbal/social e física ocorrem com igual probabilidade no grupo do
48
2º. Ciclo (3.º Ciclo) na TEIP (Escola de Ensino Regular)”, não permitiram generalizar
aquela observação a todos os casos. De facto, o valor obtido para o p-value não
permitiu a rejeição da hipótese nula quando comparámos a importância relativa das
duas categorias no grupo dos alunos de 3.º Ciclo da TEIP (ver outputs 17.1; 17.2; 17.3
e 17.4).
Tal como no caso anterior, estudámos, também, os dois grupos de alunos quanto à
forma como as frequências se distribuíam pelas duas categorias, em cada escola e as
duas escolas quanto à forma como as frequências se distribuíam pelas duas
categorias, em cada grupo de alunos. Para o efeito, recorremos ao teste do Quiquadrado da independência, definindo H 0 como: ”Na TEIP (Escola de Ensino Regular),
a distribuição de frequências da variável em estudo é independente do ciclo
frequentado” - primeiro caso e ”No grupo dos alunos do 2.º Ciclo (3.º Ciclo), a
distribuição de frequências da variável em estudo é independente da escola” –
segundo caso. Os resultados (ver outputs 17.5, 17.6, 17.7 e 17.8) implicaram a não
rejeição de H0 nas quatro situações.
Assim, identificamos uma maior presença das agressões de tipo verbal/social em
todos os grupos estudados, à exceção do grupo dos rapazes da TEIP e do grupo dos
alunos do 3.º Ciclo também na TEIP onde as diferenças detetadas não são
significativas o suficiente para permitir qualquer conclusão sobre este tópico.
Os nossos resultados não estão na mesma linha das indicações dadas por Beane
(2011) e Elliot (2002) que afirmaram que os rapazes praticam mais violência física. Em
relação ao género feminino Campos (2007), Elliot (2002) e Neto (2005) referiram que
as raparigas praticam principalmente agressões verbais/sociais, como denotámos no
nosso estudo.
Dedicámo-nos, em seguida, ao estudo do número de agressores, por agressão. O
tratamento dos dados recolhidos com as respostas à questão nº5 do inquérito
“Costumas ser maltratado por um ou por vários colegas, nas aulas de Educação
Física?” permitiu-nos saber se os agressores agiam sozinhos ou em grupo e ainda a
dimensão do grupo em que atuavam.
No Quadro 22 apresentamos um resumo das respostas obtidas à questão enunciada:
49
Quadro 22 – Costumas ser maltratado por um ou por vários colegas, nas aulas de Educação Física?
Escola TEIP
Escola Ensino
Total
Regular
Respostas
n
%
n
%
n
%
144
83,2%
324
86,2%
468
85,2%
Principalmente por um colega
11
6,4%
20
5,3%
31
5,6%
Por 2 a 3 colegas
13
7,5%
23
6,1%
36
6,6%
Por 4 a 9 colegas
0
0,0%
0
0,0%
0
0,0%
Por mais de 9 colegas
0
0,0%
2
0,5%
2
0,4%
Não posso dizer quantos
5
2,9%
7
1,9%
12
2,2%
Total
173
100,0%
376
100,0%
549
100,0%
Não fui maltratado nas aulas de
Educação Física
Mais uma vez, verificamos que o número de alunos que indicaram ter sido vítimas de
agressão nas aulas de Educação Física (81) contrasta fortemente com o obtido na
resposta à pergunta 2 (15), sendo, no entanto, da mesma ordem de grandeza do valor
obtido para as questões 6 e 3 (78 e 87, respetivamente).
De seguida, estudámos a distribuição de frequências associada às restantes
respostas, que apresentamos no Quadro 22A:
Quadro 22A – Número de agressores nas aulas de Educação Física, segundo a vítima
Escola TEIP
Escola Ensino
Total
Regular
Respostas
n
%
n
%
n
%
Principalmente por um colega
11
37,9%
20
38,5%
31
38,3%
Por 2 a 3 colegas
13
44,8%
23
44,2%
36
44,4%
Por 4 a 9 colegas
0
0,0%
0
0,0%
0
0,0%
Por mais de 9 colegas
0
0,0%
2
3,8%
2
2,5%
Não posso dizer quantos
5
17,3%
7
13,5%
12
14,8%
Total
29
100,0%
52
100,0%
81
100,0%
As distribuições de frequência parecem ocorrer da mesma forma nas duas escolas, o
que pode ser confirmado por aplicação do teste do Qui-quadrado da independência.
Com efeito, o valor obtido para o p-value (0,854, ver output 18) não permitiu a rejeição
50
da hipótese de que as distribuições de frequência são independentes da tipologia das
escolas.
Os resultados apontam para o predomínio das opções: “Principalmente por um colega”
e “Por 2 ou 3 colegas”, seguidos da resposta “Não posso dizer quantos” que não pode
ser negligenciada. Considerámos ser razoável admitir que os casos reportados nesta
última situação envolvam um número elevado de agressores, pois, caso contrário,
seria fácil para o agredido precisar o seu número. Assim, para a aplicação do teste do
Qui-quadrado de aderência à distribuição Uniforme, considerámos os dados
agregados em três categorias (ver Quadro 22B):
Quadro 22B – Número de agressores nas aulas de Educação Física, segundo a vítima (dados agregados)
Escola TEIP
Escola Ensino
Total
Regular
Respostas
n
%
n
%
n
%
Principalmente por um colega
11
37,9%
20
38,5%
31
38,3%
Por 2 a 3 colegas
13
44,8%
23
44,2%
36
44,4%
Por 4 ou mais colegas
5
17,3%
9
17,3%
14
17,3%
Total
29
100,0%
52
100,0%
81
100,0%
e definimos a hipótese nula como: “Na TEIP (Escola de Ensino Regular), as categorias
da variável em estudo ocorrem com igual probabilidade”.
Os resultados obtidos implicaram a rejeição da hipótese nula nas duas situações (pvalue 0,000 e 0,044, respetivamente - ver outputs 19.1 e 19.2). Então, podemos
afirmar que, de acordo com as vítimas, quer na TEIP quer na Escola de Ensino
Regular, a maioria das agressões são praticadas em grupo: quando comparados os
números referentes àquele tipo de agressão com as perpetradas por um único
agressor obtemos uma proporção 8:5. Verificamos, também, um predomínio dos
grupos formados por 2 a 3 elementos face aos formados por 4 ou mais elementos,
numa proporção de 5:2.
Aplicando o teste do Qui-quadrado da independência aos mesmos dados comparámos
o modo como as frequências se repartiam pelas três categorias nas duas escolas.
Para a aplicação do teste definimos a hipótese nula, H0, como: “A distribuição de
frequências da variável em estudo é independente da escola”. Obtivemos um p-value
51
p=1,00 (ver output 19.3), o que implicou a não rejeição de H0 e, portanto, a não
diferenciação das escolas.
Brito (2006) verificou que os alunos se queixavam de que as agressões nas aulas de
Educação Física eram perpetradas principalmente por 1 colega. Nós verificámos que
as agressões são realizadas principalmente em grupo.
De seguida avaliámos a existência de relações entre as respostas dos inquiridos a
esta pergunta e o seu género e ciclo.
Para tal, começámos por desagregar os resultados apresentados no Quadro 22B em
função do género dos inquiridos (ver Quadro 23A).
Quadro 23A – Número de agressores nas aulas de Educação Física, segundo o género da vítima (dados agregados)
Respostas
Escola TEIP
Masculino
Principalmente
Escola Ensino Regular
Feminino
Masculino
Feminino
Total
Masculino
Feminino
n
%
n
%
n
%
n
%
n
%
N
%
5
50,0%
6
31,6%
4
20,0%
16
50,0%
9
30,0%
22
43,1%
4
40,0%
9
47,4%
11
55,0%
12
37,5%
15
50,0%
21
41,2%
1
10,0%
4
21,0%
5
25,0%
4
12,5%
6
20,0%
8
15,7%
10
100,0%
19
100,0%
20
100,0%
32
100,0%
30
100,0%
51
100,0%
por um colega
Por 2 a 3
colegas
Por 4 ou mais
colegas
Total
e do ciclo (ver Quadro 23B):
Quadro 23B – Número de agressores nas aulas de Educação Física, segundo o ciclo da vítima (dados agregados)
Respostas
Escola TEIP
2ºCiclo
Principalmente
por um colega
Por 2 a 3
colegas
Por 4 ou mais
colegas
Total
Escola Ensino Regular
3º Ciclo
2ºCiclo
Total
3º Ciclo
2ºCiclo
3º Ciclo
n
%
n
%
n
%
n
%
n
%
N
%
10
41,7%
1
20,0%
13
40,6%
7
35,0%
23
41,1%
8
32,0%
9
37,5%
4
80,0%
14
43,8%
9
45,0%
23
41,1%
13
52,0%
5
20,8%
0
0,0%
5
15,6%
4
20,0%
10
17,9%
4
16,0%
24
100,0%
5
100,0%
32
100,0%
20
100,0%
56
100,0%
25
100,0%
52
O Quadro 23A e o Quadro 23B permitem-nos analisar a importância relativa de cada
categoria nos dois géneros e nos dois ciclos, replicando a análise elaborada a
propósito da pergunta nº4 (ver Quadro 21A e Quadro 21B).
Observamos desde já a grande variabilidade dos dados: não identificamos a existência
de tendências, nem quando comparamos os valores quanto ao género, nem quando
os comparamos quanto ao ciclo.
Como vem sendo habitual, começámos por aplicar o teste da Binomial a cada um dos
grupos definidos pelos pares género-escola e ciclo-escola, definindo a hipótese nula
como: ”As categorias da variável em estudo ocorrem com igual probabilidade no grupo
dos rapazes (raparigas) na TEIP (Escola de Ensino Regular)” e “As categorias da
variável em estudo ocorrem com igual probabilidade no grupo dos alunos do 2.º Ciclo
(3.º Ciclo) na TEIP (Escola de Ensino Regular)”. Os valores obtidos para o p-value
confirmaram a indicação dada: a hipótese nula não foi rejeitada em nenhum dos 8
casos estudados, o que nos inibe de elaborar conclusões acerca de diferenças na
importância relativa de cada categoria, em cada grupo (ver outputs 20.1 a 20.8).
Como seria de esperar face aos resultados anteriores, por aplicação do teste do Quiquadrado da independência concluímos não poder relacionar a forma como as
frequências se distribuíam pelas categorias com os géneros (ciclos), em cada escola
(ver outputs 20.9 a 20.12).
4.3.2 PONTO DE VISTA DO AGRESSOR
Dedicámos a segunda parte da secção ao estudo das mesmas questões agora vistas
do lado do agressor. A forma como o inquérito está apresentado permitiu esta
comparação, pois as perguntas 9,10 e 11 põem perante o agressor precisamente o
mesmo conjunto de hipóteses de resposta que as perguntas 3, 4 e 5 (já estudadas)
punham à vítima. Assim, como o estudo que apresentaremos de seguida segue os
mesmos trâmites do apresentado na primeira parte desta secção, omitiremos a
explicação acerca dos motivos que nos levaram a agrupar as hipóteses de resposta
(no caso do estudo das questões 10 e 11) e dos critérios usados na definição das
novas classes.
53
Começámos por analisar a frequência com que os agressores atuavam, através do
estudo das respostas à pergunta nº 9 do inquérito: “Quantas vezes ajudaste a
maltratar os outros nas aulas de Educação Física?” que sumariamos no Quadro 24.
Quadro 24 – Quantas vezes ajudaste a maltratar os outros nas aulas de Educação Física?
Escola TEIP
Escola Ensino
Total
Regular
Respostas
n
%
n
%
n
%
161
93,1%
341
90,7%
502
91,4%
Só 1 ou 2 vezes
8
4,5%
29
7,7%
37
6,7%
Eu não ajudei a maltratar (…)
nas aulas de Educação Física
De 3 a 6 vezes
2
1,2%
4
1,1%
6
1,1%
Uma vez por semana
0
0,0%
2
0,5%
2
0,4%
Sempre
2
1,2%
0
0,0%
2
0,4%
Total
173
100,0%
376
100,00%
549
100,0%
Este quadro indica que a grande maioria dos alunos não pratica atos de agressão.
Ainda assim, há a salientar que perto de 10% (o que resulta num número significativo
de alunos, dada a dimensão da amostra) admite ter tido aquele tipo de práticas.
Os resultados apresentados por Brito (2006) com a aplicação do mesmo questionário,
apontaram para números da mesma ordem de grandeza.
No Quadro 24A apresentamos a distribuição de frequências associada às respostas
que indicam agressão:
Quadro 24A – Frequência das agressões nas aulas de Educação Física, segundo o agressor
Respostas
Escola TEIP
Escola Ensino
Total
Regular
n
%
n
%
n
%
Só 1 ou 2 vezes
8
66,7%
29
82,9%
37
78,6%
De 3 a 6 vezes
2
16,6%
4
11,4%
6
12,8%
Uma vez por semana
0
0,0%
2
5,7%
2
4,3%
Sempre
2
16,7%
0
0,0%
2
4,3%
Total
12
100,0%
35
100,0%
47
100,0%
54
O Quadro 24A indica que a maioria das vezes os agressores atuam de forma pontual
e que essa tendência é mais acentuada na Escola de Ensino Regular.
Para avaliar o significado estatístico das diferenças detetadas começámos por aplicar
o teste do Qui-quadrado da independência, definindo a hipótese nula como: “A
distribuição de frequências da variável “Quantas vezes ajudaste a maltratar os outros
nas aulas de Educação Física” é independente da tipologia da escola”. O output
apresentado no anexo (ver output 21) mostrou um valor para o p-value 0,117 (obtido
através do teste de Fisher), o que implicou a não rejeição da hipótese nula. Desta
forma, concluímos que as diferenças que podemos observar nas distribuições de
frequência associadas às duas escolas não são significativas o suficiente para que as
possamos diferenciar quanto a este tópico.
Estudámos, seguidamente, a forma como as frequências se repartiam pelas várias
categorias em cada um dos géneros e em cada um dos ciclos de estudo:
apresentamos de seguida (ver Quadro 25A) o resultado da análise por género:
Quadro25A – Frequência das agressões em função do género do agressor
Respostas
Escola TEIP
Masculino
Escola Ensino Regular
Feminino
Masculino
Feminino
Total
Masculino
Feminino
n
%
n
%
n
%
n
%
n
%
n
%
6
75,0%
2
50,0%
16
80,0%
13
86,7%
22
78,6%
15
78,9%
1
12,5%
1
25,0%
4
20,0%
0
0,0%
5
17,8%
1
5,3%
0
0,0%
0
0,0%
0
0,0%
2
13,3%
0
0,0%
2
10,5%
Sempre
1
12,5%
1
25,0%
0
0,0%
0
0,0%
1
3,6%
1
5,3%
Total
8
100,0%
4
100,0%
20
100,0%
15
100,0%
28
100,0%
19
100,0%
Só 1 ou 2
vezes
De 3 a 6 vezes
Uma vez por
semana
A leitura do Quadro 25A indicia a existência de diferenças nas observações
associadas a cada género: nos rapazes o peso das agressões perpetradas com
regularidade é mais elevado. No entanto o teste Fisher não comprova (p-value de
0,192 - ver output 22.1).
Pereira et al. (2009) também concluíram serem os rapazes quem mais desempenha o
papel de agressor.
55
Por aplicação do teste do Qui-quadrado de aderência à distribuição Uniforme aos
dados associados ao grupo dos rapazes, verificámos que, de facto, as diferenças
entre as proporções associadas às várias categorias têm significado estatístico (o
valor do p-value (0,000) permitiu rejeitar a hipótese nula definida como: “No grupo dos
rapazes, as categorias da variável “Quantas vezes ajudaste a maltratar os outros nas
aulas de Educação Física” ocorrem com igual probabilidade” – ver output 22.2.
e no Quadro 25B o resultado da análise por ciclo:
Quadro25B – Frequência das agressões em função do ciclo frequentado pelo agressor
Respostas
Escola TEIP
2.º Ciclo
Escola Ensino Regular
3.º Ciclo
2.º Ciclo
Total
3.º Ciclo
2.º Ciclo
3.º Ciclo
n
%
n
%
n
%
n
%
n
%
n
%
5
71,4%
3
60,0%
16
76,2%
13
92,9%
21
75,0%
16
84,2%
1
14,3%
1
20,0%
3
14,3%
1
7,1%
4
14,3%
2
10,5%
0
0,0%
0
0,0%
2
9,5%
0
0,0%
2
7,1%
0
0,0%
Sempre
1
14,3%
1
20,0%
0
0,0%
0
0,0%
1
3,6%
1
5,3%
Total
7
100,0%
5
100,0%
21
100,0%
14
100,0%
28
100,0%
19
100,0%
Só 1 ou 2
vezes
De 3 a 6 vezes
Uma vez por
semana
No Quadro 25B tentámos verificar se existe diferenciação da distribuição das
frequências quando analisamos cada ciclo per si, bem como comparando os dois
ciclos.
Mais uma vez, recorremos ao teste do Qui-quadrado para clarificar as questões em
discussão. No primeiro caso definimos a hipótese nula como: “No 2.º (3.º) Ciclo, as
categorias da variável “Quantas vezes ajudaste a maltratar os outros nas aulas de
Educação Física” ocorrem com igual probabilidade” e no segundo caso como: “A
distribuição de frequências da variável “Quantas vezes ajudaste a maltratar os outros
nas aulas de Educação Física” é independente do ciclo de estudo”.
Os resultados que apresentámos nos anexos implicaram a rejeição da primeira
hipótese (p-value de 0,000 - ver outputs 23.1; 23.2) e a não rejeição da segunda
(neste caso, com recurso ao teste de Fisher para obtenção de um p-value de 0,844 –
ver output 23.3). Assim, não podemos relacionar a frequência/regularidade das
agressões nas aulas de Educação Física com o ciclo frequentado. Verificamos ainda
56
um claro predomínio da opção “1 ou 2 vezes”, seguida da categoria “3 a 6 vezes”. As
categorias “uma vez por semana” e “sempre” ocorrem com menor frequência.
Analisámos, em seguida, as respostas à pergunta nº 11 do inquérito “Maltrataste
outro(s) colega(s) na(s) aula(s) de Educação Física, de alguma das seguintes
formas?”. O tratamento dos dados recolhidos com esta questão permitiu tipificar a
agressão quanto à forma. O Quadro 26 sumaria os resultados obtidos (fazemos notar
que nesta questão se admitia a escolha de uma ou mais hipóteses de resposta):
Quadro 26 – Maltrataste outro(s) colega(s) na(s) aula(s) de Educação Física, de alguma das seguintes formas?
Respostas
Escola TEIP
Escola Ensino
Total
Regular
n
%
n
%
N
%
155
83,8%
337
86,2%
492
85,4%
Bati, dei pontapés
4
2,2%
2
0,5%
6
1,0%
Empurrei
7
3,8%
9
2,4%
16
2,8%
Ameacei
5
2,7%
2
0,5%
7
1,2%
2
1,1%
0
0,0%
2
0,3%
0
0,0%
13
3,3%
13
2,3%
6
3,2%
3
0,8%
9
1,6%
0
0,0%
8
2,0%
8
1,4%
Não maltratei os meus colegas nas aulas de
Educação Física
Chamei-lhes nomes por causa da sua cor ou
raça
Chamei-lhes nomes ou gozei com ele/ela de
outras maneiras
Gritei
Pus de parte alguns colegas de propósito,
afastando-os do meu grupo/equipa
Chateei
3
1,6%
15
3,8%
18
3,1%
Fiz outras coisas. Por favor, diz o quê
3
1,6%
2
0,5%
5
0,9%
Total
185
100,0%
391
100,0%
576
100,0%
A leitura do Quadro 26 indica uma dispersão significativa nos valores das frequências
associadas às categorias, parecendo também não haver diferenças significativas entre
as distribuições de frequência observadas em cada escola nem entre escolas. Para
clarificar estes assuntos, começámos por apresentar, no Quadro 26A a distribuição de
frequências associada às respostas positivas:
57
Quadro 26A – Forma da agressão, segundo o agressor
Respostas
Escola TEIP
Escola Ensino
Total
Regular
n
%
n
%
n
%
Bati, dei pontapés
4
13,3%
2
3,7%
6
7,1%
Empurrei
7
23,3%
9
16,7%
16
19,0%
Ameacei
5
16,7%
2
3,7%
7
8,3%
Chamei-lhes nomes por causa da sua cor ou raça
2
6,7%
0
0,0%
2
2,4%
0
0,0%
13
24,1%
13
15,5%
6
20,0%
3
5,5%
9
10,7%
0
0,0%
8
14,8%
8
9,5%
Chamei-lhes nomes ou gozei com ele/ela de
outras maneiras
Gritei
Pus de parte alguns colegas de propósito,
afastando-os do meu grupo/equipa
Chateei
3
10,0%
15
27,8%
18
21,5%
Fiz outras coisas. Por favor, diz o quê
3
10,0%
2
3,7%
5
6,0%
Total
30
100,0%
54
100,0%
84
100,0%
Definindo a hipótese nula, H0, como: “As categorias da variável “Maltrataste outro(s)
colega(s) na(s) aula(s) de Educação Física, de alguma das seguintes formas?”
ocorrem com igual probabilidade na TEIP (Escola de Ensino Regular)” conseguimos,
por aplicação do teste do Qui-quadrado de aderência à distribuição Uniforme, estudar
a primeira observação e definindo a hipótese nula, H0, como: “A distribuição de
frequências da variável “Maltrataste outro(s) colega(s) na(s) aula(s) de Educação
Física, de alguma das seguintes formas?” é independente da tipologia da escola”
conseguimos, por aplicação do teste do Qui-quadrado da independência, estudar a
segunda.
Os valores obtidos para o p-value apontaram em sentidos divergentes. Com efeito,
quando aplicámos o teste de aderência à distribuição Uniforme, concluímos pela não
rejeição de H0 quando analisamos a TEIP (p-value= 0,605 – ver output 24.1) e pela
rejeição de H0 quando analisamos a Escola de Ensino Regular (p-value= 0,000 – ver
output 24.2). Assim, concluímos que na Escola de Ensino Regular há diferenças
significativas nas proporções das diferentes categorias e que o mesmo não acontece
na TEIP. Este resultado indiciou a diferenciação das escolas, o que foi comprovado
quando aplicámos o teste do Qui-quadrado da independência, pois obtivemos um pvalue de 0,000 (p-value obtido através do teste Fisher, pois constatámos que não se
verificavam as condições de aplicação do teste Qui-quadrado - ver output 24.3).
Tal como anteriormente, com o intuito de determinar o peso relativo de cada uma das
formas de agressão, agregámos as respostas dos inquiridos, classificando as
respostas “Ameacei”, “Chamei-lhes nomes por causa da sua cor ou raça”, “Chamei58
lhes nomes ou gozei com ele/ela de outras maneiras.”, “Gritei”, “Pus de parte alguns
colegas de propósito, afastando-os do meu grupo/equipa” e “Chateei” como
verbais/sociais e as restantes como físicas. As respostas “Fiz outras coisas. Por favor,
diz o quê” foram classificadas caso a caso. Apresentamos os resultados obtidos no
Quadro 27:
Quadro 27 – Peso relativo das agressões verbais/sociais e físicas, segundo o agressor
Respostas
Escola TEIP
Escola Ensino
Total
Regular
n
%
n
%
n
%
Verbais/sociais
18
60,0%
42
77,8%
60
71,4%
Físicas
12
40,0%
12
22,2%
24
28,6%
Total
30
100,0%
54
100,0%
84
100,0%
A leitura deste quadro fornece indicações claras: o peso das agressões verbais/sociais
é superior ao peso das agressões físicas, em ambas as escolas (no total, as
agressões físicas representam cerca de 1/3 das agressões registadas).
Para confirmar a leitura apresentada, recorremos à inferência estatística. Aplicámos o
teste da Binomial para aferir a existência de diferenças significativas nas proporções
associadas a cada categoria, em cada escola, definindo a hipótese nula como: ”As
agressões de tipo verbal/social e física ocorrem com igual probabilidade na TEIP
(Escola de Ensino Regular) ” e aplicámos o teste do Qui-quadrado da independência
para aferir a existência de diferenças na importância relativa de cada categoria nas
duas escolas, definindo a hipótese nula como: “A distribuição de frequências da
variável em estudo é independente da escola”.
Os valores obtidos confirmam parcialmente as indicações acima apontadas: com
efeito, não rejeitámos H0 quando aplicámos o teste da Binomial à TEIP, mas
rejeitámos H0 quando aplicámos o mesmo teste à Escola de Ensino Regular (p-value
de 0,362 e 0,000, respetivamente – ver outputs 25.1 e 25.2) e não rejeitámos a
hipótese de independência da distribuição de frequências face à tipologia da escola (pvalue de 0,129 – ver output 25.3).
De seguida, analisámos o comportamento das distribuições de frequência por género
e por ciclo (Quadro 27A e Quadro 27B, respetivamente).
59
Quadro 27A – Peso relativo das agressões verbais/sociais e físicas, segundo o género do agressor
Respostas
Escola TEIP
Masculino
Escola Ensino Regular
Feminino
Masculino
Feminino
Total
Masculino
Feminino
n
%
n
%
n
%
n
%
n
%
n
%
Verbais/sociais
9
52,9%
9
69,2%
23
76,7%
19
79,2%
32
68,1%
28
75,7%
Físicas
8
47,1%
4
30,8%
7
23,3%
5
20,8%
15
31,9%
9
24,3%
Total
17
100,0%
13
100,0%
30
100,0%
24
100,0%
47
100,0%
37
100,0%
O Quadro 27A permitiu-nos analisar o modo como as duas formas de agressão se
distribuem pelos dois géneros e o modo como essa distribuição se relaciona com a
tipologia da escola.
Constatamos que as agressões de tipo verbal/social têm maior peso em todos os
grupos. Para verificar se as diferenças observadas são significativas o suficiente para
que se possa validar a afirmação anterior, aplicámos o teste da Binomial a cada um
dos grupos definidos pelos pares género-escola, definindo a hipótese nula como: ”As
agressões de tipo verbal/social e física ocorrem com igual probabilidade no grupo dos
rapazes (raparigas) na TEIP (Escola de Ensino Regular) ”. Os valores obtidos para o
p-value (ver outputs 26.1; 26.2; 26.3 e 26.4) não permitiram a rejeição da hipótese nula
na TEIP, mas permitiram na Escola de Ensino Regular. Na TEIP e na Escola de
Ensino Regular, os resultados, por género, refletiram o que observámos quando
analisámos cada escola como um todo.
Deste modo ao verificarmos que tanto os rapazes como as raparigas praticam
principalmente agressões verbais/sociais, na Escola de Ensino Regular, encontramos
diferenças com o defendido por Campos (2007), Elliot (2002) e Martins (1997). Estes
autores disseram que os rapazes praticam mais agressões físicas. Quanto às
raparigas os nossos resultados vão de encontro aos de Campos (2007), Elliot (2002) e
Neto (2005).
Comparámos, também, os dois géneros quanto à forma como as frequências se
distribuíam pelas duas categorias, em cada escola. Para o efeito recorremos ao teste
do Qui-quadrado da independência, definindo H0 como: ”Na TEIP (Escola de Ensino
Regular), a distribuição de frequências da variável em estudo é independente do
género”. Os resultados (obtidos através do teste de Fisher - ver outputs 26.5 e 26.6)
implicaram a não rejeição de H0 em ambas as situações.
60
Finalmente, comparámos as duas escolas quanto à forma como as frequências se
distribuíam pelas duas categorias, em cada género. Para o efeito, recorremos, mais
uma vez, ao teste do Qui-quadrado da independência, definindo H0 como: ”No grupo
dos rapazes (raparigas), a distribuição de frequências da variável em estudo é
independente da escola”. Os resultados (obtidos através do teste de Fisher - ver
outputs 26.7 e 26.8) implicaram, também, a não rejeição de H0 em ambas as
situações.
Replicando a análise anterior de modo a comparar os níveis de agressão nos dois
ciclos, obtivemos o Quadro 27B.
Quadro 27B – Peso relativo das agressões verbais/sociais e físicas, segundo o ciclo do agressor
Respostas
Escola TEIP
2ºCiclo
Escola Ensino Regular
3º Ciclo
2ºCiclo
Total
3º Ciclo
2ºCiclo
3º Ciclo
n
%
n
%
n
%
n
%
n
%
N
%
Verbais/sociais
12
57,1%
6
66,7%
24
80,0%
18
75,0%
36
70,6%
24
72,7%
Físicas
9
42,9%
3
33,3%
6
20,0%
6
25,0%
15
29,4%
9
27,3%
Total
21
100,0%
9
100,0%
30
100,0%
24
100,0%
51
100,0%
33
100,0%
Por análise do Quadro 27B podemos avaliar o modo como as duas formas de
agressão se distribuem pelos dois ciclos.
Observamos um maior peso das agressões de tipo verbal/social em todos os grupos.
No entanto, os resultados do teste da Binomial que aplicámos a cada um dos grupos
definidos pelos pares ciclo-escola, definindo a hipótese nula como: ”As agressões de
tipo verbal/social e física ocorrem com igual probabilidade no grupo do 2º. Ciclo (3.º
Ciclo) na TEIP (Escola de Ensino Regular)”, não permitiram generalizar aquela
observação a todos os casos. De facto, o valor obtido para o p-value só permitiu a
rejeição da hipótese nula, quando comparámos a importância relativa das duas
categorias, no grupo dos alunos da Escola de Ensino Regular (ver outputs 27.1; 27.2;
27.3 e 27.4).
Tal como no caso anterior, estudámos os dois grupos de alunos quanto à forma como
as frequências se distribuíam pelas duas categorias, em cada escola. Estudámos,
também, as duas escolas quanto à forma como as frequências se distribuíam pelas
duas categorias, em cada grupo de alunos. Para o efeito, recorremos ao teste do Qui61
quadrado da independência, definindo H 0 como: ”Na TEIP (Escola de Ensino Regular),
a distribuição de frequências da variável em estudo é independente do ciclo
frequentado” - primeiro caso e ”No grupo dos alunos do 2.º Ciclo (3.º Ciclo), a
distribuição de frequências da variável em estudo é independente da escola” –
segundo caso. Os resultados (ver outputs 27.5, 27.6, 27.7 e 27.8) implicaram a não
rejeição de H0 nas quatro situações.
Assim, apenas se considera significativa a maior presença das agressões de tipo
verbal/social no grupo dos alunos da Escola de Ensino Regular. Nos outros grupos,
tendo em consideração os valores dos testes, as diferenças detetadas não são
significativas o suficiente para permitir qualquer conclusão sobre este tópico.
Dedicámo-nos, em seguida, ao estudo do número de agressores, por agressão. As
respostas à pergunta n.º 10 do inquérito “Quando maltrataste outros colegas,
normalmente fizeste-o sozinho ou com outros colegas?” permitiram saber se os
agressores agiam sozinhos ou em grupo e ainda a dimensão do grupo em que
atuavam.
No Quadro 28 apresentamos um resumo das respostas obtidas à questão enunciada:
Quadro 28 – Quando maltrataste outros colegas, normalmente fizeste-o sozinho ou com outros colegas?
Respostas
Não maltratei os meus colegas nas
aulas de Educação Física
Normalmente fi-lo sozinho
Normalmente fi-lo com 1 ou 2
colegas
Normalmente fi-lo com 3 a 8 colegas
Normalmente fi-lo com mais de 8
colegas
Total
Escola TEIP
Escola Ensino
Total
Regular
n
%
n
%
n
%
159
91,7%
340
90,4%
499
90,9%
6
3,6%
12
3,2%
18
3,3%
5
2,9%
22
5,9%
27
4,9%
2
1,2%
2
0,5%
4
0,7%
1
0,6%
0
0,0%
1
0,2%
173
100,0%
376
100,0%
549
100,0%
De seguida, estudámos, a distribuição de frequências associada às respostas
positivas que apresentamos no Quadro 28A:
62
Quadro 28A – Número de agressores nas aulas de Educação Física, segundo o agressor
Escola TEIP
Escola Ensino
Total
Regular
Respostas
n
%
n
%
n
%
Normalmente fi-lo sozinho
6
42,9%
12
33,3%
18
36,0%
Normalmente fi-lo com 1 ou 2 colegas
5
35,7%
22
61,1%
27
54,0%
Normalmente fi-lo com 3 a 8 colegas
2
14,3%
2
5,6%
4
8,0%
1
7,1%
0
0,0%
1
2,0%
14
100,0%
36
100,0%
50
100,0%
Normalmente fi-lo com mais de 8
colegas
Total
As distribuições de frequência parecem ocorrer da mesma forma nas duas escolas, o
que pode ser confirmado por aplicação do teste do Qui-quadrado da independência.
Com efeito, o valor obtido para o p-value (0,173, ver output 28.1) não permitiu a
rejeição da hipótese de que as distribuições de frequência são independentes da
tipologia das escolas.
Os resultados apontam para o predomínio das opções “Normalmente fi-lo com 1 ou 2
colegas” na Escola de Ensino Regular, e “Normalmente fi-lo sozinho” na TEIP. Tal
como na subsecção anterior, para a aplicação do teste do Qui-quadrado de aderência
à distribuição Uniforme, considerámos os dados agregados em três categorias (ver
quadro 29):
Quadro 29 – Número de agressores nas aulas de Educação Física, segundo o agressor (dados
agregados)
Escola TEIP
Escola Ensino
Normalmente fi-lo sozinho
Normalmente fi-lo com 1 ou 2
colegas
Normalmente fi-lo com 3 ou mais
colegas
Total
Total
Regular
Respostas
n
%
n
%
n
%
6
42,9%
12
33,3%
18
36,0%
5
35,7%
22
61,1%
27
54,0%
3
21,4%
2
5,6%
5
10,0%
14
100,0%
36
100,0%
50
100,0%
e definimos a hipótese nula como: “Na TEIP (Escola de Ensino Regular), as categorias
da variável em estudo ocorrem com igual probabilidade”.
Os resultados obtidos implicaram a retenção da hipótese nula na TEIP, mas a rejeição
na Escola de Ensino Regular (p-value 0,607 e 0,000, respetivamente - ver outputs 29.1
63
e 29.2). Significa isto que apenas na Escola de Ensino Regular se detetam diferenças
significativas entre as três opções, pelo que, só nesta escola, se pode concluir existir
uma maior probabilidade das agressões ocorrerem em grupo.
Os nossos resultados mais uma vez diferem dos apresentados por Brito (2006), pois a
autora verificou que no 1.º Ciclo os agressores atuavam principalmente sozinhos,
enquanto que nós constatámos, numa das escolas, que os alunos do 2.º e 3.º ciclos
atuam preferencialmente em grupo.
Aplicando o teste do Qui-quadrado da independência aos mesmos dados comparámos
a forma como as frequências se repartiam pelas três categorias nas duas escolas.
Para a aplicação do teste definimos a hipótese nula, H 0, como: “A distribuição de
frequências da variável em estudo é independente da escola”. Obtivemos um p-value
p=0,127 (através do teste de Fisher – ver output 29.3), o que implicou a não rejeição
de H0 e, portanto, a não diferenciação das escolas.
De seguida avaliámos a existência de relações entre as respostas dos inquiridos a
esta pergunta e o seu género e ciclo. Para tal, começámos por desagregar os
resultados apresentados no Quadro 28B em função do género dos inquiridos (ver
Quadro 29A):
Quadro 29A – Número de agressores nas aulas de Educação Física, segundo o género do agressor (dados
agregados)
Respostas
Escola TEIP
Masculino
Normalmente
fi-lo sozinho
Escola Ensino Regular
Feminino
Masculino
Feminino
Total
Masculino
Feminino
n
%
N
%
n
%
n
%
n
%
n
%
4
44,4%
2
40,0%
9
42,9%
3
20,0%
13
43,3%
5
25,0%
3
33,3%
2
40,0%
12
57,1%
10
66,7%
15
50,0%
12
60,0%
2
22,3%
1
20,0%
0
0,0%
2
13,3%
2
6,7%
3
15,0%
9
100,0%
5
100,0%
21
100,0%
15
100,0%
30
100,0%
20
100,0%
Normalmente
fi-lo com 1
ou 2 colegas
Normalmente
fi-lo com 3
ou mais
colegas
Total
e do ciclo (ver Quadro 29B):
64
Quadro 29B – Número de agressores nas aulas de Educação Física, segundo o ciclo do agressor (dados agregados)
Respostas
Escola TEIP
2ºCiclo
Normalmente
fi-lo sozinho
Escola Ensino Regular
3º Ciclo
2ºCiclo
Total
3º Ciclo
2ºCiclo
3º Ciclo
n
%
N
%
n
%
n
%
n
%
n
%
3
50,0%
3
37,5%
9
39,1%
3
23,1%
12
41,4%
6
28,6%
3
50,0%
2
25,0%
14
60,9%
8
61,5%
17
58,6%
10
47,6%
0
0,0%
3
37,5%
0
0,0%
2
15,4%
0
0,0%
5
23,8%
6
100,0%
8
100,0%
23
100,0%
13
100,0%
29
100,0%
21
100,0%
Normalmente
fi-lo com 1 ou
2 colegas
Normalmente
fi-lo com 3 ou
mais colegas
Total
O Quadro 29A e o Quadro 29B permitem-nos analisar a importância relativa de cada
categoria nos dois géneros e nos dois ciclos, replicando a análise elaborada a
propósito da pergunta n.º 11.
Observamos desde já a grande variabilidade dos dados: não identificamos a existência
de tendências nem quando comparamos os valores quanto ao género, nem quanto ao
ciclo.
Como vem sendo habitual, começámos por aplicar o teste do Qui-quadrado a cada um
dos grupos definidos pelos pares género-escola e ciclo-escola, definindo a hipótese
nula como: ”As categorias da variável em estudo ocorrem com igual probabilidade no
grupo dos rapazes (raparigas) na TEIP (Escola de Ensino Regular)” e “As categorias
da variável em estudo ocorrem com igual probabilidade no grupo dos alunos do 2.º
Ciclo (3.º Ciclo) na TEIP (Escola de Ensino Regular)”. Os valores obtidos para o pvalue confirmaram a indicação dada: a hipótese nula não foi rejeitada em nenhum dos
8 casos estudados, o que nos inibe de elaborar conclusões acerca de diferenças na
importância relativa de cada categoria, em cada grupo (ver outputs 30.1 a 30.8).
Como seria de esperar, face aos resultados anteriores, por aplicação do teste do Quiquadrado da independência concluímos não poder relacionar a forma como as
frequências se distribuem pelas categorias com os géneros (ciclos), em cada escola
(ver outputs 30.9 a 30.12).
65
4.3.3 COMPARAÇÃO DOS PONTOS DE VISTA DA VÍTIMA E DO AGRESSOR
Objetivamente, os resultados obtidos através do estudo das respostas das vítimas e
dos agressores ao inquérito deviam de ser iguais, uma vez que reportam os mesmos
factos. No entanto, detetámos diferenças substantivas quando estudámos os relatos
dos dois grupos, face às mesmas situações. Tornou-se, assim, evidente que a
perceção do real é influenciada pelo papel que os protagonistas desempenham na
ação em que se encontram envolvidos. Para avaliar a diferença entre a realidade e o
reportado por vítimas e agressores teríamos de dispor de dados recolhidos por
entidades não implicadas no processo (câmaras de vigilância, por exemplo). Seria
importante poder avaliar, no futuro, a dimensão destas diferenças para melhor
esclarecimento dos factos.
De seguida, apresentamos o estudo comparativo dos dois pontos de vista.
Assim, se nos debruçarmos sobre a frequência das agressões, verificamos que um
número não negligenciável de vítimas indicam serem submetidas a agressões
regulares, enquanto que para os agressores elas são, sobretudo, pontuais.
Já no que diz respeito à forma das agressões, não se registam diferenças
significativas nas respostas dos dois grupos. Só nos agressores da TEIP é que
verificámos um afastamento da tendência geral, uma vez que atribuem peso idêntico
às agressões verbais/sociais e às físicas, prevalecendo nos restantes grupos as
agressões de tipo verbal/social.
Também, quanto ao número de agressores, por agressão, a única exceção é na TEIP,
onde os agressores dizem agir tanto sozinhos como em grupo. Todos os outros
grupos referem que as agressões são realizadas, maioritariamente, por grupos
pequenos.
Pelo exposto, podemos concluir que o grupo dos agressores da TEIP se diferencia de
todos os outros. No entanto, Os dados recolhidos não nos permitem identificar a
origem desta questão. Mais uma vez, remetemos este estudo para trabalhos
posteriores.
66
4.4
CARATERIZAÇÃO DAS REAÇÕES DAS VÍTIMAS ÀS AGRESSÕES
Para estudar e tipificar as reações das vítimas às agressões, analisámos as respostas
dadas pelos alunos inquiridos à pergunta nº 7 “O que é que habitualmente fizeste
quando foste maltratado nas aulas de Educação Física?”. Esta é uma questão de
escolha múltipla, onde se admite a seleção de mais de uma hipótese de resposta.
Quadro 30 – O que é que habitualmente fizeste quando foste maltratado nas aulas de Educação Física?
Escola TEIP
Escola Ensino
Total
Regular
Respostas
n
%
N
%
n
%
135
67,2%
310
71,9%
445
70,4%
Chorei
8
4,0%
10
2,3%
18
2,8%
Fugi
5
2,5%
3
0,7%
8
1,3%
Ignorei-os
22
10,9%
38
8,8%
60
9,5%
Disse-lhes que parassem
6
3,0%
20
4,6%
26
4,1%
Pedi ajuda aos meus companheiros
1
0,5%
3
0,7%
4
0,6%
5
2,5%
13
3,0%
18
2,8%
Defendi-me
15
7,4%
22
5,1%
37
5,9%
Isolei-me
3
1,5%
11
2,7%
14
2,3%
Outras. Por favor diz como:
1
0,5%
1
0,2%
2
0,3%
Total
201
100,0%
431
100,0%
632
100,0%
Não fui maltratado nas aulas de
Educação Física
Pedi ajuda a um adulto (Professor,
funcionários, etc.)
Como já referimos, nesta questão consentíamos que cada inquirido indicasse mais de
uma hipótese de resposta. Então, a soma das frequências associadas às categorias
“Chorei”, “Fugi”,...,”Outras. Por favor diz como:” não coincide com o número total de
vítimas, que será obtido contabilizando o número de inquiridos que assinalaram pelo
menos uma das opções referidas. O valor obtido (104) excede de forma significativa
os números que temos vindo a referir no tratamento das questões anteriores.
Voltaremos a este tópico na secção 4.7.
Apresentamos, de seguida, o quadro obtido por tratamento das respostas que indicam
agressão (ver Quadro 30A):
67
Quadro 30A – Reações das vítimas à agressão nas aulas de Educação Física
Escola TEIP
Escola Ensino
Chorei
Total
Regular
Respostas
n
%
N
%
n
%
8
12,1%
10
8,3%
18
9,6%
Fugi
5
7,6%
3
2,5%
8
4,3%
Ignorei-os
22
33,3%
38
31,4%
60
32,1%
Disse-lhes que parassem
6
9,1%
20
16,5%
26
13,9%
Pedi ajuda aos meus companheiros
1
1,5%
3
2,5%
4
2,1%
5
7,7%
13
10,7%
18
9,6%
Defendi-me
15
22,7%
22
18,2%
37
19,8%
Isolei-me
3
4,5%
11
9,1%
14
7,5%
Outras. Por favor diz como:
1
1,5%
1
0,8%
2
1,1%
Total
66
100,0%
121
100,0%
187
100,0%
Pedi ajuda a um adulto (Professor,
funcionários, etc.)
Numa primeira análise, destacam-se, em ambas as escolas, as hipóteses “Ignorei-os”
e “Defendi-me” (com cerca de 1/3 e 1/5 das respostas, respetivamente). As restantes
hipóteses surgem com relevo diferente nas duas escolas.
Mais uma vez, recorremos à inferência estatística para validar as afirmações
anteriores. Começámos por aplicar o teste do Qui-quadrado da independência para
averiguar se podemos estabelecer uma diferenciação entre as escolas. Para o efeito,
definimos a hipótese nula, H0, como: “A distribuição de frequências da variável em
estudo é independente da tipologia da escola”. O valor do p-value (0,469, obtido
através do teste de Fisher – ver output 31.1) implicou a não rejeição da hipótese nula.
Assim, concluímos que as diferenças registadas não são suficientes para que se
possa dizer que o modo como os alunos reagem à agressão esteja relacionado com a
tipologia da escola.
De seguida, testámos a aderência à Uniforme das distribuições de frequências
observadas em cada escola, definindo a hipótese nula, H0, como: “Na TEIP (Escola de
Ensino Regular), as categorias da variável em estudo ocorrem com igual
probabilidade”. Em ambos os casos obtivemos um p-value de 0,000, (ver outputs 31.2
e 31.3) o que implicou a rejeição da hipótese nula, o que era, de esperar, face à
dimensão das diferenças registadas.
Confirmámos, assim, as indicações apontadas quanto ao tipo de resposta dominante:
“Ignorei-os” e “Defendi-me”. No entanto, a avaliação do peso relativo das restantes
hipóteses afigura-se-nos mais complexa. Na TEIP as frequências das restantes
68
categorias são da mesma ordem de grandeza, por outro lado, na Escola de Ensino
Regular as opções “Disse-lhes que parassem”, “Fugi” e “Pedi ajuda aos meus
companheiros” destacam-se das restantes, não sendo evidente a relação entre as
frequências associadas às outras categorias. Esta situação e o facto de existir um
número de hipóteses que podemos classificar como análogas, como, por exemplo,
“Isolei-me” e “Fugi”, sugere a agregação das respostas. A agregação foi efetuada em
torno das categorias mais frequentes, que indicam dois tipos de posicionamento
antagónicos: ceder e reagir. Assim, considerámos no primeiro grupo as respostas que
indicam sujeição da vítima ao agressor: “Chorei”, “Ignorei-os”, “Disse-lhes que
parassem”, “Fugi”, “Isolei-me” (nos dois últimos casos considerámos que o
condicionamento do espaço da vítima também é uma forma de sujeição). No segundo
grupo, considerámos as hipóteses que indicam a confrontação dos agressores pela
vítima, com ou sem ajuda de terceiros: “Pedi ajuda aos meus companheiros”, ”Pedi
ajuda a um adulto” e “Defendi-me”. Repare-se que a opção “Disse-lhes que parassem”
se presta a uma dupla interpretação, pois tanto se pode tratar de um pedido como de
uma ordem. A nossa assunção, baseada na experiência em escola, é a de que, na
maioria das vezes, a vítima se manifesta em tom de súplica e daí a classificação
atribuída. A opção “Outras. Por favor diz como:” foi analisada caso a caso. No quadro
seguinte (Quadro 31) apresentamos os resultados agregados:
Quadro 31 – Reações das vítimas à agressão nas aulas de Educação Física
Escola TEIP
Escola Ensino
Total
Regular
Respostas
n
%
N
%
n
%
Submissão
44
66,7%
82
67,8%
126
67,4%
Confrontação
22
33,3%
39
32,2%
61
32,6%
Total
66
100,0%
121
100,0%
187
100,0%
A leitura do quadro indica-nos que, por cada reação de confrontação, há duas de
submissão, sendo este resultado comum às duas escolas.
A inferência estatística valida a observação anterior através dos testes do Quiquadrado da independência (para comparação das escolas) e da Binomial (para
determinação do peso relativo de cada categoria, em cada escola). Assim, definimos
as hipóteses nulas: ”O tipo de reação à agressão é independente da escola” para o
primeiro caso e “Na TEIP (Escola de Ensino Regular), as categorias da variável em
69
estudo ocorrem com igual probabilidade” no segundo. Com efeito, os valores obtidos
para o p-value implicaram a não rejeição da primeira das hipóteses apresentadas (pvalue de 0,741) e a rejeição das outras duas (p-value 0,010 e 0,000 - ver outputs 32.1;
32.2 e 32.3, respetivamente).
Estes resultados seguem a mesma linha de pensamento de Zoega e Rosim, (2009)
que assinalaram que as vítimas normalmente não reagem às agressões a que são
sujeitas, por passividade e não terem confiança nelas próprias.
De seguida, analisámos os resultados indicados no quadro anterior em cada um dos
grupos estudados. No Quadro 31A apresentamos os resultados relativos ao género e
no Quadro 31B os resultados relativos ao ciclo:
Quadro31A – Reações à agressão nas aulas de Educação Física, segundo o género da vítima (dados agregados)
Respostas
Escola TEIP
Masculino
Escola Ensino Regular
Feminino
Masculino
Feminino
Total
Masculino
Feminino
n
%
n
%
n
%
n
%
n
%
n
%
Submissão
14
66,7%
30
66,7%
26
65,0%
56
69,1%
40
65,6%
86
68,3%
Confrontação
7
33,3%
15
33,3%
14
35,0%
25
30,9%
21
34,4%
40
31,7%
Total
21
100,0%
45
100,0%
40
100,0%
81
100,0%
61
100,0%
126
100,0%
Quadro 31B – Reações à agressão nas aulas de Educação Física, segundo o ciclo da vítima (dados agregados)
Respostas
Escola TEIP
2.º Ciclo
Escola Ensino Regular
3.º Ciclo
2.º Ciclo
Total
3.º Ciclo
2.º Ciclo
3.º Ciclo
N
%
n
%
n
%
n
%
n
%
n
%
Submissão
34
65,4%
10
71,4%
50
66,7%
32
69,6%
84
66,1%
42
70,0%
Confrontação
18
34,6%
4
28,6%
25
33,3%
14
30,4%
43
33,9%
18
30,0%
Total
52
100,0%
14
100,0%
75
100,0%
46
100,0%
127
100,0%
60
100,0%
Por observação dos quadros anteriores, verificamos de imediato que as conclusões
apresentadas para o Quadro 31A são válidas nos dois géneros e nos dois ciclos. De
facto, as frequências associadas a cada categoria permanecem quase inalteradas
quando variamos o género e o ciclo dos inquiridos. Assim, optamos por não discutir a
70
análise inferencial destes quadros, cujos resultados apresentamos, apenas, em anexo
(ver outputs 33.1 a 33.6 e 34.1 a 34.6).
Repare-se que o facto da questão em estudo admitir a seleção de mais de uma
hipótese de resposta, não permitiu associar diretamente reações submissas a vítimas
submissas nem reações de confronto a vítimas reativas. Com efeito, uma análise
atenta dos inquéritos mostra que há casos em que o inquirido seleciona hipóteses de
ambos os grupos. Dado que nos interessa, também, avaliar a existência de grupos
específicos associados a cada tipo de reação, recorremos novamente aos dados
recolhidos a partir da questão 7 e separámos os inquiridos em 3 classes: aqueles que
se submetem sempre, aqueles que reagem sempre e aqueles que apresentam os dois
tipos de comportamento. No Quadro 32 apresentamos os resultados obtidos:
Quadro 32 – Reações das vítimas à agressão nas aulas de Educação Física
Respostas
Escola TEIP
Escola Ensino
Total
Regular
n
%
n
%
n
%
Só Submissão
22
55,0%
33
50,0%
55
51,9%
Só Confrontação
10
25,0%
12
18,2%
22
20,8%
Submissão/Confrontação
8
20,0%
21
31,8%
29
27,3%
Total
40
100,0%
66
100,0%
106
100,0%
Apesar do Quadro 32 indiciar a diferenciação das duas escolas, a aplicação do teste
do Qui-quadrado da independência mostra não ser possível rejeitar a hipótese de
independência6, pelo que a observação não é validada, o que é reforçado pelos
resultados da aplicação do teste Z.
Temos, assim, uma parte significativa dos alunos que admite que a sua reação nem
sempre é a mesma. Julgamos de extremo interesse perceber como, quando e porquê
se dão estas alterações de comportamento. No entanto, a estrutura do inquérito
aplicado não nos permite dar resposta a estas questões, pelo que as reservamos para
trabalho futuro.
6
Definindo a hipótese nula como: “A distribuição de frequências da variável em estudo é independente
da escola”, obtemos um p-value de 0,386, o que não permite a rejeição da hipótese enunciada (ver
output 35).
71
Para a comparação por género e ciclo eliminámos, pelos motivos já explicados, a
terceira hipótese. Os resultados obtidos são apresentados nos quadros seguintes:
Quadro 32A – Reações à agressão nas aulas de Educação Física, segundo o género da vítima (dados agregados)
Respostas
Escola TEIP
Masc.
Escola Ensino Regular
Fem.
Masc.
Total
Fem.
Masc.
Fem.
n
%
N
%
n
%
n
%
n
%
n
%
Só Submissão
10
62,5%
12
75,0%
13
65,0%
20
69,1%
23
65,7%
32
76,2%
Só Confrontação
6
37,5%
4
25,0%
6
35,0%
6
30,9%
12
34,3%
10
23,8%
Total
16
100,0%
16
100,0%
19
100,0%
26
100,0%
35
100,0%
42
100,0%
Quadro 32B – Reações à agressão nas aulas de Educação Física, segundo o ciclo da vítima (dados agregados)
Respostas
Escola TEIP
2.º Ciclo
Escola Ensino Regular
3.º Ciclo
2.º Ciclo
Total
3.º Ciclo
2.º Ciclo
3.º Ciclo
n
%
n
%
n
%
n
%
n
%
n
%
Só Submissão
18
66,7%
4
80,0%
20
74,1%
13
72,2%
38
70,4%
17
73,9%
Só Confrontação
9
33,3%
1
20,0%
7
25,9%
5
27,8%
16
29,6%
6
26,1%
Total
27
100,0%
5
100,0%
27
100,0%
18
100,0%
54
100,0%
23
100,0%
A análise dos quadros anteriores indicia um claro predomínio da atitude de submissão
nos dois géneros e nos dois ciclos. As diferenças nos valores das frequências são
evidentes, pelo que dispensamos, mais uma vez, a análise dos resultados obtidos por
aplicação da estatística inferencial7, que remetemos para anexo (ver outputs 36.1 a
36.4 e 37.1 a 37.4). Já a comparação do peso dos vários grupos dentro de cada
categoria não dá indicações claras, não se observando diferenças significativas nos
valores registados8. Também neste caso, remetemos para anexo a análise dos
resultados de inferência (ver outputs 38.1 a 38.4). Posto isto, podemos afirmar que
não encontrámos evidência que mostre que o género e/ou o ciclo condicionam, de
alguma forma, a atitude da vítima perante a agressão.
7
Aplicação do teste da Binomial à análise da distribuição de frequências em cada um dos grupos
analisados.
8
Aplicação do teste Z à deteção de diferenças significativas entre os valores das frequências associadas
a cada categoria, quando comparamos grupos diferentes.
72
Estudámos, de seguida, a reação como resposta a uma ação, avaliando se o tipo da
ação perpetrada condicionou a resposta da vítima. As questões 3, 4 e 5 dão
indicações sobre a frequência e o tipo da agressão, bem como sobre o número de
agressores. O cruzamento da informação que lhes está associada com as respostas à
pergunta 7 poderá dar indicações que permitam atingir o objetivo enunciado.
No entanto, o facto das questões 4 e 7 serem perguntas de resposta múltipla impede a
sua utilização neste contexto – não é possível identificar associações entre as várias
hipóteses assinaladas.
Assim, cruzámos as respostas obtidas às perguntas 3 e 4 com as respostas à
pergunta 7, depois de agregadas e tratadas. Para o efeito, utilizámos os inquéritos
com resposta diferente de “Não fui maltratado nas aulas de Educação Física” em
ambas as perguntas, visto que, o número de alunos que assinala esta resposta oscila
entre perguntas. De seguida, apresentámos um resumo da informação recolhida na
forma de Tabela de Contingência (Quadro 33 e Quadro 34):
Quadro 33 – Relação entre o tipo de vítima e a frequência das agressões
Só 1 ou 2
De 3 a 6
Uma vez por
Em todas as
vezes
vezes
semana
aulas de E.F.
total
n
%
n
%
n
%
n
%
n
%
Submissos
32
60,4%
6
11,3%
2
3,8%
0
0,00%
41
75,5%
Reativos
11
20,8%
1
1,9%
1
1,9%
0
0,00%
13
24,5%
total
43
81,2%
7
13,2%
3
5,7%
0
0,00%
54
100,0%
Recordamos que através do tratamento de dados aplicado às respostas obtidas na
pergunta 7 foi possível identificar o conjunto das vítimas submissas e o conjunto das
vítimas reativas. O quadro indica-nos com que frequência são agredidas as vítimas
dos dois tipos, observando-se que a proporção de alunos submissos aumenta com a
frequência da agressão (3:1, 6:1); voltando a diminuir depois (2:1).
Quadro 34 – Relação entre o tipo de vítima e o número de agressores
Principalmente por um colega
Por 2ou 3 colegas
Por 4 ou mais colegas
Total
n
%
n
%
n
%
n
%
Submisso
15
29,4%
19
37,3%
6
11,8%
40
78,4%
Reativo
5
9,8%
4
7,8%
2
3,9%
11
21,6%
Total
20
39,2%
23
45,1%
8
15,7%
51
100,0%
73
No que diz respeito à comparação com a vitimização por ação de grupos as diferenças
observadas não são tão acentuadas (3:1; 5:1; e 3:1).
Procurámos validar as afirmações anteriores por aplicação do teste do Qui-quadrado
da independência. A aplicação do teste resultou na não rejeição da hipótese nula em
ambos os casos sendo as hipóteses nulas: “A reação da vítima é independente da
frequência da agressão” e “A reação da vítima é independente do número de
agressores” - ver outputs 39.1 e 39.2. Não podemos, assim, validar a primeira das
hipóteses apresentadas. Chamamos a atenção para o facto de o número de vítimas
agredidas de forma continuada na amostra ser reduzido, o que, como é sabido,
dificulta a obtenção de resultados inferenciais. Para colmatar esta situação
poderemos, no futuro, proceder a um conjunto de entrevistas e tratar os dados obtidos
usando métodos qualitativos.
4.5
IDENTIFICAÇÃO DOS MOMENTOS DA AULA EM QUE OCORREM AS AGRESSÕES
Nesta secção procurámos identificar as atividades mais propícias à ocorrência de
agressões nas aulas de Educação Física. Muito embora este tópico possa ser
entendido como à margem do nosso estudo, que se centra nas relações entre
agressores e vítimas, suas motivações e comportamentos, consideramo-lo de extrema
importância pois, a partir das conclusões aqui obtidas, o docente poderá exercer
ações de prevenção à agressão mais eficazes.
Assim, começámos por reportar as respostas dadas pelos alunos à questão n.º 8
“Nas aulas de Educação Física, em que atividade(s) costumas ser maltratado?”.
Apresentamos os resultados no Quadro 35.
74
Quadro 35 - Nas aulas de Educação Física, em que atividade(s) costumas ser maltratado?
Escola TEIP
Escola Ensino
Total
Regular
Respostas
n
%
n
%
n
%
145
75,1%
321
77,5%
466
76,8%
8
4,1%
10
2,4%
18
3,0%
5
2,6%
12
2,9%
17
2,8%
1
0,5%
8
1,9%
9
1,5%
6
3,1%
7
1,8%
13
2,1%
0
0,0%
3
0,7%
3
0,5%
Nas atividades/jogos de pares com material
6
3,1%
13
3,1%
19
3,1%
Nas atividades/jogos de pares sem material
3
1,6%
5
1,2%
8
1,3%
Nas estafetas
1
0,5%
3
0,7%
4
0,7%
18
9,4%
22
5,4%
40
6,6%
Outras atividades. Por favor diz quais:
0
0,0%
10
2,4%
10
1,6%
Total
193
100,0%
414
100,0%
607
100,0%
Não fui maltratado nas aulas de Educação
Física
Na organização das atividades
Na circulação livre pelo espaço realizando
exercícios com material
Na circulação livre pelo espaço realizando
exercícios sem material
Nas atividades realizadas no local com
material
Nas atividades realizadas no local sem
material
Nos jogos de equipa (jogo do mata, bola ao
capitão…)
Mais uma vez, o facto de se tratar de uma resposta de escolha múltipla impede-nos de
determinar o número de alunos que admitiram ter sido agredidos, adicionando o valor
das
frequências
absolutas
associadas
às
hipóteses
“Na
organização
das
atividades”,..., “Outras atividades. Por favor diz quais:”. Assim, determinámos aquele
valor contabilizando o número de inquiridos que assinalaram pelo menos uma das
hipóteses referenciadas. Obtivemos um total de 93 casos. As respostas dadas por
esses 93 inquiridos foram analisadas de seguida.
Para tratar os dados referenciados foi necessário distribuir as atividades indicadas
pelos alunos na opção “Outras atividades. Por favor diz quais:” pelas restantes
categorias. Nesse processo, eliminámos 5 respostas, atribuímos 4 à categoria “Na
organização das atividades”, uma à categoria “Nas atividades/jogos de pares sem
material” de acordo com as correspondências que indicamos no quadro seguinte:
75
Lista das atividades indicadas na categoria 11 e correspondência estabelecida
Não posso dizer
Eliminado
No aquecimento (3 respostas)
Na organização das atividades
No balneário
Eliminado
No recreio
Eliminado
Depende
Eliminado
Instruções (ouvir o Prof.)
Na organização das atividades
Sem reposta
Eliminado
Dança
Nas atividades/jogos de pares sem material
Depois de reclassificadas as respostas obtivemos, então, o quadro 35A:
Quadro 35A - Atividade(s) onde se registam maltratos nas aulas de Educação Física
Escola TEIP
Escola Ensino
Total
Regular
Respostas
n
%
n
%
n
%
8
16,7%
14
15,9%
22
16,2%
5
10,4%
12
13,7%
17
12,5%
1
2,1%
8
9,2%
9
6,6%
Nas atividades realizadas no local com material
6
12,5%
7
7,9%
13
9,6%
Nas atividades realizadas no local sem material
0
0,0%
3
3,4%
3
2,2%
Nas atividades/jogos de pares com material
6
12,5%
13
14,7%
19
14,0%
Nas atividades/jogos de pares sem material
3
6,2%
6
6,8%
9
6,6%
Nas estafetas
1
2,1%
3
3,4%
4
2,9%
18
37,5%
22
25,0%
40
29,4%
48
100,0%
88
100,0%
136
100,0%
Na organização das atividades
Na circulação livre pelo espaço realizando
exercícios com material
Na circulação livre pelo espaço realizando
exercícios sem material
Nos jogos de equipa (jogo do mata, bola ao
capitão…)
Total
O quadro apresentado indicia a opção “Nos jogos de equipa (jogo do mata, bola ao
capitão,…)” como a mais frequente, seguida da opção “Na organização das
atividades”. Seguem-se as atividades “Nas atividades/jogos de pares com material” e
“Na circulação livre pelo espaço realizando exercícios com material” com frequências
semelhantes. Esta situação foi confirmada por aplicação do teste do Qui-quadrado de
aderência à distribuição Uniforme que, aplicado aos dados associados a cada uma
das escolas, rejeitou a hipótese nula: “Na TEIP (Escola de Ensino Regular) as
76
categorias da variável em estudo ocorrem com igual probabilidade” confirmando
assim, a existência de diferenças significativas entre o peso relativo das várias
categorias (p-value de 0,000 e 0,001, respetivamente - ver outputs 40.1 e 40.2).
Por aplicação do teste do Qui-quadrado da independência, vimos não rejeitada a
hipótese nula definida como: “A distribuição de frequências da variável em estudo é
independente da escola” (p-value de 0,508 por aplicação do teste de Fisher – ver
output 40.3); o teste Z reforçou esta conclusão ao não identificar diferenças
significativas em nenhuma das categorias.
Tendo em vista o objetivo definido para esta secção (ajudar o docente na gestão da
aula), estamos interessados em saber se há diferenças nos comportamentos
associados aos dois géneros e aos dois ciclos. Desta forma, o professor poderá
conhecer melhor o comportamento dos seus alunos e das suas turmas. Nos quadros
abaixo apresentamos os resultados (devido à extensão da sua designação, indicámos
as opções através de um código numérico, correspondendo a categoria “Na
organização das atividades” ao código 1 e “Nos jogos de equipa (jogo do mata, bola
ao capitão…)” ao código 9):
Quadro 36A – Atividades onde ocorrem as agressões, segundo o género
Respostas
Escola TEIP
Masculino
Escola Ensino Regular
Feminino
Masculino
Feminino
Total
Masculino
Feminino
n
%
n
%
n
%
n
%
n
%
n
%
1
2
16,6%
6
16,6%
5
16,7%
9
15,6%
7
16,7%
15
16,7%
2
1
8,3%
4
11,1%
4
13,3%
8
13,8%
5
11,9%
12
12,8%
3
0
0,0%
1
2,8%
2
6,7%
6
10,3%
2
4,8%
7
7,3%
4
1
8,3%
5
13,9%
3
10,0%
4
6,9%
4
9,6%
9
9,6%
5
0
0,0%
0
0,0%
1
3,3%
2
3,4%
1
2,4%
2
2,0%
6
2
16,6%
4
11,1%
5
16,7%
8
13,8%
7
16,7%
12
12,8%
7
1
8,3%
2
5,6%
2
6,7%
4
6,9%
3
7,1%
6
6,4%
8
0
0,0%
1
2,8%
1
3,3%
2
3,4%
1
2,4%
3
3,2%
9
5
41,9%
13
36,1%
7
23,3%
15
25,9%
12
28,4%
28
29,2%
Total
12
100,0%
36
100,0%
30
100,0%
58
100,0%
42
100,0%
94
100,0%
77
Quadro 36B – Atividades onde ocorrem as agressões, segundo o ciclo
Respostas
Escola TEIP
2.º Ciclo
Escola Ensino Regular
3.º Ciclo
2.º Ciclo
Total
3.º Ciclo
2.º Ciclo
3.º Ciclo
n
%
n
%
n
%
n
%
N
%
N
%
1
5
13,2%
3
30,0%
7
18,4%
7
14,0%
12
15,8%
10
16,7%
2
3
7,9%
2
20,0%
4
10,5%
8
16,0%
7
9,2%
10
16,7%
3
0
0,0%
1
10,0%
3
7,9%
5
10,0%
3
3,9%
6
10,0%
4
5
13,2%
1
10,0%
2
5,4%
5
10,0%
7
9,2%
6
10,0%
5
5
13,2%
1
10,0%
0
0,0%
3
6,0%
5
6,6%
4
6,6%
6
0
0,0%
0
0,0%
9
23,7%
4
8,0%
9
11,8%
4
6,6%
7
2
5,3%
1
10,0%
1
2,6%
5
10,0%
3
3,9%
6
10,0%
8
1
2,6%
0
0,0%
1
2,6%
2
4,0%
2
2,8%
2
3,4%
9
17
44,6%
1
10,0%
11
28,9%
11
22,0%
28
36,8%
12
20,0%
Total
38
100,0%
10
100,0%
38
100,0%
50
100,0%
76
100,0%
60
100,0%
Quanto ao género, os resultados apresentados evidenciam uma de duas situações: ou
seguem de perto a tendência geral apontada acima ou são de tal forma esparsos que
não permitem a identificação de qualquer tipo de tendência. Fazemos notar que a
estrutura da pergunta dificulta a interpretação dos resultados. A presença de várias
hipóteses similares (ou de difícil distinção) confunde o inquirido e dificulta a extração
de informação. Considerámos, assim, que o número de categorias e a dispersão nas
escolhas são demasiado elevados para que com este número de respostas se possam
apresentar resultados inferenciais relevantes.
Quanto ao ciclo notamos mais agressões no 2.º Ciclo (76) do que no 3º Ciclo (60).
Se nos debruçarmos, agora, sobre os alunos da TEIP, a tendência continua a manterse (38 agressões no 2.º Ciclo e 10 no 3.º Ciclo).
Mas na Escola de Ensino Regular o resultado inverte-se, com 38 agressões, também
no 2º Ciclo, mas já com 50 no 3º Ciclo, o que é manifestamente surpreendente, dado
que até ao momento, encontrámos sempre mais registos de situações de agressão
nos alunos do 2.º Ciclo.
78
Como já referimos, a relação entre o número de respostas e o número de categorias
apresentadas faz com que os resultados inferenciais (que, aqui, nos permitiriam
avaliar o significado desta situação) não sejam de considerar. Assim, para determinar
se a relação de ordem observada na Escola de Ensino Regular tem correspondência
real no universo daquela escola teríamos de realizar um estudo mais alargado.
Não obstante, devemos salientar que o objetivo desta pergunta não é o de determinar
em qual dos ciclos prevalece a agressão, mas sim o de identificar os locais mais
propícios à agressão em cada ciclo e, quanto a esse objetivo, os resultados
apresentados são conclusivos, apontando, em todos os casos, para a realização de
jogos em equipa e para a organização das atividades. Terminamos assim esta secção,
reiterando que, apesar da dificuldade em relacionar o local onde ocorre a agressão
com o género e/ou ciclo dos alunos envolvidos, foi possível concluir sobre os locais
onde é mais comum haver agressões.
Deste modo, o nosso estudo vai de encontro ao de Brito (2006). Este resultado pode
ser justificado com as relações interpessoais que se desenvolvem no decorrer do jogo
e com o facto dos alunos com maiores capacidades não quererem nas suas equipas
colegas que possam pôr em causa a vitória da equipa (Haber & Glatzer, 2007).
Também sabemos que nestas idades, principalmente nos alunos mais novos, o jogo
se carateriza por ser muito anárquico, o que pode levar à ocorrência de situações de
conflito.
4.6
VERIFICAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE BULLYING NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E
TIPIFICAÇÃO DOS EPISÓDIOS REGISTADOS
Como temos vindo a referir, existência de bullying implica a repetição ao longo do
tempo de um conjunto de atos que revelam abuso de poder entre pares. Desta forma,
nem todos os atos de violência são bullying: uma altercação entre alunos sê-lo-á, ou
não, consoante existir, ou não, um elemento de repetição. É, portanto, na existência
de um elemento de repetição que reside a chave para a identificação de um ato de
bullying. Esse elemento de repetição pode ser a vítima (i.e. as ações são dirigidas de
forma reiterada contra determinados indivíduos) ou o agressor (i.e. as ações são
perpetradas por um ou vários indivíduos/grupos que, de forma recorrente, molestam
os seus pares).
79
Esta distinção é importante para perceber a diferença entre um ambiente mais
turbulento e um ambiente onde há bullying, ambiente esse que pode até, no limite, ter
uma aparência tranquila. É nesta distinção que se baseia, também, a divisão do nosso
trabalho nas duas partes que temos vindo a apresentar: na primeira parte, estudámos
a violência na escola e nas aulas de Educação Física de forma global; nesta secção
estudaremos os atos de bullying praticados nas aulas de Educação Física, procurando
caraterizar a sua incidência, quem são os envolvidos e como se materializam.
No nosso estudo, seguimos o critério proposto por Pereira 2002, para identificar
situações de bullying. Segundo aquela autora, bullying são atos de violência física ou
verbal/social perpetrados sobre/por alguém que sofre/exerce, em média, uma ação
desta natureza por semana9. Com base neste critério e nas respostas às perguntas nº
3 e 9 do inquérito: “Com que frequência tens sido maltratado nas aulas de Educação
Física?” e “Quantas vezes ajudaste a maltratar outros nas aulas de Educação Física?”,
respetivamente, identificámos 7 vítimas e 4 agressores (ou bullies).
4.6.1 AS VÍTIMAS DE BULLYING
A partir das respostas à pergunta nº 3 do inquérito identificámos 7 vítimas de bullying
(como já mencionámos, considerámos vítimas aqueles que referiram ser assediados
pelos pares pelo menos uma vez por semana), o que corresponde a 1,3% dos alunos.
Este resultado é consideravelmente inferior se tivermos em conta os estudos sobre o
bullying na escola - 24,2% (Pereira et al., 2009), - 38,1% (Cunha, 2005), - 42,2%
(Seixas, 2006).
O estudo de Brito (2006) referente ao bullying nas aulas de Educação Física, também
denota uma diferença percentual muito acentuada (1,3% - 14,3%).
Esta situação pode dever-se aos ciclos em estudo. O nosso estudo incide sobre
alunos do 2.º e 3.º ciclos e, tal como foi referido no capítulo II, o bullying vai diminuindo
com o aumentar da escolaridade. Para além disso, sabemos que nas escolas do 1.º
Ciclo as condições físicas e o material disponível não são, muitas vezes, os mais
adequados para a lecionação da disciplina de Educação Física, o que pode contribuir
para o aumento da violência.
9
Pereira refere três ou mais vezes no espaço temporal de um mês, o que se converte em,
aproximadamente, uma vez por semana.
80
No Quadro 37 apresentamos a sua identificação (identificámos cada vítima pelo
código V1, …, V7:
Quadro 37 – Vítimas de bullying nas aulas de Educação Física
Aluno
Género
Idade
Escola
Ciclo
V1
Feminino
10
Escola de Ensino Regular
2.º
V2
Masculino
11
TEIP
2.º
V3
Masculino
11
TEIP
2.º
V4
Masculino
11
Escola de Ensino Regular
2.º
V5
Masculino
12
TEIP
2.º
V6
Masculino
13
Escola de Ensino Regular
3.º
V7
Feminino
13
Escola de Ensino Regular
3.º
A partir do quadro, verificamos uma presença maioritária de alunos do 2.º ciclo do
género masculino (5/7, em ambas as situações). Observamos também que, dentro de
cada ciclo, as vítimas são os alunos mais novos. Por outro lado, não parece haver
uma distinção forte do nível de vitimização nas duas escolas, pois registamos 3
vítimas na TEIP (3/ 173=1,7%) e 4 na Escola de Ensino Regular (4/376=1,1%).
Observamos, agora, que o número de casos detetados não é suficiente para que se
possa realizar um tratamento estatístico como o que aplicámos nas secções
anteriores. Assim, no que se segue, relatamos e comentamos as respostas destes 7
inquiridos relativamente aos tópicos em estudo, sem procurar extrapolar conclusões
para a população. Os diferentes tópicos serão abordados seguindo a ordem pela qual
foram apresentados nas secções anteriores.
Assim, no próximo quadro (Quadro 38) registamos as respostas destes à pergunta nº
6: ”Costumas ser maltratado por rapazes ou por raparigas, nas aulas de Educação
Física?” (X indica a opção escolhida pelo aluno)
81
Quadro 38 – Caraterização pelas vítimas de bullying do género do agressor, nas aulas de Educação Física
V1
V2
V3
V4
V5
V6
V7
X
Não fui maltratado nas aulas de Educação Física.
Só por rapazes.
X
X
X
Principalmente por rapazes.
X
Tanto por rapazes como por raparigas.
X
X
Principalmente por raparigas.
Só por raparigas.
Em primeiro lugar, chamamos a atenção para a existência de uma resposta associada
à hipótese 1: “Não fui maltratado nas aulas de Educação Física”, situação que consiste
num outlier. As restantes respostas dividem-se de forma paritária entre “Só por
rapazes” e “Tanto por rapazes como por raparigas”. Verificamos, portanto, que em
qualquer dos casos há uma presença masculina forte no grupo dos agressores, não
sendo reportados atos de bullying praticados só por raparigas ou maioritariamente por
raparigas.
Analisámos, de seguida, as respostas à pergunta nº 4 “De que maneira tens sido
maltratado nas aulas de Educação Física?” cujas respostas apresentamos no Quadro
39:
Quadro 39 – Caraterização do tipo de maltrato sofrido pelas vítimas de bullying, nas aulas de Educação Física
V1
Não fui maltratado nas aulas de Educação Física
V2
V3
X
V4
V5
V6
X
X
X
X
V7
X
Deram-me murros, pontapés.
Deram-me empurrões.
X
Fizeram-me rasteiras.
X
X
Fui ameaçado.
Chamaram-me nomes e insultaram-me por causa da minha cor ou
raça.
X
Chamaram-me nomes, insultaram-me ou gozaram comigo.
X
X
Gritaram comigo.
Não me deixaram fazer parte do seu grupo/equipa
Chatearam-me
X
X
X
82
Mais uma vez, detetamos a presença de dois outliers, desta feita nas respostas dadas
pelos alunos V1 e V4. Relativamente às restantes respostas, constatamos que (com
exceção de um caso) as vítimas são maltratadas por mais de uma via e que essa via
inclui atos físicos e verbais/sociais (no caso dos rapazes) e atos unicamente
verbais/sociais (no caso das raparigas). A ação dominante é, claramente, a de
“Chamaram-me nomes, insultaram-me ou gozaram comigo”.
Analisámos, seguidamente, as respostas à pergunta nº 5 do inquérito “Costumas ser
maltratado por um ou por vários colegas, nas aulas de Educação Física?”.
Apresentamos os resultados no Quadro 40:
Quadro 40 – Indicação pelas vítimas de bullying do número de agressores nas aulas de Educação
Física
V1
V2
V3
V4
V6
V7
X
Não fui maltratado nas aulas de Educação Física
X
Principalmente por um colega.
Por 2 a 3 colegas.
V5
X
X
Por 4 a 9 colegas.
X
Por mais de 9 colegas.
Não posso dizer quantos.
X
X
Voltamos a observar a presença de um outlier na resposta do aluno V5. Quanto aos
restantes, é evidente a existência de uma divisão: enquanto os três primeiros serão
vítimas diletas de pequenos grupos, os alunos V4, V6 e V7 serão vitimizados por um
número alargado de colegas (tal como aquando da elaboração da secção 4.3,
considerámos que uma resposta “Não posso dizer quantos” estará associada a um
número elevado de agressores). O fator aglutinador de cada grupo parece ser a idade
(os mais novos incluem-se no primeiro caso e, sobretudo, os mais velhos no segundo),
muito embora, como já referimos, o número de respostas não permita generalizar esta
conclusão.
De seguida estudámos as respostas à pergunta nº 7 do inquérito “O que é que
habitualmente fizeste quando foste maltratado nas aulas de Educação Física?”.
Apresentamos os resultados no Quadro 41:
83
Quadro 41 – Caraterização da reação das vítimas de bullying ao maltrato, nas aulas de Educação Física
V1
V2
V3
Chorei
X
X
Fugi
X
X
V4
V5
V6
V7
X
X
Não fui maltratado nas aulas de Educação Física
X
X
Ignorei-os
X
Disse-lhes que parassem
Pedi ajuda aos meus companheiros
Pedi ajuda a um adulto (Professor, funcionários, etc.)
X
X
X
X
X
X
X
Defendi-me
X
X
Isolei-me
X
X
Da análise do quadro, ressalta a ideia de que as vítimas tentam mais de uma
estratégia de defesa. Todavia, se dividirmos as reações em atos de submissão e de
confronto (conforme referenciado na secção 4.5), verificamos um predomínio evidente
dos primeiros e que esse domínio é transversal, ou seja, é apontado por todos os
alunos à exceção do aluno V5.
Concluímos esta subsecção dedicada às vitimas, com a análise das respostas à
pergunta nº 8 “Nas aulas de Educação Física, em que atividade(s) costumas ser
maltratado?”, cujos resultados apresentamos no Quadro 42:
Quadro 42 – Identificação da atividade onde ocorre a agressão às vítimas de bullying, nas aulas de Educação
Física
V1
V2
V3
V4
V6
V7
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Nas atividades/jogos de pares sem material
X
X
Nas estafetas
X
X
X
X
X
Não fui maltratado nas aulas de Educação Física
Na organização das atividades
Na circulação livre pelo espaço realizando exercícios com material
X
X
Na circulação livre pelo espaço realizando exercícios sem material
Nas atividades realizadas no local com material
X
Nas atividades realizadas no local sem material
Nas atividades/jogos de pares com material
Nos jogos de equipa (jogo do mata, bola ao capitão…)
V5
X
X
X
X
X
84
Voltamos a observar a escolha da primeira hipótese por parte do aluno V5. Se
excluirmos aquele aluno da análise verificamos que os restantes se encontram
separados em dois grupos: os alunos V2, V3 e V4 são maltratados unicamente numa
atividade; a agressão aos restantes é recorrente e repetida em todas (ou quase todas)
as atividades. Observamos que a agressão constante ocorre precisamente nos mais
novos e nos mais velhos, embora, na linha do que temos vindo a referir, esta
observação não possa ser generalizada.
Em suma, as nossas vítimas são, na sua grande maioria, os rapazes mais novos em
cada grupo. São maltratadas mais por rapazes do que por raparigas não existindo um
padrão claro quanto ao número de colegas que as atormentam. São perseguidas de
diversas formas, sofrendo agressões de tipo verbal/social e físico, com predomínio
para as primeiras e são, mormente, submissos sofrendo agressões em mais de uma
atividade.
No que diz respeito ao género das vítimas, os nossos resultados seguem a par dos de
Botelho e Sousa (2007), Carvalhosa et al. (2002) e Cunha (2005), O facto de serem os
alunos mais novos a sofrerem mais agressões, vem, mais uma vez, ao encontro da
ideia de que o bullying vai diminuindo com o avançar da idade e escolaridade (Forero
et al., 1999; Matos et al., 2009; Olweus ,1993; Seixas, 2006).
A submissão das vítimas é confirmada por Zoega & Rosim (2009).
4.6.2 OS AGRESSORES OU BULLIES
Em contraponto com a subsecção anterior analisamos agora as respostas à pergunta
nº 9 do inquérito “Quantas vezes ajudaste a maltratar outros nas aulas de Educação
Física?” que nos permitiram identificar 4 agressores (o critério usado para a definição
de bullie foi o mesmo que usamos para a definição de vítima), o que corresponde a
0,72% dos alunos inquiridos. No Quadro 43 descrevemos os alunos identificados (os
bullies são identificados pelos códigos B1, …, B4):
85
Quadro 43 –Bullies nas aulas de Educação Física
Aluno
Género
Idade
Escola
Ciclo
B1
Feminino
11
Escola de Ensino Regular
2.º
B2
Feminino
11
Escola de Ensino Regular
2.º
B3
Feminino
12
TEIP
2.º
B4
Masculino
16
TEIP
3.º
Os alunos identificados como agressores são, na sua maioria, raparigas com idades
adequadas ao ciclo que frequentam. Existe um único rapaz, mais velho que o usual no
seu grupo. Mais uma vez, as duas escolas estão presentes na mesma medida.
Descrevemos, de seguida, as respostas destes alunos às perguntas 10 e 11 do
questionário.
Começamos por apresentar, no Quadro 44, os resultados referentes às respostas à
pergunta 10 “Quando maltrataste outros colegas, normalmente fizeste-o sozinho ou
com outros colegas?”
Quadro 44 – Indicação do número de agressores pelos bullies
B1
B2
B3
B4
Não maltratei os meus colegas nas aulas de Educação Física
X
Normalmente fi-lo sozinho.
Normalmente fi-lo com 1-2 colegas.
X
X
Normalmente fi-lo com 3-8 colegas.
Normalmente fi-lo com mais de 8 colegas.
X
A partir da tabela do Quadro 44, observamos que os nossos agressores agem
maioritariamente sozinhos ou em pequenos grupos. A única exceção aparece
associada ao aluno B4, que é o mais velho do grupo.
86
Relativamente à pergunta nº 11 “Maltrataste outro(s) colega(s), nas aulas de
Educação Física, de alguma das seguintes formas?”, obtivemos as respostas (ver
Quadro 45):
Neste caso, não é possível identificar um padrão: os dois primeiros alunos afirmam
exercer apenas agressões de tipo verbal/social, enquanto os dois últimos molestam os
colegas pelas duas vias.
Quadro 45 – Caraterização do tipo de agressão pelos bullies
B1
B2
B3
B4
Não maltratei os meus colegas nas aulas de Educação Física
Bati, dei pontapés
X
Empurrei.
X
X
Ameacei.
X
X
Chamei-lhes nomes por causa da sua cor ou raça.
X
Chamei-lhes nomes ou gozei com ele/ela de outras maneiras.
Gritei.
X
X
X
X
Pus de parte alguns colegas de propósito, afastando-os do meu grupo/equipa.
Chateei
X
Assim, temos um conjunto de agressores que são essencialmente raparigas, com
idades adequadas ao ciclo que frequentam, que agem em grupos pequenos e que
coagem os seus colegas com agressões de natureza verbal/social. Por outro lado,
temos um aluno mais velho do que os restantes que age inserido em grupos grandes e
que exerce todo o tipo de coação. É de referir também que nenhum dos alunos aqui
listados consta do Quadro 37, pelo que não há alunos com duplo envolvimento.
O facto de termos verificado que os agressores são principalmente raparigas afasta-se
do apontado por Freire (2006). A natureza das agressões (verbais/sociais) praticadas
principalmente por raparigas está em linha com o indicado por Campos (2007), Elliot
(2002) e Neto (2005).
A terminar esta secção, gostaríamos de destacar o quanto interessante seria poder
aprofundar a nossa análise, caraterizando as respostas aluno a aluno. No entanto,
uma tal análise implica a realização de entrevistas às vítimas e bullies por forma a
procurar saber as suas impressões acerca do que as rodeia e os porquês das suas
87
ações/reações. Seria importante perceber, também, as caraterísticas físicas e
psicológicas destes alunos para entender o que faz deles vítimas e bullies. No entanto,
essa é uma análise que ultrapassa o âmbito do nosso estudo e que reservamos para
oportunidades posteriores.
4.7
VERIFICAÇÃO DA COERÊNCIA DAS RESPOSTAS APRESENTADAS
Dedicámos esta breve secção ao estudo da variabilidade da frequência associada às
hipóteses de resposta “Não fui maltratado nas aulas de Educação Física”, presente, de
forma direta ou indireta, nas perguntas n.º 2 à n.º 8 e “Não maltratei os meus colegas
nas aulas de Educação Física”, presente nas perguntas n.º 9 a n.º11 (em bom rigor a
formulação para a resposta à pergunta n.º 9 é ligeiramente diferente: “Eu não ajudei a
maltratar os meus colegas nas aulas de Educação Física”, mas o tópico em análise é
o mesmo). No Quadro 46 apresentamos a tabela de frequências associadas:
Quadro 46 – Verificação da coerência das respostas dos inquiridos
10
Não fui maltratado nas aulas de Educação
Física.
Não maltratei os meus colegas nas aulas de
Educação Física.
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
535
471
452
468
462
445
466
P9
P10
P11
502
499
492
Os valores apresentados mostram oscilações de pergunta para pergunta o que
significa que nem sempre os alunos foram coerentes no preenchimento do inquérito.
Desconhecemos os motivos desta situação, mas, provavelmente, estarão relacionados
com a (falta de) maturidade dos inquiridos, própria da idade, que os leva a ter quebras
de concentração, principalmente quando se pede o preenchimento de um inquérito
extenso e com algumas questões onde a escolha da hipótese de resposta adequada
não é imediata. Assim, há que aferir se essas oscilações são significativas.
10
Valor calculado subtraindo o número de inquiridos e o número de alunos que responderam ter sido
agredidos nas aulas de Educação Física. Para poder efetuar a comparação com os valores restantes,
consideramos, apenas, os alunos da TEIP e da Escola de Ensino Regular.
88
Para o efeito, recorremos ao teste do Qui-quadrado de aderência à distribuição
Uniforme. Definindo como hipótese nula, H 0: “A hipótese de resposta “Não fui
maltratado nas aulas de Educação Física” ocorre com igual probabilidade nas
perguntas P2 a P8”, obtivemos um p-value de 0,084 (ver output 41.1) o que implicou a
sua retenção. Analogamente, definindo como hipótese nula H 0: “A hipótese de
resposta “Não maltratei os meus colegas nas aulas de Educação Física” ocorre com
igual probabilidade nas perguntas P9 a P11”, obtivemos um p-value de 0,948 (ver
output 31.2) o que implicou, também, a sua retenção. Não há, portanto, evidência
estatística que permita afirmar que as diferenças detetadas nas respostas dos alunos
afetem as conclusões e/ou as comparações entre respostas.
89
5 CAPÍTULO V - CONCLUSÕES
Como referido no Capítulo II, o número de estudos divulgados sobre a ocorrência de
bullying nas aulas de Educação Física é muito reduzido, sendo escasso o
conhecimento que se tem desta variante do fenómeno. A única publicação portuguesa
que conhecemos sobre o assunto (Brito, 2006) debruça-se sobre o comportamento de
alunos do 1.º Ciclo. Assim, este trabalho, ao estudar alunos dos 2.º e 3.º ciclos
provenientes de três escolas com naturezas diferentes (Ver secção 3.4), pretende ser
um contributo para alargar a compreensão destas matérias. Salientamos que dispor de
dados relativos às três escolas estudadas foi essencial para poder aferir a existência
de correlação entre bullying (e o nível agressividade, em geral) e o meio onde o aluno
está inserido, e assim poder levar o estudo para além do cruzamento de dados com o
ciclo frequentado e o género do estudante.
Ao longo do trabalho analisámos e discutimos as respostas de uma amostra alargada
de estudantes das três escolas a um questionário. A partir das respostas dos
inquiridos procurámos caraterizar o comportamento dos alunos nas aulas de
Educação Física, face a um conjunto de objetivos definidos no capítulo III. Com esta
análise, conseguimos, primeiro, tipificar os atos de violência nas suas vertentes e,
depois, eleger, dentro destes, os atos de bullying.
Dedicamos, agora, este capítulo, à sistematização das principais conclusões dessa
pesquisa: começámos por indicar as conclusões obtidas para cada um dos objetivos
secundários enunciados no Capítulo III, remetendo para a pergunta do questionário
(P2 a P11); seguidamente, procedemos de forma idêntica para os atos de bullying.
De forma a facilitar a leitura do texto, optámos por evitar o uso constante de
terminologia técnica estatística. Assim, quando escrevemos, por exemplo, “os níveis
de agressividade nos dois tipos de escola (pública e privada) são diferentes” devemos
subentender que o tratamento estatístico aplicado aos dados permitiu encontrar
diferenças com significado estatístico nos níveis de agressividade nos dois tipos de
escola. Do mesmo modo, quando referimos “as duas escolas públicas não apresentam
diferenças quanto aos níveis de agressividade”, pretendemos referir que no nosso
estudo não encontrámos evidência estatística que permita diferenciar as duas escolas
públicas quanto ao nível de agressividade. Nesta situação reportamos os resultados
obtidos através da estatística descritiva.
90
Assim, ao longo do nosso estudo, verificámos que:
Quanto à distinção entre escolas por níveis de agressividade - (P2):
- Há registos de agressões por parte dos alunos, não só dentro da sala de aula,
como também fora dela, nas três escolas estudadas.
- Há diferenças entre os dois tipos de escola (publica e privada) quanto aos níveis
de agressividade e quanto aos locais mais propícios a essa agressividade, no entanto,
as duas escolas públicas não se distinguem entre si quanto aos mesmos tópicos:
1 – Tipo de escola
a) públicas – níveis de agressividade na ordem dos 25%.
b) privada – nível de agressividade abaixo de 20%.
2 – Local mais propício à agressão
a) públicas – recreio e turma.
b) privada – recreio, corredores, entradas e saídas da escola.
Quanto à importância das agressões nas aulas de Educação Física (P2)
- O peso relativo do número de agressões nas aulas de Educação Física,
comparativamente com os outros locais, é cerca de 10% semelhante nas três
escolas.
Quanto à agressividade nas aulas de Educação Física – Escolas Públicas11
A – VÍTIMAS E AGRESSORES (P2, P6, P10)
11
No externato Verney só um aluno referiu ter sido agredido nas aulas de Educação Física, pelo que as conclusões
que se seguem referem-se, apenas, às escolas Alfornelos e Roque Gameiro. Analisando o seu inquérito, verificamos
que o aluno assinala a resposta “1 ou 2 vezes”, quando inquirido quanto à frequência da agressão, a hipótese
“Chamaram-me nomes, insultaram-me ou gozaram comigo” quanto à forma e “ Não posso dizer por quantos”,
quanto à frequência. Por informação direta, a Diretora da instituição confirmou-nos ser aquele um local muito
controlado, com turmas de dimensão reduzida o que contribui para minorar a incidência de conflitos em ambiente
letivo.
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– Não há diferenças entre as escolas públicas, nem no que diz respeito à
proporção de alunos que dizem ter sido vítimas de agressões, nem no que diz
respeito à proporção de alunos que dizem ter agido como agressores.
- Não há diferenças na percentagem de vítimas nos dois géneros (masculino,
feminino) nem nos dois ciclos (2º Ciclo, 3º Ciclo)
- Não há diferenças na percentagem de agressores de cada género (masculino,
feminino) nem de cada ciclo (2º Ciclo, 3º Ciclo) quando identificados pelos
próprios.
- Na escola de ensino regular detetámos diferenças na percentagem de
agressores de cada género (mais rapazes agressores do que raparigas), quando
identificados pelas vítimas.
– Os géneros do agressor e agredido estão relacionados: os rapazes agridem
indiscriminadamente rapazes e raparigas; estas agridem raparigas, sendo rara
uma agressão ao sexo oposto.
B – AGRESSÕES – PONTOS DE VISTA DA VÍTIMA E DO AGRESSOR
Ponto de Vista da Vítima (P3, P5, P4)
- Há diferenças na regularidade com que as vítimas são agredidas, por escola.
- Escola TEIP
a) No género feminino predomina a hipótese uma ou duas vezes; no
género masculino não há predomínio de qualquer uma das
hipóteses,
b)
Predomina a hipótese uma ou duas vezes, nos dois ciclos.
- Escola de Ensino Regular:
a) Predomina a hipótese uma ou duas vezes, nos dois géneros
b) Predomina a hipótese uma ou duas vezes, nos dois ciclos.
- Não há diferenças na prevalência de cada uma das formas de agressão nas duas
escolas (uma agressão física para duas verbais/sociais em ambas as escolas).
- Há diferenças na escola TEIP na prevalência de cada uma das formas de
agressão em cada um dos géneros, (no grupo dos rapazes as duas formas de
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agressão ocorrem com igual probabilidade; no grupo das raparigas as duas formas
de agressão ocorrem com probabilidade de 1/3 e 2/3).
- Há diferenças na escola TEIP na prevalência de cada uma das formas de
agressão em cada um dos ciclos, (no grupo do 2.º Ciclo as duas formas de agressão
ocorrem com probabilidade de 1/3 e 2/3; no grupo do 3.º Ciclo as diferenças
observadas não são significativas).
- Não há diferenças quanto ao número de agressores por agressão, nem por
escola, nem por género, nem por ciclo (em todos os casos prevalece o número de
agressões realizadas por 2-3 alunos).
Ponto de Vista do Agressor (P9, P10, P11)
- Não há diferenças na regularidade com que os agressores atuam, nem por
escola, nem por ciclo (prevalecem as agressões com caracter pontual).
- Há diferenças na regularidade com que os agressores atuam, por género, na
escola TEIP (no grupo dos rapazes o peso relativo das agressões regulares não é
negligenciável).
- Não há diferenças na regularidade com que os agressores atuam, por género, na
escola de ensino regular.
- Há diferenças na prevalência de cada uma das formas de agressão nas duas
escolas (o peso relativo dos dois tipos de agressão é semelhante na escola TEIP;
o peso relativo das agressões verbais/sociais é superior ao das físicas, na escola
de ensino regular).
- Não há diferenças na prevalência de cada uma das formas de agressão, em cada
uma das escolas, nem por género, nem por ciclo (prevalecem as agressões
verbais/sociais).
- Não há diferenças quanto ao número de agressores por agressão, por género e
ciclo.
- Há diferenças quanto ao número de agressores por agressão, na escola de
ensino regular, prevalecem as agressões realizadas por grupos de 2-3 alunos).
C – REAÇÃO DAS VÍTIMAS ÀS AGRESSÕES (P.7)
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- Não há diferenças quanto ao peso relativo de cada tipo de reação por escola,
género e ciclo (o peso relativo das reações de submissão é maior em todos os
casos).
D – MOMENTOS DA AULA EM QUE OCORREM AS AGRESSÕES (P.8)
- Não há diferenças quanto ao peso relativo de cada um dos momentos da aula
onde ocorrem as agressões, por escola, género e ciclo (prevalecem as atividades
de jogos de equipa; organização de atividades e atividades/jogos de pares.
Quanto à existência de bullying nas aulas de Educação Física:
Há provas que demonstram a existência de bullying nas duas escolas públicas
analisadas.
Localizámos 7 vítimas de bullying e 4 bullies.
As Vítimas são maioritariamente:
- os rapazes mais novos em cada grupo.
- maltratadas mais por rapazes do que por raparigas.
- agredidas verbal/social e fisicamente.
- submissas.
Os Bullies são maioritariamente:
- raparigas que atuam em grupos pequenos
- perpetradores de agressões de natureza verbal/social.
Desta forma, os resultados obtidos indiciam que os níveis de agressividade nas
escolas públicas são superiores aos das escolas privadas. Esta diferença reflete-se
também na identificação dos espaços mais propícios à agressão: na escola privada
observa-se um peso maior das ações perpetradas nas áreas exteriores (corredores e
entradas e saídas) em detrimento das agressões realizadas dentro da própria turma,
reforçando a noção de que aquele é um tipo de ensino mais controlado.
94
Verificámos, também, que as agressões nas aulas de Educação Física representam
cerca de 10% da totalidade das agressões observadas. O nível de vitimização dos
dois géneros é diferente nos dois tipos de escola: na escola de ensino regular há uma
maior percentagem de vítimas do género masculino; na escola TEIP não há diferenças
entre os dois géneros.
Observámos ainda que vítimas e agressores têm perceções diferentes do fenómeno
vivenciado: as vítimas da escola regular referem ser agredidas maioritariamente por
rapazes; no entanto, os números recolhidos entre os que afirmam ter praticado
agressões indicam uma presença equitativa dos dois géneros. Também observámos
diferenças nas respostas de vítimas e agressores quanto ao número de agressores
por agressão. As vítimas, independentemente do sub-grupo em que se inserem,
referiram ser agredidas por grupos de 2-3 elementos. Por outro lado, só na escola de
ensino regular os agressores referiram atuar em grupos desta dimensão.
Já quanto à regularidade das agressões, vítimas e agressores concordaram. Assim,
ambos referiram haver um predomínio das agressões de tipo pontual em toda a
amostra, se bem que as agressões com caracter regular tenham uma presença não
negligenciável entre os rapazes da escola TEIP.
O grupo dos rapazes da escola TEIP mostrou, também, um comportamento diferente
dos restantes quanto à forma de agressão, tendo-se observado, naquele grupo, um
peso idêntico das agressões de tipo físico e de tipo verbal/social, enquanto nos
restantes grupos se observou um predomínio do segundo tipo de agressão. Esta
situação foi admitida por vítimas e agressores.
Pudemos, ainda, constatar que as vítimas têm comportamentos submissos, não
reagindo às agressões. Este comportamento é comum aos vários grupos estudados.
O nosso estudo permitiu encontrar provas que demonstram a existência de bullying
nas duas escolas públicas analisadas. Localizámos 7 vítimas de bullying e 4 bullies..
As Vítimas são maioritariamente os rapazes mais novos em cada grupo, sendo
submissas, maltratadas mais por rapazes do que por raparigas e agredidas
verbal/social e fisicamente. Por seu turno, os bullies são maioritariamente raparigas
que atuam em grupos pequenos e perpetradores de agressões de natureza
verbal/social.
Como foi referenciado ao longo do texto, nem sempre os resultados obtidos estão na
linha dos apresentados por outros investigadores. Alguns destes resultados foram,
95
inclusivamente, surpreendentes. Julgamos, assim, ter encontrado tópicos novos para
uma discussão que não se esgota neste trabalho. Importa, agora, aprofundá-los,
compreendê-los e contextualizá-los face ambientes estudados.
96
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